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Porque é que os cibercriminosos têm como alvo as unidades de cuidados de saúde?

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Rui Duro

Os cuidados de saúde são essenciais e contêm uma grande quantidade de dados médicos confidenciais. Para os cibercriminosos, a violação de uma organização de cuidados de saúde permite o acesso a esses dados médicos confidenciais, que podem ser pedidos como resgate, garantindo cobertura mediática e notoriedade para o hacker. Ambos os fatores colocam as vítimas sob enorme pressão, aumentando a probabilidade de ser pago um elevado montante de resgate.

O setor da saúde é vulnerável por várias razões. Em primeiro lugar, a crescente sofisticação e quantidade de ciberataques não é uma ameaça que estas organizações estejam preparadas para enfrentar. Muitos hospitais dependem de uma mistura de tecnologias antigas e novas, a maioria das quais não é gerida diretamente ou é esquecida devido a documentação inadequada. Este problema só tem aumentado com o tempo, à medida que mais dispositivos médicos e da Internet of Things (IoT) são adicionados, apesar de raramente serem construídos de forma segura. A atual escassez de competências em cibersegurança também significa que há uma falta de conhecimentos para ajudar a gerir esta superfície de ataque cada vez maior. Se juntarmos estes fatores, os cibercriminosos veem um alvo de elevado valor com uma grande superfície de ameaça e muitos pontos de entrada possíveis.

Os pacientes merecem cuidados de qualidade que sustentem resultados de saúde física, intelectual e emocional sólidos. A proteção dos seus dados de saúde é uma componente desse objetivo. Um ataque informático pode afetar a saúde física de um indivíduo ou de uma população e pode causar dificuldades sociais e emocionais, caso as informações pessoais fiquem comprometidas e sejam divulgadas publicamente. Cada vez mais há pacientes preocupados com o facto de estarem agora em maior risco de fraude, roubo de identidade, apropriação indevida de benefícios de seguros de saúde, entre outros exemplos.

Garantir que os dispositivos IoT são seguros desde a sua criação acrescenta uma camada de segurança adicional, aliviando o fardo dos CISO e dos líderes de TI dos cuidados de saúde. É preciso criar regulamentos, pois são um passo importante para garantir que os fabricantes integram funcionalidades de segurança desde a conceção, o que facilitará a sua implementação pelas organizações de cuidados de saúde.

Na Check Point, alertamos para estras três ações para evitar que os ciberataques prejudiquem o fluxo de trabalho das organizações de cuidados de saúde:

– Cultura: Estabelecer um espírito de segurança em todos os aspetos do percurso do paciente. Educar os funcionários sobre a importância da cibersegurança, e o seu papel na proteção dos pacientes através de boas práticas de segurança da informação, deve tornar-se tão natural para a organização de cuidados de saúde como manter as condições de higiene. A educação e a formação em cibersegurança devem ser frequentes e contínuas, de modo a incutir uma cultura de segurança.

– Proteção de endpoints: Um único utilizador do sistema de saúde pode ter vários endpoints a partir dos quais acede e transmite informações de saúde eletrónicas. Até os próprios dispositivos médicos transmitem dados. A proteção dos endpoints com base na prevenção inclui uma abordagem em várias camadas que engloba as seguintes capacidades: anti-phishing, anti-ransomware, anti-bot, desarmamento e reconstrução de conteúdos (CDR), pós-deteção, correção e resposta automatizadas.

– Controlo de acesso (modelo Zero Trust): Ao reduzir simplesmente quem tem acesso aos dados de cuidados de saúde, as organizações podem evitar que um ataque informático seja bem-sucedido. O modelo Zero Trust permite que as organizações de cuidados de saúde apliquem políticas de privilégio mínimo, nas quais concedem o menor número de credenciais necessárias para as tarefas exigidas. Cada nível de dados deve ser acedido com base na necessidade de conhecimento, de modo a reduzir o número de possibilidades de acesso não autorizado.

Em conversas recentes com CISOs da área da saúde, ficou claro o desejo de compreender como proteger a saúde de todos, em qualquer lugar. As conversas estão em curso e existe uma forte cultura de colaboração no setor, com a partilha das melhores práticas e das lições aprendidas para a tomada de medidas. Compreendemos a importância do tema e continuamos empenhados em proteger as nossas instituições e prestadores de cuidados de saúde.

Os médicos não deveriam ter de se preocupar com a possibilidade de aceder a registos médicos digitais ou de confiar nos seus instrumentos médicos. Concentrarem-se em melhorar os resultados dos cuidados prestados aos pacientes já é uma tarefa importante. Se adotarmos uma abordagem de prevenção em primeiro lugar, para proteger as organizações de cuidados de saúde, os prestadores de serviços e os doentes, podemos impedir que se cheguem a situações mais graves já perturbações.

Por Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal

Fotos: DR.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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