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Vagos: Aldeia do Boco integra Rede das Aldeias de Portugal

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O Boco, aldeia da freguesia de Soza, concelho de Vagos, foi reconhecida como Aldeia de Portugal e integra, agora, a Rede Nacional das Aldeias de Portugal, que tem como objetivo a promoção e valorização do património cultural e humano das aldeias, através do envolvimento de toda a comunidade local.

Este momento simbólico, de reconhecimento da Aldeia do Boco como Aldeia de Portugal, foi oficializado no domingo, dia 17 de julho de 2022, integrado numa iniciativa da Comissão de Festas do Boco, para angariação de fundos para a festa de Santo Inácio, que incluiu uma caminhada pelo trilho das Azenhas do Boco, seguida de almoço convívio.

Mais de uma centena e meia de pessoas estiveram presentes para testemunhar este momento único, e que, para esta comunidade, é motivo de elevado orgulho.

No final da caminhada, procedeu-se à entrega do certificado e com a presença da representante da ATA – Aldeias de Portugal, Maria da Saúde Inácio, a coordenadora da GAL-SUL, Carmo Ambrósio, o Presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, a Vereadora do pelouro do Turismo, Sara Caladé, o Presidente da Junta de Freguesia de Soza, Nelson Cheganças, e o representante da comunidade local, Alfredo Neves.

Nelson Cheganças, presidente da Junta de Freguesia de Soza, referiu que “o Boco e o seu vale é um local com muita história e tradição, merecedor deste reconhecimento como ‘Aldeia de Portugal’ e que tudo fará para manter e valorizar o seu património natural e cultural.

Carmo Ambrósio, coordenadora da GAL SUL, que teve um papel ativo e preponderante em todo este processo, agradeceu o entusiasmo da população do Boco, que desde o primeiro dia encarou este desafio como seu e referiu ainda que “este é primeiro dia de um caminho que queremos fazer em conjunto, nós convosco, lado a lado. O desenvolvimento local é isto, trabalhar com e para as pessoas” salientando, ainda, que “devem continuar a receber como sempre receberam”.

Maria da Saúde, representante da ATA, que, simbolicamente, entregou à comunidade do Boco o diploma e símbolo das Aldeias e Portugal, felicitou a Aldeia e as suas gentes, referindo que “esta certificação vem juntar o Boco a uma rede de mais de cem Aldeias de Portugal, uma rede que trabalha para manter viva as aldeias e as experiências de ruralidade, que mantenha a aldeia unida em torno das dinâmicas locais, recebendo visitantes que possam usufruir das suas tradições, visitem os moinhos, provem a deliciosa broa mimosa”.

Por fim, o presidente da Câmara Municipal de Vagos, Silvério Regalado, salientou o trabalho de todos neste processo e referiu que ‘este um título é de e para as pessoas do Boco, que têm de olhar para ele como um processo, um caminho que têm de continuar a ser feito por eles e pelas gerações futuras” e que “termos chegado aqui é já um motivo de orgulho e temos sim obrigação de manter e preservar o que herdamos dos nossos antepassados”. Reiterou os parabéns a toda a comunidade e a quem permitiu que hoje estivessem todos presentes, pedindo que se continue a trabalhar, mantendo e preservando estes valores tão genuíno.

Atribuição da Classificação

Esta classificação foi atribuída pela Associação Aldeias de Portugal (ATA), num trabalho coordenado com o Grupo de Ação Local Aveiro Sul e apoio do Município de Vagos, Junta de Freguesa de Soza e população do Boco que visa valorizar as comunidades locais e as suas vivências. É um projeto que assenta num trabalho efetivo de proximidade com as comunidades locais, onde elas são co-construtoras de todo o processo de dinamização e valorização que se desenha para a sua aldeia. 

Uma das próximas etapas será a construção do plano de valorização da aldeia, num processo participativo com a comunidade local; será como um “plano de atividades” onde estarão elencadas um conjunto de iniciativas, a desenvolver com e para as pessoas, pelo que todos serão coresponsabilizados na sua implementação.

Durante os próximos meses serão desenvolvidas várias atividades de animação e promoção das aldeias e dos seus produtos turísticos, sustentadas na genuinidade e nas experiências vividas na ruralidade dos territórios.

Registo da Broa Mimosa como Produto Tradicional Português

Foi, ainda, anunciado pela Confraria dos Sabores da Abóbora, o registo da Broa Mimosa do Boco, como produto tradicional português, no site da Direção Regional e Desenvolvimento Rural.

A Broa Mimosa do Boco era confecionada em local onde predominavam as azenhas para se moer as farinhas e enriquecida com ovos e açúcar na altura dos festejos da Nossa Senhora das Candeias e Santo Inácio, acompanhava com o carneiro assado em forno a lenha.

A Confraria dos Sabores da Abóbora, com sede na freguesia de Soza, onde ao lugar do Boco pertence, coze, uma vez por mês, na Sede da Confraria, tradicionalmente a Broa Mimosa do Boco para manter viva a tradição. Pode, também, adquirir este produto nos festejos e na feira anual da Abóbora.  Ainda, existem no Boco senhoras que há mais de 50 anos cozem a Broa Mimosa, a senhora Octávia Freire de Almeida Rocha, de 76 anos, e a senhora Maria Aurora Lopes Sobreiro, de 83 anos de idade, ambas nascidas e criadas no lugar do Boco, Freguesia de Soza.

 Sobre a Aldeia do Boco

O Boco é uma pequena aldeia situada no concelho de Vagos, mais precisamente na Freguesia de Soza. O clima ameno que se faz sentir e o moderado declive, comum a toda a região de Aveiro, propicia a calmaria do dia a dia e leva a um estilo de vida pautado pelo ritmo da natureza. 

O Lugar do Boco é composto, essencialmente, por habitações antigas e a grande parte com características singulares da região da Gândara, refletindo a importância de uma das principais atividades económicas vivida neste território, a atividade agrícola. Esta aldeia é presenteada a seus pés pelo Rio Boco (Património natural de elevado valor, está integrado em Rede Ecológica Natural (REN), Zona de Proteção Especial (ZPE) e Sítio de Importância Comunitária (SIC)) e por 3 levadas (Levada do Barreto, Levada dos Moleiros ou Levada do Meio e a Levada do Sul), que antigamente serviam de força motriz para as azenhas. 

Hoje em dia, contabilizam-se, ao todo, 14 pequenas azenhas e 3 moinhos de água, grande parte em ruínas, onde em tempos era moída a farinha que mais tarde daria o pão. Em pleno funcionamento encontram-se duas azenhas, a Azenha Ti Luísa e a Azenha da Fonte. Existem 3 azenhas e 1 moinho de água bem preservados, mas com falta de roda/engenho. 

As levadas do Boco têm em si todo o potencial para o desenvolvimento de percursos/trilhos interpretativos, para quem quiser visitar e desfrutar da natureza e dos costumes vividos nesta aldeia. 

Foto: CMV.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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