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Serial Killers: Fascínio e Repulsa moldados pela Cultura Popular

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Dos sombrios becos de Whitechapel, onde Jack, o Estripador, aterrorizou Londres, até às mentes perturbadas de figuras como Ted Bundy e Jeffrey Dahmer, serial killers têm deixado uma macabra e duradoura marca nas crónicas criminais. Os seus atos cruéis, histórias sombrias e comportamento aparentemente incompreensível têm hipnotizado e revoltado o público em todo o mundo. Devo admitir, como criadora de um podcast de true crime, que me sinto compelida a explorar este obscuro fascínio, não apenas pela forma como molda as histórias que contamos, mas também pelo seu impacto na perceção do crime pela minha audiência.

Este fenómeno do fascínio pelos serial killers é como um íman irresistível que nos atrai. Muitos de nós, ávidos por desvendar mistérios, passam horas em frente aos ecrãs, devorando documentários, mergulhando em livros e debatendo acaloradamente os detalhes sórdidos dos crimes cometidos por estes indivíduos. É uma atração ambivalente, onde a repulsa e o medo coexistem com uma curiosidade intensa. É precisamente nesse turbilhão de emoções que reside o ponto de partida desta análise.

A busca pelo entendimento do inimaginável é uma das razões que nos impelem a explorar estes recantos sombrios da psicologia humana. Serial killers, de alguma forma, desafiam as nossas perceções convencionais sobre o que significa ser humano. Como pode alguém cometer atos tão cruéis e desumanos de forma tão sistemática? Esta questão conduz-nos a uma viagem profunda na psicologia dos assassinos em série, nas suas motivações desprezíveis e nas mentes que aparentemente habitam em abismos sem fim. Trata-se quase de uma tentativa desesperada de trazer alguma ordem ao caos.

A representação dos serial killers na cultura popular desempenha, inegavelmente, um papel crucial. Filmes, séries de TV, livros e podcasts muitas vezes pintam esses criminosos como anti-heróis complexos, romantizando e glorificando os seus atos. Este retrato distorcido pode, inadvertidamente, levar alguns a admirar ou até mesmo idolatrar esses assassinos, o que, cada vez mais, tem vindo a tornar-se um fenómeno profundamente alarmante. No entanto, é imperativo lembrar que as verdadeiras narrativas trágicas pertencem às vítimas e não aos agressores.

Este fenómeno transcende o mero entretenimento. Ele molda a nossa compreensão do crime e da justiça, mas devemos manter em mente que a realidade é, muitas vezes, muito diferente do que é retratado nos filmes e séries. Os casos de serial killers podem tornar-se estudos de caso para profissionais das áreas de psicologia, criminologia e investigação criminal, como foi brilhantemente retratado na série “Mindhunter” da Netflix. No entanto, também podem distorcer a nossa perceção da realidade, fazendo-nos acreditar que o perigo espreita a cada esquina, o que não corresponde à verdade, especialmente no nosso país, onde os casos de serial killing são raros.

Portanto, é essencial que as pessoas, especialmente os jovens, entendam a diferença entre o fascínio saudável pelo crime verdadeiro e a glorificação dos criminosos. Devemos abordar esta fascinação com responsabilidade, usando-a como uma oportunidade para aprender mais sobre a natureza humana, o funcionamento do sistema de justiça e a importância de proteger os mais vulneráveis na nossa sociedade.

Serial killers continuarão a ser figuras proeminentes na cultura popular, mas é imprescindível lembrar que são assassinos que causaram inimaginável sofrimento. O nosso fascínio por eles deve ser uma busca pela compreensão, não uma celebração do mal. Ao mantermos este equilíbrio, podemos assegurar que a nossa sociedade continua a aprender e a evoluir, em vez de se perder nas sombras do crime e da violência.

Por: Diana Domingues (Criadora de Conteúdos).

Imagem: ORIGAMI CORPORATE.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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