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Universidade do Minho ajuda a preservar monumento indígena dos EUA

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Uma equipa da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM) aplicou uma mistura natural de pedra e terra para preservar parte do Monumento Nacional de Wupatki, um ícone da cultura nativa dos EUA. A aplicação é inovadora nos EUA e num caso de estudo desta importância, pois a maioria das aplicações do género é laboratorial. O trabalho insere-se num projeto de 1.3 milhões de dólares, financiado pela Fundação Getty e pode vir a ser aplicado, no futuro, a outros patrimónios culturais e naturais em risco devido às alterações climáticas.

A par dos monumentos vizinhos de Sunset Crater Volcano e Walnut Canyon, Wupatki destaca-se pela preservação das ruínas, pela importância ancestral e pela diversidade geográfica. Além da paisagem de rocha vermelha povoada por coelhos, coiotes e águias, o parque de 90 quilómetros quadrados, no Arizona, possui mais de 5000 sítios arqueológicos indígenas. O coração deles, Wupatki Pueblo, é um complexo de 900 anos com paredes em alvenaria de pedra, que abrigou as tribos Hopi, Zuni, Navajo, Yavapai, Havasupai, Hualapai, Apache e Paiute. Recebe 200.000 visitantes por ano, mas está vulnerável face a séculos de instabilidade sísmica, inundações, deslizamentos e, hoje, eventos climáticos extremos.

“O aquecimento global acelerou a deterioração do monumento, que revela uma significativa experiência humana na terra”, diz Paulo Lourenço, que é professor catedrático do Departamento de Engenharia Civil da EEUM e diretor do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE). A sua equipa é uma referência mundial na alvenaria histórica e no risco sísmico e foi chamada para avaliar os sistemas construtivos de Wupatki. É curioso ver, por exemplo, impressões digitais com quase um milénio na argamassa, um lintel de janela ou uma viga de madeira. O trabalho de campo iniciou-se em 2022 e, até 2024, junta professores, estudantes e indígenas para desenvolver métodos sustentáveis de mitigação do risco.

Análise da alvenaria (Foto: UM)

Assim, utilizou-se tecnologia laser e modelos 3D para avaliar as paredes, algumas delas frágeis. Depois, a equipa da UMinho, que inclui os investigadores Rui Silva e Laura Gambilongo, injetou argamassa fluída em fendas e juntas onde a água encontrou caminhos para erodir o material. A nova mistura natural aplicada baseia-se em solos locais, com adição de pó de calcário. Nas últimas décadas, tinham-se ali tentado vários tipos de estabilização e pareciam funcionar por um tempo, como o cimento Portland e aditivos, mas nem sempre, ambientalmente e estruturalmente, adequados. Agora, retoma-se os materiais naturais e menos invasivos. Ali, eventos extremos como as chuvas intensas de 2018 são uma ameaça maior do que o calor e a seca, pois sobrecarregam os sistemas terrestres de rocha e solo de Wupatki.

Parceria exemplar

O convite à EEUM surgiu pelo professor Frank Matero, do Centro de Conservação Arquitetónica Weitzman da Universidade de Pensilvânia. O responsável recebeu a verba da Fundação Getty para coordenar um plano de gestão e conservação do monumento nacional indígena, o qual celebra 100 anos em 2024, integrado no Serviço Nacional de Parques dos EUA. Este projeto une, ainda, o Programa de Recursos Culturais Wupatki, o Programa de Tesouros Desaparecidos, o Centro Ocidental de Preservação Histórica e o Corpo de Conservação de Terras Ancestrais dos EUA, pois prevê-se, igualmente, ações de formação sobre os valores e práticas indígenas e oportunidades de carreira para jovens descendentes das tribos do Arizona.

“Esta ampla parceria científico-cultural é exemplar na mitigação, adaptação e valorização do património natural e construído, numa fase de aceleração das alterações climáticas”, realça Paulo Lourenço. A metodologia, na qual se espera obter soluções inovadoras, pode servir de modelo para locais similares nos EUA e no mundo. Este é o terceiro projeto com Paulo Lourenço que é apoiado pela Fundação Getty – sediada em Los Angeles (EUA) e dedicada à preservação da arquitetura –, após a Estação Central da Beira (Moçambique) e as Piscinas das Marés (Leça da Palmeira/Matosinhos), a que acrescem projetos com o Instituto Getty de Conservação no Peru, nos Emirados Árabes Unidos e em Myanmar.

Fotos: UM.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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