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Barcelos: Ouro e Prata na Real Irmandade do Senhor Bom Jesus da Cruz

Exposição na Sala Gótica dos Paços do Concelho

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Abre, amanhã, às 16h00, na Sala Gótica dos Paços do Concelho, a exposição “Ouro e Prata na Real Irmandade do Senhor Bom Jesus da Cruz”, que revela um espólio único, pertencente ao Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz e delicadamente cuidado pela Real Irmandade do Senhor Bom Jesus da Cruz.

Esta exposição permite fazer uma viagem pela história, com mais de 500 anos. Começa com o milagre da Santa Cruz, ocorrido em 1504, onde há relatos que João Pires (Sapateiro na vila) teria encontrado no chão uma cruz negra, próximo do Campo da Feira. O milagre foi notícia e começou uma grande devoção. O local onde apareceu a cruz terá sido protegido com uma estrutura que viria a ser aumentada com a chegada de uma imagem do Senhor Bom Jesus da Cruz, em 1505, vinda da Flandres. Esta peça nunca sai do templo, por isso não está aqui, pois reza a lenda que, se alguém a tirar, ela aumenta tanto que não consegue voltar a entrar no templo.

No século XVII, há registo de muitos donativos para se fazer um templo maior, um dos principais beneméritos foi Inácio da Silva Medela, (1ª tela em exposição), que nasceu em Barcelos, mas foi para o Brasil onde se tornou um homem de negócios abastado. Não só doou verbas avultadas para o Templo como também financiou imagens (como a Pietá que iremos ver), instituiu o coro, financiou a Custódia.

As obras no novo Templo terão começado em 1705 e, daí para a frente, foi sendo enriquecido.

Obviamente que o templo perdura até hoje, com o espólio magnífico que agora se mostra, porque desde cedo vários barcelenses assumiram o papel de cuidadores e perpetuadores da devoção ao Senhor Bom Jesus. Este grupo começou por chamar-se Confraria da Santa Vera Cruz, depois Irmandade do Senhor Bom Jesus da Cruz e mais tarde Real Irmandade. A palavra Real é acrescentada quando a Irmandade convida para o cargo de juiz perpétuo o Rei.

Um dos juízes da Real Irmandade, que terá aceite vir a Barcelos conhecer o templo e a sua devoção, foi o príncipe consorte D. Fernando II, 2º marido da Rainha D. Maria II, em exposição.

Seguem-se na exposição as vestes; primeiro a opa que o Provedor usa nas procissões, com a sua vara de prata. Destaque para o emblema da irmandade bordado a fio de ouro. Depois uma casula, das muitas que existem no espólio, também ela bordada a fio de ouro.

Segue um apontamento com escultura barroca, o Santo Inácio de Loiola que estaria no coro financiado pelo Inácio da Silva Medela (daí dizer-se que a imagem “Inácio” é uma homenagem ao benemérito); N.ª Sr.ª da Conceição e uma Virgem Mártir Relicário.

Andor do Senhor dos Passos integralmente restaurado

O conjunto mais emblemático da exposição é o andor com o Senhor dos Passos. A imagem foi feita em Roma, por Giuseppe Berardi, em 1875, e foi restaurada agora. Também o andor foi restaurado. Especial atenção para os resguardos do andor, restaurado pelas Carmelitas do Mosteiro de Bande (Carmelitas do Carmelo do Porto), que conseguiram substituir o pano de fundo colocando-lhe as aplicações originais, feitas com fio de prata e ouro. Um trabalho de excelência.

Segue-se um percurso como se estivéssemos na Quaresma. A Pietá – uma escultura magnífica do século XVIII, que podemos encontrar normalmente no altar-mor do Templo. O toro de madeira em que foi esculpida foi enviado do Brasil por Inácio da Silva Medela.

O esquife com o Cristo Morto também usado na procissão. São duas peças magníficas.

Em 1734, fez-se a encomenda de uma custódia para o Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz, financiada por Inácio da Silva Medela. A autoria é do mestre ourives António Ferreira que trabalhou a peça de ourivesaria em prata cinzelada, dourando a esfera e a lúnula.

Seguem-se várias peças de ourivesaria usadas nas cerimónias litúrgicas. (Tem as legendas e funções na parede do lado direito).

Conclui-se este ciclo da Paixão com Cristo Ressuscitado, uma imagem do século XVIII.

A visita à exposição termina com a peça do Santo Lenho. Uma cruz de prata que será das mais antigas que existem no Senhor da Cruz. (Santo Lenho significa que é um relicário onde está um pedaço original da Cruz de Cristo).

O milagre de 1504 ainda hoje se comemora, aliás, está a ser comemorado, com a Festa das Cruzes.

Foto: CMB.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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