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O que torna o Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) em Vila Real especial?

A ideia de ter o Campeonato de Portugal de Velocidade em Vila Real rapidamente faz o coração dos adeptos de automóveis bater mais forte, mas o que torna o vislumbre das máquinas da mais importante competição nacional no circuito transmontano numa prova mítica que cria uma autêntica peregrinação até para lá do Marão todos os anos? Falámos com alguns intervenientes para tentar entender.
Na verdade, são inúmeros os motivos que tornam o fim de semana da ‘Bila’ especial, a começar pela sua história.
As corridas chegaram a Vila Real há quase cem anos, mais concretamente em 1931, quando um grupo de homens locais, liderados por Aureliano de Almeida Barrigas e Manuel Lopes Barrigas, com o apoio da edilidade local, colocou em prática o sonho que vinham a explorar há já alguns anos.
Desde então, as corridas têm sido uma constante na cidade transmontana ainda que com alguns hiatos devido a questões de política global, como foi o caso da II Guerra Mundial, ou local, realizando-se este ano a quinquagésima segunda edição do evento, sendo o Campeonato de Portugal de Velocidade uma presença constante e regularmente o seu cabeça de cartaz.
As corridas foram abraçadas pela população local que, com o passar dos anos e com as visitas sucessivas, se foi tornando uma profunda conhecedora do automobilismo, mostrando uma avidez por saber tudo o que se passa ao longo do fim de semana de corridas. Este interesse é catalisado pela proximidade com os carros e pilotos do Campeonato de Portugal de Velocidade, sendo normal que à noite, depois de um dia de provas em pista, os vila-realenses se passeiem pelo paddock e boxes para ver de perto as máquinas e os homens que durante o dia foram levados ao limite nas exíguas e exigentes ruas de Vila Real.
Este entusiasmo do público é bem sentido pelos pilotos, como nos dá conta Damian Hirst, que no ano passado se estreou na prova aos comandos de um Ginetta G50 da Tockwith Motorsport inscrito no Campeonato de Portugal de Velocidade. “Para mim, Vila Real foi uma série estreias entusiasmantes num fim de semana fantástico e prazeroso. Foi a minha primeira corrida no estrangeiro, portanto, já supera os outros eventos de automobilismo em que tive a oportunidade de participar. Para além disto, foi a minha primeira verdadeira corrida de GT, a primeira vez com slicks e a minha estreia num circuito citadino – o que poderia pedir mais? Vila Real proporciona-nos uma mescla soberba de carros bonitos, tempo fantástico e uma localização extraordinária. Senti uma enorme presença dos adeptos, que criaram uma atmosfera incrivelmente encorajadora, os locais gostaram do fim de semana e apoiaram cada um de nós”, afirmou-nos o piloto inglês.
Para além do ambiente, também o traçado é muito particular, dada sua natureza citadina, de alta velocidade.
Ao longo da sua história, Vila Real teve três versões diferentes, sendo a atual, estreada em 2007, a mais curta, mas mantendo as características das suas antecessoras, que passavam por exigir dos pilotos velocidade, coragem e precisão.
Pedro Salvador, um pluri-vencedor nas ruas da ‘Bila’, é um adepto incondicional do circuito vila-realense, apontando, contudo, para a sua seletividade, como o ano passado pôde uma vez mais confirmar aos comandos de McLaren 570S GT4. “Vila Real tem um traçado único! É uma pista de elevada velocidade entre barreiras, o que exige muito dos pilotos. Gosto muito do traçado e tive lá bons resultados inúmeras vezes, o que me permite olhar para o circuito com muito carinho. Muita gente fala da Descida de Mateus como uma das zonas que mais lhe agrada e, de facto, é uma zona entusiasmante, com uma esquerda muito rápida. No entanto, para mim, a parte de que mais gosto é a Subida para Mateus, quando se entra no circuito antigo. Penso que é a zona onde o piloto pode fazer mais diferença e eu gosto muito. Mas todo o circuito é desafiante e exige muito dos pilotos! Sempre que posso participo na prova, dado que é um evento entusiasmante”, sublinhou o chefe de equipa da Speedy Motorsport, que este ano coloca em pista um BMW M4 GT4 para José Carlos Pires e Francisco Abreu.
Tendo em conta o ambiente e a exigência do Circuito de Vila Real, vencer ou chegar ao pódio da competição mais importante do nosso país oferece uma sensação única àqueles que têm a sorte e a destreza para o fazer.
Daniel Teixeira, Vice-Campeão de Portugal de Velocidade TCR e Campeão do Supercars Endurance TCR, não é estranho à subida ao palanque dos vencedores e sublinha as sensações que sentiu perante o muito público sempre presente no evento. “Subir ao pódio é significativo para qualquer piloto, sobretudo num evento com a magnitude do Circuito de Vila Real. Seja pelo desafio que o traçado urbano representa, quer pela moldura humana que se faz sentir ao longo de todo o fim de semana, subir ao pódio em Vila Real é sempre marcante para qualquer piloto. Para mim, até mais emblemático que o pódio, é a volta de consagração, uma vez que é quando sentimos o calor humano dos milhares de espectadores que ladeiam o circuito. Para mim é especial e é um momento que nenhum piloto esquece”, enfatizou o piloto que o ano passado pilotou um Cupra TCR.
O 52º Circuito Internacional de Vila Real, que conta para o Campeonato de Portugal de Velocidade, será realizado a 14-16 de julho, esperando-se, como é habitual, uma pista emoldurada por muito público que vibrará com as lutas em pista da competição de velocidade mais importante do nosso país.
Foto: DR.
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Fortaleza de Valença: Reconstrução do Baluarte de São José Avança para Fase Final

Os trabalhos de reconstrução do pano de muralha do Baluarte de S. José, na Fortaleza de Valença, encontram-se numa fase decisiva, com a reconstrução em curso do segundo troço da estrutura, que ruiu a 1 de janeiro de 2023.
A intervenção decorre sob rigorosa monitorização dos técnicos da Unidade da Cultura da CCDR-Norte e do Município de Valença.
A recuperação desta estrutura histórica chega agora à sua fase final, através de um cuidadoso trabalho de recuperação que respeita integralmente as características originais da construção setecentista.
Os trabalhos avançam com o rigor que um monumento classificado exige. Neste momento, decorre a reconstrução do segundo pano de muralha, localizado no tardoz da cortina, paralelamente aos trabalhos de aterro da vala de fundação, operações técnicas essenciais para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura. Também se está a proceder à recolocação do friso e restante aparelho que remata o topo superior do pano da primeira cortina.
O Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, tem acompanhado pessoalmente a evolução dos trabalhos, sublinhando a importância desta intervenção: “Estamos comprometidos em devolver à Fortaleza de Valença toda a sua integridade histórica, garantindo que esta obra seja executada com o máximo rigor técnico e respeito pelo património que nos foi legado.”
Esta intervenção irá repor a totalidade da estrutura original, mantendo intacto o valor patrimonial de um dos mais emblemáticos exemplos da arquitetura militar portuguesa. A Fortaleza de Valença, testemunho singular da nossa história, verá assim assegurada a sua preservação e transmissão como legado cultural às gerações futuras.
Foto: CMV.
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Barcelos: Conferência sobre Fibromialgia a 30 de maio no IPCA
“Transformando a dor em vida” é o tema da conferência promovida pelo Instituto Renascer

O Instituto Renascer – Fibromialgia em Portugal e Fibromialgia leva a cabo uma conferênciasobre Fibromialgia, no dia 30 de maio, pelas 20h45, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia no IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.
“Com esta iniciativa, pretendemos sensibilizar e informar sobre a realidade vivida pelas pessoas com fibromialgia, abordando estratégias para enfrentar os desafios físicos, emocionais e sociais associados à doença”, sublinha a organização.
Sob o tema “Transformando a Dor em Vida”, pretende proporcionar um espaço de partilha, esclarecimento e empoderamento para doentes, familiares, cuidadores, publico em geral e profissionais da educação, da saúde, com entrada livre.
Esta formação é certificada para professores, pelo CFAE – Barcelos/Esposende, com o link de inscrição para professores em https://www.cfaebe.pt/course/4171ara .
Serão tratados os seguintes temas:
– Transformando a Dor em Vida – Vencer os Desafios da Fibromialgia;
– Papel da medicina do trabalho…
– Apoios a doentes crónicos pela segurança social;
– O que é a Fibromialgia…
O evento contará com as preleções e intervenções de Paula Encarnação, Professora na Escola Superior de Enfermagem – Universidade do Minho; Vânia Teixeira, Médica de Medicina do Trabalho na ULS – Hospital de Braga; Filipa Braga, Assistente Social na Segurança Social; Jorge Mandim, Diretor da Fibromialgia em Portugal e Instituto Renascer.
“Esta ação de formação visa não só sensibilizar a sociedade sobre o impacto real da fibromialgia na vida dos pacientes, como também oferecer ferramentas práticas para a gestão dos seus desafios físicos e emocionais. Ao promover o conhecimento e o diálogo aberto, contribui-se ativamente para a luta contra o estigma, ajudando a construir uma rede de apoio mais empática, informada e inclusiva”, sublinha a organização.
“A Saúde Ocupacional é um direito consagrado na Lei de Bases da Saúde, assegurando a todos os trabalhadores o acesso à avaliação pela Medicina do Trabalho ao longo da sua vida profissional. Neste âmbito, o Médico do Trabalho assume um papel crucial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e de acidentes de trabalho, bem como na avaliação da aptidão dos trabalhadores para o desempenho das suas funções, considerando as suas capacidades e eventuais limitações. No caso específico dos trabalhadores com fibromialgia, a intervenção da Medicina do Trabalho visa promover a sua aptidão para o trabalho bem como a sua qualidade de vida e bem-estar”, continua.
A Fibromialgia é considerada uma doença do sistema nervoso central, acompanhada pelas especialidades de Neurologia, Reumatologia, com uma equipa multidisciplinar e requer tratamentos de reabilitação permanentes, pois os doentes apresentam lentificação motora e cognitiva. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia: “A fibromialgia é caracterizada por dores músculo-esqueléticas generalizadas… fadiga, stress distúrbios do sono, alterações cognitivas, memória e concentração”.
A defesa e promoção dos direitos e interesses das pessoas com Fibromialgia-Dor e suas famílias, é o papel das plataformas www.fibromialgiaemportugal.pt e Fibromialgia e seus preconceitos, https://www.facebook.com/groups/1017979065050898 que são geridas por Jorge Mandim e Ana dos Santos.
“Falar de Fibromialgia é falar de Dor e causa endurecimento/rigidez por todo o corpo. Pode ser debilitante, causar solidão, ansiedade e depressão. Os doentes com Fibromialgia são psicologicamente frágeis e isso contribui para o aumento da manifestação da doença… A Fibromialgia atinge crianças, jovens e adultos. Usualmente são diagnosticados entre os 20 e 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que afete cerca de 2 a 4% da população (embora seja mais prevalente na idade adulta) e, dos diagnosticados, cerca de 90% são mulheres e 10% são homens”, dizem os especialistas.
A Fibromialgia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992, com o código CID 10 – M79.7. Em Portugal foi reconhecida, em 2003, pela Direção Geral da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou em 1 de janeiro de 2022, com um novo código a DOR e Fibromialgia.
“O impacto da fibromialgia na sociedade é evidente em várias áreas, incluindo na saúde, no trabalho e na economia. Por exemplo, estudos mostram que as pessoas com fibromialgia têm um risco maior de desenvolver outras condições de saúde, como a depressão, a ansiedade e a síndrome do intestino irritável. Além disso, a dor crónica e a fadiga podem levar a uma diminuição da capacidade de trabalhar e realizar tarefas diárias, o que pode levar a um aumento das taxas de desemprego e da necessidade de apoio social”, segundo especialistas.
Imagem: IR.
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Rio Tinto: PSP recupera carro roubado em Bragança

Na noite do dia 15 de maio, em Bragança, foi furtado do interior de uma garagem, por método de arrombamento da porta, uma viatura BMW avaliada em cerca de 40.000 Euros.
A viatura foi avistada durante a tarde do dia 16 na Rotunda das Areias, (Campanhã), no Porto, onde seguiam três ocupantes, tendo-se mobilizado diversos meios com vista à interceção e recuperação da mesma em local adequado de acordo por onde a mesma se dirigia, vindo a desenrolar-se uma operação de controlo policial na Rotunda do Parque Nascente em Rio Tinto.
O condutor da viatura ao aperceber-se da presença da PSP e da ordem de paragem que lhe foi dirigida parou e recuou repentinamente, provocou um acidente, galgou passeios acelerando bruscamente colocando em perigo os peões que ali circulavam bem como Polícias que seguiam a pé no seu encalço, vindo a viatura a embater num poste de eletricidade e ali ficar imobilizada.
O condutor, o homem de 37 anos, natural e residente no Porto, que não possuía carta de condução e que exerceu condução perigosa, abriu a porta e colocou-se em fuga sendo intercetado após uma perseguição apeada.
No carro seguiam ainda mais duas pessoas, duas jovens de 15 e 16 anos, tendo estas obedecido às ordens, permanecendo no veículo suspeito até serem retiradas em segurança, vindo a apurar-se que as mesmas se encontravam evadias de uma instituição de acolhimento em Baguim do Monte onde foram conduzidas, sendo uma delas prima do suspeito.
O suspeito foi detido pelas 17h45 do dia 16 de maio pela 3ª Divisão, e após ter sido presente às Autoridades Judiciárias competentes foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Foto: PSP.
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