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Rara tapeçaria do século XVI regressa ao Palácio Nacional de Sintra após restauro

Peça integra nova museografia do corredor dos Brasões

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Um dos maiores tesouros do acervo do Palácio Nacional de Sintra está de volta ao circuito expositivo do monumento, depois de uma intervenção de conservação e restauro que lhe devolveu o esplendor. Trata-se da rara tapeçaria millefleurs (mil flores) com as Armas Reais Portuguesas, dos inícios do século XVI, de provável produção flamenga; uma das mais antigas tapeçarias existentes em Portugal e, entre estas, a única que se associa à Casa Real Portuguesa ou ao rei D. Manuel I, cujo emblema pessoal – a esfera armilar – surge representada nos quatro cantos da peça.

Incorporada nas coleções do Palácio Nacional de Sintra na década de 1960, esta tapeçaria sempre teve um lugar de destaque no percurso expositivo e só saiu do monumento para figurar em importantes exposições, como “Brasil 500 anos”, em São Paulo, no ano 2000, ou “Lords of the Ocean”, nos museus do Kremlin, em 2017.

Em meados de 2021, no âmbito das comemorações dos 500 anos da morte do rei D. Manuel I, a peça foi emprestada ao Museu Nacional de Arte Antiga para a exposição “Vi o Reino Renovar”. Na sequência deste empréstimo, o museu decidiu investir na sua conservação e restauro, tendo, para isso, o acompanhamento da equipa do Palácio Nacional de Sintra.

No atelier de Luís Pedro, especialista em conservação e restauro de têxteis, a tapeçaria, constituída por delicados fios de algodão, lã e seda, foi, então, objeto de uma meticulosa intervenção que visou a remoção da sujidade, a estabilização de áreas de lacuna, a revisão do sistema de suspensão e a recolocação do forro.

Nova museografia destaca e enquadra valiosa tapeçaria

Por seu turno, para dar lugar de destaque a esta valiosa peça e acomodá-la condignamente no seu regresso, a Parques de Sintra investiu na preparação de uma nova museografia no corredor que conduz a uma das mais emblemáticas salas do Palácio Nacional de Sintra: a Sala dos Brasões. O espaço, que integra o núcleo expositivo dedicado à memória, é, agora, subordinado ao tema da continuidade do brasão de Portugal desde os inícios da Monarquia até à contemporaneidade, apresentando um importante conjunto de peças que revelam como o escudo (com a bordadura vermelha, castelos de ouro e escudetes com besantes) foi utilizado pelos órgãos de poder ao longo dos últimos 800 anos.

Na parede, sobressai a rara tapeçaria millefleurs do século XVI com as armas de Portugal ao centro. Após a intervenção de conservação e restauro, recuperou o seu esplendor e passa a estar exposta numa vitrine especialmente concebida para protegê-la e garantir a sua preservação, permitindo, simultaneamente, que todos possam usufruir dela.

As tapeçarias millefleurs, caracterizadas pelo fundo preenchido por vegetação – uma composição de «mil flores», foram das produções têxteis de maior sucesso nos Países-Baixos ao longo dos séculos XV e XVI. No caso específico desta peça, não é possível determinar com exatidão a origem, mas a sua tipologia leva a crer que tenha sido produzida pela manufatura de Bruxelas, o principal centro de produção flamenga da época, a partir de uma provável encomenda régia.

O escudo de armas representado no centro da tapeçaria corresponde ao que foi usado entre os reinados de D. João I e D. João II, antes da reforma das armas reais que levou à remoção das flores-de-lis, símbolo da Cruz da Ordem de Avis, e à alteração dos escudetes ao centro do brasão. Contudo, a inclusão das esferas armilares, emblema de D. Manuel I, revela que a tapeçaria será seguramente posterior. Certo é que, como enfatizou Maria José de Mendonça, museóloga e especialista em tapeçaria, estamos perante “uma espécie única no Estado Português. As tapeçarias heráldicas com brasões portugueses são raríssimas, particularmente com armas reais.”

Portugal encomendou à Flandres, entre meados do século XV e o final do século XVI, importantes séries de tapeçarias, sendo as que apresentam brasões portugueses de extrema raridade. Estas peças sumptuosas revestiam as paredes e protegiam os ambientes contra o frio e a humidade. Simultaneamente, constituíam um importante veículo de propaganda visual e de afirmação do poder do rei.

A nova museografia do Corredor dos Brasões apresenta, igualmente, um conjunto de objetos que têm em comum as armas de Portugal, designadamente, pinturas de retratos; moedas da Primeira Dinastia (encontradas em escavação arqueológica no palácio); um azulejo do século XIV; um fac-simile do Livro da Nobreza e Perfeição das Armas (original é do séc. XVI); uma escrivaninha, prato e pisa-papéis dos séculos XVII a XIX; e um conjunto de estacionário dos séculos XIX e XX.

Foto: PS.

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Loures: Homem de 62 anos detido por tráfico de estupefaciente

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Loures, no dia 9 de maio, pelas 20h30, na união de freguesias Santo Adrião e Olival Basto, procedeu à detenção de um homem de 62 anos, por ser suspeito da prática do crime de tráfico de estupefaciente.

No decorrer de um policiamento de prevenção e visibilidade, os polícias abordaram uma viatura e seus ocupantes para efeitos de fiscalização.

Durante a abordagem, foi localizado na posse de um dos ocupantes, uma bolsa com vários sacos contendo produto suspeito de ser estupefaciente, que se veio a confirmar tratar-se de 341 doses individuais de heroína.

O detido recolheu ás celas de detenção do COMETLIS, tendo sido presente perante Autoridade Judiciária para 1.º interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva.

Foto: PSP.

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Viana do Castelo: Detenção por suspeita da prática do crime de furto no interior de estabelecimento comercial

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No dia 14 de maio, pelas 12h10, na rua Quinta do Bispo de Angola – Meadela, em Viana do Castelo, foi detido um homem, de 33 anos de idade, operário da construção civil e residente na Ponte da Barca.

Polícias do efetivo da Esquadra de Viana do Castelo, na sequência de informações dando conta da prática de um furto no interior de um estabelecimento comercial, localizado na avenida dos Combatentes da Grande Guerra, na cidade de Viana do Castelo, ali se deslocaram.

No decurso das medidas de polícia desenvolvidas, na rua supramencionada, elemento policial da Esquadra de Trânsito, efetuou a interceção do acima identificado, que, momentos antes, através de astúcia, se havia introduzido no interior do referido estabelecimento comercial e subtraído diversas peças de ourivesaria. De referir ainda que o suspeito, havia tentado proceder à venda dos artigos furtados junto de um estabelecimento comercial localizado nas imediações da artéria onde veio a ser intercetado e detido.

Os bens subtraídos foram todos recuperados e reconhecidos pela responsável da loja. A proprietária do estabelecimento formalizou queixa junto de departamento policial.

O detido foi notificado para comparecer junto das Autoridades Judiciárias.

Foto: PSP.

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Vila do Conde: Três detenções por furto

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No dia 13 de maio, pelas 20h05, na Rua Aristides Sousa Mendes, em Vila do Conde, a Divisão Policial de Vila do Conde procedeu à detenção de três homens, entre os 30 e os 40 anos de idade, desempregados e residentes em Braga, Porto e Viana do Castelo, pelo crime de furto.

Após denúncia de uma bicicleta furtada pelas 18h45, e com base na indicação e na descrição de três suspeitos e de uma viatura envolvida, a PSP encetou diligências no sentido de identificar e intercetar os mesmos, vindo a localizar a viatura suspeita pelas 20h00 num posto de combustível com os suspeitos no interior da mesma.

Após terem sido abordados, para além da bicicleta furtada, foi ainda constatada a existência de diversos artigos que os suspeitos não justificaram a sua posse, suspeitando-se de uns serem furtados e outros de servirem para a prática de furtos, nomeadamente: 2 rebarbadoras; 2 berbequins; 2 parafusadoras, 1 trotinete; 5 kispos do Clube de Futebol do Rio Ave; 4 telemóveis; ferramentas e acessórios diversos; e 4 garrafões de 25 litros vazios e um funil.

No decorrer da s diligências policiais foi possível apurar que as matrículas apostas no veículo não correspondiam ao mesmo e no interior estavam as corretas, sendo que estas correspondiam à viatura referenciada como envolvida em diversos furtos anteriores, pelo que se procedeu à apreensão da mesma.

Os detidos encontram-se a ser presentes no Juízo de Instrução Criminal de Matosinhos para 1º interrogatório judicial visando a aplicação de eventuais medidas de coação.

Foto: PSP.

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