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Atualidade

Palácio Nacional da Pena recupera decoração original da Sala de Visitas

Projeto de reconstituição histórica revela luxo e sofisticação

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Ao fim de sete de anos de investigação, a equipa do Palácio Nacional da Pena conseguiu reconstituir a decoração original da Sala de Visitas e recuperar o ambiente idealizado pelo rei D. Fernando II, no século XIX. A pesquisa revelou que, na divisão mais protocolar do Palácio, onde eram recebidas as visitas, o monarca fez um forte investimento e optou por uma decoração luxuosa, elegante e sofisticada, que impressionasse quem ali era recebido. Entre pintura mural, mobiliário, bronze, porcelana e veludo, onde sobressaía o “ouro sobre azul”, tudo contribuía para o aparato. Apurou-se que a maioria das peças que compunham a sala no século XIX continuavam no Palácio. Com este projeto museográfico, retornam, agora, ao local onde foram colocadas por D. Fernando II. Regressam, igualmente, os têxteis em veludo azul, rigorosamente reconstituídos, com o objetivo de proporcionar aos visitantes atuais uma experiência semelhante à que teriam os visitantes do passado.

Para perceber como era a Sala de Visitas de D. Fernando II − o rei que mandou edificar o Palácio da Pena − foi necessário estudar os inventários históricos do monumento, o seu acervo e as faturas das aquisições do monarca para a decoração de interiores. A equipa de investigadores contou, ainda, com a descoberta de uma preciosa imagem estereoscópica captada por Carlos Relvas, que retrata esta divisão no início da década de 1870. Estas fontes revelaram que, para além da ornamentação das paredes e do teto com pintura mural em “trompe l’oeil” alusiva à arquitetura islâmica, que D. Fernando II encomendou a Paolo Pizzi, em 1854, também a decoração do espaço foi objeto de um cuidado especial por parte do rei.

Em termos de mobiliário, a escolha recaiu em peças de produção nacional dos séculos XVII e XVIII, em pau-santo, com tremidos e torneados, que D. Fernando II muito apreciava, como exemplificam a secretária, o contador e o bufete que preenchem a sala. Sobre eles, colocou objetos decorativos de alta qualidade, como o par de candeeiros franceses em bronze e porcelana azul e diversas peças de porcelana oriental da sua coleção. Completam o cenário os têxteis em materiais de luxo, como os veludos e as passamanarias de seda que envolvem o espaço e lhe conferem o pretendido caráter protocolar e de aparato. A reconstituição dos elementos têxteis foi, simultaneamente, o ponto de partida e o maior desafio deste projeto museográfico.

“Ouro sobre azul” para impressionar os sentidos

Com base numa fatura da casa Barbosa e Costa, descobriu-se que o veludo azulino foi o tecido encomendado por D. Fernando II para revestir os estofos, do canapé e das cadeiras, e para a armação do fogão de sala desta divisão. O tom de veludo azul (azulino) descrito nos documentos estudados está em plena harmonia com os candeeiros e a taça em porcelana azul montados em bronze que se encontravam na Sala de Visitas naquela época.  Estas fontes revelam, também, que o tecido era aplicado nos estofos e armações com pregos dourados. Assim, foi possível reconstituir fielmente tanto os estofos do canapé e de seis cadeiras, como a armação do fogão de sala, obtendo um sofisticado e elegante efeito de “ouro sobre azul” que impressiona os sentidos.

Pormenores da Sala (Foto: JMS)

O aparato pretendido para esta divisão está diretamente ligado à sua função. A Sala de Visitas, conjuntamente com a Sala Verde e o Átrio da Sacristia, faziam parte da zona mais pública do Palácio. As visitas quotidianas de D. Fernando II e da Condessa d’Edla entravam pela porta do Átrio da Sacristia e aguardavam na Sala Verde, onde se encontrava o livro onde podiam assinar o seu nome. De seguida, eram recebidas, «de pé», na Sala de Visitas, mas apenas algumas eram convidadas a aceder às áreas mais privadas do palácio, dependendo do grau de proximidade com o monarca e a Condessa d’Edla, do assunto a tratar ou da causa da visita.

O projeto museográfico ficará concluído durante o presente ano com a colocação de algumas peças de mobiliário, que serão objeto de restauro, e com a aplicação de cortinas em veludo azulino.

Foto: José Marques Silva.

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Presidentes da CIM Cávado reúnem com Associação Nacional de Municípios

Autarcas preocupados com diminuição dos solos urbanos e financiamento de edifícios escolares

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Os representantes das Câmaras que integram a CIM Cávado – Comunidade Intermunicipal do Cávado (Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde) reuniram, ontem à tarde, com a direção da Associação Nacional dos Municípios Portugueses para discutirem uma série de assuntos que estão na agenda daqueles concelhos e que, pela sua importância e repercussões, preocupam os autarcas.

Entre as principais preocupações colocadas em cima da mesa está a questão dos PDM’s e o financiamento das obras dos edifícios escolares. No que respeita aos PDM’s, a principal queixa é a da rigidez de alguns organismos do Estado, que fazem uma interpretação restritiva da legislação, o pode levar a uma redução drástica das classificações de “solo urbano”, como prejuízos graves para as pessoas que pretendam construir as suas habitações. O apelo feito vai no sentido de que haja uma harmonização interpretativa da legislação, e que venha a ter efeito em todo o território nacional.

Quanto ao financiamento das requalificações dos edifícios escolares transferidos para os Municípios, os autarcas entendem que esse financiamento tem de ser assegurado por um programa do Estado Central, sob pena de haver um estrangulamento financeiro dos Municípios. 

Na reunião de ontem, também esteve em cima da mesa o designado Fundo de Apoio Municipal, nomeadamente a afetação de verbas para a rede viária e iluminação pública. Aliás, nesta questão foram também apresentadas preocupações no que respeita às matérias de contratos de distribuição de energia elétrica em baixa tensão e o financiamento de energias renováveis.

Outros dos aspetos que causam apreensão aos autarcas refere-se aos Planos Diretores Municipais, assim como o ressarcimento das verbas das despesas que os respetivos municípios tiveram de disponibilizar no contexto da pandemia da COVID-19.

Finalmente, em cima da mesa e com bastante acuidade, foi também debatido o processo de descentralização de competências nas áreas da Educação, Ação Social e Saúde.

Recorde-se que a Comunidade Intermunicipal do Cávado constitui a NUT III do Cávado, e engloba os concelhos de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, tendo sido constituída em 30 de outubro de 2008.

A NUT é estruturada pela bacia do Rio Cávado e desenvolve-se no sentido Sudoeste e Nordeste, confinando com o mar e com Espanha. É um território heterogéneo, integrando concelhos muito rurais junto ao mar, até concelhos muito rurais de montanha junto à fronteira, passando por concelhos muito urbanos e densos como Braga. Com uma área total de 1246 Km2 e 170 freguesias, compreendia, em 2021, uma população residente de cerca de 416.652 mil pessoas. Esta associação prende os seus interesses sobretudo no desenvolvimento territorial da região do Vale do Cávado.

A CIM Cávado tem por objetivo conjugar, promover e articular interesses comuns aos municípios associados, na área dos serviços coletivos de proximidade, e dos investimentos municipais ao nível de: a) promoção do planeamento e da gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e ambiental do território abrangido; b) articulação dos investimentos municipais de interesse intermunicipal; c) participação na gestão de programas de apoio ao desenvolvimento regional, designadamente no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional – QREN; d) planeamento das atuações de entidades públicas, de caráter supramunicipal.

Foto: CMB.

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PSP de Peniche detém três homens por crimes violentos e graves

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O Comando Distrital de Leiria da Polícia de Segurança Pública, na madrugada de 21 de março, através da Esquadra de Peniche, deteve três homens, com idades compreendidas entre os 30 e os 38 anos, por diversos crimes violentos e graves.

A operação, inserida no âmbito de uma investigação criminal, iniciada na sequência de uma situação de violentas agressões aos proprietários de um estabelecimento de restauração, na cidade de Peniche, bem como de resistência e coação a polícias do serviço de patrulha, cujas diligências realizadas e constante pesquisa de notícias desenvolvidas pelos polícias da estrutura da investigação criminal, permitiu à PSP perceber que os suspeitos teriam sido autores de outros ilícitos.

Assim, numa investigação relâmpago, sempre com o intuito de procurar fazer cessar esta atividade criminosa e devolver a calma à comunidade residente no concelho de Peniche, em estreita articulação com o DIAP local, a PSP reuniu prova suficiente, relativa à atividade que os suspeitos desenvolviam, levando à emissão de 5 mandados de busca domiciliária, 5 mandados de detenção fora de flagrante delito e 4 mandados de busca não domiciliária.

Face ao exposto, na passada madrugada, foi desenvolvida uma operação policial, envolvendo reforços da estrutura da investigação criminal e intervenção rápida do Comando Distrital de Leiria, bem como das várias valências da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa.

Na sequência da mesma, e após a realização das buscas domiciliárias, foi apreendido e considerado

relevante dado o objeto da investigação, o seguinte material: 1 reprodução de arma de fogo e 1 moca.

Foto: PSP.

Os detidos, com vasto leque de antecedentes criminais, serão presentes à autoridade judiciária, no dia de hoje, para que lhes sejam aplicadas medidas de coação, realçando-se que um dos detidos tinha um mandado de detenção pendente para cumprir pena de prisão efetiva por ilícitos praticadas e já julgados no passado.

Por fim, a PSP considera que “com estas operações policiais, o Comando Distrital de Leiria demonstra continuar a dificultar a atividade criminosa de quem se dedica às mais diversas tipologias criminais, procurando, com esta ação policial em concreto, devolver e reforçar a tranquilidade pública da comunidade residente, nomeadamente do concelho Peniche, relevando que dará cabal resposta a todos os atos criminosos, nomeadamente contra grupos vulneráveis e contra polícias”

Fotos: PSP.

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Porto: Nove detenções por posse e tráfico de drogas

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O Dispositivo da Polícia de Segurança Pública do Comando Metropolitano do Porto, no âmbito do combate ao crime de tráfico de estupefacientes, efetuou a detenção de 09 suspeitos de autoria desta referida prática ilícita e a apreensão de cerca de 385 doses individuais de Heroína, Cocaína e Haxixe.

No dia 21 de março, pelas 11h00, na Rua António Bessa Leite – Porto, deteve 01 homem, de 54 anos de idade, desempregado, residente em Viseu, apreendendo Heroína e Cocaína suficientes para cerca de 84 e 28 doses individuais, respetivamente. Pelas 11h25, na Rua Afonso de Paiva – Porto, deteve 01 homem, de 44 anos de idade, desempregado e residente em Matosinhos, apreendendo Heroína suficiente para cerca de 21 doses individuais. Pelas 16h00, na Praça da Corujeira – Porto, foi detido 01 homem, de 34 anos de idade, feirante, residente no Porto, apreendendo Haxixe suficiente para cerca de 16 doses individuais.

No mesmo dia, pelas 16h30, na mesma Praça, deteve 01 homem de 30 anos de idade, desempregado e residente no Porto, tendo apreendido Haxixe suficiente para cerca de 07 doses individuais e a quantia de 203 €. Pelas 17h50, na Rua Domingos Alvão – Porto, deteve 02 homens, de 26 e 28 anos de idade, pintor da construção civil e ajudante de cozinha, residentes em Vila Nova de Gaia e no Porto, respetivamente, apreendendo Haxixe suficiente para cerca de 32 doses individuais e a quantia de 596 € [ndr: foto de destaque]. Pelas 18h40, na Estrada da Circunvalação – Porto, deteve 01 homem, de 21 anos de idade, técnico de máquinas e residente em São Mamede de Infesta, apreendendo Haxixe suficiente para cerca de 12 doses individuais.

Já no dia 22 de março, pela 00h20, na Rua Particular de Monsanto – Porto, deteve 01 homem, de 24 anos de idade, desempregado e residente em Vila Real, apreendendo Haxixe suficiente para cerca de 199 doses individuais. Pelas 02h00, na Rua Fonte Massarelos – Porto, deteve 01 homem, de 45 anos de idade, desempregado e residente em Matosinhos, apreendendo Haxixe suficiente para cerca de 11 doses individuais.

Os detidos foram presentes junto das Autoridades Judiciárias.

Foto: PSP.

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