Atualidade
Número de casas à venda em Portugal cai 16% no terceiro trimestre do ano
Mercado imobiliário começa a ceder, preço por metro quadrado já começou a recuar e transação de imóveis cai 5%. Aumento da inflação e das taxas de juro colocam travão no mercado

O terceiro trimestre do ano já está a mostrar os primeiros sinais do impacto do aumento das taxas de juro com a queda acentuada no número de imóveis disponíveis para venda: menos 16% face ao trimestre anterior (de 53.350 imóveis para 44.567) e menos 30% face ao período homólogo em 2021, revela hoje a consultora imobiliária IMOVENDO numa análise ao mercado nacional.
A diminuição foi mais dramática nas áreas metropolitanas de Lisboa (menos 7 mil imóveis do que no 3º trimestre do ano passado) e do Porto (menos 3.600 imóveis), todavia, é transversal a todas regiões do país.
Também o preço médio dos imóveis está a ceder e já registou recuos significativos. Do lado da oferta, a queda no terceiro trimestre do ano foi de mais de 7% face ao trimestre anterior, passando de €464K para €431K.
Do lado dos imóveis vendidos, o decréscimo cifrou-se nos 5%, sendo que o preço médio desceu de €238k para €226k, no penúltimo trimestre do ano.
“Esta queda revela que já há alguma dificuldade em vender imóveis de valor mais elevado, bem como o desconhecimento por parte dos proprietários do valor real da casa, que até aqui vinha sendo sobrevalorizado”, esclarece Nélio Leão, CEO da IMOVENDO.
O preço por metro quadrado nos imóveis novos, que esteve sempre em crescendo, também está a ceder e registou um abrandamento na ordem dos 3% no 3º trimestre do ano. O mesmo não se verifica nos imóveis usados, onde o valor se tem mantido estável.
O travão, já antecipado face a um período de previsível crise, é atribuído ao aumento da inflação e das taxas de juro que leva a uma redução da confiança dos consumidores no mercado.
Além disso, o aumento das taxas de juro tem um impacto significativo na taxa de esforço dos potenciais compradores, tornando o acesso ao crédito mais difícil.
“O que está a acontecer do lado da oferta é algo muito incomum: o decréscimo da oferta acompanha o decréscimo no preço. E isto acontece devido ao facto de a inflação estar nos dois dígitos de haver expectativa de aumento das taxas de juro”, afirma Nélio Leão, adiantando que estes fatores têm um enorme impacto na confiança dos consumidores.
“A tendência, num prazo de 6 a 12 meses, é que estes dois indicadores estejam em dissonância, mais oferta menor preço, ou menos oferta preço mais alto”, acrescenta o CEO da IMOVENDO.
Mantendo-se a tendência, prevê-se que nos próximos meses se registe um aumento no inventário disponível, ou seja, crescimento da oferta e, consequentemente, um decréscimo nos valores dos imóveis.
Do lado das vendas, o abrandamento tem sido mais lento, mas os sinais de mudança já estão à vista. No terceiro trimestre de 2022, registou-se um recuo de 5% face ao período anterior e de 4% face ao período homólogo de 2021.
A Área Metropolitana do Porto foi a que mais sentiu este decréscimo, caindo 10% em termos de vendas quando comparado com o período homólogo do ano passado.
Foto: DR.
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Dia Aberto para conhecer o Conservatório de Música de Sintra

No próximo dia 17 de junho, o Conservatório de Música de Sintra volta a dinamizar uma tarde de atividades para famílias com crianças até aos 10 anos.
Música para Bebés, oficinas musicais, ballet, karaté e xadrez, mas também, experimentação de instrumentos e uma oficina de construção de livros infinitos, são várias as propostas para uma tarde bem preenchida. Haverá, ainda, um espaço especialmente destinado a brincadeira livre.
O Conservatório de Música de Sintra assinala, em setembro, cinco anos desde a mudança para instalações próprias em Vale Mourão, Paiões. Desde então, passou a disponibilizar oferta de ensino regular de jardim de infância e 1º ciclo do ensino básico, bem como aulas de ballet e xadrez. Em 2023/24, a oferta de atividades extracurriculares é alargada ao karaté, numa parceria com o Dragon Spirit Dojo.
Os bilhetes para o Dia Aberto têm um valor de 4 euros por pessoa (pago a partir dos 6 meses) e dão acesso a todas as atividades, mediante disponibilidade de lugar na sala.
As inscrições decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/dia-aberto.html
Imagem: CMS.
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Distrito de Aveiro: PSP detém 12 cidadãos e apreende cerca de 24 doses de estupefaciente
De 26 a 29 de maio

A Polícia de Segurança Pública, no período compreendido entre as 08h00 do dia 26 de maio e as 08h00 de hoje, procedeu à detenção de 12 cidadãos por ilícitos criminais.
Em Aveiro, deteve 02 por condução sob o efeito de álcool, tendo acusado taxas de alcoolemia de 1,71 g/l e 1,73 g/l; 01 por desobediência (tendo sido intercetado a conduzir um automóvel, estando com o título de condução apreendido); e 03 por condução sem habilitação legal para o efeito.
Em Espinho, deteve 02 por tráfico de estupefacientes. No dia 26 de maio, pelas 18h30, a Polícia intercetou os referidos cidadãos, em flagrante delito, num estabelecimento comercial, tendo-lhes apreendido cerca de 24 doses de haxixe, bem como 1 caixa de cartão contendo 390 Euros, 2 telemóveis e 1 x-ato [ndr: foto de destaque]; os detidos foram notificados para se apresentarem no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), em Espinho, hoje, pelas 10h00, e, após comparência, ambos ficaram sob as medidas de coação de Termo de Identidade e Residência, proibição de contacto entre eles e de frequentar determinados locais conotados com a prática deste tipo de crime.
Em São João da Madeira, deteve 01 em cumprimento de Mandado de Detenção e Condução, no âmbito de um processo de violência doméstica; 02 por condução sob o efeito de álcool, tendo acusado taxas de alcoolemia de 1,45 g/l e 1,30 g/l.
Em Santa Maria da Feira, foi detido 01 por condução sob o efeito de álcool, tendo acusado uma taxa de alcoolemia de 1,29 g/l.
Foto: PSP.
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Introdução ao consumo de bebidas espirituosas em Portugal Continental diminui quase 10% no 1º trimestre de 2023
Prestação de contas ao impacto do IABA

Os operadores portugueses de bebidas espirituosas diminuíram em quase 8,6% o valor das introduções ao consumo em Portugal Continental no 1º trimestre de 2023 em comparação com o período homólogo de 2022. O que levou a um decréscimo da receita fiscal na ordem dos 900 mil euros. Este é apenas um dos indicadores em destaque no documento conjunto da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE) e da EY Portugal com a prestação de contas relativa à execução orçamental do imposto especial sobre o consumo IABA (imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes).
O relatório foi apresentado na conferência subordinada ao tema “O paradigma do setor das bebidas espirituosas – A fiscalidade do setor no contexto de recuperação pós-pandemia, inflação e disrupção das cadeias de abastecimento”, que se realizou na manhã desta segunda-feira, 29 de maio, no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa.
Este relatório da ANEBE e da EY Portugal insere-se numa abordagem de monitorização e prestação de contas que a indústria das bebidas espirituosas, em parceria com a EY, adotou como modelo de accountability para avaliar e melhorar políticas públicas que afetam um setor económico e a sua cadeia de valor. É também o primeiro documento enviado desde que o Governo decidiu aumentar o IABA na categoria de espirituosas em 4% em sede de Orçamento de Estado para 2023, terminando um período de congelamento da taxa que vigorava desde 2019.
A diminuição de quase 10% da introdução ao consumo de bebidas espirituosas em Portugal Continental no 1º trimestre de 2023 estará relacionada, por um lado, com uma antecipação dos produtores à entrada em vigor no inicio do ano ao aumento de 4% do IABA (que já havia aumentado 1% a meio do ano de 2022), e, por outro, à quebra da procura e das vendas, tanto pelo lado do aumento dos preços devido à indexação natural do aumento da taxa no PVP dos produtos, como pelo impacto da inflação no poder de compra dos consumidores.
Esta diminuição das introduções ao consumo resultou num decréscimo da receita fiscal na ordem dos 900 mil euros só nos primeiros três meses de 2023 face ao período homólogo de 2022.
No ano passado, o setor das bebidas espirituosas, que representa 11% do consumo de bebidas alcoólicas em Portugal, contribuiu com 50% do total do imposto IABA arrecadado no nosso país, garantindo ao Estado 156,7 milhões de euros (mais cerca de 45,6 milhões de euros do que em 2021), o que revela uma grande dinâmica económica do setor.
O documento demonstra, ainda, que o congelamento do IABA, que vigorou em Portugal entre 2019 e os primeiros seis meses de 2022, teve resultados muito positivos e permitiu ao Estado, sem o aumento da taxa do imposto, garantir receita fiscal. Já para os produtores, possibilitou estabilidade fiscal para investimento em recursos humanos, marketing, inovação e potenciação dos seus negócios para os mercados externos. Uma política fiscal com claras consequências positivas para a economia.
O estudo conclui que é crucial efetuar o devido acompanhamento da arrecadação de receita deste imposto, bem como determinar a sua execução concreta face ao valor orçamentado, considerando que uma tax policy eficiente pode gerar uma maior receita e garantir a sustentabilidade do setor, sobretudo dos pequenos operadores da indústria das bebidas espirituosas.
“Afigura-se, assim, fundamental voltar à política de congelamento da taxa observado desde 2019, por forma a que o Governo não contribua, de forma direta ou indireta, em primeiro lugar, para o incremento do fenómeno inflacionista. E, segundo lugar, aproveitando a dinâmica da nossa economia ancorada no turismo, o Estado sem cair na tentação política do aumento de imposto, continuar a arrecadar acompanhando este movimento positivo da economia. E, por fim, permitir às nossas empresas investir mais, criar mais postos de trabalho, aumentar o seu investimento em marketing, em marketplaces, em acompanhar as novas tendências do mercado, em inovação, e sobretudo, com a estabilidade fiscal, promover as suas marcas nos mercados externos”, destaca João Vargas, Secretário-Geral da ANEBE.
“Este Shadow Forecast vem demonstrar a importância de uma política fiscal adequada à realidade do setor, nomeadamente a estimativa de podermos ter já ultrapassado o ótimo potencial atual ao nível da tributação para a categoria das bebidas espirituosas, atentas as condições de mercado e dimensão dos operadores no contexto da realidade portuguesa, uma pequena economia aberta ao exterior. A existência de um clima de estabilidade fiscal em matéria de tributação especial sobre o consumo, através da adoção de uma cláusula de stand-still por um período específico de tempo, pode ser vista como uma abordagem efetiva de relançamento económico no setor, incentivando-se assim as decisões de investimento e criação de emprego pelos produtores de bebidas espirituosas”, salienta Amílcar Nunes, Tax Partner EY.
Foto: DR.
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