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Natal e fim de ano a chegar: 9 perguntas e respostas sobre consumo do álcool

Ordem dos Psicólogos desmistifica mitos associados

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Nesta quadra de festividades, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) divulga um documento com o que precisa de saber sobre o consumo problemático de álcool.

A época do Natal à qual acresce uma vivência demasiado longa de pandemia pode ser uma mistura explosiva que, para muitas pessoas, se transforma numa fonte adicional de stress, cansaço, desgaste e falta de esperança. Com o objetivo de desmistificar o consumo do álcool e ajudar a manter a saúde psicológica nesta quadra, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) criou um documento com perguntas e respostas essenciais para estar bem informado sobre o consumo excessivo e o que fazer.

Quais são os efeitos do consumo de álcool?

Para a maioria das pessoas, o consumo do álcool é apenas para relaxar e procurar sensações agradáveis, de tranquilidade e bem-estar. No início, ajuda a sentirmo-nos menos inibidos e ansiosos, mas à medida que o corpo processa o álcool, podem começar sentimentos de ansiedade, agitação e depressão, afetando o equilíbrio e a coordenação e causando dores de cabeça, tonturas, náuseas e vómitos. O impacto do álcool varia em função de vários fatores como idade ou peso, mas pode ser sempre perigoso.

Quando é que o consumo de álcool se torna um problema?

No documento pode ler-se que «o consumo problemático de álcool corresponde a um padrão de consumo que produz consequências adversas recorrentes e significativas», como incumprimento de obrigações e responsabilidades, problemas legais ou interpessoais. A partir do momento em que uma pessoa não controla o consumo de álcool e não consegue parar de beber torna-se alguém com um problema de alcoolismo. «A dependência do álcool caracteriza-se pela tolerância ao álcool (é preciso beber cada vez mais para produzir os mesmos efeitos) e por sintomas de abstinência».

De acordo com a Direção-Geral de Saúde o consumo de álcool tem vários níveis, que começa no consumo de baixo risco, passa pelo consumo de risco e pelo consumo nocivo e termina na dependência.

«Segundo a Organização Mundial de Saúde, Portugal é um dos países do mundo com maior índice de consumo de álcool por pessoa: dos portugueses que bebem, 16,9% fazem-no de forma excessiva e 2,1% apresentam dependência do álcool. Os dados de um estudo realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), durante o período inicial da pandemia, revelam que 21% dos portugueses e das portuguesas aumentou o seu consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia».

Quais são as causas dos problemas relacionados com o consumo de álcool?

As causas dos problemas relacionados com o consumo de álcool podem ser genéticas, fisiológicas, psicológicas e sociais, e cada pessoa é afetada de forma diferente.

Quais são as consequências do consumo problemático de álcool?

O consumo de risco, nocivo ou a dependência do álcool traduzem-se em riscos sérios para a Saúde Física e Psicológica, como aumento do risco de lesões, enfraquecimento do sistema imunitário, aumento dos problemas de Saúde Psicológica, deterioração e atrofia cerebral ou aumento de comportamentos de risco. «A Organização Mundial de Saúde estima que o consumo excessivo de álcool possa provocar cerca de 3,3 milhões de mortes em cada ano (ou 5,9% de todas as mortes no mundo)».

Quais são os principais mitos associados ao consumo de álcool?

O álcool ajuda a relaxar, a dormir melhor ou mesmo a esquecer os problemas são alguns dos mitos que a OPP quer desmistificar. Outros mitos são que quem aguenta bem a bebida não precisa de se preocupar ou que beber com moderação é seguro para qualquer um.

O que podemos fazer para reduzir o consumo de álcool?

Pode ser difícil, mas é preciso fazer pequenas mudanças, monitorizando o consumo de álcool, tendo dias 0% álcool ou partilhando a intenção de reduzir. Outras sugestões apontadas pela OPP passam por partilhar o cumprimento de objetivos, manter a motivação, adotar um estilo de vida saudável e/ou procurar ajuda.

Quando devemos procurar ajuda?

Quanto mais cedo se sair da negação e se procurar ajuda maior a probabilidade de recuperação. Na maioria dos casos é preciso ajuda. Se suspeita que alguém tem problemas relacionados com o álcool fique atento a sinais como a pessoa sentir-se culpada por beber, ter falta de interesse nas atividades ou ser desonesto na quantidade de álcool que diz que consome.

Como pode um psicólogo ajudar?                          

Os psicólogos com experiência nos problemas associados ao consumo de álcool podem ajudar a encontrar o tratamento mais adequado e a motivação para procurar ajuda e seguir esse tratamento, mas também podem ajudar a resolver os problemas de natureza psicológica ou identificar as circunstâncias que despoletam o comportamento de consumo de álcool.

Como podem familiares e amigos ajudar?

Se está preocupado com o consumo de álcool de alguém, pode ajudar se escolher um lugar seguro e confortável e um momento em que estejam ambos tranquilos. Esteja disponível para escutar sem criticar, julgar ou rotular a pessoa. É importante se for paciente e persistente, porque ajudar alguém a ultrapassar um problema associado ao consumo de álcool leva tempo.

Pergunte como pode ajudar e utilize linguagem positiva.

Links e números úteis

Eu Sinto.me www.eusinto.me

Alcoólicos Anónimos Portugal www.aaportugal.org

Al-Anon Portugal http://al-anon.pt/al-anon/

Serviço de aconselhamento psicológico do SNS24 (808 24 24 24)

Linha Vida (14 14).

Foto: DR.

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Fortaleza de Valença: Reconstrução do Baluarte de São José Avança para Fase Final

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Os trabalhos de reconstrução do pano de muralha do Baluarte de S. José, na Fortaleza de Valença, encontram-se numa fase decisiva, com a reconstrução em curso do segundo troço da estrutura, que ruiu a 1 de janeiro de 2023.

A intervenção decorre sob rigorosa monitorização dos técnicos da Unidade da Cultura da CCDR-Norte e do Município de Valença.

A recuperação desta estrutura histórica chega agora à sua fase final, através de um cuidadoso trabalho de recuperação que respeita integralmente as características originais da construção setecentista.

Os trabalhos avançam com o rigor que um monumento classificado exige. Neste momento, decorre a reconstrução do segundo pano de muralha, localizado no tardoz da cortina, paralelamente aos trabalhos de aterro da vala de fundação, operações técnicas essenciais para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura. Também se está a proceder à recolocação do friso e restante aparelho que remata o topo superior do pano da primeira cortina.

O Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, tem acompanhado pessoalmente a evolução dos trabalhos, sublinhando a importância desta intervenção: “Estamos comprometidos em devolver à Fortaleza de Valença toda a sua integridade histórica, garantindo que esta obra seja executada com o máximo rigor técnico e respeito pelo património que nos foi legado.”

Esta intervenção irá repor a totalidade da estrutura original, mantendo intacto o valor patrimonial de um dos mais emblemáticos exemplos da arquitetura militar portuguesa. A Fortaleza de Valença, testemunho singular da nossa história, verá assim assegurada a sua preservação e transmissão como legado cultural às gerações futuras.

Foto: CMV.

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Barcelos: Conferência sobre Fibromialgia a 30 de maio no IPCA

“Transformando a dor em vida” é o tema da conferência promovida pelo Instituto Renascer

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O Instituto Renascer – Fibromialgia em Portugal e Fibromialgia leva a cabo uma conferênciasobre Fibromialgia, no dia 30 de maio, pelas 20h45, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia no IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.

“Com esta iniciativa, pretendemos sensibilizar e informar sobre a realidade vivida pelas pessoas com fibromialgia, abordando estratégias para enfrentar os desafios físicos, emocionais e sociais associados à doença”, sublinha a organização.

Sob o tema “Transformando a Dor em Vida”, pretende proporcionar um espaço de partilha, esclarecimento e empoderamento para doentes, familiares, cuidadores, publico em geral e profissionais da educação, da saúde, com entrada livre.

Esta formação é certificada para professores, pelo CFAE – Barcelos/Esposende, com o link de inscrição para professores em https://www.cfaebe.pt/course/4171ara .

Serão tratados os seguintes temas:

– Transformando a Dor em Vida – Vencer os Desafios da Fibromialgia;

– Papel da medicina do trabalho…

– Apoios a doentes crónicos pela segurança social;

– O que é a Fibromialgia…

O evento contará com as preleções e intervenções de Paula Encarnação, Professora na Escola Superior de Enfermagem – Universidade do Minho; Vânia Teixeira, Médica de Medicina do Trabalho na ULS – Hospital de Braga; Filipa Braga, Assistente Social na Segurança Social; Jorge Mandim, Diretor da Fibromialgia em Portugal e Instituto Renascer.

“Esta ação de formação visa não só sensibilizar a sociedade sobre o impacto real da fibromialgia na vida dos pacientes, como também oferecer ferramentas práticas para a gestão dos seus desafios físicos e emocionais. Ao promover o conhecimento e o diálogo aberto, contribui-se ativamente para a luta contra o estigma, ajudando a construir uma rede de apoio mais empática, informada e inclusiva”, sublinha a organização.

“A Saúde Ocupacional é um direito consagrado na Lei de Bases da Saúde, assegurando a todos os trabalhadores o acesso à avaliação pela Medicina do Trabalho ao longo da sua vida profissional. Neste âmbito, o Médico do Trabalho assume um papel crucial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e de acidentes de trabalho, bem como na avaliação da aptidão dos trabalhadores para o desempenho das suas funções, considerando as suas capacidades e eventuais limitações. No caso específico dos trabalhadores com fibromialgia, a intervenção da Medicina do Trabalho visa promover a sua aptidão para o trabalho bem como a sua qualidade de vida e bem-estar”, continua.

A Fibromialgia é considerada uma doença do sistema nervoso central, acompanhada pelas especialidades de Neurologia, Reumatologia, com uma equipa multidisciplinar e requer tratamentos de reabilitação permanentes, pois os doentes apresentam lentificação motora e cognitiva. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia: “A fibromialgia é caracterizada por dores músculo-esqueléticas generalizadas… fadiga, stress distúrbios do sono, alterações cognitivas, memória e concentração”.

A defesa e promoção dos direitos e interesses das pessoas com Fibromialgia-Dor e suas famílias,  é o papel   das plataformas  www.fibromialgiaemportugal.pt e Fibromialgia e seus preconceitos, https://www.facebook.com/groups/1017979065050898 que são geridas por Jorge Mandim e Ana dos Santos.

“Falar de Fibromialgia é falar de Dor e causa endurecimento/rigidez por todo o corpo. Pode ser debilitante, causar solidão, ansiedade e depressão. Os doentes com Fibromialgia são psicologicamente frágeis e isso contribui para o aumento da manifestação da doença… A Fibromialgia atinge crianças, jovens e adultos. Usualmente são diagnosticados entre os 20 e 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que afete cerca de 2 a 4% da população (embora seja mais prevalente na idade adulta) e, dos diagnosticados, cerca de 90% são mulheres e 10% são homens”, dizem os especialistas.

A Fibromialgia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992, com o código CID 10 – M79.7. Em Portugal foi reconhecida, em 2003, pela Direção Geral da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou em 1 de janeiro de 2022, com um novo código a DOR e Fibromialgia.

“O impacto da fibromialgia na sociedade é evidente em várias áreas, incluindo na saúde, no trabalho e na economia. Por exemplo, estudos mostram que as pessoas com fibromialgia têm um risco maior de desenvolver outras condições de saúde, como a depressão, a ansiedade e a síndrome do intestino irritável. Além disso, a dor crónica e a fadiga podem levar a uma diminuição da capacidade de trabalhar e realizar tarefas diárias, o que pode levar a um aumento das taxas de desemprego e da necessidade de apoio social”, segundo especialistas.

Imagem: IR.

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Rio Tinto: PSP recupera carro roubado em Bragança

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Na noite do dia 15 de maio, em Bragança, foi furtado do interior de uma garagem, por método de arrombamento da porta, uma viatura BMW avaliada em cerca de 40.000 Euros.

A viatura foi avistada durante a tarde do dia 16 na Rotunda das Areias, (Campanhã), no Porto, onde seguiam três ocupantes, tendo-se mobilizado diversos meios com vista à interceção e recuperação da mesma em local adequado de acordo por onde a mesma se dirigia, vindo a desenrolar-se uma operação de controlo policial na Rotunda do Parque Nascente em Rio Tinto.

O condutor da viatura ao aperceber-se da presença da PSP e da ordem de paragem que lhe foi dirigida parou e recuou repentinamente, provocou um acidente, galgou passeios acelerando bruscamente colocando em perigo os peões que ali circulavam bem como Polícias que seguiam a pé no seu encalço, vindo a viatura a embater num poste de eletricidade e ali ficar imobilizada.

O condutor, o homem de 37 anos, natural e residente no Porto, que não possuía carta de condução e que exerceu condução perigosa, abriu a porta e colocou-se em fuga sendo intercetado após uma perseguição apeada.

No carro seguiam ainda mais duas pessoas, duas jovens de 15 e 16 anos, tendo estas obedecido às ordens, permanecendo no veículo suspeito até serem retiradas em segurança, vindo a apurar-se que as mesmas se encontravam evadias de uma instituição de acolhimento em Baguim do Monte onde foram conduzidas, sendo uma delas prima do suspeito.

O suspeito foi detido pelas 17h45 do dia 16 de maio pela 3ª Divisão, e após ter sido presente às Autoridades Judiciárias competentes foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Foto: PSP.

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