Atualidade
Como acolher pessoas refugiadas?
Ordem dos Psicólogos Portugueses divulga guia para ajudar quem quer ajudar

Com a guerra na Ucrânia a obrigar os seus cidadãos a procurar acolhimentos noutros países, incluindo Portugal, é natural que a sociedade civil se una para dar resposta humanitária. Com o objetivo de ajudar neste momento desafiante para todos, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) divulga o documento “Guia para acolher pessoas refugiadas”.
Todos queremos ajudar, mas quando nos disponibilizamos para apoiar pessoas refugiadas devemos fazê-lo com consciência e reflexão sobre as nossas reais capacidades e disponibilidades. Nesse sentido, o documento da OPP começa por explicar quem são as pessoas refugiadas e como as podemos ajudar, e termina com um breve guia de acolhimento.
Quem são as pessoas refugiadas e como podemos ajudá-las?
Quem faz um movimento de migração forçada por risco de sofrer violações graves dos direitos humanos está a experienciar uma situação de crise e grande vulnerabilidade. Contudo, é uma situação temporária de alguém que tem uma história, um passado, uma profissão e qualidades como qualquer um de nós.
O facto de serem atualmente refugiados pode colocar entraves à realização do seu potencial, bem-estar e saúde psicológica. É natural que estas pessoas se sintam tristes, assustadas, frustradas e mesmo zangadas, além de existirem barreiras como a língua, a religião ou a cultura. No país de acolhimento, existem processos de adaptação complexos como a esperança do acolhimento, a consciência da sua nova situação e a adaptação a essa realidade (que pode ser positiva ou negativa).
Há muitas formas de ajudar e devemos escolher aquela(s) que se adequa(m) às nossas capacidades, recursos e circunstâncias atuais. Depois de conhecer as necessidades, a ajuda pode ser tão diversa como facilitar a integração na comunidade, disponibilizar competências como a língua, encorajar empresas e locais de ensino a criar bolsas, empregar, acolher em casa, fazer donativos ou conversar sobre a paz.
Todos podemos ajudar, mas podemos fazê-lo de formas diferentes, porque todas as formas de ajuda são importantes e todas podem fazer a diferença.
Guia breve para acolher pessoas refugiadas em nossa casa
O que significa acolher pessoas refugiadas
“Acolher pessoas refugiadas na nossa casa não envolve apenas disponibilizar espaço físico (um quarto, por exemplo) e outros bens materiais (por exemplo, alimentação e roupa). Implica estarmos disponíveis para investirmos o nosso tempo no apoio à resolução de tarefas burocráticas, ao acesso a serviços de educação, saúde, emprego, bem como à integração das pessoas refugiadas na nossa comunidade”, pode ler-se no documento. Não nos podemos esquecer que estamos a abrir as fronteiras para o nosso espaço familiar e que temos de assumir um compromisso para evitar mais sofrimento.
O que devemos considerar para as acolher
Por muito altruístas que sejamos, não podemos subestimar a tarefa. Temos de ter consciência que não conhecemos as pessoas que vamos acolher, que teremos de abdicar da nossa privacidade e que podem existir diferenças culturais. É uma decisão para ser tomada em família, alinhada com a fase da vida em que estamos. Devemos considerar o tempo que temos disponível, se nos sentimos preparados para lidar com o impacto logístico e emocional, decidir quais os nossos limites e considerar que será um acolhimento temporário.
“Acolher pessoas refugiadas na nossa casa pode ser uma experiência transformadora, que nos traz alegria, satisfação e sentimentos de realização. Pode ensinar-nos coisas sobre nós próprios e sobre a nossa família. Pode mudar-nos, tornar-nos mais resilientes e mais tolerantes. Mas também nos pode gerar dificuldades, conflitos familiares e sentimentos de arrependimento, frustração e ansiedade, por exemplo”, esclarece o documento.
Como nos podemos preparar para os receber em nossa casa
Além de estarmos conscientes do passo que vamos dar, devemos preparar os nossos filhos conversando e envolvendo no processo de preparação do acolhimento. No dia da chegada, devemos mostrar que são bem-vindos, mas também respeitar o seu espaço.
Há regras importantes a serem estabelecidas para uma convivência confortável e saudável. Deve definir-se, por exemplo, o funcionamento geral da casa, a organização da cozinha/refeições, a utilização da casa de banho, a utilização de televisão/computador e a privacidade.
Durante a estadia, é importante ir acompanhando e encontrando um equilíbrio. Entre outras sugestões, a OPP propõe que se dê espaço, respeite a privacidade, mostre flexibilidade, valide emoções, proporcione oportunidades para que se expressem e se sintam úteis, aprenda sobre a cultura das pessoas refugiadas e se partilhe a nossa cultura e língua.
É importante estar atento a sinais de risco intensos ou mal-estar psicológico e caso as coisas não estejam a correr bem deve ligar para a linha de apoio do SNS 24. O documento adverte que “é expectável que 1 em cada 5 pessoas refugiadas possa desenvolver problemas de Saúde Psicológica. O nosso papel é facilitar que acedam ao apoio psicológico de que necessitam para recuperar”.
Quando acabar o acolhimento, é importante aceitar as nossas emoções e sentimentos e partilhar a experiência e o que sentimos.
Link do documento:
https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/opp_guia_acolherpessoasrefugiadas.pdf
Falar Ajuda: https://www.youtube.com/watch?v=7AfCKC1ZiXE&t=1s
SNS 24 808 24 24 24
Foto: DR.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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