Atualidade
CIM Alto Minho pretende desenvolver plano de contingência para gestão de secas e escassez de água no território

O anúncio dessa ambição do território foi feito no âmbito de uma reunião de trabalho realizada ontem, dia 8 de agosto, em Ponte de Lima, entre a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) e o vice-presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado. Esta reunião teve como objetivo contextualizar a atual situação de seca que assola todo o Alto Minho, as suas consequências e os seus impactos e, assim, potenciar uma estreita articulação interinstitucional em matéria de planeamento e gestão dos recursos hídricos à escala supramunicipal.
De acordo com Manoel Batista, presidente da CIM Alto Minho, nesta reunião foram consensualizadas com a APA linhas de atuação conjuntas como a elaboração de um plano integrado de gestão da água, que permita acautelar no futuro o abastecimento para os sectores residencial, industrial e, sobretudo, agrícola, em situações de seca extrema. Como exemplos de alternativas para a retenção de água, apontou “a criação de pequenas bacias de retenção de água nas áreas de maior altitude do território para garantir a alimentação dos sistemas de rega mais tradicionais e para a produção animal” ou “trazer sistemas inteligentes de rega para a diminuição das perdas associadas ao sector agrícola”.
Manoel Batista referiu, ainda, que o Alto Minho “vive uma situação delicada de seca severa que pode pôr em risco o fornecimento de água, em particular nas aldeias de montanha, que têm sistemas próprios de abastecimento através de furos e captações que estão a perder caudal”. “Algumas aldeias já estão a ser apoiadas pelos municípios, através das corporações de bombeiros locais, para colocar água nos reservatórios”, adiantou Manoel Batista, alertando que “a situação vai ser acompanhada localmente para ver quando é necessário tomar medidas mais drásticas para o controlo do consumo da água”. “Perante um cenário de ausência de chuva, estão a ser equacionadas medidas dentro do possível”, frisou.
De referir, ainda, que, no imediato, é intenção da CIM Alto Minho e dos municípios seus associados, desenvolver uma “intensa” campanha de comunicação e sensibilização da população do Alto Minho para a redução do consumo de água, bem como associarem-se à campanha “Vamos fechar a torneira à seca”, promovida pelo Grupo Águas de Portugal e pela APA, no quadro das medidas de combate à seca do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em parceria com Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.
Por outro lado, os municípios do Alto Minho pretendem, também, eles próprios, “dar o exemplo” no uso eficiente de água, pelo que reiteraram o compromisso de reduzir ao mínimo o consumo de água, por exemplo, diminuindo ou condicionando as regas ou reduzir o consumo na lavagem de viaturas municipais e dos contentores, procurando fazê-lo com sistemas alternativos sem utilizar água da rede de abastecimento público. “Para que sejamos nós próprios, os municípios, a dar o exemplo de cautela e rigor na gestão da água”, destacou.
Além do plano intermunicipal de contingência para a gestão da água que se pretende desenvolver e operacionalizar com recurso a cofinanciamento a ser estudado com o apoio da APA, A CIM Alto Minho apresentou ao vice-presidente da APA outras propostas e projetos para implementar no futuro, alguns dos quais poderão ser enquadrados em candidaturas ao Fundo Ambiental ou noutros instrumentos de financiamento europeus, por exemplo no âmbito do REACT-EU, para que o Alto Minho possa aumentar a sua eficiência hídrica, fazer face à transição climática e reforçar a sua capacidade de monitorização, de atuação por antecipação e de intervenção ao nível da reabilitação da rede hidrográfica.

No decurso desta reunião, o vice-presidente da APA apresentou o ponto de situação da seca no território nacional, com enfoque no Alto Minho – que, à data, segundo dados disponibilizados pelo IPMA no Boletim de monitorização da seca meteorológica (julho/2022), enfrenta uma situação de seca meteorológica severa. Segundo Pimenta Machado, a situação de disponibilidade de água é particularmente crítica no Alto Minho, com a bacia hidrográfica do Lima a dispor de apenas 17,8% do volume total. Enfatizou a importância de apostar na eficiência hídrica, minimizando as perdas registadas não só ao nível dos sistemas de abastecimento de água para consumo humano, mas também aquelas associadas à produção agrícola, bem como a oportunidade do recurso à telemetria e a sistemas de rega inteligentes, a utilização de águas para reutilização para usos não potáveis e a necessidade de reforçar campanhas locais de sensibilização.
Por fim, Pimenta Machado manifestou o interesse e disponibilidade demonstrada pela APA em apoiar as propostas de intervenção apresentadas e discutidas no âmbito dos trabalhos decorridos.
Fotos: CIM-AM.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
Atualidade
Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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