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Barcelos: Autarcas anseiam Ecomuseu do Neiva

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Os autarcas das freguesias do vale do Neiva do concelho de Barcelos são unânimes em considerar que a constituição de um Ecomuseu no Vale do Neiva representa uma mais-valia para a preservação da identidade cultural e para a salvaguarda sobre a sustentabilidade paisagística daquele território. Esta é a principal conclusão do seminário “Potencialidades e Estratégias do Território do Neiva como Ecomuseu”, realizado no passado dia 26 de novembro, no auditório da Junta de Freguesia de Balugães.

Naquele seminário, cerca de meia centena de participantes, entre os quais se contavam especialistas, autarcas locais e agentes culturais, debateram as diferentes temáticas definidas na apresentação pública dos resultados preliminares da Ação A.5 “Espaço Rural, Identidade do território e sustentabilidade: Ciclo de colóquios e workshops – Ecomuseu do Neiva”, do Programa Cultura para Todos numa Cidade Educadora Inclusiva.

O debate, bastante participado, abordou a salvaguarda da paisagem e património cultural e imaterial como meio de desenvolvimento, a requalificação ambiental e a sustentabilidade da paisagem natural e ecológica do Rio Neiva, a manutenção da paisagem agrária e a criação de uma ecovia do Neiva articulada com vários circuitos de interpretação.

Especialistas unânimes na necessidade da salvaguarda daquela paisagem cultural

O anfitrião, Paulo Fagundes, presidente da Junta de Freguesia de Balugães, destacou a importância e oportunidade do debate sobre a qualidade ambiental e a gestão da água do Rio Neiva, um dos aspetos que ligam e mais preocupam as populações deste vale.

Sérgio Bastos, da WebItNow/ Valorizar o Neiva, apresentou uma síntese das propostas e preocupações manifestadas pela população durante a dezena de atividades de consulta às freguesias do Vale do Neiva do concelho de Barcelos realizadas entre junho e novembro. Entre as propostas apresentadas, valorizou a possibilidade de criação de uma marca “Neiva”, a aposta no Turismo de natureza e a criação de uma rede de polos como base do Ecomuseu.

Por seu turno, os arqueólogos Xilberte Manso e Xosé Vilar, da associação galega Instituto de Estudos Miñoranos, incidiram a sua intervenção sobre a manutenção da paisagem imaterial, e desafiaram a comunidade do Neiva à recolha e salvaguarda das centenas de microtopónimos de todos os terrenos e lugares desta região que constituem uma riqueza linguística e patrimonial em vias de extinção.

Pedro Macedo, especialista em Planeamento e Sustentabilidade, apresentou o exemplo do Ecomuseu de Rates na interpretação da paisagem rural, dos seus desafios e da sustentabilidade dos projetos de iniciativa local na preservação das memórias coletivas.

A bióloga Joana Soto, da Associação Amigos da Montanha, centrou-se na ação pedagógica daquela entidade nas áreas do Ambiente e da Conservação da Natureza, através dos projetos ambientais com intervenção social, e considerou o território do Neiva particularmente interessante para a realização de atividades de educação ambiental.

Na vertente cultural, Luís Franco, do Núcleo Promotor do “Auto de Floripes 5 de agosto”, abordou os aspetos identitários do teatro popular, um património comum a quase todas as freguesias do Neiva, e no investimento e estratégias desenvolvidas por aquela associação na investigação e salvaguarda da famosa peça de teatro apresentada no Lugar das Neves (Barroselas, Mujães e Vila de Punhe) por ocasião das Festividades de Nossa Senhora das Neves.

Cláudio Brochado, do Município de Barcelos, analisou algumas propostas e preocupações recolhidas durante a consulta pública, elencando os desafios dos ecomuseus enquanto projetos de construção e de gestão social, e do sentido de existirem estruturas desse modelo no território do Neiva.

No debate aberto ao público, os participantes manifestaram preocupação quanto à gestão e financiamento de um ecomuseu no Vale do Neiva, da possibilidade de se poder alargar a participação às freguesias do vale dos outros concelhos, sobre a manutenção da paisagem natural e das espécies autóctones, na recuperação e promoção dos lugares de memória coletiva, a criação de dinâmicas de sensibilização da comunidade para os seus processos culturais e das freguesias vizinhas, a manutenção das construções rurais como elementos centrais da paisagem, o envolvimento das diferentes associações locais no projeto e a valorização e partilha do valiosos património simbólico de cada comunidade.

O Programa Cultura para Todos numa Cidade Educadora Inclusiva é promovido pelo Município de Barcelos para apoio à atividade cultural, tendo como objetivo principal promover o acesso à cultura às comunidades vulneráveis ou em risco de exclusão social, favorecendo-se a inclusão pelo incremento da participação e da fruição ativa da cultura.

O projeto está dotado de 135.565,00 euros, é financiado a 85% pelo Fundo Social Europeu, através do Programa Operacional Norte2020, comportando os encargos com a capacitação, encontros, seminários, intercâmbios, workshops, exposições e estudo de diagnóstico e de avaliação.

Esta ação de comunicação é financiada pelo POAT – Programa Operacional de Assistência Técnica.

Foto: CMB.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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