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“Assistimos a emergências humanitárias globais que persistem no tempo, na devastação e que podem agravar-se e proliferar em 2024”

Antevisão de Joana Feliciano, Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR

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O ano começa com mais um recorde trágico em termos humanitários: são já mais de 114 milhões as pessoas que foram forçadas a fugir em todo mundo. Falamos de pessoas que hoje procuram segurança e esperança longe dos conflitos, das violações de Direitos Humanos e dos fenómenos climáticos calamitosos e que dependem do apoio de Organizações humanitárias como a Agência da ONU para os Refugiados e dos seus parceiros nacionais, entre os quais a Portugal com ACNUR, para sobreviver.

“Lamentavelmente, as emergências humanitárias a nível global e o sofrimento das pessoas deslocadas à força persistem no tempo, na devastação e não se pode excluir o surgimento de mais emergências em 2024”, alerta Joana Feliciano, Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR. O parceiro nacional do ACNUR antecipa um agravamento da situação ao longo deste ano, com o número de pessoas deslocadas a poder chegar aos 130.8 milhões, de acordo com os dados fornecidos pelo relatório “Global Appeal 2024” da Agência da ONU para os Refugiados.

Para a Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR, os últimos anos trouxeram consigo um intensificar da tensão política mundial que culminou numa situação crítica no último ano. “Em 2023, além de assistirmos ao prolongamento de emergências humanitárias que duram há décadas, como é o caso do Afeganistão e da Síria, testemunhámos um novo e devastador conflito no Sudão, a continuação da guerra na Ucrânia, uma série de golpes de Estado na região do Sahel, mais violência na República Democrática do Congo, deslocações em Myanmar e um novo conflito em Gaza que aumentou os riscos em toda a região”, realça Joana Feliciano.

2 anos de guerra na Ucrânia e Inverno no foco da Fundação

A guerra na Ucrânia está longe de terminar e, como tal, é uma das emergências a que o ACNUR e os seus parceiros nacionais continuam a prestar apoio. “Com dois anos decorridos desde o início da guerra, o ACNUR quer continuar a ter uma presença e resposta ativa na linha da frente para garantir que todas as pessoas vulneráveis consigam ter uma rede de apoio disponível”, comenta Joana Feliciano. A Responsável de Marketing e Comunicação da Portugal com ACNUR revela que, atualmente, a intervenção da Agência da ONU para os Refugiados no terreno centra-se, sobretudo, na ajuda monetária para cobrir as necessidades mais básicas das pessoas diretamente afetadas pela guerra e no apoio às pessoas internamente deslocadas e a todos os que retornaram prematuramente ao país, providenciando abrigos e bens de primeira necessidade.

Outro problema que, para o parceiro nacional do ACNUR, também não pode ficar esquecido é o impacto das alterações climáticas na vida das pessoas refugiadas, sendo que 60% desta população provém ou vive nos países mais vulneráveis à crise climática. O frio extremo esperado para esta altura torna a realidade ainda mais dura. “Este inverno, na ausência de soluções pacíficas para algumas das mais difíceis crises de deslocação, as necessidades humanitárias dos refugiados e das famílias deslocadas continuam a aumentar”, refere Joana Feliciano. Algumas das emergências humanitárias mais afetadas são as do Afeganistão, Egito, Irão, Jordânia, Paquistão, Ucrânia e Síria. “Quando o frio chega, um cobertor, um aquecedor ou um abrigo podem significar a diferença entre a vida e a morte para um refugiado”, recorda. Este ano, só na Ucrânia, a assistência de inverno do ACNUR tem de chegar a mais de 1.7 milhões de pessoas.

Ressalvar que a Organização não esquece todas as outras emergências que, por vezes, ficam em pano de fundo e que também exigem respostas urgentes e adequadas. É o caso da Arménia, onde um novo conflito na região fez com que chegassem ao país mais de 100 mil refugiados provenientes de Karabakh no espaço de apenas uma semana; do Sudão, cujos conflitos internos voltaram a ganhar força em 2023 e fizeram com que mais de 6,9 milhões de pessoas fossem obrigadas a abandonar as suas casas, sendo que 5,6 milhões das quais foram deslocadas no interior do Sudão e 1,3 milhões no exterior; e do Afeganistão, com a crise humanitária no país a não mostrar sinais de abrandamento.

“Não é justo manter em suspenso a ajuda que milhões de pessoas tão desesperadamente necessitam por questões de subfinanciamento”

Com todo este contexto, Joana Feliciano aponta aquele que será o grande desafio de Organizações como o ACNUR e a Portugal com ACNUR: o subfinanciamento das emergências. “As situações de deslocação forçada prolongada e o despoletar de novas emergências humanitárias representam um escalar do agravamento da vulnerabilidade e necessidades de proteção e assistência de milhões de pessoas”, explica. Toda esta situação coloca o sistema de resposta humanitária sob uma pressão sem precedentes.

Entre as emergências que mais preocupam a Portugal com ACNUR, bem como a própria Agência da ONU para os Refugiados, devido ao subfinanciamento estão o Bangladesh, República Democrática do Congo, Colômbia, Chade, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Jordânia e Uganda. “O ACNUR está a definir prioridades todos os dias para tirar o máximo partido do financiamento disponível, mas quando as operações estão subfinanciadas, muitas vezes não há mais nada para preencher a lacuna”, refere a Responsável de Marketing e Comunicação da Organização, relembrando ainda que “os cortes na resposta por falta de financiamento não são feitos sem consequências”.

“Não é justo manter em suspenso a ajuda que milhões de pessoas tão desesperadamente necessitam”, apela Joana Feliciano. E defende: “Quem foge, muito provavelmente, não pode regressar a casa ou tem medo de o fazer. E como a paz é uma solução duradoura que estamos longe de alcançar, cabe-nos a nós, Portugal com ACNUR, e a todos os cidadãos continuarmos a ajudar e a não ignorar o sofrimento alheio. Nunca nos podemos esquecer que há algo inquebrável que sempre nos une: a nossa humanidade”.

Foto: DR.

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Câmara de Barcelos inaugura troço urbano da Ecovia

Centenas de pessoas participaram na caminhada

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“A inauguração deste troço urbano da Ecovia do Cávado, em Barcelos, representa um marco muito significativo no desenvolvimento sustentável da cidade, um marco que inicia uma nova relação entre os munícipes e o ambiente natural”. Foi assim que o Presidente da Câmara, Mário Constantino Lopes, se expressou no ato inaugural do Troço Urbano da Ecovia do Cávado, que se desenvolve num percurso de 2.300 metros, entre a Ponte Ferroviária e o lugar de Souto dos Burros, na margem esquerda do rio.

Perante centenas de pessoas, que se reuniram no átrio da sede da Junta de Barcelinhos (e que depois participaram na caminhada pela ecovia), Mário Constantino Lopes vincou a sua satisfação por “cumprir mais um compromisso eleitoral”, salientando que “esta obra faz parte de um plano muito mais alargado de valorização do Rio Cávado e da dinamização das suas Frentes Ribeirinhas”. O autarca evidenciou que o objetivo do Município é, através do desenvolvimento do MasterPlan, “aproximar as pessoas do rio, potenciar a fruição das margens e dos futuros parques fluviais, incentivar o recreio, o lazer, o convívio e a atividade física”, tendo, para esse efeito comprado já os terrenos dos Norton e dos Vessadas. No horizonte, estão os projetos que farão ligar este troço urbano da ecovia aos concelhos de Esposende e de Braga.

O presidente aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho e a colaboração de várias entidades e pessoas, entre os quais o autor do projeto, a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e os serviços municipais.

Ministro José Manuel Fernandes saúda trabalho da Câmara Municipal

Convidado para presidir à inauguração oficial da ecovia urbana de Barcelos, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, deixou palavras elogiosas ao “trabalho que o presidente da Câmara tem feito à frente dos destinos do concelho”, sublinhando a “ação competente e a visão do Município no desenvolvimento do concelho”, através da potenciação dos recursos naturais do território. O governante acentuou o trabalho que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem efetuado, apelando à rapidez processual e à desburocratização de procedimentos.

Fazendo alusão aos recursos naturais, ao ambiente e à agricultura, José Manuel Fernandes vincou a importância desta trilogia no desenvolvimento sustentado da economia, da potenciação dos recursos paisagísticos e do aproveitamento para atividades de lazer e desporto ao ar livre.

Antes destas intervenções, o Presidente da Junta de Barcelinhos, José Rui Peixoto, deu as boas-vindas a todos os participantes, e fez questão de agradecer ao município pela execução de uma obra tão importante, não só para Barcelinhos como para todo o Concelho.

Logo após o autor do projeto, arquiteto Bruno Costa, apresentou as especificidades da ecovia de Barcelos, sendo complementado pelo presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Eng. Pimenta Machado, que salientou a importância de, no médio prazo, a ecovia fazer a “ligação do mar até ao Gerês”. Sublinhado que o trabalho que a Câmara de Barcelos está a fazer é muito importante para “voltar a cidade para o rio”, aquele responsável deixou a promessa de que a APA está e vai continuar a colaborar com o Município de Barcelos, no projeto de requalificação das frentes ribeirinhas e parques fluviais.

Troço Urbano da Ecovia do Cávado

Desenvolve-se entre a Ponte de Ferro (a montante da ponte medieval) e o lugar do Souto dos Burros, num troço de 2.300 metros. A obra teve um custo de 1 milhão e 278 mil euros, sendo financiada pelo FEDER no valor de 827 mil euros.

O troço agora inaugurado desenvolve-se na margem esquerda do rio e insere-se no projeto “Ecovia do Rio Cávado entre Fornelos e Pousa”, que depois de concluído terá numa extensão de mais de 22 quilómetros. Faz parte de um projeto mais global que após estar completamente executado ligará o litoral (Esposende) ao Parque nacional da Peneda Gerês.

Este tipo de intervenções visam a promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para uma mobilidade sustentável.

Foto: CMB.

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Barcelos recebe gala dos Prémios do Teatro Amador Europeu

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A gala dedicada às artes cénicas promete trazer o melhor do teatro amador europeu a Portugal. A entrega dos galardões decorre este sábado, 29 de março, pelas 21h30, no Theatro Gil Vicente, em Barcelos, e contará, com o espetáculo de teatro internacional, a ‘A Felicidade Roubada’ da companhia Malanka Theater, vinda da Ucrânia, além da festa dos premiados em três categorias: Melhor Texto Original, Melhor Projeto Artístico e Melhores Causas Teatrais.

As estatuetas do busto de Gil Vicente, esculpidas pelo conhecido artista barcelense Joaquim Esteves, serão atribuídas pelo Teatro de Balugas, naquela que será a primeira edição dos prémios, afirmando o diretor da companhia, Cândido Sobreiro, que “esta cerimónia foi especialmente criada para celebrar a originalidade, a criatividade e o compromisso no teatro amador na Europa”.

Os bilhetes estão à venda em https://gilvicente.bol.pt/ ou na bilheteira do teatro em Barcelos.

Imagem: DR.

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Cascais e Sintra: Quatro detidos pelos crimes de ofensas à integridade física qualificada e dois por tráfico de estupefacientes

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Cascais, no dia 19 de março, pelas 07h00, na sequência de uma investigação relacionada com a prática de um crime de ofensas à integridade física qualificada, nos concelhos de Cascais e Sintra, deu cumprimento a cinco Mandados de Busca e apreensão domiciliária e deteve através de Mandados de Detenção fora de flagrante delito emitidos por Autoridade Judiciária, quatro homens, com idades compreendidas entre 17 e 19 anos de idade.

A investigação realizada pela PSP abrangeu um inquérito, dirigido pelo Ministério Público de Cascais, da Comarca de Lisboa Oeste, referente a um crime de ofensas à integridade física qualificada e de um crime de gravações e fotografias ilícitas, praticados no dia 20 de dezembro, junto de um estabelecimento de ensino, no concelho de Cascais.

As ofensas provocadas e que revelaram especial censurabilidade e perversidade, tiveram como vítima um jovem menor de 14 anos, por este ter partilhado um story no seu perfil de uma rede social, que era acompanhada com uma música com letra de teor negativo entre residentes de bairros do concelho.

A vítima foi agredida com socos na face, pontapés na barriga e vários pontapés por todo o corpo, atingindo-o principalmente na cabeça, face e tronco, fazendo com que o mesmo perdesse a consciência. Um dos suspeitos, com recurso ao seu telemóvel gravou um vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.

Na sequência das agressões, a vítima foi transportada de urgência para o Hospital de Cascais, onde ficou internado, sendo depois transferido para o Hospital São Francisco Xavier, onde foi sujeito a cirurgia ao nariz.

Os suspeitos provocaram, ainda, à vítima vários hematomas e equimoses, especialmente na face, bem como uma fratura dos ossos próprios do nariz e da apófise frontal esquerda, várias fraturas no maxilar esquerdo e fratura dos dois dentes frontais.

Das buscas domiciliárias realizadas, apreenderam-se seis telemóveis e uma catana de grandes dimensões, com 46 cm de lâmina. Do exame pericial aos telemóveis apreendidos, logrou-se recolher o vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.

No decurso das buscas efetivadas, procedeu-se ainda à detenção de dois homens de 29 e 49 anos, por serem suspeitos da prática do crime de tráfico de estupefacientes, os quais tinham na sua posse 358,34 doses individuais de haxixe; e 149,20 doses individuais de cocaína.

“Com as detenções realizadas, a PSP visou não só a obtenção de meios de prova, mas não menos importante, devolver e fomentar o sentimento de tranquilidade e segurança pública ao Concelho de Cascais”, referiu a força policial.

Os detidos foram presentes em 1.º interrogatório judicial de arguido detido no Tribunal de Instrução Criminal de Cascais, sendo aplicada a medida de coação de prisão preventiva a dois deles e de proibições e imposições aos outros dois.

No que concerne aos detidos por tráfico de estupefacientes, os mesmos ficaram com a medida de coação de apresentações periódicas.

Foto: PSP.

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