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“Amor de Perdição” faz cem anos e regressa ao ecrã com música ao vivo em Lisboa e no Porto

Duas sessões de filme-concerto

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Assinalando o centenário da estreia de “Amor de Perdição” (Georges Pallu, 1921), a Cinemateca apresenta o terceiro de uma série de filmes-concerto dedicados à Invicta Film com a primeira apresentação pública da nova cópia digital do filme, com a partitura original composta por Armando Leça, reconstruída e adaptada por Nicholas McNair. Os materiais musicais foram transcritos e estudados por uma equipa de musicólogos da NOVA FCSH, constituída por Manuel Deniz Silva e Bárbara Carvalho. A sessão terá lugar no próximo dia 13 de novembro, pelas 17h00, na Cinemateca e contará com acompanhamento ao vivo por Nicholas McNair e os Solistas da Metropolitana, dirigidos pelo Maestro Cesário Costa. No dia seguinte, será a vez do Coliseu Porto AGEAS receber este filme-concerto.

Com estas sessões dedicadas à Invicta Film pretende-se redescobrir três importantes títulos do cinema mudo português de forma o mais aproximadamente possível ao modo como terão sido originalmente vistos e ouvidos, fruto de uma investigação inédita sobre cinema e música que envolveu vários parceiros: a Cinemateca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, através do INET-md.

Estreado a 9 de novembro de 1921, no portuense Cinema Olímpia, “Amor de Perdição” foi a mais famosa adaptação literária da Invicta Film e um dos trabalhos de maior fôlego de Pallu, onde se destacam os vários exteriores do filme que revisitam os principais cenários do romance de Camilo Castelo Branco: as ruas estreitas de Viseu, a Universidade de Coimbra e a cidade do Porto.

A música para o filme “Amor de Perdição” ocupa um lugar particular na história do acompanhamento musical de cinema mudo em Portugal. A partitura original de Armando Leça foi a primeira a ser recuperada, reconstruída e interpretada, graças à iniciativa e ao trabalho da maestrina Gillian Anderson e do pianista Nicholas McNair, na década de 1990, tendo sido apresentada com o filme em diferentes versões e dispositivos instrumentais em Lisboa, no Porto e em Washington. As fontes manuscritas sobreviventes, conservadas no espólio do compositor depositado na Área de Música da Biblioteca Nacional de Portugal, encontram-se infelizmente incompletas, sendo constituídas por uma partitura de conjunto bastante lacunar e de fragmentos das partes para cada um dos instrumentos. A versão agora apresentada retoma todas as secções completas da partitura de Armando Leça, que serão interpretadas pelo ensemble de piano e cordas. As secções em falta foram reconstruídas por Nicholas McNair, que as interpretará ao piano. Por outro lado, existem nestes materiais poucas indicações de sincronização, tendo a adaptação da partitura ao filme sido igualmente realizada por Nicholas McNair. Como fizera para “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, Armando Leça inseriu entre certas sequências de “Amor de Perdição” ‘pequenos intervalos’ de silêncio, mas nesta sua terceira colaboração com a Invicta Films é evidente a vontade do compositor em acompanhar mais de perto a ação representada no ecrã e em contribuir para a sua continuidade narrativa. Para isso, recorreu, não apenas, a temas que identificam certas personagens, mas também, a um discurso musical mais descritivo e harmonicamente complexo, nomeadamente nas sequências mais dramáticas do filme. Na imprensa da época, encontramos aliás inúmeras referências ao facto da música de Armando Leça se moldar perfeitamente às situações e emoções apresentadas no filme, com particular destaque para o momento da morte de Teresa Albuquerque, durante a qual a música terá “arrancado lágrimas de toda a assistência”.

A imagem digitalizada e a música interpretada pelos solistas da OML, que será oportunamente gravada, resultarão depois numa cópia digital de alta definição (DCP) para projeção em sala, assim como numa nova edição DVD da Cinemateca Portuguesa que dará continuidade à coleção de títulos do cinema mudo português.

A reconstituição e interpretação pública ao vivo, em Lisboa e no Porto, de “Amor de Perdição” acompanhado pela partitura de Armando Leça, resulta de uma parceria institucional entre a Cinemateca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o Coliseu do Porto e a Ágora – Cultura e Desporto E.M..

Programa musical

Música para o filme “Amor de Perdição”, de Georges Pallu (1921)

Compositor: Armando Leça (1891-1977)

Reconstrução e adaptação da partitura: Nicholas McNair

Transcrição e estudo crítico: Manuel Deniz Silva (INET-md – NOVA FCSH) e Bárbara Carvalho (CESEM – NOVA FCSH)

Solistas da Metropolitana:

José Pereira, Joana Dias violinos

Joana Cipriano viola

Catarina Gonçalves violoncelo

Vladimir Kouznetsov contrabaixo

Nicholas McNair (pianista convidado / Cinemateca)

Direção Musical: Cesário Costa.

Imagem: DR.

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Porto: PSP faz apreensões a cidadãos romenos

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No dia 27 de junho, pelas 14h30, na Rua Latino Coelho, no Porto, a PSP procedeu à apreensão de material suspeito de ser furtado, (um telemóvel e um cartão bancário), 546,70 euros em dinheiro suspeito de ser proveniente de atividade ilícita, bem como uma viatura de matrícula italiana que constava para apreender no Sistema de Informação Schengen a pedido daquele país.

Os indivíduos alvo da apreensão são dois homens, de 18 anos e 45 anos de idade, de nacionalidade romena, desempregados e residentes no Porto.

Foto: PSP.

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Viana do Castelo: Detenção por captura ilegal de aves

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No dia 25 de junho, pela 15h45, na freguesia de Santa Maria Maior – Viana do Castelo, foi detido um homem, de 65 anos de idade e residente em Viana do Castelo.

Polícias do efetivo da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial de Viana do Castelo, no âmbito do combate à captura ilegal de aves, junto do quintal de uma habitação localizada na citada freguesia, detiveram o suspeito em flagrante delito, quando este se encontrava na captura por métodos ilegais (uso de gaiola com alçapão) de espécime de espécies protegidas.

A ave foi entregue junto do ICNF de Viana do Castelo, para ser restituída à liberdade. Foi ainda apreendida uma gaiola em madeira com alçapão (mecanismo que quando acionado procede à captura da ave no seu interior).

O suspeito, que no passado dia 22 de maio, havia sido detido por esta Polícia pela prática do mesmo ilícito criminal, foi notificado para comparecer junto das Autoridades Judiciárias.

Foto: PSP.

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Lisboa: Apreensão de arma de fogo em ocupação ilícita de imóvel

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da 3.ª Divisão Policial, no dia 25 de junho, pelas 10h00, na freguesia de Santa Clara, em Lisboa, procedeu à detenção de uma mulher de 50 anos, por ser suspeita da prática do crime de posse de arma de fogo.

Os polícias, ao colaborarem com os elementos da Polícia Municipal de Lisboa, numa desocupação coerciva de uma habitação municipal, e ao verificarem as condições de segurança da residência, depararam-se com uma arma de fogo (caçadeira), devidamente acondicionada em estojo próprio, juntamente com três munições de calibre 12mm, numa das divisões da residência.

Questionada a suspeita sobre a propriedade da arma, informou que teria sido o seu companheiro, que se encontra em prisão preventiva desde novembro de 2024 pela prática do crime de tráfico de estupefaciente, a guardar a arma na residência, sendo-lhe entregue por desconhecidos.

Após a realização de diligências quanto à propriedade da arma, foi elaborado um Auto de Notícia por Contraordenação, por o proprietário registado não ter informado a venda/cedência da arma para o novo proprietário.

Foto: PSP.

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