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Partido Ecologista “Os Verdes” reage a mais uma onda de incêndios florestais

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Em comunicado enviado às redações, datado de 18 de julho, o Partido Ecologista “Os Verdes” reagiu a esta nova onda de incêndios florestais, que tem varrido o país, originando, inclusivamente, perdas de vidas humanas.

Segue, na íntegra, o comunicado:                                                                                                                                             

«INCÊNDIOS DO PRESENTE, REFLEXOS DO PASSADO

Mais um verão, e mais do mesmo, com o país a arder, de norte a sul, causando os impactos e os prejuízos de sempre. Para muitos, uma vida de trabalho perdida nas cinzas, com a destruição de habitações, estruturas agropecuárias, máquinas, alfaias e culturas agrícolas, e demais bens, para muitos outros ficam as mazelas físicas e/ou psicológicas de quem foi afetado ou de quem, incansavelmente, esteve no combate aos incêndios. Impactos profundos que também se fazem sentir na biodiversidade e nos ecossistemas já muito fragilizados.

Em anos de condições climatéricas menos propícias a fogos, o governo regozija-se, puxando para si os louros de supostas medidas, enquanto em anos de altas temperaturas, como está a ser 2022, o Governo descarta as suas responsabilidades e imputa-as, veementemente, aos cidadãos, em particular os pequenos e médios proprietários.

Os incêndios, devido ao nosso tipo de clima mediterrânico e ao agravamento das alterações climáticas, são um problema crónico e sazonal há muito identificado. Sendo impossível estancar este fenómeno, são, todavia, essenciais respostas para a adaptação e minimização dos efeitos dos incêndios, nas suas várias vertentes. Embora seja necessário o reforço de medidas e meios para o combate aos incêndios, nomeadamente para os bombeiros, a problemática dos fogos encontra-se a montante: na prevenção; e, no paradigma, modelo e gestão de território que tem sido fomentado.

O verão de 2017, ano em que arderam cerca de 500 000 ha, foi um marco no que aos incêndios diz respeito, uma catástrofe que gerou inúmeras vítimas, a destruição de bens e de biodiversidade com repercussões no imediato e a longo prazo no ecossistema. Esta catástrofe, que deveria ter sido o ponto de partida para a inversão do paradigma e políticas para o mundo rural, contra as expectativas dos portugueses que assistiram desde então a inúmeros espaços de debate, reflexão e muita demagogia, apontando a urgência de um novo ordenamento, de um robustecido sistema de prevenção e resposta resultou numa mão cheia de nada.  A memória, tal como a vontade política esfumou-se e hoje a população encontra-se tão ou mais vulnerável:

– Manteve-se a aposta nas monoculturas, como é o caso do eucalipto, em vez de travar e reduzir efetivamente a área ocupada por esta espécie, que tanto tem contribuído para deixar as populações mais vulneráveis e dificultar o próprio combate;

– Acentuou-se o esvaziamento do interior em resultado de políticas desajustadas face às necessidades da população, nomeadamente em termos de serviços públicos, p.e. transportes, serviços de saúde;

– Continuaram a ser desvalorizadas as atividades económicas locais, como é o caso da agricultura familiar, que representa um papel indiscutível na prevenção dos incêndios;

– Perpetuou-se a falta de medidas para a gestão e (re)arborização das áreas florestais e recuperação da biodiversidade; e,

– Ficaram por cumprir propostas e resoluções da Assembleia da República, desde logo, as de Os Verdes, para apoio à agricultura familiar, em especial nas zonas atingidas pelos incêndios, para o arranque de eucaliptos de crescimento espontâneo e controlo de invasoras lenhosas.

Os recentes incêndios, embora de proporções distintas daqueles ocorridos em junho e outubro de 2017, continuam a evidenciar e a expor as grandes debilidades da prevenção e ausência de medidas de ordenamento e gestão do nosso território. Na semana passada arderam áreas de eucalipto, onde nem sequer tinham sido retirados os “esqueletos” ainda ao alto, das árvores queimadas em 2016.

Ao invés de atirar a responsabilidade para os cidadãos, sem prejuízo de incentivá-los a não cometerem atos negligentes, agora que o clima favorece a ocorrência incêndios, compete ao Governo um olhar sério, atento e transformador do território, valorizando e garantindo melhores condições de vida às pessoas que vivem nas áreas rurais, pois são elas o principal elemento para a gestão do território e prevenção de incêndios.

Como Os Verdes têm defendido é necessário:

– Fomentar e valorizar as atividades agrícolas, em particular a agricultura familiar, fundamental para criar mosaicos na paisagem impedindo a expansão das áreas incultas;

– Garantir medidas para manutenção e fixação de população, e apoio para atividades económicas nas áreas de baixa densidade; e,

– Assegurar e reforçar serviços públicos de qualidade, nomeadamente de transportes, saúde e educação.

No que concerne aos espaços florestais e de mato, além do correto ordenamento, é preciso travar as monoculturas de eucalipto; concretizar medidas para o arranque do eucalipto espontâneo; controlar as invasoras; apoios aos baldios e pequenos proprietários com vista à limpeza de madeira salvada e (re)arborização das florestas com espécies endógenas;

A breve prazo, no seguimento dos recentes incêndios, Os Verdes consideram necessário que o Governo proceda ao apuramento célere dos prejuízos provocados, de forma a assegurar medidas de apoio e indemnizações para os agricultores e para as populações rurais com culturas, estruturas e habitações destruídas, apoios para reposição do potencial produtivo perdido e ajudas à alimentação dos animais, além de outras necessárias que venham a ser sentidas e identificadas nas áreas afetadas.

O Partido Ecologista Os Verdes saúda os profissionais que tem estado no combate aos incêndios, expressa a sua solidariedade para com as populações afetadas e para com a família do piloto que faleceu no incêndio de Torre de Moncorvo.»

Foto: DR.

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Congresso nacional de comunicação de ciência de 8 a 10 de maio em Braga

12º SciComPt vai juntar 270 pessoas na Universidade do Minho, no INL e no Centro Ciência Viva

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É o momento do ano para os comunicadores de ciência em Portugal. O 12º Congresso SciComPt vai reunir perto de 270 participantes entre 8 e 10 de maio, em Braga, em particular na Universidade do Minho e, no primeiro dia, também no Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (INL) e no Centro Ciência Viva. A inteligência artificial, a ciência acessível e o envolvimento dos cidadãos são alguns temas em foco. O extenso programa inclui 114 comunicações, 21 demonstrações, 12 sessões plenárias e alargadas e quatro oficinas de formação.

A organização cabe à SciComPt – Rede de Comunicação de Ciência e Tecnologia em Portugal, à UMinho – através do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, do Centro de Matemática, do Instituto de Ciências Sociais e da Escola de Ciências –, ao INL e ao Centro de Ciência Viva. “É o ponto de encontro de uma ampla rede de profissionais, académicos e cientistas para debater práticas, experiências e avanços neste domínio”, afirma a professora Elsa Costa e Silva, membro da direção do mestrado em Comunicação de Ciência da UMinho.

Influência da IA na ciência

Nas sessões plenárias vai abordar-se a união arte-ciência com a académica britânica Emma Weitkamp (dia 8, 15h00, INL), os efeitos da inteligência artificial com a porta-voz do Parque das Ciências da Andaluzia, Lourdes López Pérez (dia 9, 9h00, auditório B1 do campus de Gualtar) e, ainda, a ciência aberta a todos com a diretora do projeto Native Scientists, Joana Moscoso, a vice-coordenadora do Observa da Universidade de Lisboa, Ana Delicado, o diretor dos Serviços de Documentação e Bibliotecas da UMinho, Eloy Rodrigues, e a editora de ciência do “Público”, Teresa Firmino (dia 10, 9h00, auditório B1).

As oficinas são na manhã do dia 8, no Centro Ciência Viva, propondo fazer vídeos criativos com poucos recursos, medir o impacto da divulgação de ciência, sensibilizar para investigação animal e acentuar a ciência cidadã. Já as demonstrações ficam para a tarde do dia 9, no hall do edifício 2 do campus de Gualtar. Cruzam sugestões como banda desenhada, caderneta de cromos, realidade virtual, jogo de bingo, laboratório numa caixa, cinema, horta comunitária, zines, videojogos educativos, podcasts e canais nas redes sociais. O objetivo é disseminar desde os raios cósmicos à microbiologia, do sono às leis, dos oceanos aos dinossauros.

Já as comunicações, a decorrer até oito espaços em paralelo no campus, vão incidir em tópicos vastos, nomeadamente novas audiências, plataformas abertas, ciência nos bares e nas redes sociais, Noite Europeia dos Investigadores, bastidores dos gabinetes de comunicação, erros na divulgação, aprender fora da aula, projetos inclusivos, jovens e alterações climáticas, saúde mental, o trabalho dos museus e os podcasts de ciência em Portugal. O evento prevê, ainda, a assembleia-geral da SciComPt e uma visita ao Bom Jesus, Património Mundial da UNESCO. O portal oficial é scicom.pt/congresso2024.

Imagem: UM.

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Orquestra Metropolitana de Lisboa celebra Centenário de Joly Braga Santos com concertos em Setúbal e Lisboa

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O encanto da música de Joly Braga Santos revelou-se ao público nos anos quarenta. Era, então, aluno de Luís de Freitas Branco e transbordava um talento que lhe garantiria lugar entre os melhores. As suas criações eram espontâneas, mas de elaboração cuidada; eram intensas, mas de apreensão imediata.

Este concerto celebra o seu legado, no preciso mês em que passam 100 anos sobre a data do seu nascimento. Tem início com um concerto para cordas, datado de 1951. Prossegue nos anos sessenta, com a música de um bailado estreado no Teatro Politeama em 1968. Depois, Staccato Brilhante de 1988, um impressionante manifesto de jovialidade em fim de vida. Pelo meio, ressoam ritmos e melodias tradicionais da Chéquia, na música de Antonín Dvořák.

Desta forma, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta “No Centenário de Joly Braga Santos”, dirigida pelo maestro Pedro Neves.

Apresentará:

Joly Braga Santos – Concerto para Cordas em Ré 

Joly Braga Santos – Suíte de bailado Encruzilhada

Antonín Dvořák – Suíte Checa

Joly Braga Santos – Staccato Brilhante

Concertos no domingo, dia 26 de maio, 17h00, no Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal (Bilhetes brevemente à venda) e segunda, dia 27 de maio, pelas 21h00, no Teatro Tivoli BBVA, Lisboa (bilhetes à venda aqui).

Imagem: OML.

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Viana do Castelo acolhe II Fórum do Peregrino a 16 e 17 de maio

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Nos próximos dias 16 e 17 de maio, a Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Federação Portuguesa do Caminho de Santiago promovem II Fórum Peregrino, evento criado com o objetivo de discutir temas atuais e relevantes para o desenvolvimento do Caminho de Santiago em Portugal, envolvendo as associações de peregrinos, as autarquias, as entidades religiosas, as entidades nacionais que tutelam a Cultura e o Turismo, a sociedade civil, as entidades de segurança pública, os operadores privados e o público em geral.

A organização perspetiva o evento como sendo um momento de franca participação e ampla reflexão estratégica, onde todos os atores do Caminho de Santiago possam dar a sua contribuição.

O evento inclui um primeiro dia de capacitação certificada, a realizar na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, e um segundo dia de conferência, que terá lugar no Auditório Dr. Francisco Sampaio da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC).

A inscrição é gratuita e deve ser realizada nos seguintes links:

. Dia 16 de maio, na Plataforma Academia Digital, em: https://academiadigital.turismodeportugal.pt/index.php?option=com_training&task=show&id=5885 (deve proceder primeiro ao registo na referida plataforma)

. Dia 17 de maio: https://forms.gle/ShvR2vHtNt6RkdYm8

Assim, dia 16 de maio, a Ação de Capacitação Certificada acontece no âmbito da Formação + Próxima e tem como tema “Itinerários Jacobeus – compreender o passado e desafios futuros”. Tem por objetivos compreender as origens do culto Jacobeu; valorizar as origens do sistema viário jacobeu, na definição dos itinerários de peregrinação; entender o significado de hospitalidade e a abrangência do trabalho das associações; avaliar a importância dos hospitaleiros na gestão e promoção dos equipamentos; conhecer as normas de sinalética e as dificuldades operacionais da sua implementação; reconhecer o acesso a oportunidades de financiamento; e enquadrar o Caminho e os desafios de gestão transfronteiriços, tendo a formação como destinatários os profissionais do setor da Informação Turística, Hotelaria, Turismo e Restauração e outros interessados.

Nessa noite, no Museu de Artes Decorativas, às 21h30, será apresentado publicamente o documentário “O Nosso Caminho”, produzido por Completa Mente, Lda. e realizado por Pedro Gil Vasconcelos. Segue-se o lançamento do livro e sessão de autógrafos do “Caminhos que faço meus”, editado por Ego Editora.

A 17 de maio, o Auditório Dr. Francisco Sampaio da ESTG-IPVC acolhe a conferência do II Fórum do Peregrino, que vai incluir uma assinatura de protocolo de colaboração com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo, as mesas redondas “Caminho de Santiago, primeira rota cultural europeia”, “Desafios na gestão do Caminho de Santiago”, “Segurança e hospitalidade no Caminho de Santiago”, testemunhos de peregrinos e momentos musicais.

Imagem: CMVC.

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