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Universidade do Minho investiga tratamento de doenças da videira com microrganismos da própria uva

Estudos de biotecnologia visam a redução do uso de agroquímicos nocivos, sustenta o professor Hernâni Gerós

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Cientistas da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) estão a usar, em laboratório, microrganismos da superfície da uva para combater fungos da própria videira, com vista ao controlo de doenças, como a podridão cinzenta. A inovação visa a exploração de compostos que as leveduras produzem para o desenho de formulações antimicrobianas, permitindo reduzir o uso de pesticidas ou fungicidas convencionais que comprometem a sustentabilidade do setor.

O segredo está na microflora (bactérias, leveduras e fungos) que habita a superfície do bago da uva. Estes microrganismos têm um papel fundamental no processo de fabrico do vinho (fermentação) e a sua diversidade e abundância variam com a fase do amadurecimento, a casta, o clima e as práticas vitícolas, entre outros fatores. “Mostrámos que algumas espécies de levedura que crescem na superfície do bago inibem o crescimento de fungos filamentosos que causam doenças”, explica o coordenador do projeto, Hernâni Gerós. “Isto abre perspetivas excelentes para o desenho de estratégias biológicas de controlo de doenças da vinha, minimizando-se o uso de fungicidas nocivos para o ambiente”, nota o professor do Departamento de Biologia da ECUM e investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA). Os resultados foram publicados na revista científica OENO One – Vine and Wine.

O trabalho está a ser desenvolvido em paralelo com o projeto “GrapeMicrobiota”. Liderado por Hernâni Gerós e Viviana Martins, envolve até 2024 a ECUM (líder), o Cluster da Vinha e do Vinho (ADVID) e as universidades de Saragoça (Espanha) e François-Rabelais de Tours (França), sendo cofinanciado com 250 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O “GrapeMicrobiota” explora a caracterização, seleção e valorização de leveduras autóctones de três castas do Douro: Touriga nacional, Sousão e Viosinho.

Além do seu potencial de biocontrolo de doenças causadas por fungos, estas estirpes identificadas no bago de uva estão a ser utilizadas para produção de vinhos regionais com elevada tipicidade, em colaboração com a empresa SOGEVINUS, em alternativa às leveduras industriais. “Com a globalização dos métodos de cultivo da videira e de fabrico do vinho, são produzidos hoje vinhos de elevada qualidade em qualquer lado com castas reconhecidas mundialmente, mas produzir vinhos com um perfil característico da região constitui um grande desafio, daí a aposta em castas regionais. Estes vinhos com tipicidade, que refletem as características da região, do povo, dos métodos de cultura ancestrais são cada vez mais apreciados pelos consumidores”, evidencia Hernâni Gerós.

Os estudos desenvolvidos pela sua equipa na região dos Vinhos Verdes, com as castas de Loureiro e Vinhão, permitiram também isolar 17 leveduras autóctones. Mostraram que a microflora da superfície da uva depende da casta e da região, e é influenciada ainda pela quantidade de pesticidas ou fungicidas aplicados na vinha. Esses resultados foram publicados, igualmente, na OENO One – Vine and Wine. “A diversidade da comunidade microbiana da videira pode contribuir fortemente para a tipicidade dos vinhos, uma vez que os microrganismos que vivem na superfície do bago determinam o progresso do processo fermentativo”, reforça Viviana Martins.

Foto: DR.

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Alunos de Media Arts da Universidade do Minho expõem trabalhos ao público

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A Galeria do Paço – Reitoria da Universidade do Minho (UMinho), no centro de Braga, recebe, de 3 a 23 de junho, a “2ª eMMA – Exposição do Mestrado em Media Arts”, com uma dezena de trabalhos audiovisuais dos estudantes daquele curso. A entrada é livre.

A inauguração da mostra realizou-se este sábado, pelas 15h30, com a presença do diretor artístico do espaço gnration e da iniciativa Braga Media Arts, Luís Fernandes, e, pela UMinho, da diretora do Departamento de Ciências da Comunicação, Felisbela Lopes, do diretor do mestrado, Daniel Brandão, do coordenador do “Projeto Laboratorial em Media Arts II” (a disciplina em que se desenvolveu os trabalhos este ano letivo), João Martinho Moura, e dos estudantes.

“A exposição tem peças visual e sonoramente muito impactantes e resulta do espírito coletivo e de entreajuda que se vive neste mestrado, que é um verdadeiro laboratório experimental de arte, comunicação e tecnologia digital”, explica Daniel Brandão. “Os alunos têm diferentes experiências pessoais e profissionais, o que permite cruzar interesses, conhecimentos tecnológicos e sensibilidades artísticas”, acrescenta. A mostra, que teve uma primeira edição em 2022, é um dos resultados do plano de estudos do curso na sua relação com a sociedade, esperando despertar a curiosidade de interessados pela área, alunos e investigadores.

O mestrado em Media Arts nasceu em 2021 e ambiciona reforçar a centralidade da UMinho no plano cultural e criativo de Braga, que, desde 2017, faz parte da rede da UNESCO Creative Cities Network. Este mestrado é uma colaboração do Instituto de Ciências Sociais, da Escola de Engenharia e da Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho, tendo o apoio da Braga Media Arts e do gnration.

Imagem: UM.

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Anadia: Parque Urbano da Cidade acolhe Feira do Ambiente, Saúde e Bem-Estar até domingo

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O Parque Urbano da Cidade de Anadia acolhe, até domingo, a Feira do Ambiente, Saúde e Bem-Estar, numa organização da Câmara Municipal. Mais de 40 expositores estão presentes no certame, por forma a sensibilizar a comunidade para a necessidade de uma alteração de comportamentos em prol de um ambiente mais sustentável e a promoção de hábitos de vida saudáveis.

A sessão de abertura foi presidida pela presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, que, na ocasião, deu as boas vindas a todos os participantes.

Referiu-se ao facto de este ano a Feira do Ambiente “abraçar mais duas áreas”, Saúde e Bem-estar, o que no seu entendimento, “faz todo o sentido, uma vez que se complementam”, acrescentando que, “para além de comportamentos ambientais, precisamos também de pensar em melhores hábitos de saúde, alimentação e bem-estar”.

O objetivo do certame “é sensibilizar a comunidade para estas matérias tão importantes, para que tenhamos melhor qualidade de vida e, simultaneamente, um ambiente mais sustentável”, adiantou ainda, considerando que “os alunos são os melhores mensageiros, para levarem às respetivas famílias as melhores práticas”.

A autarca finalizou com um agradecimento público a todos os que, de forma direta ou indireta, contribuíram para que o certame se pudesse concretizar.

Para além dos expositores, paralelamente, decorre um conjunto de iniciativas, desde workshops e rastreios, exposições, ateliers ambientais e de artes plásticas, demonstrações de aulas de treino funcional, spinning, yoga, kickboxing e tabata, até animação infantil e outras ações de divulgação das entidades participantes. Existe ainda um espaço dedicado à restauração, onde são servidos almoços e jantares biológicos. A animação musical está a cargo do Agrupamento de Escolas de Anadia.

Da programação do certame, de destacar, ainda, dia 3, sábado, pelas 16h00, no Museu do Vinho Bairrada, a conferência “Compreender a PHDA – Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção”, numa parceria do Município de Anadia, com o Agrupamento 221 Anadia – Corpo Nacional de Escutas.

Neste mesmo dia, mas no recinto da Feira, pelas 17h00, decorre uma Mesa Redonda, subordinada ao tema ‘Nós e o plástico’, com a presença de Patrícia Carvalho, coordenadora do projeto “Pacto Português para os Plásticos”; de Bruno Melo, CEO da Magnusberry; e de José Calhoa, administrador da ERSUC, com a moderação de Oriana Pataco, diretora do Jornal da Bairrada.

No último dia, domingo, durante a manhã, a partir das 9h00, terá lugar a caminhada “Anadia + Verde”, em parceria com o Clube Saca Trilhos e o Ginásio Cross Company, numa extensão de sete quilómetros.

A tarde é dedicada às crianças, no âmbito do Dia Internacional da Criança, com muita animação e atividades para os mais novos.

O certame pode ser visitado, no sábado, dia 3, entre as 10h00 e as 23h00; e no domingo, dia 4, das 10h00 às 19h00. As entradas são livres.

Foto: CMA.

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Barcelos está a celebrar Semana do Ambiente

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No segundo dia da Semana do Ambiente, promovida pelo Município de Barcelos, decorreu, esta manhã, no auditório dos Paços do Concelho, a apresentação do projeto Planeta Slow pela cantora Áurea. Este projeto consiste numa ação pedagógica que tem como objetivo “Educar para a Sustentabilidade”, nas suas diferentes dimensões: social, económica e ambiental.

Perante um auditório lotado de alunos do 3º ciclo e do secundário, a popular artista não só cantou, como sensibilizou a plateia para a necessidade de estilos de vida saudáveis e ambientalmente sustentáveis, nomeadamente, na alimentação e no vestuário.

Recorde-se que já ontem se realizaram as iniciativas “Mostra de Produtos Biológicos” – ação de divulgação dos produtores e comerciantes locais, e o workshop de showcooking, Cozinha Sustentável, dinamizado por Marta Cortez.

Amanhã (sábado) da parte da tarde, entre as 14h30 e as 18h00, decorre a já tradicional descida do rio Cávado em canoa, desde Areias de Vilar (junto ao açude) até ao areal de Barcelinhos, um percurso com cerca de oito quilómetros.

Na segunda-feira, dia 5, a partir das 14h30, o Jardim das Barrocas recebe o Desfile Ecológico, resultado do projeto dirigido às escolas e que consiste numa passagem de modelos de vestuário realizados pelos estabelecimentos de ensino, a partir de materiais reciclados.

A programação da semana do Ambiente termina no dia 7 de junho com o workshop de “Cosmética Natural”, das 10h30 às 12h30, no Estádio Cidade de Barcelos. Entretanto, até ao final do mês, está patente no Theatro Gil Vicente a “Exposição Património Ambiental, Concurso de Fotografia”.

Foto: CMB.

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