Atualidade
Ser criança e (con)viver com a Fibromialgia
A Fibromialgia, embora seja mais comum na idade adulta, também pode afetar cerca de 2 a 6% de crianças em idade escolar, especialmente adolescentes entre os 11 e os 15 anos. Designada de Síndrome de Fibromialgia Juvenil, é seis vezes mais comum em raparigas do que em rapazes e manifesta-se por dor musculoesquelética generalizada e difusa (presente há pelo menos três meses), fadiga, dificuldade em dormir/sono não reparador, além de outros sintomas que podem variar de criança para criança, incluindo cefaleias, alterações de humor e de comportamento, falta de atenção, depressão, ansiedade, entre outros.
Dada a dificuldade natural das crianças em identificar onde dói e a intensidade da dor, a possibilidade de ser descrita de diferentes formas (ex.: rigidez, tensão, sensibilidade, ardor ou dorido) e de a restante sintomatologia de que se queixam ser vaga, subjetiva e comum a um grande número de doenças, sem que seja, por outro lado, possível confirmar qualquer processo inflamatório associado aquando do exame físico realizado pelo profissional de saúde, a maioria das crianças tardam a ver o seu diagnóstico confirmado e são sujeitas a uma longa série de exames e procedimentos médicos para exclusão de outras possíveis causas para os sintomas que apresentam.
Esta síndrome, além de difícil e tardio diagnóstico, impacta muito significativamente a vida das crianças e adolescentes que dela padecem, com moderada a severas restrições no seu funcionamento quotidiano, diminuição da atividade física, elevados níveis de absentismo escolar e de procura de serviços de saúde, isolamento social e dificuldades no relacionamento com os pares, por não conseguirem acompanhar as brincadeiras e atividades dos amigos e sentirem-se inferiores devido à sua condição de saúde. Experienciam pior qualidade de vida e mais sintomas de depressão e ansiedade, quando comparados com outras crianças da sua idade ou com outras doenças crónicas.
A aceitação do diagnóstico de Fibromialgia é, também, particularmente difícil para os adolescentes que, por si só, se encontram numa idade de vulnerabilidade desenvolvimental, e é, também, difícil compreender o alcance do impacto multifacetado da própria condição clínica. Terão de aprender a fazer ajustes graduais nas suas vidas diárias e objetivos, alterar expectativas, ser perseverantes e encontrar motivação para continuarem a viver uma vida significativa e produtiva apesar da dor, sem deixar que a doença os defina. Não raras vezes, deparam-se com estigma social, sendo criticados por amigos, que não compreendem a doença; e não recebem um adequado suporte dos profissionais de saúde, que manifestam atitudes de desdém face aos seus sintomas e questionam as motivações para a procura de tratamento.
A gestão desta Síndrome deve estar centrada sobre questões de educação e de mudança comportamental e cognitiva (terapia cognitivo-comportamental com forte ênfase no exercício físico), e com menor relevo para o tratamento farmacológico com relaxantes musculares, analgésicos ou outros. As terapêuticas não farmacológicas devem ser sempre a primeira opção de tratamento. Qualquer criança em tratamento farmacológico deve ser cuidadosamente avaliada, porque a segurança e a eficácia dos fármacos não estão tão bem estudadas em crianças como em adultos, e a terapêutica deve ser descontinuada, a menos que haja evidência de benefício definitivo.
O exercício físico é uma parte importante do tratamento na Fibromialgia, ajudando na diminuição da tensão muscular e no alívio da dor. Existem evidências clínicas com diferentes tipos de exercícios físicos, desde exercícios aeróbicos progressivos, exercícios resistidos, hidroterapia (natação, hidroginástica) e práticas desportivas diversas. Caberá a cada criança a escolha do exercício ou atividade física que lhe proporciona mais prazer e benefícios pessoais.
Do mesmo modo, a yoga, a meditação, os exercícios respiratórios, as massagens terapêuticas ou outras práticas, que promovam o relaxamento físico e o bem-estar mental, podem ser recomendadas e úteis. A inclusão da família, o treino de estratégias do dia a dia e o tratamento de comorbidades mentais são também importantes.
Por: Cristina Martins (Professora na Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho)
Fotos: DR.
Imagens: FEP.
Ao longo de quatro dias, de 19 a 22 deste mês, Barcelos faz uma viagem no tempo e recua à Idade Média, através da realização da IX edição de Barcelos Cidade Medieval, este ano subordinada ao tema “Barcelos no Caminho de Santiago”.
À semelhança do ano passado, a iniciativa concentra-se no Parque da Cidade, onde durante esse período se podem encontrar artesãos de várias artes e ofícios, mercadores e taberneiros, animação com arautos, torneios medievais (justas), espetáculos de fogo, queimadas, demonstrações de aves, répteis e outros animais, e ainda atuações de grupos de música, teatro e dança medieval.
A recriação de Barcelos Cidade Medieval começa no dia 19 (quinta-feira) com o desfile de abertura, desde a Torre Medieval até ao Parque da Cidade. Ainda neste dia, às 19h00, destaque para a conversa com Lúcio Lourenço sob o tema “O Peregrino a Santiago”.
Na sexta-feira, há danças medievais, torneio de cavaleiros, queimada galega e espetáculo de fogo.
No sábado, a programação inclui treino de cavaleiros, treino de armas, voo de aves de caça, teatro e música medieval e, ainda, uma conversa com Cláudio Brochado, com o tema “Como era Barcelos na Época Medieval?”.
No domingo, último dia do certame, o destaque vai para o grande cortejo medieval, com início às 15h00, e que conta com a participação de todos os atores do evento e das várias associações que colaboram neste evento.
Certame tem dezenas de mercadores e tendas de alimentação
Este ano, no Barcelos Cidade Medieval, participam mais de 50 mercadores que, em tendas de alimentação, de artigos variados e de elementos místicos, irão promover a melhor recriação do ambiente que se vivia no Burgo, permitindo que todos os visitantes do certame tenham a oportunidade de embarcar numa autêntica viagem no tempo e reviver aquela remota época.
O evento Barcelos Cidade Medieval resulta de uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal e da Associação Burgo Divertido, e tem como objetivo dinamizar a atratividade à cidade e, ao mesmo tempo, proporcionar aos visitantes bons momentos de socialização, convívio e divertimento.
Além dos inúmeros mercadores, participam neste certame as seguintes associações:
– Via3
– Teatro Popular de Carapeços
– Forjães em Cena
– Amigos do Pato,
– D’Improviso
– APACI
– Banda de Oliveira
– Albergue Cidade de Barcelos
– Ás do Saber.
A Cidade Medieval pode ser visitada na quinta e sexta-feira, das 18h00 às 24h00; e sábado e domingo, das 12h00 às 24h00.
Imagens: CMB.
Atualidade
Força Aérea adquire mais três helicópteros para combate aos incêndios
A Força Aérea assinou, dia 6 de setembro, o contrato para a aquisição de mais três helicópteros bombardeiros médios Sikorski UH-60 Black Hawk, adquiridos à empresa Ace Aeronautics, LLC., através do concurso público autorizado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2021, de 4 de março. Financiados em cerca de 81% por fundos comunitários, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a entrega dos dois primeiros helicópteros está prevista para 2025 e o terceiro para 2026.
Estes três helicópteros vão integrar a capacidade própria do Estado no combate a incêndios rurais, juntando-se aos seis anteriormente adquiridos, dois dos quais já entregues à Força Aérea, aumentando assim a frota para nove. O contrato agora assinado inclui ainda a formação para seis pilotos e 18 mecânicos.
O helicóptero UH-60 Black Hawk, destinado ao combate aéreo de incêndios rurais e à projeção de forças no terreno, permite o transporte de uma equipa de 12 bombeiros totalmente equipados e capacidade de transportar até 2950 litros de água por largada. Com autonomia de voo de 2h30, é um helicóptero utilitário bimotor médio, com um alcance de 555 km e uma velocidade máxima de 314 km/h.
Tratando-se de uma missão que exige uma experiência extrema, até 2026 as tripulações da Força Aérea responsáveis por operar o UH-60 Black Hawk passarão por uma fase muito rigorosa de treino por forma a que seja edificada a capacidade com todas as condições de segurança.
Recorde-se que, em 2018, o Governo Português transferiu para a gestão da Força Aérea os meios próprios do Estado para a missão de combate a incêndios rurais. Neste seguimento, foram assinados contratos de aquisição para dois AW119 Koala, destinados à vigilância e de projeção de forças no terreno, e seis UH-60 Black Hawk. No final de 2023, foram entregues à Força Aérea dois AW119 Koala e dois primeiros UH-60 Black Hawk, estes últimos entregues à Esquadra 551 – “Panteras”, sediada na Base Aérea Nº 8, em Ovar, prevendo-se que os restantes quatro sejam entregues até 2025. Assim, com este novo contrato agora assinado, aumenta para 11 os helicópteros a serem operados pela Força Aérea, nomeadamente, dois AW119 Koala e nove UH-60 Black Hawk. A estes juntam-se, ainda, os dois aviões bombardeiros pesados DHC-515 Firefighter, vulgo Canadair, adquiridos em julho deste ano com fundos comunitários do programa RescEU, a que acrescem verbas nacionais, prevendo-se a entrega do primeiro avião em 2029 e do segundo em 2030.
Foto: FAP.
Atualidade
Animação de Verão na Curia encerra com “A Bruxa e a Aprendiz” e Vicente
O ciclo de animação de verão na Curia encerra no próximo sábado, 14 de setembro, com o espetáculo “A Bruxa e a Aprendiz” e o concerto do cantor Vicente, numa organização do Município de Anadia, com entradas gratuitas.
O espetáculo “A Bruxa e a Aprendiz” promete encantar o anfiteatro da Curia, a partir das 18h00, com uma série de feitiços. Gertrudes e Cremilde andam à procura dos ingredientes certos para produzir a “Poção da Felicidade”. Com um punhado de patas de rã, uma resma de penas de fénix, uma pitada de bafos mágicos e os ingredientes secretos, será que vão conseguir criar a verdadeira “Poção da Felicidade”?
O concerto de encerramento do ciclo de animação vai acontecer, pelas 21h00, no Parque das Termas da Curia, com a atuação do artista Vicente. Desde muito cedo que o cantor respira música. Com uma infância rica em ritmos brasileiros e africanus, deu os seus primeiros passos no gospel, passando pelo rock e pelo hip-hop, mas foi no jazz que acabou por encontrar a melhor forma de começar a trilhar o seu caminho.
Em 2020, lançou o seu primeiro disco de originais “Meta”, um EP de jazz contemporâneo, com referências à bossa nova, neo-soul e indie pop. Em 2023, lançou um novo disco “Morfose”, dando continuidade ao seu primeiro trabalho.
O Município pretendeu com iniciativa atrair um maior número de turistas à estância termal da Curia durante a época estival.
Foto: DR.
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