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Na Páscoa de Pindelo dos Milagres também o heavy metal “ressuscita”

Festival “Ressurreição do Metal” é tradição nesta “Aldeia de Portugal”

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Pindelo dos Milagres é uma pequena aldeia de S. Pedro do Sul, que, no distrito de Viseu, se mantém despojada no seu urbanismo, pacata no ritmo e com uma vivência de ruralidade marcada pela produção agrícola e pela panificação. A genuinidade do povoado garantiu-lhe a recente classificação como Aldeia de Portugal e, para isso, também contribuiu a dinâmica da comunidade, no que o exemplo mais expressivo é um evento que, fugindo ao que seria convencional num meio tão rural, acabou por se transformar numa tradição da terra: o festival de heavy metal “Ressurreição do Metal”, que, em cada Páscoa, atrai, ao lugar, centenas de forasteiros para vários concertos nos domínios mais pesados do rock.

A aldeia tem outro festival idêntico no verão, mas a vertente indoor, em recinto coberto, começa já no dia 07 de abril e, até ao final do dia 08, terá em cartaz 15 bandas portuguesas e espanholas.  Motas, casacos de cabedal preto, longas cabeleireiras e barbas, maquilhagem carregada e adereços góticos vão animar a aldeia por esses dias e os habitantes do povoado já começaram a antecipar a chegada dos seus “metaleiros”, ajudando na adaptação logística do pavilhão que acolhe os concertos, antecipando as refeições a servir aos visitantes e libertando a agenda não só para a música, mas também, para o convívio na esplanada local, na soleira da porta, nas escadas da rua e onde mais der para beber um copo entre dois dedos de conversas com os forasteiros.

“Na primeira edição, em 2008, toda a gente da aldeia estranhou e os habitantes fecharam-se um bocado, mas agora as pessoas ficam mesmo animadas com isto e são elas próprias que fazem questão de vir para as varandas e para o pátio ver os visitantes e falar um bocadinho com eles, porque perceberam que os apreciadores de heavy metal constituem um tipo de público extremamente educado e cívico”, declara Marco do Vale, da associação cultural Milagre Metaleiro, fundadora do festival. Esse convívio entre população e visitantes tornou-se, aliás, um dos principais motivos de atração do festival, já que uns e outros “gostam de contactar com quem vive noutros sítios, de trocar experiências e de conhecer outros hábitos”, o que resulta “numa simbiose cultural que ultrapassa a questão do heavy metal e da música”.

A moradores e visitantes juntam-se, ainda, os migrantes, já que mesmo quem é de Pindelo e foi viver para o estrangeiro ou para outras localidades portuguesas “costuma voltar à terra por altura do festival, por saber que a aldeia vive estes dias de uma forma extraordinária”. Muito valorizado pelas famílias locais, esse regresso acaba, assim, por conferir ao evento uma carga emocional própria, que, por sua vez, conduz a particular esmero num domínio do património cultural particularmente revelador dos estados de alma: a gastronomia. “Instalamos uma cozinha ao lado do pavilhão e servimos pratos como rancho beirão e feijoada de carnes, sem esquecer o bacalhau, porque o primeiro dia do festival é na Sexta-Feira Santa, em que os católicos fazem jejum”, revela Marco do Vale. A rematar o repasto há sempre “a especialidade local que é o pindelinho, que faz lembrar um pastel de feijão, mas é feito com amêndoa”.

Cartaz eclético para cobrir vários estilos de rock metal

 Na edição de 2023, e pela primeira vez na história do festival, o “Ressurreição do Metal” vai realizar-se ao longo de dois dias, apresentando 12 bandas portuguesas e três espanholas. “Tínhamos agendados vários concertos no lockdown da pandemia e fomos obrigados a abdicar deles, portanto, com o público agora sedento por atividade, decidimos trazer as bandas todas que tínhamos contactado nesse período e contamos ter lotação esgotada”, explica Marco do Vale.

Na sexta-feira, feriado, o festival levará ao pavilhão do destacamento local dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro do Sul as bandas Hórus, Lilith’s Revenge, Hochiminh, Frozen Shield, Terror Empire, Drakum, Destroyers of All e Bleeding Display. No sábado, ao palco do mesmo recinto subirão os coletivos Skars, Velkhanos, My Enchantment, Xeque-Mate, Vëlla, Pitch Black e Seventh Storm. O repertório adivinha-se, portanto, “bastante eclético e alargado, com muitos subgéneros do heavy metal, para incluir propostas adequadas a todos os gostos, desde as sonoridades mais ambientais do rock metal até ao registo mais extremo do metal”.

Nesse cartaz, Marco do Vale destaca a banda Seventh Storm, que em agosto de 2022 lançou o seu primeiro disco, “Maledictus”, e logo atingiu “o segundo lugar do top geral de vendas em Portugal”. Para essa recetividade terá contribuído o facto de o grupo integrar o músico Mike Gaspar, ex-baterista dos Moonspell, e, portanto, um dos artistas a gerar mais expectativa entre os que vão atuar na mais “metaleira” das Aldeias de Portugal.

Heavy na música, leves na pegada carbónica

Junto à emblemática Estrada Nacional 2, Pindelo dos Milagres tem cerca de 600 habitantes, mas, durante o “Ressurreição do Metal”, a sua população facilmente ultrapassa o dobro, dada a procura gerada pelo evento cujo passe-geral custa 16 euros. Numa postura de sustentabilidade financeira e ambiental, a associação Milagre Metaleiro organiza ainda excursões a partir de Lisboa, Leiria e Coimbra, sendo que a oferta de alojamento junto à aldeia é garantida por hotéis e unidades de turismo rural de S. Pedro do Sul.

Quanto a outras atividades de lazer além da música, passam, sobretudo, por descobrir o património natural e agrícola da região, como explica Miguel Torres, da Associação do Turismo de Aldeia, entidade que detém a marca “Aldeias de Portugal”. “Estamos a falar de um território a que é algo difícil chegar, mas que, no fim da viagem, compensa largamente, porque está encaixado entre a Serra da Freita e o Monte de São Macário, e a paisagem é absolutamente fora do comum”, garante esse responsável. “As Termas de S. Pedro do Sul são o grande marco turístico da região, mas, além de visitar o balneário, há mesmo que passear pela natureza da zona, porque isso permitirá conhecer uma paisagem muito interessante, com rebanhos comunitários que todos os dias saem para pastar com centenas de cabras ou campos cobertos de urze em flor, a substituir o habitual verde da serra por manchas extensas de cor-de-rosa”.

Preço passe-geral: 16 euros.

Foto e imagem: DR.

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Maestro Marcello Rota apresenta “Nino Rota & Ennio Morricone” no Coliseu dos Recreios (Lisboa)

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O prestigiado Maestro Marcello Rota vai dirigir os grandes sucessos de dois dos maiores compositores vencedores de Óscar: Nino Rota & Ennio Morricone.

Dia 18 de junho, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, Marcello Rota, estará à frente de 50 músicos da Orchestra Sinfonica Della Città, a que se juntará a Soprano Ângela Silva.  

Na bagagem, o Maestro italiano traz as maiores bandas sonoras da história do cinema das últimas décadas.

Nesta noite, apenas vão ser tocados os temas mais icónicos. Basta pensar em filmes como “O Padrinho”, “O Bom, o Mau e o Vilão”, “A Missão”, “La Strada”, “Aguenta-te Canalha”, “Era uma Vez na América”, “Cinema Paraíso” ou “La Dolce Vita”, que são interpretações obrigatórias.

Imagens em movimento, projetadas em grande ecrã, dos filmes de Federico Fellini, Francis Ford Coppola, Giuseppe Tornatore ou Sérgio Leone, acompanharão a magia da música ao vivo.  

“Este será um momento único para viver a música do cinema, em concerto!”, adianta a promotora do espetáculo.

Bilhetes em https://coliseulisboa.bol.pt/Comprar/Bilhetes/121543-marcello_rota_dirige_nino_rota_ennio_morricone-coliseu_de_lisboa/

Imagem: DR.

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G combo apresenta novo single “Cumbia Tropical”

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G combo é uma mistura de culturas: Cuba, Colômbia, Jamaica, Espanha…Moderna, mas tradicional. Um cocktail de sons algures entre Quantic, Manu Chao ou Thievery Corporation, para citar alguns.

Owem-G é um produtor espanhol, DJ e músico.

Em 2013, mudou-se para Lisboa, onde conheceu o saxofonista Joel Pinto e o percussionista João Maia. Logo começaram a trabalhar juntos no primeiro álbum “El circo de la vida“, tentando encontrar o equilíbrio perfeito entre os ritmos latinos tradicionais e os elementos modernos do Tropical Dub, Nu Cumbia

Quando o primeiro álbum de estúdio foi lançado em 2017, a banda estava determinada a mostrar o seu trabalho original ao vivo.

Após um período de digressão por Portugal e Espanha como trio de soundsystem, o G combo tornou-se uma banda completa quando Mattia Corda (Piano), Roni Szabo (Baixo), Pedro Rodrigues (Bateria) e Shamo Morales se juntaram ao grupo e regressaram ao estúdio para gravar o seu segundo álbum “Gran Reserva” (2019), álbum que levou o grupo em digressão por toda a Península Ibérica.

Foto: DR.

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Presidente da República garante que “o Minho é um poder económico na sociedade portuguesa”

Em Viana do Castelo

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve, anteontem, em Viana do Castelo e considerou que “o Minho é um poder económico na sociedade portuguesa, por causa dos que estão a investir, a lançar, a trabalhar nas empresas e por causa de todos aqueles que os apoiam”, deixando palavras de incentivo e elogio ao dinamismo dos empresários locais.

No debate “Estado da Arte – O Minho no Portugal de Amanhã”, que aconteceu no Forte Santiago da Barra, reunindo empresários, políticos e diversos agentes para assinalar o 2º aniversário da AEMinho – Associação Empresarial do Minho, o Presidente da República indicou que “não é preciso sermos génios para perceber que aquilo em que somos únicos, em que sempre fomos bons e que nos diferencia, é em estabelecer uma plataforma entre terra e mar”.

A mesma ideia foi defendida pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, que destacou a aposta que tem sido feita pelo município vianense na economia do mar, geradora de “oportunidades que vão produzir uma revolução industrial”, trabalhando com agentes já instalados no território e com outros que queiram instalar-se no município.

A sessão contou ainda com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, do Presidente da AE Minho, Ricardo Costa, com o Presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, entre muitos outros.

Antes, o Presidente da República, a Ministra da Coesão Territorial e o Presidente da Câmara de Viana do Castelo inauguraram uma escultura com cerca de 5 metros de altura de homenagem aos trabalhadores do Minho, da autoria do vianense Acácio Viegas, instalada junto ao Centro Cultural de Viana do Castelo.

É uma das duas esculturas gémeas inauguradas esta sexta-feira, do mesmo autor, em Viana do Castelo e em Braga, a convite da Associação Empresarial do Minho, para assinalar este segundo aniversário.

Na inauguração, o Presidente da AE Minho afirmou que “esta obra de arte representa a coesão territorial” que une os 24 municípios de Viana do Castelo e Braga. Já o autarca vianense destacou o facto de, em apenas dois anos de associação, ter sido já possível “aprofundar a coesão com entidades públicas e privadas e com os empresários”.

No momento, a Ministra da Coesão Territorial elogiou a homenagem aos trabalhadores do Minho “com duas esculturas gémeas, em Viana do Castelo e Braga, que corporizam o espírito em rede e de parceria que uma associação deve assumir”. Numa visita surpresa ao local, o Presidente da República considerou que a escultura “liga o abstrato e o figurativo, o passado e o futuro”.

As duas esculturas são formadas por uma peça central de cinco metros de altura, construída com quatro elementos verticais principais em aço, pequenos elementos cerâmicos e painéis de vidro. Incluem, ainda, uma segunda peça construída também em aço, das mesmas características da peça central, que permite, pelo seu desenho e escala, a interação com o observador, que é convidado a sentar-se na peça e a refletir ou meditar sobre o significado de ‘trabalho’, provocado pelos estímulos visuais da peça central.

Foto: CMVC.

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