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Estoril Classics 2022 consagra vencedores e termina em sucesso

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O Estoril Classics de 2022, a sexta edição do evento, terminou este domingo sob a égide de grandes corridas que agarraram o muito público que foi ao Autódromo do Estoril até à bandeira de xadrez da última corrida.

Mais uma vez, o Classic GP Portugal Sotheby’s Realty ofereceu um extraordinário espetáculo ao vasto público que vestiu as bancadas do Autódromo do Estoril, num dia em que se assistiu à segunda corrida de carros de F1 do evento, entusiasmando todos os presentes.

Nick Padmore, em Lotus 87B Ford Cosworth DFV, depois da vitória de anteontem, era o grande favorito ao triunfo na prova de domingo, uma vez que arrancava da pole-position, mas aguardava-se, com grande antecipação, o que poderia fazer Martin O’Connell, em Williams FW07C Ford Cosworth DFV, que alinhava na décima sétima posição da grelha de partida, mas era um dos mais rápidos em pista.

Padmore assumiu a liderança no arranque, ao passo que O’Connell lançou-se numa recuperação fulgurante, que o viu alcançar o segundo posto em apenas três voltas, mas já a cinco segundos do Lotus 87B.

No entanto, o piloto do Williams FW07C imprimiu um andamento diabólico, ganhando, consistentemente, tempo ao seu adversário, o que deixou o público em suspense quanto à possibilidade de assistir a um duelo pela vitória.

Os dois contendores chegaram a estar separados por apenas três segundos, mas Padmore aumentou o ritmo, levando o seu Lotus até ao triunfo, frente ao Williams de O’Connell, que ficou com a volta mais rápida da prova.

No terceiro posto ficou o Lotus 91 de Steve Brooks, que conseguiu terminar a corrida dessa tarde, apesar de alguns problemas de caixa de velocidades.

Marc Devis, em Lotus 77 Ford Cosworth DFV, esteve envolvido numa luta intensa com o Ligier JS11/15 Ford Cosworth DFV de Mr. John Of B e o Surtees T59 Ford Cosworth DFV de Ewen Sergison, o que ajudou a animar os adeptos presentes nas bancadas ao longo de toda a prova. No final, cruzou a linha de meta na sexta posição, triunfando na classe A – reservada a carros construídos até ao final de 1979 e sem efeito de solo ou fundo plano.

Os três primeiros estavam, após a corrida, satisfeitos com o resultado e, especialmente, com o evento. “Andei num ritmo maluco. O Martin estava muito rápido e foi muito difícil manter a distância. Quero agradecer à minha equipa, que fez um trabalho fantástico e ao público, que é muito entusiasta”, afirmou Padmore.

O’Connell admite que a sua expectativa para vencer era baixa, mas mostrou-se satisfeito com a sua prova, enfatizando o evento. “A arrancar de último era difícil, mas também não tinha nada a perder. Dei o máximo e estou muito satisfeito com a minha prova, foi uma grande corrida e o Nick esteve também muito forte. Este circuito é fabuloso e o evento fantástico. Para o ano vou voltar”, garantiu o piloto do Williams FW07C.

Brooks afinava pelo mesmo diapasão, sublinhando a qualidade do Estoril Classics. “Que grande fim de semana… Tive problemas de caixa de velocidades, mas consegui acabar e no pódio. Este evento é fabuloso e em 2024 voltarei a estar aqui”, sublinhou o piloto do Lotus 91.

As corridas que também deliciaram o público

Ainda antes da Fórmula 1, o dia começou com o ronco de vinte e um ‘flat-six’ da Porsche, que realizaram a corrida da 2.0 Litre Cup.

Ao longo de duas horas prova, os motores dos 911 ecoaram pelo Autódromo do Estoril, animando o público já presente com vistosos ‘power slides’, enquanto os seus pilotos os tentavam domar. Andrew Smith / Oliver Bryant foram os mais fortes, mas foram perseguidos de perto por Matthew Holme, que ficou no segundo posto a doze segundos dos vencedores.

De carros dos anos sessenta, o muito público já presente no mais antigo circuito permanente português pôde assistir a um salto no tempo para acompanhar a prova das máquinas mais recentes presentes no Estoril Classics – a Endurance Racing Legends.

Christian Glasel, no seu MG-Lola EX257 ex-Team Dyson arrancou da pole-position, mas algumas questões técnicas atrasaram-no, decisivamente, ficando fora de contenção pela vitória. O triunfo acabaria por sorrir a Mike Newton, também ele num MG-Lola EX257.

Os protótipos e GT do final dos anos 1990 e início do presente século deram lugar àquela que é, provavelmente, a mais valiosa grelha de partida de todo o evento, a do The Greatest’s Trophy.

O Ferrari 250 GT SWB e o Jaguar Type D são duas referências neste campo, avaliados juntos em mais de trinta milhões de euros, mas foi o imponente Bizarrini 5300 GT de Christian Schoedel a conquistar a vitória frente ao eficaz Porsche 904/6 de Yves Vogele.

A Heritage Touring Cup viveu sob o signo dos Capri RS3100. Os carros da marca americana preparados na Alemanha não deram qualquer possibilidade aos seus antagonistas, tendo monopolizado as posições do pódio.

Os espetaculares carros de Turismo que marcaram as pistas dos anos 1960 aos 1980 fizeram as delícias de todos os que se deslocaram a Autódromo do Estoril, tendo Maxime Guenat estado um passo à frente da concorrência, o que lhe permitiu subir ao degrau mais alto do pódio na companhia de Emile Breittmayer e Armand Mille.

O Lola T70 é um carro que tem um currículo invejável, com triunfos nos mais aclamados palcos mundiais, entre os quais Vila Real, e este ano voltou a impor-se em Portugal ao vencer no Classic Endurance Racing 1 do Estoril Classics, que foi a prova que se seguiu no programa de domingo.

Armand Mille levou de vencida a corrida de uma hora, batendo Emmanuel Brigand e Rolf Sigrist, ambos em Chevron B19 e que não ficaram muito longe do impressionante Lola.

O Estoril Classics encerrou com a prova Iberian Historic Endurance, a maior competição de carros clássicos da Península Ibérica, que manteve o público até ao fim do grande evento motorizado deste fim de semana.

Após a qualificação de anteontem, durante a qual a dupla Lars Rolner / Patrick Simon fizeram prevalecer a sua maior experiência sobre a concorrência, ontem, o Porsche 911 3.0 RS com as cores da Martini Racing voltou a repetir esse domínio, terminando à frente do Lotus Elan 26R do duo Carlos Barbot/Pedro Matos e do Porsche 911 3.0 RS de Bruno Duarte/Filipe Jesus.

Com um evento em que todos os bilhetes esgotaram e houve mais público que nunca, tanto no paddock, como nas bancadas, a expectativas viram-se agora para a edição de 2023, esperando-se que possa ser ainda melhor que a deste ano.

Foto: DR.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental

De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

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O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.

O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.

A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.

Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.

Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.

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