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Dia Mundial dos Oceanos: Viana do Castelo é “exemplo e referência na Economia Azul”

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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo defendeu, esta quinta-feira, durante a sessão “Oceanos: Pessoas e Oportunidades”, uma iniciativa que pretendeu assinalar o Dia Mundial dos Oceanos que aconteceu hoje, que os oceanos são a próxima grande oportunidade para a economia, considerando que será mesmo “a próxima revolução industrial, mas sustentável e respeitadora”.

Na sua intervenção na sessão de boas vindas da iniciativa que contou com a presença do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, o autarca sublinhou o trabalho desenvolvido por Viana do Castelo na economia e na literacia dos mares, sublinhando que o concelho é “um agente ativo” no processo da economia do mar, desenvolvendo um conjunto de projetos e ações na economia azul.

“O primeiro grande projeto foi o resgate do Gil Eannes onde está este Centro de Mar e onde se desenvolve a literacia para os oceanos, mas também o trabalho desenvolvido no espaço atlântico com a proteção dos oceanos enquanto prioridade para as politicas locais”, evidenciou Luís Nobre, defendendo um “pensamento que ajude a crescer e a posicionar Viana do Castelo nos três princípios da Estratégia Nacional do Mar”.

Na sessão, foram apresentados quatro grandes projetos para Viana do Castelo, nomeadamente o trabalho desenvolvido com o Centro de Mar desde 2014, com mais de 500 atividades educativas, com mais de dez mil crianças envolvidas e com um museu virtual da memória marítima, onde consta o espólio desmaterializado do centro e ainda os projetos educativos e outros, como é o caso do concurso de fotografia que hoje iniciou sobre “Viana e o Mar”.

Durante o evento, foi ainda destacado o trabalho com os clubes náuticos e foi apresentado o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho do Mar, que juntou diversas entidades para reuniões com o objetivo de definir projetos para a rede da economia do mar, investigação, energia, pesca, náutica e formação e de onde já nasceram ideias de projetos como a criação de um Museu da Pesca ou a comercialização mais justa e com incentivos ao consumo das marcas locais.

O evento integrou, ainda, o trabalho do Plano de Ação da Agenda do Mar 20-30, que pretende consolidar todas os domínios identificados e as potencialidades do território, materializando ainda todas as iniciativas e projetos desenvolvidos pelo projeto Centro de Mar e que levou à criação de um grupo de trabalho com diversas entidades ligadas ao tema do mar em diferentes domínios – investigação e desenvolvimento, pesca, náutica, turismo, hotelaria, entre outros.

Na sua intervenção, Miguel Marques lembrou que Viana do Castelo “sente e sabe que o mar é passado, é presente e será o futuro, com séculos e séculos de história e com o Gil Eannes a mostrar que Viana consegue fazer coisas incríveis”. Para o especialista na área, “Viana do Castelo é uma referência e um exemplo e está a cumprir a Década dos Oceanos”.

No Dia Mundial dos Oceanos, foi ainda apresentado o projeto ATLANTIC OFFSHORE WIND ENERGY – AOWINDE – que consiste no desenvolvimento de um plano de apoio industrial e na melhoria da cadeia de valor associada à energia eólica marítima na Euro-região Galiza – Norte de Portugal. O projeto visa analisar a necessidade de melhorar a competitividade da indústria europeia com emissões líquidas nulas e de impulsionar a rápida transição para a neutralidade climática e pretende que a região seja pioneira, através de um investimento a rondar os 1.8 milhões de euros nos próximos três anos, com destaque para um hub industrial transfronteiriço e para a criação de roteiros ligados às eólicas marítimas.

Este projeto é financiado pelo INTERREG e tem como parceiros a ASIME – Asociación de Industrias del Metal y Tecnologías Asociadas de Galicia (Chefe de fila), a AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, a Xunta de Galicia, o Instituto Enerxético de Galicia , a Universidade da Coruña, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, o  Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Universidade de Vigo, o INESCTEC e o CATIM – Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica.

Na sua intervenção, Enrique Miguel Mállon Otero, Secretário Geral da ASIME, sublinhou a importância da compatibilidade entre os intervenientes do mar: as pescas, as rotas marítimas, a indústria eólica marítima e a aquacultura marinha. “Nunca iremos defender a energia eólica marinha se esta prejudicar os restantes intervenientes, mas há que avançar e tem que haver experiências e acreditamos que há compatibilidade entre atividades”, referiu o representante da ASIME, defendendo que o projeto transfronteiriço irá permitir que a euro-região seja pioneira e um líder sólido” nesta área, sendo que a Galiza tem que se aproximar do trabalho efetuado já por Portugal e por Viana do Castelo.

Na sessão de encerramento, o Secretário de Estado do Mar evidenciou os diversos projetos em curso na área do mar e da economia azul por parte do Governo Português, nomeadamente nos ODS 14 e 17, relativos ao mar e à cooperação. “Portugal colocou na sua agenda o cumprimento destes objetivos”, observou, felicitando o município pelo cumprimento dos desafios e pelo envolvimento de todos os parceiros, “envolvendo os sectores tradicionais como a comunidade piscatória e a necessidade da coabitação do mesmo mar, porque este é um espaço de partilha e as novas atividades, tal como já aconteceu com o ordenamento do território, tem que ser harmonizadas criando o menor conflito possível e criando formas de mitigação onde não for possível”.

José Maria Costa evidenciou ainda as duas agendas: a Inova Mar e a Nexus, assim como os projetos dos Hubs Azuis, a criação de um Centro Internacional de Biotecnologia, entre outros, que permitirão novos investimentos e novas áreas de especialização. “Este é um sector em grande desenvolvimento e os projetos de Viana do Castelo são únicos e inovadores, e permitirão o desenvolvimento da região na preservação dos oceanos e na economia azul sustentável”.

Foto: CMVC.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental

De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

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O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.

O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.

A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.

Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.

Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.

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