Atualidade
Confederação Nacional da Agricultura: “Quatro anos depois, falta (vontade política para) concretizar o Estatuto da Agricultura Familiar”
“Quatro anos volvidos sobre a publicação do Decreto-Lei (DL) nº 64 de 2018, de 7 de agosto, que instituiu o Estatuto da Agricultura Familiar (EAF) muito falta fazer por parte do Governo e dos diversos Ministérios”, começa por afirmar a CNA – Confederação Nacional da Agricultura.
“Ao mesmo tempo que pouco se avançou nas medidas preconizadas no DL, a situação da Agricultura Familiar agravou-se exponencialmente, com a pandemia, as sanções a pretexto da guerra na Ucrânia, a seca, os fogos, a escalada brutal e especulativa dos custos de produção, os baixos preços na produção, tornando ainda mais urgente a concretização plena e estruturada do EAF. O país não pode perder mais um ano”, assinala a CNA.
A CNA “não desvaloriza o que já foi feito”, mas “faltam medidas verdadeiramente estruturantes como a criação de um regime de segurança social que reconheça o papel dos cônjuges nas explorações e lhes garanta o acesso com uma taxa bonificada e sem perda de direitos, um regime fiscal adequado (com a possibilidade dos pequenos produtores venderem em feiras e mercados, em espaços próprios, isentos de taxas e sem necessidade de estarem coletados), a prioridade no abastecimento público, no acesso à terra e à água, apoios para os sistemas policulturais e majoração dos apoios nas medidas de desenvolvimento rural para as zonas desfavorecidas ou com desvantagens naturais, entre outras”.
Para ter impactos positivos na produção nacional, o Estatuto tem de “traduzir-se na melhoria das condições de vida e de trabalho dos agricultores. E isso faz-se com medidas diferenciadoras que ainda estão em falta. A medida de apoio à renovação dos tratores, que incluiu maior pontuação para os detentores do EAF, é disso exemplo ao despoletar um aumento do número de pedidos de título”, continua a CNA.
Ainda que os dados do Recenseamento Agrícola de 2019 revelem uma diminuição do número de pequenas e médias explorações, a Agricultura Familiar continua a representar mais de 90% das explorações existentes no país e a ter um peso preponderante na produção e na economia nacional, na preservação da agro-biodiversidade, na resposta às alterações climáticas, na prevenção dos incêndios e na vitalidade das zonas rurais.
“É, por isso, incompreensível e inaceitável que o Governo continue a ‘enrolar’ a concretização do EAF, fazendo que faz, mas sem fazer. Ou, num completo arrepio ao estipulado no EAF, crie medias que vão dificultar ainda mais o exercício da atividade destas explorações, como é exemplo o corte que o Governo tem previsto no PEPAC nas ajudas para as explorações de menor dimensão, corte que pode chegar aos 50%”, assevera.
“À medida que o tempo passa, torna-se mais e mais urgente defender os agricultores familiares do monopólio da grande distribuição e do agronegócio, da alta dos custos de produção, da desregulação dos mercados, das tragédias com origem na desertificação humana, na especialização produtiva e na superintensificação”, alerta.
A CNA, que na sequência do Ano Internacional da Agricultura Familiar, em 2014, apresentou a proposta de criação de um Estatuto para Agricultura Familiar, “continuará a luta pela sua concretização, pelo cumprimento da ‘Declaração da ONU dos Direitos Camponeses e outras pessoas que trabalham em Zonas Rurais» e da Década das Nações Unidas para a Agricultura Familiar, cujo Plano de Ação nacional (PADAF)[1] foi apresentado a 28 de julho em Viseu”, salienta.
Nesse sentido, “reclama” ao Governo que “passe das palavras aos atos e demonstre vontade política através de ações concretas, a começar, desde já, pela convocação da Comissão Nacional de Agricultura Familiar (CNAF) que ainda não reuniu desde que a atual Ministra assumiu o cargo”, refere.
“Assim, e tendo em conta que o EAF envolve matérias de dez áreas governativas, a CNA reclama o comprometimento do Sr. Primeiro-Ministro, para mostrar a real prioridade do Governo nesta matéria”, termina.
Foto: DR.
[1] Elaborado pela CNA, pela Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), pela Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) e pela ONG-D ACTUAR
Atualidade
Peniche: Detido reincidente por tráfico em estabelecimento
O Comando Distrital de Leiria da Polícia de Segurança Pública, no dia 23 de janeiro, através da Esquadra da Peniche, deteve um homem, com 33 anos de idade, num estabelecimento de restauração e bebidas, por tráfico de droga.
Havendo notícias de que vários consumidores de estupefacientes afluíam ao estabelecimento em causa, levantou-se a suspeita da prática de tráfico destes produtos no seu interior ou nas imediações, assim, foi desencadeada uma ação de fiscalização, não só para fiscalizar o espaço comercial, mas também, para averiguar a existência de indícios sobre o tráfico.
Nesta ação, e após revista pessoal, foi possível apurar que uma das pessoas ali presentes tinha na sua posse 63 doses de haxixe, 53 doses de crack, 15 doses de cocaína, já devidamente acondicionadas e individualizadas e, por isso, prontas a serem vendidas diretamente a consumidores.
De realçar que no decorrer da operação policial foi, ainda, apreendida 1 faca, 1 telemóvel e mais de 420 euros em notas de baixo valor, o que indicia que aquela quantia monetária seria produto de vendas já realizadas.
Por força do antedito, foi detido o suspeito e presente à Autoridade Judiciária, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Ressalve-se que o suspeito já havia sido detido recentemente, mais propriamente no passado mês de dezembro, tendo-lhe sido apreendido diverso produto estupefaciente, dinheiro, armas brancas e uma arma de fogo.
“Com esta ação, o Comando Distrital de Leiria demonstra seu compromisso em combater a criminalidade em todas as suas formas, contribuindo para a efetividade da justiça e garantindo a segurança da população da região”, ressalva a força policial.
Foto: PSP.
Atualidade
Casal detido pela PSP de Coimbra fica em prisão domiciliária
O Tribunal Judicial de Coimbra decretou a obrigação de permanência na habitação (prisão domiciliária), com vigilância eletrónica, de um casal − uma mulher de 33 anos e um homem de 25 – detido pela PSP de Coimbra, na passada quarta-feira, 22 de janeiro.
O casal foi detido, em Coimbra, no decorrer de uma investigação realizada pela Esquadra de Investigação Criminal de Coimbra, do Comando Distrital da PSP de Coimbra, em que foram realizadas buscas domiciliárias, que resultou ainda na apreensão de 4.168 doses de liamba e 110 de cocaína, uma arma de fogo, 53 munições de 12 milímetros, quatro telemóveis e 450 euros em numerário.
No âmbito desta operação policial, foi ainda conduzido às instalações da PSP um menor, de 15 anos, pela prática de ilícitos. Por decisão do Juízo de Família e Menores de Coimbra, o menor foi colocado no Centro Educativo dos Olivais.
Foto: PSP.
Atualidade
Guimarães e Famalicão: Detenções pelo crime de tráfico de estupefacientes
Entre 24 e 26 de janeiro, na cidade de Guimarães, no âmbito de uma operação de combate à criminalidade violenta e grave, a PSP efetuou a detenção de um cidadão com 30 anos de idade, pelo crime de tráfico de produto estupefaciente.
No decorrer da mesma, resultou a apreensão de cocaína suficiente para cerca de 42 doses, a quantia de 137,00€ em dinheiro e euros e um telemóvel.
Na cidade de Vila Nova de Famalicão foi detido um cidadão com 25 anos de idade pelo mesmo crime. Aquando abordagem, o mesmo encontrava-se na posse de haxixe suficiente para cerca de 13 doses, que lhes foram apreendidas.
O detido foi notificado para comparecer no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.
“Com este tipo de operações, a PSP tem como principal objetivo devolver o sentimento de segurança à população, bem como efetuar repressão ao fenómeno criminal do tráfico de droga, e criminalidade conexa a este tipo de fenómeno”, sublinha a força policial.
Foto: PSP.
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