Atualidade
Confederação Nacional da Agricultura muito crítica em relação ao Orçamento de Estado para 2022

A CNA – Confederação Nacional da Agricultura mostrou-se muito crítica do Orçamento de Estado para 2022, em conferência de imprensa realizada ontem, frente à Assembleia da República, em Lisboa, para apresentar, publicamente, o seu posicionamento relativamente ao referido documento.
“Aumenta o gasóleo agrícola, aumentam os fertilizantes, os adubos, as sementes, aumenta o preço pago pelo consumidor. Aumenta tudo, menos o preço pago ao produtor e o investimento do Governo PS no setor”, começa por referir.
Para a CNA, “são gravíssimos os problemas que, todos os dias, se abatem sobre a Agricultura Familiar e a Produção Nacional. Agudiza-se a situação financeira das explorações agrícolas, já muito debilitadas na sequência da pandemia de COVID-19, da seca (situação que se tem vindo a agravar), dos prejuízos com javalis e outros animais selvagens, da guerra e das sanções económicas. A CNA já tinha lançado o alerta”.
A 24 de março, centenas de agricultores e agricultoras, de Norte a Sul, “respondendo ao chamamento da CNA e das Associações suas filiadas”, desfilaram em protesto na cidade de Braga, “em luta contra a exploração e a ruína para que estão a ser empurrados milhares de agricultores e agricultoras, em especial os da Agricultura Familiar”, reclama a CNA.
“Hoje, dois meses volvidos, só podemos dizer que a situação piorou porque o Governo continua a fazer ouvidos moucos às reclamações dos agricultores. Desde a grande Manifestação de 24 de março, a voz de protesto foi-se multiplicando em diversas iniciativas de Norte a Sul do País. Urge acudir à Produção Nacional”, sublinha.
Mas a CNA não fica por aqui: “No gasóleo agrícola, os preços continuam a aumentar e as medidas de apoio são, neste momento, manifestamente insuficientes. Assistimos a situações de profunda discriminação em que é anunciada a baixa de preços dos combustíveis, mas para produzir alimentos, o que houve foi um aumento de 3 a 4 cêntimos. Exige-se o controlo dos preços por parte do Governo. A escalada dos preços dos restantes combustíveis, da energia, das sementes, dos pesticidas, das rações, dos fertilizantes, dos plásticos, da maquinaria e peças e de outros fatores de produção que fazem disparar as despesas da Agricultura Familiar, não é acompanhada por um aumento compensador do preço pago à produção. Hoje, a diferença entre o preço pago por um consumidor e o preço pago ao produtor chega, em alguns casos, a 600%. Afinal, quem é que fica com a fatia de leão? Todos sabemos, os grandes intermediários, a grande distribuição!”, critica
“Muitos agricultores estão desesperados e veem-se obrigados a diminuir a capacidade produtiva ou mesmo a encerrar a exploração agrícola. Não nos esquecemos que, neste período, enquanto os custos dos fatores de produção aumentam 200% ou 300% e os agricultores penam, as grandes empresas da distribuição e comercialização aumentam exponencialmente os seus lucros. A título de exemplo, foi notícia que uma grande empresa multinacional do setor registou um aumento de 63% dos lucros em 2021, o que corresponde ao maior crescimento de receitas da sua história. Para os agricultores, nesta situação de crise, o Governo e o Ministério da Agricultura, como já é tradição, anunciam milhões e milhões. Mas nós, nem vê-los”, acusa a CNA.
“Desde o início do ano, apenas contamos com derrogações, linhas de crédito – para acentuar o nosso endividamento – e antecipação de ajudas da PAC que já contávamos receber. E até nesta última, o Governo embrulha-se e complica esta ‘medida excecional’ que já é tradição, burocratizando e deixando muitos agricultores de fora. Portanto, não há dinheiro novo a chegar às explorações. Nestes dias, na casa da Democracia que é a Assembleia da República, votar-se-á o Orçamento do Estado para 2022, que é um cabaz cheio de nada para a Agricultura. Continuam os truques de ilusionismo das verbas não executadas no ano anterior para fazer parecer que vai aumentar o investimento na Agricultura. Mas este cabaz, que representa o Orçamento para a Agricultura, poderia estar bem mais composto se o Governo do PS tivesse ouvido os agricultores”, lamenta.
“É urgente apoiar a Agricultura Familiar para que os Portugueses possam continuar a ter o cabaz que a Agricultura Familiar lhes proporciona, com os bons produtos que produzimos. Para isso, é importante canalizar verbas do Orçamento do Estado para a concretização do Estatuto da Agricultura Familiar, para o apoio aos circuitos curtos de comercialização, para o apoio ao gasóleo agrícola e a concretização da eletricidade verde (que já devia estar em vigor desde 1 de janeiro de 2022), para mais e melhores escolas, serviços de saúde e transportes no Mundo Rural. Para acabar com a especulação com a energia e com os alimentos é necessário que haja uma regulação pública dos mercados e da produção”, sugere a CNA, “porque, como está, o Orçamento do Estado não responde às necessidades e aos problemas da agricultura nacional. Queremos continuar a produzir! Queremos aumentar a produção nacional para reduzir a dependência externa em bens alimentares e contribuir para a Soberania Alimentar do nosso país. A CNA e Filiadas, sempre com os Agricultores, continuarão atentas e interventivas em defesa da Agricultura Familiar, pela Soberania Alimentar do País e por um Mundo Rural Vivo!”, conclui.
Foto: CNA.
Atualidade
Fortaleza de Valença: Reconstrução do Baluarte de São José Avança para Fase Final

Os trabalhos de reconstrução do pano de muralha do Baluarte de S. José, na Fortaleza de Valença, encontram-se numa fase decisiva, com a reconstrução em curso do segundo troço da estrutura, que ruiu a 1 de janeiro de 2023.
A intervenção decorre sob rigorosa monitorização dos técnicos da Unidade da Cultura da CCDR-Norte e do Município de Valença.
A recuperação desta estrutura histórica chega agora à sua fase final, através de um cuidadoso trabalho de recuperação que respeita integralmente as características originais da construção setecentista.
Os trabalhos avançam com o rigor que um monumento classificado exige. Neste momento, decorre a reconstrução do segundo pano de muralha, localizado no tardoz da cortina, paralelamente aos trabalhos de aterro da vala de fundação, operações técnicas essenciais para garantir a estabilidade e durabilidade da estrutura. Também se está a proceder à recolocação do friso e restante aparelho que remata o topo superior do pano da primeira cortina.
O Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, tem acompanhado pessoalmente a evolução dos trabalhos, sublinhando a importância desta intervenção: “Estamos comprometidos em devolver à Fortaleza de Valença toda a sua integridade histórica, garantindo que esta obra seja executada com o máximo rigor técnico e respeito pelo património que nos foi legado.”
Esta intervenção irá repor a totalidade da estrutura original, mantendo intacto o valor patrimonial de um dos mais emblemáticos exemplos da arquitetura militar portuguesa. A Fortaleza de Valença, testemunho singular da nossa história, verá assim assegurada a sua preservação e transmissão como legado cultural às gerações futuras.
Foto: CMV.
Atualidade
Barcelos: Conferência sobre Fibromialgia a 30 de maio no IPCA
“Transformando a dor em vida” é o tema da conferência promovida pelo Instituto Renascer

O Instituto Renascer – Fibromialgia em Portugal e Fibromialgia leva a cabo uma conferênciasobre Fibromialgia, no dia 30 de maio, pelas 20h45, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia no IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.
“Com esta iniciativa, pretendemos sensibilizar e informar sobre a realidade vivida pelas pessoas com fibromialgia, abordando estratégias para enfrentar os desafios físicos, emocionais e sociais associados à doença”, sublinha a organização.
Sob o tema “Transformando a Dor em Vida”, pretende proporcionar um espaço de partilha, esclarecimento e empoderamento para doentes, familiares, cuidadores, publico em geral e profissionais da educação, da saúde, com entrada livre.
Esta formação é certificada para professores, pelo CFAE – Barcelos/Esposende, com o link de inscrição para professores em https://www.cfaebe.pt/course/4171ara .
Serão tratados os seguintes temas:
– Transformando a Dor em Vida – Vencer os Desafios da Fibromialgia;
– Papel da medicina do trabalho…
– Apoios a doentes crónicos pela segurança social;
– O que é a Fibromialgia…
O evento contará com as preleções e intervenções de Paula Encarnação, Professora na Escola Superior de Enfermagem – Universidade do Minho; Vânia Teixeira, Médica de Medicina do Trabalho na ULS – Hospital de Braga; Filipa Braga, Assistente Social na Segurança Social; Jorge Mandim, Diretor da Fibromialgia em Portugal e Instituto Renascer.
“Esta ação de formação visa não só sensibilizar a sociedade sobre o impacto real da fibromialgia na vida dos pacientes, como também oferecer ferramentas práticas para a gestão dos seus desafios físicos e emocionais. Ao promover o conhecimento e o diálogo aberto, contribui-se ativamente para a luta contra o estigma, ajudando a construir uma rede de apoio mais empática, informada e inclusiva”, sublinha a organização.
“A Saúde Ocupacional é um direito consagrado na Lei de Bases da Saúde, assegurando a todos os trabalhadores o acesso à avaliação pela Medicina do Trabalho ao longo da sua vida profissional. Neste âmbito, o Médico do Trabalho assume um papel crucial na promoção da saúde, na prevenção de doenças e de acidentes de trabalho, bem como na avaliação da aptidão dos trabalhadores para o desempenho das suas funções, considerando as suas capacidades e eventuais limitações. No caso específico dos trabalhadores com fibromialgia, a intervenção da Medicina do Trabalho visa promover a sua aptidão para o trabalho bem como a sua qualidade de vida e bem-estar”, continua.
A Fibromialgia é considerada uma doença do sistema nervoso central, acompanhada pelas especialidades de Neurologia, Reumatologia, com uma equipa multidisciplinar e requer tratamentos de reabilitação permanentes, pois os doentes apresentam lentificação motora e cognitiva. Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia: “A fibromialgia é caracterizada por dores músculo-esqueléticas generalizadas… fadiga, stress distúrbios do sono, alterações cognitivas, memória e concentração”.
A defesa e promoção dos direitos e interesses das pessoas com Fibromialgia-Dor e suas famílias, é o papel das plataformas www.fibromialgiaemportugal.pt e Fibromialgia e seus preconceitos, https://www.facebook.com/groups/1017979065050898 que são geridas por Jorge Mandim e Ana dos Santos.
“Falar de Fibromialgia é falar de Dor e causa endurecimento/rigidez por todo o corpo. Pode ser debilitante, causar solidão, ansiedade e depressão. Os doentes com Fibromialgia são psicologicamente frágeis e isso contribui para o aumento da manifestação da doença… A Fibromialgia atinge crianças, jovens e adultos. Usualmente são diagnosticados entre os 20 e 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que afete cerca de 2 a 4% da população (embora seja mais prevalente na idade adulta) e, dos diagnosticados, cerca de 90% são mulheres e 10% são homens”, dizem os especialistas.
A Fibromialgia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992, com o código CID 10 – M79.7. Em Portugal foi reconhecida, em 2003, pela Direção Geral da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou em 1 de janeiro de 2022, com um novo código a DOR e Fibromialgia.
“O impacto da fibromialgia na sociedade é evidente em várias áreas, incluindo na saúde, no trabalho e na economia. Por exemplo, estudos mostram que as pessoas com fibromialgia têm um risco maior de desenvolver outras condições de saúde, como a depressão, a ansiedade e a síndrome do intestino irritável. Além disso, a dor crónica e a fadiga podem levar a uma diminuição da capacidade de trabalhar e realizar tarefas diárias, o que pode levar a um aumento das taxas de desemprego e da necessidade de apoio social”, segundo especialistas.
Imagem: IR.
Atualidade
Rio Tinto: PSP recupera carro roubado em Bragança

Na noite do dia 15 de maio, em Bragança, foi furtado do interior de uma garagem, por método de arrombamento da porta, uma viatura BMW avaliada em cerca de 40.000 Euros.
A viatura foi avistada durante a tarde do dia 16 na Rotunda das Areias, (Campanhã), no Porto, onde seguiam três ocupantes, tendo-se mobilizado diversos meios com vista à interceção e recuperação da mesma em local adequado de acordo por onde a mesma se dirigia, vindo a desenrolar-se uma operação de controlo policial na Rotunda do Parque Nascente em Rio Tinto.
O condutor da viatura ao aperceber-se da presença da PSP e da ordem de paragem que lhe foi dirigida parou e recuou repentinamente, provocou um acidente, galgou passeios acelerando bruscamente colocando em perigo os peões que ali circulavam bem como Polícias que seguiam a pé no seu encalço, vindo a viatura a embater num poste de eletricidade e ali ficar imobilizada.
O condutor, o homem de 37 anos, natural e residente no Porto, que não possuía carta de condução e que exerceu condução perigosa, abriu a porta e colocou-se em fuga sendo intercetado após uma perseguição apeada.
No carro seguiam ainda mais duas pessoas, duas jovens de 15 e 16 anos, tendo estas obedecido às ordens, permanecendo no veículo suspeito até serem retiradas em segurança, vindo a apurar-se que as mesmas se encontravam evadias de uma instituição de acolhimento em Baguim do Monte onde foram conduzidas, sendo uma delas prima do suspeito.
O suspeito foi detido pelas 17h45 do dia 16 de maio pela 3ª Divisão, e após ter sido presente às Autoridades Judiciárias competentes foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Foto: PSP.
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