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Caminho da Geira abre terceiro albergue e há mais projetados

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O albergue de acolhimento tradicional “Repouso do Caminhante”, localizado em Beariz, na província galega de Ourense, é o terceiro a abrir no Caminho da Geira e dos Arrieiros. Existem outros três projetos semelhantes em desenvolvimento.

A reabilitação da casa começou no final do ano passado, durou quatro meses e tem capacidade para receber seis pessoas, em três beliches. Contudo, em caso de necessidade, o número pode duplicar com recurso a colchões e sacos-cama.

“Encantei-me pela casa e pensei que seria ideal para montar uma biblioteca, com cerca de quatro mil livros meus, onde eu e outras pessoas pudéssemos passar tempo com tranquilidade. No entanto, mudei de ideias e embarquei nesta aventura”, explica José Balboa Rodríguez, escritor, filósofo e Cavaleiro da Ordem de Santiago.

O edifício de dois pisos – composto por uma casa de habitação e um curral – tem 200 anos e estava em ruínas quando foi adquirido por José Balboa Rodríguez que, aos 87 anos, teve a “ousadia de se lançar num projeto como este, por muito pequeno que seja”, com o apoio da sua esposa, Lorena.

Ainda existem “pormenores por concluir e o telhado será substituído mais tarde”, mas o “Repouso do Caminhante” está pronto para receber os primeiros peregrinos, no dia 20 de março.

Além do espaço ocupado pelos beliches, o albergue possui instalações sanitárias com duche, uma cozinha equipada com o essencial, incluindo fogão, frigorífico, louça e talheres, e uma área para estender roupa.

O albergue funciona com base em donativos. “Não tenho qualquer interesse económico. O que desejo é que seja um lugar onde os peregrinos possam descansar com toda a tranquilidade. E que seja um estímulo, que contagie outros a fazer o mesmo. Se deixarem um donativo para pagar a eletricidade e outras despesas, bendito seja Deus. E se não deixarem, bom caminho de qualquer maneira”, afirma o escritor.

A espiritualidade do Caminho e a luta contra a desertificação são duas razões que o motivam: “Acredito que o Caminho é um autêntico cordão umbilical para que as aldeias e o mundo rural por onde passa possam progredir ou renascer”, explica.

Nas proximidades do albergue, a menos de 200 metros, existem uma farmácia, banco, lavandaria, talho, mercearia e um restaurante. José Balboa Rodríguez apenas pede aos peregrinos que, sempre que possível, reservem a estadia com dois ou três dias de antecedência para que se possa atender a qualquer necessidade.

Além do “Repouso do Caminhante”, os peregrinos do Caminho da Geira e dos Arrieiros já podem usufruir dos albergues público de Santiago de Caldelas, no concelho de Amares, e privado de Couso-Pontevea (donativo). No verão, está previsto iniciar a reabilitação da aldeia de Varziela, em Castro Laboreiro, que incluirá um albergue. Está em desenvolvimento outro projeto, na zona da fronteira, que também prevê prestar apoio a peregrinos. A localidade de Béran, onde se encontra o Km 100 deste caminho, deverá igualmente dispor de um albergue a curto prazo.

O Caminho da Geira tem 239 quilómetros, começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela Homem.

Nos últimos seis anos foi percorrido por quase quatro mil peregrinos, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de outros 13 países europeus, e do Afeganistão, Aruba, Austrália, Azerbeijão, Bahamas, Belize, Brasil, China, Colômbia, EUA, Japão, México, Palestina ou Uruguai.

Foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e em publicações da associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico (2020) e do Turismo do Porto e Norte de Portugal (2021).

O percurso destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira, via do género mais bem conservada do antigo império ocidental romano, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.

Foto: DR.

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Universidade do Minho recebe Encontro Nacional do IN2PAST

Património, artes, sustentabilidade e território juntam 170 cientistas durante quatro dias

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O 5º Encontro Nacional do Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IN2PAST) vai decorrer de 22 a 25 de janeiro na Universidade do Minho, em Braga, com cerca de 170 participantes, e no Extremo, em Arcos de Valdevez.

Os trabalhos começam nesta quarta-feira, às 17h00, com uma reunião aberta na Reitoria da Universidade do Minho, que envolve representantes regionais e nacionais nas áreas do Património, Artes, Cultura, Sustentabilidade e Território. Com a presença da vice-reitora para a Cultura e Território, Joana Aguiar e Silva, e do vice-reitor para Investigação e Inovação, Eugénio Campos Ferreira, esta sessão pública pretende, mais do que apresentar o IN2PAST, auscultar os representantes das instituições sobre necessidades específicas, a fim de mobilizar parcerias na interação entre os técnicos e os investigadores.

Está confirmada a participação de responsáveis da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, do Centro de Investigación Interuniversitario das Paisaxes Atlánticas Culturais, do Consello da Cultura Galega e do Instituto de Ciencias del Patrimonio (Incipit-CSIC), além de representantes autárquicos de comunidades intermunicipais e municipais, diretores e técnicos de arquivos, bibliotecas, museus e de outras instituições públicas e privadas.

O programa científico arranca na quinta-feira, no edifício 2 do campus de Gualtar. A abertura é às 9h00, no auditório B2, com intervenções de membros das direções do IN2PAST e do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT), organizadores deste Encontro. Até à tarde seguinte estão previstas seis sessões plenárias de debate – Intervir, Reconhecer, Cruzamentos disciplinares, Tecnologias, Pluralidades e Práticas colaborativas –, a par da reunião do Conselho Científico do IN2PAST e da sessão “Relatores”, com a síntese dos trabalhos.

Saída de campo a Arcos de Valdevez

Para sábado, dia 25, está programada uma saída de campo até ao lugar do Extremo, autêntico laboratório vivo que junta cientistas e a comunidade local no estudo da paisagem e do património numa perspetiva de sustentabilidade e que é um exemplo de práticas colaborativas e ciência cidadã. O momento conta igualmente com a presença de responsáveis do Município arcuense e da Junta de Freguesia de Portela e Extremo.

No Encontro Nacional do IN2PAST cruzam-se diferentes áreas do saber, da História à Química, passando pela Arquitetura, Musicologia, Antropologia, Arqueologia, Urbanismo, Museologia, Conservação, Geologia, Arquivística ou Bioquímica. É um fórum de excelência para a construção de novas formas de investigação, inovação, dinamização e colaboração entre os cerca de 350 doutorados das sete unidades de I&D do IN2PAST.

Estas unidades, repartidas por cinco universidades (Évora, Coimbra, Minho, Nova de Lisboa e ISCTE) e cofinanciadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, são: o Laboratório HERCULES – Herança Cultural, Estudos e Salvaguarda; o Lab2PT; o Centro de História da Arte e Investigação Artística – CHAIA; o Instituto de História Contemporânea – IHC; o Instituto de História da Arte – IHA; o Centro em Rede de Investigação em Antropologia – CRIA; e o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical – CESEM.

Imagem: UM.

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Universidade Católica do Porto promove debate “A Felicidade é Lucrativa?”

Dia 30 de janeiro, pelas 18h00, no Porto

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Isabel Braga da Cruz (Pró-Reitora da Universidade Católica Portuguesa), Rui Moreira (Presidente da Câmara Municipal do Porto), Ricardo Costa (Chairman do Grupo Bernardo da Costa e autor do livro “A Felicidade é Lucrativa”) e Sofia Mexia Alves (Presidente da Direção da Unificar) são os oradores convidados do debate “A Felicidade é Lucrativa?”. Um evento que se realiza a 30 de janeiro, pelas 18 horas, no Auditório Corticeira Amorim da Universidade Católica Portuguesa no Porto, e que conta com a moderação de Rui Couceiro (Editor do livro).

Inspirado no livro “A Felicidade é Lucrativa”, de Ricardo Costa, este debate procura trazer a visão de quem lidera organizações em diferentes áreas da sociedade: da academia às instituições públicas, passando também pelas IPSS. No livro, o autor apresenta uma forma nova de olhar para o mundo corporativo – e para o país -, partilhando como se consegue melhorar os espaços de trabalho, mostrando como cada um pode perspetivar a carreira para obter resultados de excelência e ser mais feliz. Ricardo Costa criou, em 2017, o primeiro departamento da Felicidade em Portugal, fez um MBA Executivo e integra o Conselho Consultivo Institucional da Católica Porto Business School.

O debate “A Felicidade é Lucrativa?” é aberto ao público, mas sujeito a inscrição prévia.

Mais informações disponíveis em A Felicidade é Lucrativa? | Universidade Católica Portuguesa – Porto.

Imagem: DR.

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Odivelas: Homem de 28 anos detido por posse de arma proibida

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Loures, no dia 20 de janeiro, na freguesia de Odivelas, procedeu à detenção de um homem de 28 anos, por ser suspeito da prática do crime de Posse de Arma Proibida.

A referida detenção ocorreu na sequência de uma ação de fiscalização, tendo o detido, quando exercia a condução de uma viatura, sido encontrado na posse de uma arma branca, devidamente acondicionada numa bolsa de transporte.

O detido foi libertado e notificado para comparecer perante a competente Autoridade Judiciária no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Norte – Loures.

Foto: PSP.

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