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Barcelos: Nos 60 anos de existência, Museu mostra Olarias de Portugal

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Por ocasião da celebração dos seus 60 anos de existência, foi inaugurada, no passado dia 06 de maio, no Museu de Olaria, a grande exposição “Olarias de Portugal”, uma mostra que permite percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses, ilustrados por cerca de 650 peças.

A sessão que marcou a abertura desta mostra foi presidida pelo presidente da Câmara de Barcelos, Mário Constantino, acompanhado da vereadora da Cultura, Elisa Braga.

Após um enquadramento histórico, feito pela diretora, Cláudia Milhazes, da vida do Museu e do seu papel na preservação, estudo, divulgação e promoção das olarias e figurado, o presidente da Câmara, Mário Constantino, sublinhou a importância desta nova exposição permanente, quiçá a mais rica e representativa das olarias portuguesas. “É mais um excelente produto cultural que muito orgulha Barcelos e faz o nosso Museu ganhar ainda mais dimensão nacional e internacional”, referiu o autarca.

Mário Constantino com Elisa Braga (esq.) e Cláudia Milhazes

A exposição “Olarias de Portugal” está organizada por três pisos diferenciados, nos quais estão expostas peças de cerâmica e olaria dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa, Leiria, e ainda dos núcleos do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores, bem como naturalmente peças da olaria e do figurado de Barcelos, desde os finais do século XIX, até aos dias de hoje.

A arte de produzir louça com barro além de ancestral é, indiscutivelmente, fruto da necessidade humana. O uso de recipientes para conservar, cozinhar, servir, ornamentar, para a promoção de rituais ou satisfação de crenças, calcorreia séculos.

A exposição “Olarias de Portugal” convida-o a percorrer mais de cem anos de produção de louça e figurado portugueses. Desde o processo de extração do barro, à preparação da pasta para ser trabalhada pelo oleiro, passando pelas características únicas de cada centro produtor. O caminho começa no primeiro piso com as louças de Barcelos, seguindo até aos distritos de Vila Real e Bragança. Depois de se subir as escadas, no piso superior, encontram-se louças dos distritos da Guarda, Castelo Branco, Viseu, Coimbra, Aveiro, Portalegre, Lisboa e Leiria, e ainda da envolvente do Alentejo, Algarve, e dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.

No terceiro piso, o destaque releva a antiguidade e criatividade do Figurado de Barcelos e as mudanças que o mesmo foi sofrendo ao longo dos anos. Mas a visita não termina aqui, no retorno, descendo as escadas, encontra-se a louça decorativa produzida no território barcelense, desde os finais do século XIX.

O percurso museológico pelas Olarias de Portugal termina com a possibilidade de se poderem apreciar algumas das obras contemporâneas da coleção do Museu.

O Museu de Olaria

Decorria o ano 1963, quando foi inaugurado o Museu de Cerâmica Regional, em Barcelos. Onze anos antes, o etnógrafo Joaquim Sellés Paes de Villas-Bôas doara a sua coleção de louça utilitária e figurado ao Município, promovendo a criação de um museu. Uma sala subterrânea, por baixo do Paço dos Condes, foi o local escolhido para acolher a coleção.

Muito se discutiu e se fez em torno deste museu e do que ele significava, enquanto polo dinamizador da investigação cerâmica em Portugal. Sim, a vontade de quem o dirigia ultrapassava o limite concelhio, entendia Eugénio Lapa Carneiro que tinha de ser um museu útil e vivo e foi assim que se manifestou aquando de uma doação de uma pequena biblioteca: “[…] o museu de Barcelos deve ser apetrechado de modo a servir os estudiosos da cerâmica popular, portugueses e estrangeiros, deve preparar-se para desempenhar cabalmente o seu papel de centro promotor de estudos sobre cerâmica popular.” (Carneiro. 1969). Não chegava uma coleção, importava ter um centro de investigação. Com Eugénio Lapa Carneiro, a coleção do museu foi aumentando, desafiou antropólogos e etnógrafos para estudarem cerâmicas de países lusófonos: João Lopes Filho fez um importante levantamento em Cabo Verde; Adélio Marinho Macedo Correia para além do Alentejo, percorreu Angola onde desenvolveu um trabalho imensurável. Com a inclusão de Isabel Maria Fernandes na equipa, a investigação do mundo do barro ganhou nova dimensão. O museu desempenhava agora um papel fulcral na perspetiva do estudo, mas também na divulgação e promoção do seu acervo.

A incorporação de peças nacionais e de países de língua oficial portuguesa como Angola, Cabo Verde, Brasil, Timor, Moçambique e Guiné são reflexo da sua vivência, intimamente ligada à história nacional. 

Em 1995, foi inaugurado o Museu de Olaria; nova designação, mudança de instalações com a adaptação a museu da Casa dos Mendanhas de Benevides, onde hoje se encontra.

O acervo, com mais de 10 000 peças, é apresentado de forma sucinta nesta exposição, contudo conscientes de que a riqueza da olaria portuguesa não se limita neste espaço. É, por isso, que Cláudia Milhazes, diretora do museu, refere que: “o papel do museu na comunidade extravasa as instalações, a olaria requer ainda muita investigação e tem sido uma preocupação constante transmitir conhecimento, desde o público escolar ao público em geral, bem como a promoção de novos artistas no mundo da cerâmica”.

“O Museu de Olaria quer ser útil para manter a olaria viva!”, conclui.

Foto: CMB.

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Loures: Homem de 62 anos detido por tráfico de estupefaciente

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Loures, no dia 9 de maio, pelas 20h30, na união de freguesias Santo Adrião e Olival Basto, procedeu à detenção de um homem de 62 anos, por ser suspeito da prática do crime de tráfico de estupefaciente.

No decorrer de um policiamento de prevenção e visibilidade, os polícias abordaram uma viatura e seus ocupantes para efeitos de fiscalização.

Durante a abordagem, foi localizado na posse de um dos ocupantes, uma bolsa com vários sacos contendo produto suspeito de ser estupefaciente, que se veio a confirmar tratar-se de 341 doses individuais de heroína.

O detido recolheu ás celas de detenção do COMETLIS, tendo sido presente perante Autoridade Judiciária para 1.º interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva.

Foto: PSP.

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Viana do Castelo: Detenção por suspeita da prática do crime de furto no interior de estabelecimento comercial

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No dia 14 de maio, pelas 12h10, na rua Quinta do Bispo de Angola – Meadela, em Viana do Castelo, foi detido um homem, de 33 anos de idade, operário da construção civil e residente na Ponte da Barca.

Polícias do efetivo da Esquadra de Viana do Castelo, na sequência de informações dando conta da prática de um furto no interior de um estabelecimento comercial, localizado na avenida dos Combatentes da Grande Guerra, na cidade de Viana do Castelo, ali se deslocaram.

No decurso das medidas de polícia desenvolvidas, na rua supramencionada, elemento policial da Esquadra de Trânsito, efetuou a interceção do acima identificado, que, momentos antes, através de astúcia, se havia introduzido no interior do referido estabelecimento comercial e subtraído diversas peças de ourivesaria. De referir ainda que o suspeito, havia tentado proceder à venda dos artigos furtados junto de um estabelecimento comercial localizado nas imediações da artéria onde veio a ser intercetado e detido.

Os bens subtraídos foram todos recuperados e reconhecidos pela responsável da loja. A proprietária do estabelecimento formalizou queixa junto de departamento policial.

O detido foi notificado para comparecer junto das Autoridades Judiciárias.

Foto: PSP.

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Vila do Conde: Três detenções por furto

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No dia 13 de maio, pelas 20h05, na Rua Aristides Sousa Mendes, em Vila do Conde, a Divisão Policial de Vila do Conde procedeu à detenção de três homens, entre os 30 e os 40 anos de idade, desempregados e residentes em Braga, Porto e Viana do Castelo, pelo crime de furto.

Após denúncia de uma bicicleta furtada pelas 18h45, e com base na indicação e na descrição de três suspeitos e de uma viatura envolvida, a PSP encetou diligências no sentido de identificar e intercetar os mesmos, vindo a localizar a viatura suspeita pelas 20h00 num posto de combustível com os suspeitos no interior da mesma.

Após terem sido abordados, para além da bicicleta furtada, foi ainda constatada a existência de diversos artigos que os suspeitos não justificaram a sua posse, suspeitando-se de uns serem furtados e outros de servirem para a prática de furtos, nomeadamente: 2 rebarbadoras; 2 berbequins; 2 parafusadoras, 1 trotinete; 5 kispos do Clube de Futebol do Rio Ave; 4 telemóveis; ferramentas e acessórios diversos; e 4 garrafões de 25 litros vazios e um funil.

No decorrer da s diligências policiais foi possível apurar que as matrículas apostas no veículo não correspondiam ao mesmo e no interior estavam as corretas, sendo que estas correspondiam à viatura referenciada como envolvida em diversos furtos anteriores, pelo que se procedeu à apreensão da mesma.

Os detidos encontram-se a ser presentes no Juízo de Instrução Criminal de Matosinhos para 1º interrogatório judicial visando a aplicação de eventuais medidas de coação.

Foto: PSP.

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