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Barcelos com maior orçamento de sempre

Orçamento para 2023 supera os 96 milhões de euros

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A Câmara Municipal de Barcelos vai gerir, no próximo ano, um orçamento de mais de 96,6 milhões de euros, o maior valor de sempre. Para atingir aquele montante, a autarquia prevê uma receita corrente acima dos 79 milhões de euros e uma receita de capital superior a 17 milhões de euros.

As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2023, aprovadas ontem, ao final da tarde, em reunião do executivo, cumprem o “vínculo do programa eleitoral sufragado pelos barcelenses e dão corpo ao compromisso político assumido no início do mandato”, lê-se na introdução na previsão das contas para o próximo ano.

Em conferência de imprensa para abordar o documento, o presidente da Câmara, ladeado do vice-presidente, assegurou que “este Plano e Orçamento do próximo ano é mais um passo para os objetivos a que nos propusemos no compromisso eleitoral com os barcelenses: colocar Barcelos na senda do desenvolvimento, a par dos restantes municípios do quadrilátero, tornando o nosso concelho atrativo para o investimento, dotado de capacidade de gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, sempre em coesão social e territorial, tanto na zona urbana como nas freguesias”. Mário Constantino vincou que “no próximo ano vai ser dada continuidade à orientação estratégica da gestão Municipal”, a qual assenta em quatro grandes pilares: Sociedade – pela valorização e reforço da identidade concelhia, apostando nos eixos da Educação e Cultura; Juventude, Desporto e Lazer; Saúde; Responsabilidade Social; e Segurança. O segundo pilar diz respeito ao Ambiente e visa defender a natureza, promover a qualidade de vida, centrando-se nas políticas da Ecologia, Agricultura, Floresta, Recursos Naturais e Rios. Segue-se o pilar do Progresso, ao qual estão subjacentes a gestão dos recursos económicos e financeiros, nomeadamente aqueles que criam riqueza e geram empregos: Planeamento; Urbanismo; Mobilidade; Atividades Económicas; e Turismo. O quarto pilar foca-se na Governação, enquanto princípio orientador da atividade política autárquica exigente e competente, com visão democrática participativa, que implemente a justa distribuição dos recursos municipais, com políticas de apoio às famílias, às autarquias locais, movimento associativo, ao setor dos serviços públicos e ao tecido empresarial. O presidente da Câmara acrescentou, ainda, que “a concretização de cada um daqueles pilares dependerá, em muito, da capacidade de aproveitamento dos recursos disponíveis do Município, bem como dos recursos de programas e projetos passíveis de financiamento dos fundos comunitários”, mostrando-se convicto de que “o Plano e Orçamento contém as linhas de força para que o ciclo de desenvolvimento e coesão social do concelho possa acontecer, tanto pela execução do plano de investimentos como pela implementação das ações previstas nas atividades a desenvolver” durante 2023.

Investimento em obras vai ascender a 38 milhões

Após ter feito o enquadramento político das orientações estratégicas plasmadas no Orçamento, Mário Constantino detalhou como serão distribuídos os montantes financeiros previstos para o próximo ano.  Assim, verifica-se que dotação geral é de praticamente 60 milhões de euros, maioritariamente distribuídas da seguinte forma:

Funções Sociais, de que fazem parte os setores da Educação, Saúde Habitação e Serviços coletivos Serviços Culturais, Recreativos e Religiosos e Ação Social têm uma dotação de 28 milhões de euros;

Funções Económicas, compostas por Transportes e Comunicações, Indústria e Energia e Comércio e Turismo, rondam os 15 milhões de euros;

Serviços Gerais da Administração Pública e a Segurança e Ordem Públicas têm uma dotação de cerca de 7 milhões de euros; 

Outras funções (Transferências entre Administrações e Diversas) estão dotadas de 10 milhões.

Obras e Projetos

Entre as inúmeras obras e projetos inscritos no Plano do próximo ano, há algumas que, pela sua relevância estruturantes no desenvolvimento do concelho, merecem destaque por parte do Município:

Modernização da EM 505 entre a EN306 e 306-1 (em execução);

Qualificação Pedonal entre a Ponte Medieval, Largo Guilherme Gomes Fernandes e Rua Miguel Ângelo;

Passadiço Pedonal da Frente Ribeirinha;

Arranjo Urbanístico da envolvente à EB de Manhente;

Reabilitação da Passagem Pedonal Sobre o Complexo Rodoviário;

Promoção das condições de acessibilidade Pedonal na Avenida Dr. Sidónio Pais;

Promoção das acessibilidades na Avenida Alcaides de Faria;

Intervenções nos Edifícios Escolares, na Casa Conde Vilas Boas e em Instalações de Serviços Municipais;

A aquisição de terrenos para a implantação do Novo Hospital;

Ciclovias na Zona Urbana – Ciclovia Circular;

Troço Urbano da Ecovia do Cávado;

Segunda Fase do Estádio Cidade de Barcelos;

Melhoria das Condições das Paragens dos Autocarros;

Requalificação da Av. da Igreja e área envolvente em Roriz;

Rua dos Moreiros, Av. da Igreja e Rua da Casal em Tamel S. Veríssimo;

Conservação da EM306 entre Alheira e Barcelos;

Conservação da EM306 entre Barcelos e Macieira;

Repavimentação de Arruamentos no Lugar do Banho em Vila Cova.

Acrescem a este investimento mais cerca de 10 milhões de euros, a serem canalizados para as Juntas de Freguesia. Por outro lado, neste Plano, também estão inscritas verbas para a elaboração de diversos projetos estruturantes para o concelho, concretamente, a Variante Urbana Norte – Fase I; a Variante Urbana Poente; a Variante Periurbana Nascente; e a Requalificação da ligação entre a ER 205 e o aterro sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado (Paradela).

Os grandes números do Plano e Orçamento 2023

Coube ao vereador do pelouro da Gestão Financeira detalhar os grandes números do Orçamento para 2023. Domingos Pereira sublinhou que a Câmara Municipal de Barcelos vai gerir um orçamento de mais de 96,6 milhões de euros, o maior valor de sempre.

Como suporte desse montante, a autarquia barcelense prevê uma receita corrente acima dos 79 milhões de euros, ou seja, 12.0% superior ao ano transato; e uma receita de capital um pouco acima dos 17 milhões de euros, representando 17.7% do total do Orçamento.

No que respeita ao capítulo das despesas, a despesa corrente estimada ascende aos 58 milhões de euros, refletindo um acréscimo de 21.2%, subida justificada pelo aumento das despesas de pessoal e aquisição de bens e serviços.

Por seu lado, a despesa de capital supera os 38 milhões de euros, o que representa 39.7% da despesa total.

Em termos estruturais, a receita corrente representa 82.3% das receitas totais, enquanto a despesa corrente é 60.3% das despesas totais.

Por estes valores, “verifica-se que fizemos um esforço de canalização de afetação de recursos financeiros de natureza corrente, para despesas de capital, designadamente, para financiamento do plano de investimentos. Tal traduz-se numa dimensão muito significativa, pois a poupança corrente está acima de 21 milhões de euros, cujo montante cobrirá o financiamento de 67% das despesas de investimento”, salientou.

Num exercício analítico mais pormenorizado, pode-se dizer que a receita orçamental de perto de 96,6 milhões de euros será essencialmente proveniente de receitas correntes (79,5 milhões) entre as quais as transferências correntes (45,7 milhões), os impostos diretos, (22,9 milhões), as vendas de bens e serviços (5,7 milhões), e outras rubricas, caso dos rendimentos de propriedade e de aplicação de taxas (mais de 5 milhões). Os restantes – 17 milhões são provenientes de transferências de capital.

Câmara reduz impostos e taxas

O Orçamento para 2023 não contempla qualquer aumento do valor das taxas previstas nos regulamentos municipais e, pelo contrário, confirma a já anunciada redução de impostos, expressa aquando da apresentação do Programa de Emergência Social. Assim, haverá redução da taxa do IMI de 0.34% para 0.33%; a Derrama passará de 1.14% para 1.1%, e as empresas com um volume de negócios até 150 mil euros ficarão isentas de pagamento. Haverá também redução da componente municipal do IRS de 5% para 4,75%.

Quanto à despesa orçamental, a mesma está dividida pelas seguintes grandes rubricas:  despesas correntes – 58 milhões de euros e despesas de capital – 38 milhões de euros.

Das despesas correntes, destacam-se as despesas com pessoal que estão dotadas com 27,5 milhões. Trata-se de uma subida de 13% justificada, fundamentalmente, pelo acréscimo do número de efetivos em razão das novas competências assumidas, também pela reposição de recursos humanos na área da educação para o cumprimento de quotas, pela assunção do legado no domínio da saúde e da ação social. O valor inscrito também já reflete as atualizações salariais e outras aprovadas pelo Governo Central.

Câmara vai transferir para as freguesias 10 milhões de euros

A Câmara Municipal prevê transferir para as Juntas de Freguesia, ao longo do ano, cerca de 10 milhões de euros, suportado em dois modelos de contrato: 2 milhões e 200 mil euros por acordos de execução, relativos à delegação de competências, mais de 7 milhões e meio de euros, através de contratos interadministrativos.

Esta política de colaboração com as autarquias locais, bem como com outras instituições e associações locais é considerada fundamental para o desenvolvimento social e coesão territorial.

Assim, além das verbas para as Juntas de Freguesia, o orçamento prevê transferências de mais de 2 milhões de euros para a celebração de contratos-programa e protocolos com diferentes entidades, entre as quais os Agrupamentos de Escolas que assumem a grande fatia relativa à Educação, bem como as Instituições Públicas de Solidariedade Social, entidades que desempenham papel relevante no apoio à comunidade, e que dão expressão à cultura como fator de desenvolvimento social. 

Ainda no que concerne a transferências financeiras, destaque para o apoio canalizado para as famílias, em diversas vertentes, casos do apoio ao pagamento da renda de casa – 750 mil euros; apoio à natalidade – 130.000€; concessão de bolsas de estudo – 80.000€; aquisição de material didático – 70 000€; e bolsas de estágio do IEFP – 100 000€.

Foto: CMB.

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Durão Barroso em Barcelos para falar de Portugal na Europa e no Mundo

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O ex-Primeiro-Ministro de Portugal e ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, vai estar em Barcelos, no próximo domingo, para proferir a conferência “Portugal na Europa e no Mundo”.

O evento, que se realiza no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas 21h30, terá como moderador Sebastião Bugalho.

José Manuel Durão Barroso é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, fez pós-graduação em ciências económicas e sociais em Genebra.

Participou nos movimentos e lutas estudantis no período do Estado Novo; foi dirigente do MRPP no rescaldo do 25 de Abril de 1974 e tornou-se militante do PSD em 1980.

Profissionalmente, exerceu funções docentes, primeiro na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e, seguidamente, na Universidade Lusíada.

Pertenceu aos governos do professor Aníbal Cavaco Silva, onde foi Subsecretário de Estado no Ministério dos Assuntos Internos, Secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação e Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Foi eleito Presidente do PSD em 1999, sendo reeleito em mais três Congressos Nacionais do Partido Social Democrata.

Em 2002, tomou posse como Primeiro-Ministro, tendo-se demitido do cargo para assumir a Presidência da Comissão Europeia, entre 2004 e 2014.

Durão Barroso é, atualmente, Presidente não-executivo do Banco Goldman Sachs International.

Imagens: CMB e DR.

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Viana do Castelo promove V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora de 4 a 12 de maio

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Entre os dias 4 e 12 de maio, a Câmara Municipal de Viana do Castelo irá realizar a V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora. A iniciativa contará com a dinamização de atividades diversas, desde workshops a caminhadas interpretativas da paisagem, mapeamento de espécies exóticas invasoras e ações de voluntariado ambiental de combate às espécies invasoras.

Este programa está integrado na Semana sobre Espécies Invasoras Portugal & Espanha 2024 (SEI 2024) da Rede Portuguesa de Estudo e Gestão de Espécies Invasoras, da Plataforma INVASORAS.PT, dos projetos LIFE STOP Cortaderia e LIFE INVASAQUA e do Grupo Especialista em Invasiones Biólogicas.

Assim, a V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora arranca a 4 de maio com a realização de uma caminhada interpretativa da paisagem, seguindo-se uma ação de controlo de vegetação invasora no Monumento Natural do Cemitério das Praias Antigas de Alcantilado de Montedor – Carreço e, em simultâneo, decorrerá o Workshop – Flora invasora, sendo as duas iniciativas abertas ao público geral.

Durante esta semana serão ainda promovidas atividades de controlo de vegetação invasora em diferentes áreas classificadas como Monumentos Naturais, onde serão aplicadas técnicas de controlo para espécies como a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), a mimosa (Acacia dealbata) e austrália (Acacia melanoxylon) no âmbito do Protocolo de Cooperação para a Manutenção Ecológica de Áreas Classificadas de Viana do Castelo com empresas locais e será ainda promovido o mapeamento de flora invasora, numa ação que tem a comunidade escolar como público alvo.

As ações desenvolvidas nesta semana de combate às espécies invasoras, dinamizadas pelo Geoparque Litoral de Viana do Castelo, pelo Gabinete Florestal e pelo Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA), da Divisão de Ambiente e Alterações Climáticas, contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, nomeadamente ODS 11|Cidades e Comunidades sustentáveis, ODS 13|Ação Climática, ODS 14|Proteger a Vida Terrestre e ODS 17|Parcerias para a Implementação dos objetivos.

A preocupação com esta temática é cada vez maior uma vez que as espécies exóticas invasoras são uma ameaça constante para os ecossistemas em todo o mundo. Introduzidas em novos ambientes, muitas vezes por ação humana, as espécies invasoras podem desequilibrar os ecossistemas locais, competindo com as espécies nativas por recursos como alimento e espaço. A sua rápida reprodução e adaptação podem resultar na extinção de espécies nativas, causando danos irreversíveis à biodiversidade. Por isso mesmo, controlar estas espécies tornou-se uma prioridade para a conservação ambiental, exigindo esforços para mitigar seu impacto negativo.

Imagem: CMVC.

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Castro Marim: Abertura da Rede de Abastecimento de Água em Pisa Barro durante as comemorações do 25 de Abril

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Celebrar o 25 de Abril de 1974 também é comemorar a crescente presença das autarquias na melhoria das condições de vida das pessoas e na prestação de serviços básicos, desde o abastecimento de água à população até à programação cultural.

O concelho de Castro Marim deu agora mais um passo para o desenvolvimento do interior, nomeadamente em Pisa Barro, com a tão esperada abertura da Rede de Abastecimento de Água.

Este que era um dos grandes objetivos do município e deste executivo, ficou esta semana totalmente concretizado, permitindo assim o abastecimento de água, em quantidade e qualidade, colocando um ponto final ao fornecimento instável que existia graças a captações subterrâneas que alimentavam redes próprias, particulares ou fontenários.

Com um investimento superior a um milhão de euros, a alimentação de água efetua-se agora a partir da extensão da rede municipal de distribuição atualmente existente, com base em duas origens alternativas, o Reservatório de Monte Francisco e o Reservatório do Cabeço, integrados no Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve.

Este projeto foi aprovado pelo programa PO SEUR, sendo apoiado por Portugal e pela União Europeia, cofinanciado a 82,04% pelo Fundo de Coesão.

Para assinalar a abertura da Rede de Abastecimento de Água em Pisa Barro e o 50.º Aniversário do 25 de Abril de 1974, a Banda Musical Castromarinense rumou àquela localidade e proporcionou uma atuação para os habitantes.

Em 2020, o Município de Castro Marim executou uma obra que estendeu a rede de abastecimento de água a mais de 30 povoações das freguesias de Azinhal e Odeleite, pretendendo continuar com esta política nos aglomerados populacionais ainda não servidos.

Foto: CMCM.

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