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Universidade de Coimbra integra projeto que pretende criar Rede Europeia de Bioeconomia Circular

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Desenvolver um quadro de apoio à transição para uma Bioeconomia Circular sustentável, regenerativa e inclusiva, em toda a Europa (EU) e apoiar os agentes de inovação na introdução de soluções biotecnológicas de pequena escala, em áreas rurais, é o objetivo do projeto Europeu BioRural, no qual participa uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Com a duração prevista de três anos e um orçamento de três milhões de euros, financiado pela União Europeia (UE), o BioRural envolve cerca de duas dezenas de parceiros de 14 países diferentes. José Baranda Ribeiro, professor do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da FCTUC, e João Santos, aluno de doutoramento e investigador do DEM, são os responsáveis pelo projeto na Universidade de Coimbra (UC).

“A Europa rural necessita, urgentemente, de uma mudança de paradigma”, considera João Santos, investigador da FCTUC, acrescentando que, “com a migração de um crescente número de pessoas para os centros urbanos nas últimas décadas, a atual distribuição demográfica é bastante desigual, as zonas rurais são habitadas por 30% da população europeia ainda que correspondam a mais de 80% do território”.

Ilustração do BioRural (Imagem: DR)

“Além disso, a atividade económica da UE é largamente dependente de sistemas de produção lineares e de recursos não renováveis. Apesar das inúmeras tentativas para reduzir essa dependência, o facto é que, por exemplo, só em 2018, os estados da UE produziram 61,8 milhões de toneladas de plástico”, revela José Baranda Ribeiro, professor do DEM.

As consequências da combinação de uma economia linear com uma extensa urbanização vieram agravar alguns dos problemas cronicamente sentidos pelas populações das áreas rurais, nomeadamente, o elevado risco de pobreza, o acesso limitado a serviços e a infraestruturas básicas e os baixos níveis de formação, em comparação com outras áreas da UE.

Neste sentido, o BioRural “visa contribuir para a resolução destes desafios económicos, demográficos e climáticos através do desenvolvimento de um quadro de transição eficaz na promoção da adoção de soluções inclusivas que beneficiarão todas as áreas rurais europeias”, sugere a equipa da FCTUC.

Este projeto pretende, ainda, preencher o espaço entre a inovação biotecnológica e a vida quotidiana dos cidadãos europeus através do incentivo à troca de conhecimento e da identificação de oportunidades de negócio para o desenvolvimento rural.

“Profundamente comprometido com a mudança na direção de uma Bioeconomia Circular, o BioRural, recentemente iniciado, apoia os agentes de inovação a introduzir as sua soluções biotecnológicas inclusivas nas áreas rurais da Europa, contribuindo, assim, para a consciencialização das populações e a criação de valor”, esclarece o José Baranda Ribeiro, garantindo que “avaliar o estado atual da Bioeconomia rural europeia e identificar  as barreiras que afetam a adoção de inovação é apenas o ponto de partida”.

Segundo os responsáveis pelo projeto na FCTUC, esta investigação existe para criar e promover as condições para a cooperação entre os vários intervenientes-chave na cadeia da Bioeconomia de agricultores, pescadores, silvicultores, e empreendedores rurais a grupos mais alargados, como empresas privadas, autoridades administrativas locais, ONGs, escolas, universidades e centros de formação. Tirando partido de atividades como ações de divulgação, ações de formação, e de outras, com forte impacto nos vários intervenientes, o projeto BioRural colocará à disposição destes as fontes de conhecimento atualmente disponíveis.

Países que integram o projeto (Imagem: DR)

A cada um dos intervenientes será fornecido apoio específico e independente, que pode ir desde a simples consultadoria à mais ou menos profunda orientação-mentoria. “Deste apoio, que se pretende que seja muito mais do que uma chamada de atenção para as pessoas envolvidas em atividades rurais como os agricultores, resultarão modelos de negócio sustentáveis capazes de acelerar o desenvolvimento de produtos ou serviços comerciais e, desse modo, promover a generalização de soluções de biotecnologia na Europa”, conclui a equipa do DEM.

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Durão Barroso em Barcelos para falar de Portugal na Europa e no Mundo

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O ex-Primeiro-Ministro de Portugal e ex-Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, vai estar em Barcelos, no próximo domingo, para proferir a conferência “Portugal na Europa e no Mundo”.

O evento, que se realiza no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelas 21h30, terá como moderador Sebastião Bugalho.

José Manuel Durão Barroso é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, fez pós-graduação em ciências económicas e sociais em Genebra.

Participou nos movimentos e lutas estudantis no período do Estado Novo; foi dirigente do MRPP no rescaldo do 25 de Abril de 1974 e tornou-se militante do PSD em 1980.

Profissionalmente, exerceu funções docentes, primeiro na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e, seguidamente, na Universidade Lusíada.

Pertenceu aos governos do professor Aníbal Cavaco Silva, onde foi Subsecretário de Estado no Ministério dos Assuntos Internos, Secretário de Estado dos Assuntos Externos e Cooperação e Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Foi eleito Presidente do PSD em 1999, sendo reeleito em mais três Congressos Nacionais do Partido Social Democrata.

Em 2002, tomou posse como Primeiro-Ministro, tendo-se demitido do cargo para assumir a Presidência da Comissão Europeia, entre 2004 e 2014.

Durão Barroso é, atualmente, Presidente não-executivo do Banco Goldman Sachs International.

Imagens: CMB e DR.

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Viana do Castelo promove V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora de 4 a 12 de maio

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Entre os dias 4 e 12 de maio, a Câmara Municipal de Viana do Castelo irá realizar a V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora. A iniciativa contará com a dinamização de atividades diversas, desde workshops a caminhadas interpretativas da paisagem, mapeamento de espécies exóticas invasoras e ações de voluntariado ambiental de combate às espécies invasoras.

Este programa está integrado na Semana sobre Espécies Invasoras Portugal & Espanha 2024 (SEI 2024) da Rede Portuguesa de Estudo e Gestão de Espécies Invasoras, da Plataforma INVASORAS.PT, dos projetos LIFE STOP Cortaderia e LIFE INVASAQUA e do Grupo Especialista em Invasiones Biólogicas.

Assim, a V Semana Municipal de Combate à Vegetação Invasora arranca a 4 de maio com a realização de uma caminhada interpretativa da paisagem, seguindo-se uma ação de controlo de vegetação invasora no Monumento Natural do Cemitério das Praias Antigas de Alcantilado de Montedor – Carreço e, em simultâneo, decorrerá o Workshop – Flora invasora, sendo as duas iniciativas abertas ao público geral.

Durante esta semana serão ainda promovidas atividades de controlo de vegetação invasora em diferentes áreas classificadas como Monumentos Naturais, onde serão aplicadas técnicas de controlo para espécies como a acácia-de-espigas (Acacia longifolia), a mimosa (Acacia dealbata) e austrália (Acacia melanoxylon) no âmbito do Protocolo de Cooperação para a Manutenção Ecológica de Áreas Classificadas de Viana do Castelo com empresas locais e será ainda promovido o mapeamento de flora invasora, numa ação que tem a comunidade escolar como público alvo.

As ações desenvolvidas nesta semana de combate às espécies invasoras, dinamizadas pelo Geoparque Litoral de Viana do Castelo, pelo Gabinete Florestal e pelo Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA), da Divisão de Ambiente e Alterações Climáticas, contribuem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, nomeadamente ODS 11|Cidades e Comunidades sustentáveis, ODS 13|Ação Climática, ODS 14|Proteger a Vida Terrestre e ODS 17|Parcerias para a Implementação dos objetivos.

A preocupação com esta temática é cada vez maior uma vez que as espécies exóticas invasoras são uma ameaça constante para os ecossistemas em todo o mundo. Introduzidas em novos ambientes, muitas vezes por ação humana, as espécies invasoras podem desequilibrar os ecossistemas locais, competindo com as espécies nativas por recursos como alimento e espaço. A sua rápida reprodução e adaptação podem resultar na extinção de espécies nativas, causando danos irreversíveis à biodiversidade. Por isso mesmo, controlar estas espécies tornou-se uma prioridade para a conservação ambiental, exigindo esforços para mitigar seu impacto negativo.

Imagem: CMVC.

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Castro Marim: Abertura da Rede de Abastecimento de Água em Pisa Barro durante as comemorações do 25 de Abril

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Celebrar o 25 de Abril de 1974 também é comemorar a crescente presença das autarquias na melhoria das condições de vida das pessoas e na prestação de serviços básicos, desde o abastecimento de água à população até à programação cultural.

O concelho de Castro Marim deu agora mais um passo para o desenvolvimento do interior, nomeadamente em Pisa Barro, com a tão esperada abertura da Rede de Abastecimento de Água.

Este que era um dos grandes objetivos do município e deste executivo, ficou esta semana totalmente concretizado, permitindo assim o abastecimento de água, em quantidade e qualidade, colocando um ponto final ao fornecimento instável que existia graças a captações subterrâneas que alimentavam redes próprias, particulares ou fontenários.

Com um investimento superior a um milhão de euros, a alimentação de água efetua-se agora a partir da extensão da rede municipal de distribuição atualmente existente, com base em duas origens alternativas, o Reservatório de Monte Francisco e o Reservatório do Cabeço, integrados no Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve.

Este projeto foi aprovado pelo programa PO SEUR, sendo apoiado por Portugal e pela União Europeia, cofinanciado a 82,04% pelo Fundo de Coesão.

Para assinalar a abertura da Rede de Abastecimento de Água em Pisa Barro e o 50.º Aniversário do 25 de Abril de 1974, a Banda Musical Castromarinense rumou àquela localidade e proporcionou uma atuação para os habitantes.

Em 2020, o Município de Castro Marim executou uma obra que estendeu a rede de abastecimento de água a mais de 30 povoações das freguesias de Azinhal e Odeleite, pretendendo continuar com esta política nos aglomerados populacionais ainda não servidos.

Foto: CMCM.

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