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A Seca

Por: Mariana Silva, Membro da Comissão Executiva do PEV

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Mariana Silva

O problema da seca, não sendo de hoje, é um fenómeno que temos sentido de forma acentuada nos últimos anos e para o qual os responsáveis políticos estão avisados há muito.

Planos, e mais planos, de mitigação das alterações climáticas ou até da gestão para garantia de acesso à água em todo o país, continuam nas gavetas dos ministérios e não passam de intenções políticas. Agora anunciam mais medidas, parecendo que estavam mesmo a aguardar que viesse dinheiro da União Europeia, desta feita por via do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, para se cumprirem tais planos e programas.

Os Planos de Gestão de Região Hidrográfica estão em consulta pública e, num futuro próximo, serão esses os instrumentos de gestão, proteção e valorização ambiental, social e económica das águas, compatibilizando as suas utilizações com as suas disponibilidades.

Uns dirão que “antes tarde do que nunca”, outros dirão que “já vêm tarde”, visto que barragens a sul estão vazias, como Os Verdes puderam constatar nas visitas que fizemos às barragens de Santa Clara e de Corte Brique, em Odemira, e da Bravura em Monchique, regiões já com graves problemas de acesso à água para a agricultura, para a pecuária e até para o uso doméstico.

No entanto, este ano os problemas da seca refletem-se, com grande intensidade, também no Minho, onde a escassez de água parecia ser um problema longínquo, levando a que alguns municípios diminuam regas dos jardins, lavagem de passeios públicos ou limitem a utilização de piscinas públicas. E este problema é bem visível com a capacidade da barragem do Alto do Lindoso, como pudemos também constatar numa visita que efetuamos em junho.

Em março deste ano, Os Verdes questionaram o anterior Governo sobre as estratégicas que iriam colocar em prática para atenuar as consequências de um verão que se adivinhava quente, visto que o inverno tinha sido seco, e o Ministro do Ambiente respondeu que os portugueses nada tinham a temer porque Portugal tinha água potável para dois anos.

Assim se desvalorizava um problema evidente, aliviando o “peso na consciência” ou a responsabilidade do Governo PS. Mas esqueceu-se o ministro que a água é um bem essencial à vida e que tem múltiplas funções, não servindo apenas para o consumo humano, é necessária para a agricultura, para a pecuária, para os diversos usos domésticos e industriais.

Tanto assim é que na primeira semana de agosto, os produtores denunciam que as colheitas serão fracas, que as maçãs não crescem e sofrem com escaldões, que as uvas não vão garantir a produção de vinho de qualidade, os animais não têm acesso a água de qualidade para beber.

São inúmeros os problemas que os agricultores e produtores enfrentam para manter as suas produções e equilibrar os prejuízos. São cada vez mais as populações que ficam sem acesso à água e que vêm as suas aldeias a serem abastecidas por camiões cisterna.

Em 2001, foi elaborada uma proposta de Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água aprovado apenas em 2005 estabelecendo medidas e metas a alcançar num prazo de 10 anos. Só em 2012 foi lançado para que fosse implementado de 2012 a 2020. Contudo, muitos desses objetivos não foram cumpridos, como denunciaram Os Verdes em 2021.

Esse programa pretendia, grosso modo, alcançar eficiência de uso da água na ordem dos 80% no setor urbano, de 65% no setor agrícola e de 85% no setor industrial.

O que falta em Portugal não é legislação, planeamento ou programação que vão ao encontro dos objetivos necessários, mas sim recursos alocados ao cumprimento desses objetivos e capacidade e vontade políticas para a sua prossecução. Daqui resulta que, muitas vezes, as leis, planos e programas não passam da estipulação de um conjunto de boas intenções que acabam por não ter tradução prática, adensando os problemas e tornando mais difícil a sua resolução ou mitigação como é o caso da seca que estamos a viver.

Foto: DR.

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Peniche: Detido reincidente por tráfico em estabelecimento

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O Comando Distrital de Leiria da Polícia de Segurança Pública, no dia 23 de janeiro, através da Esquadra da Peniche, deteve um homem, com 33 anos de idade, num estabelecimento de restauração e bebidas, por tráfico de droga.

Havendo notícias de que vários consumidores de estupefacientes afluíam ao estabelecimento em causa, levantou-se a suspeita da prática de tráfico destes produtos no seu interior ou nas imediações, assim, foi desencadeada uma ação de fiscalização, não só para fiscalizar o espaço comercial, mas também, para averiguar a existência de indícios sobre o tráfico.

Nesta ação, e após revista pessoal, foi possível apurar que uma das pessoas ali presentes tinha na sua posse 63 doses de haxixe, 53 doses de crack, 15 doses de cocaína, já devidamente acondicionadas e individualizadas e, por isso, prontas a serem vendidas diretamente a consumidores.

De realçar que no decorrer da operação policial foi, ainda, apreendida 1 faca, 1 telemóvel e mais de 420 euros em notas de baixo valor, o que indicia que aquela quantia monetária seria produto de vendas já realizadas.

Por força do antedito, foi detido o suspeito e presente à Autoridade Judiciária, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.

Ressalve-se que o suspeito já havia sido detido recentemente, mais propriamente no passado mês de dezembro, tendo-lhe sido apreendido diverso produto estupefaciente, dinheiro, armas brancas e uma arma de fogo.

“Com esta ação, o Comando Distrital de Leiria demonstra seu compromisso em combater a criminalidade em todas as suas formas, contribuindo para a efetividade da justiça e garantindo a segurança da população da região”, ressalva a força policial.

Foto: PSP.

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Casal detido pela PSP de Coimbra fica em prisão domiciliária

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O Tribunal Judicial de Coimbra decretou a obrigação de permanência na habitação (prisão domiciliária), com vigilância eletrónica, de um casal − uma mulher de 33 anos e um homem de 25 – detido pela PSP de Coimbra, na passada quarta-feira, 22 de janeiro.

O casal foi detido, em Coimbra, no decorrer de uma investigação realizada pela Esquadra de Investigação Criminal de Coimbra, do Comando Distrital da PSP de Coimbra, em que foram realizadas buscas domiciliárias, que resultou ainda na apreensão de 4.168 doses de liamba e 110 de cocaína, uma arma de fogo, 53 munições de 12 milímetros, quatro telemóveis e 450 euros em numerário.

No âmbito desta operação policial, foi ainda conduzido às instalações da PSP um menor, de 15 anos, pela prática de ilícitos. Por decisão do Juízo de Família e Menores de Coimbra, o menor foi colocado no Centro Educativo dos Olivais.

Foto: PSP.

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Guimarães e Famalicão: Detenções pelo crime de tráfico de estupefacientes

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Entre 24 e 26 de janeiro, na cidade de Guimarães, no âmbito de uma operação de combate à criminalidade violenta e grave, a PSP efetuou a detenção de um cidadão com 30 anos de idade, pelo crime de tráfico de produto estupefaciente.

No decorrer da mesma, resultou a apreensão de cocaína suficiente para cerca de 42 doses, a quantia de 137,00€ em dinheiro e euros e um telemóvel.

Na cidade de Vila Nova de Famalicão foi detido um cidadão com 25 anos de idade pelo mesmo crime. Aquando abordagem, o mesmo encontrava-se na posse de haxixe suficiente para cerca de 13 doses, que lhes foram apreendidas.

O detido foi notificado para comparecer no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.

“Com este tipo de operações, a PSP tem como principal objetivo devolver o sentimento de segurança à população, bem como efetuar repressão ao fenómeno criminal do tráfico de droga, e criminalidade conexa a este tipo de fenómeno”, sublinha a força policial.

Foto: PSP.

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