Atualidade
XJazz leva John Scofield & Dave Holland Duo a Pedrógão Pequeno
A aldeia do xisto de Pedrógão Pequeno (concelho da Sertã) vai receber duas lendas do jazz, dois músicos que tocaram nas formações de Miles Davis e que representam o máximo expoente dos seus instrumentos – guitarra e contrabaixo.
No dia 7 de julho, às 21h00 o Logradouro da Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno (Sertã), vai ser o improvável palco do primeiro concerto da edição deste ano do XJazz, uma iniciativa da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto e do JACC – Jazz ao Centro Clube, com o apoio da Câmara Municipal da Sertã e da Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno.
John Scofield (guitarra) e Dave Holland (baixo) vão dar um concerto ao ar livre na aldeia de xisto de Pedrógão Pequeno. Já com uma longa carreira Scofield e Holland são dos mais influentes músicos de Jazz da atualidade: “Durante um período bastante significativo na história do jazz, os grupos formados em torno de Miles Davis tornaram conhecidos jovens músicos que, em muitos casos, alcançaram eles próprios, pouco depois, notoriedade assinalável.
É o caso de Scofield e de Holland que, embora não se tenham cruzado nesse contexto, se viriam a encontrar em 1993, no álbum de tributo So Near, So Far (Musics for Miles), um projeto de Joe Henderson. Algum tempo depois, fizeram ambos parte do super-grupo ScoLoHoFo (em que também participavam Joe Lovano e Al Foster). Com este grupo, produziram o registo discográfico Oh! (2003) e fizeram várias digressões”, explica José Miguel Pereira, do Jazz ao Centro Clube.
“Nos últimos anos, Scofield tem-se afastado dos pequenos combos (trios e quartetos) com os quais construiu uma das mais sólidas carreiras musicais no jazz. Aventurou-se no formato solo e, paralelamente, encontrou em Holland o parceiro ideal para o formato duo. Pelo seu lado, Holland conta com uma longa e diversa lista de colaborações em duo (com Derek Bailey, Barre Phillips, Pepe Habichuela e Kenny Barron).”
Companheiros de longa data, com histórias musicais diversas juntam agora forças para apresentar ao público um novo diálogo. Apresentando-se como um duo, vão tocar composições originais com que cada um contribuiu para o seu repertório, com uma seleção de padrões de jazz adicionados à mistura.
Aqueles que estão familiarizados com a sua arte individual não podem esperar nada menos do que um encontro único dos seus génios musicais – virtuosismo, prazer e profundidade.
Para Bruno Ramos, coordenador da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, este concerto corporiza na perfeição o espírito que move o XJazz, uma iniciativa que já vai na sua 14ª edição: “Levar o melhor do Jazz às Aldeias do Xisto, levar criadores a lugares improváveis, dar ao público a oportunidade de assistir a momentos únicos num contexto muito especial como o são os lugares onde normalmente ocorrem estes concertos, como o de John Scofield & Dave Holland Duo, dois monstros sagrados do Jazz.”
No programa da edição deste ano do XJazz há ainda a destacar mais concertos e residências artísticas. No dia 24 de agosto às 21h30 será a aldeia de Gondramaz (Miranda do Corvo) a receber o trio Marcelo dos Reis “Flora”, com Miguel Falcão e Luís Filipe Silva.
Marcelo dos Reis é um dos mais credenciados guitarristas nacionais de jazz que faz em “Flora” a estreia em trio de um grupo dedicado a composições originais que cruzam géneros. Com uma grande componente da improvisação típica do jazz mais livre com raízes no Bebop, uma forte marca do rock mais Psicadélico, Krautrock e até do Progressivo, o trio assenta a sua linguagem criativa numa musica universal. Ao lado de Marcelo dos Reis estarão Miguel Falcão (contrabaixo) e Luís Filipe Silva (bateria), dois músicos com um solida formação e criatividade, ambos com trajetos distintos e relevantes nas mais diversas linguagens musicais.
Como habitualmente, o XJazz vai proporcionar residências artísticas em Aldeias do Xisto, desta vez a artistas como Petra Kapš, ou Maria do Mar.
Petra Kapš estará em trabalho de pesquisa na aldeia de Cerdeira (Lousã) de 15 a 19 de julho. A eslovena é uma artista, compositora e investigadora especializada nos domínios da bio e geo-acústica, hidroacústica, arte sonora, perceção auditiva, performance sonora interativa em espaços concretos e acústicos, realidade aumentada digitalmente, transmissão via web e rádio. O seu trabalho criativo atravessa a arte sonora, a rádio, a poesia espaço-temporal, a performance e a fotografia.
Já a violinista portuguesa Maria do Mar estará na aldeia de Barroca do Zêzere (Fundão) de 23 de julho a 2 de agosto, uma experiência que culminará com um concerto na aldeia (em data a definir). Maria do Mar, violinista eclética, professora, compositora, com um percurso transdisciplinar. A sua abordagem criativa explora convergências e divergências entre música clássica, modos de ensino alternativos, música experimental e improvisada, cinema, teatro, dança e ativismo. Procura no seu trabalho um universo amplo, o desenvolvimento de uma linguagem pessoal, com fronteiras estéticas difusas onde se abrem possibilidades transversais e sem limites criativos.
O XJazz é uma a iniciativa que desde 2012 tem aliado a dimensão criativa aos recursos endógenos do território – património, tradição, gastronomia, natureza, paisagem natural e cultural – valorizando lugares e comunidades.
A entrada para os concertos é livre, mediante inscrição em https://forms.gle/HrzTKhf4JLBJDZDo8
Programa
Concertos
John Scofield & Dave Holland Duo
Logradouro da Junta de Freguesia de Pedrógão Pequeno
Pedrógão Pequeno, Sertã
7 de julho/ 21h00
Entrada livre mediante inscrição prévia em: https://forms.gle/HrzTKhf4JLBJDZDo8
Marcelo dos Reis “Flora”, com Miguel Falcão e Luís Filipe Silva
Gondramaz, Miranda do Corvo
24 de agosto/21h30
Entrada livre
*Integrado na programação dos Serões de Verão do Gondramaz
Residências artísticas
Petra Kapš
Cerdeira, Lousã
15 a 19 de julho
Maria do Mar
Barroca do Zêzere, Fundão
23 de julho a 2 de agosto
A ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto é uma organização cuja missão é gerar atratividade territorial, estimulando um desenvolvimento social e económico sustentável, integrado e participado na Rede das Aldeias do Xisto, constituída por 27 aldeias do interior da Região Centro de Portugal. A ADXTUR lidera este projeto que integra 230 entidades, públicas e privadas.
O JACC — Jazz ao Centro Clube é uma associação cultural sem fins lucrativos, constituída em 30 de abril de 2003 e sediada em Coimbra. Ao longo de 17 anos de atividade, e a partir da sua missão fundacional — a promoção, divulgação e ensino do Jazz — tem vindo a desenvolver uma série de projetos que estendem o âmbito de ação inicial, nunca se afastando das práticas artísticas e trabalhando a partir da noção de integralidade da relação entre cultura, cidadania e desenvolvimento sustentável.
Imagem: DR.
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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados
A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.
A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.
Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.
Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse.
Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.
Foto: PSP.
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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon
O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026
A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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