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Viana do Castelo: Exposição das Comemorações dos 100 anos da Travessia Aérea do Atlântico Sul destaca “glória” de feito português

Esta terça-feira, foi inaugurada, nos Antigos Paços do Concelho de Viana do Castelo, a Exposição Itinerante das Comemorações dos 100 anos da Travessia Aérea do Atlântico Sul. O Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, o Diretor do Museu de Marinha, Comodoro José Croca Favinha, e o Subdiretor do Museu do Ar, Tenente-coronel Rui Rosa, marcaram presença no arranque da mostra, que fica patente no rés-do-chão do edifício até dia 03 de julho.
Ainda neste âmbito comemorativo do notável feito português alcançado por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no próximo domingo, dia 26 de junho, às 18h00, a Praça da República acolhe um Concerto da Banda da Armada, numa organização da Marinha Portuguesa – Estado Maior da Armada que conta com o apoio do Município.
Na abertura da exposição, o edil vianense destacou o feito “muito relevante e de afirmação de Portugal”. “Decidimos associar-nos devido à relevância e significado desta travessia. Mesmo sendo Portugal um pequeno país, tivemos atos heroicos como este, que incluiu entrar numa aeronave e atravessar o Atlântico há cem anos”, realçou, dizendo que “temos a obrigação de reconhecer e valorizar este momento que projetou o país”.
Luís Nobre destacou a “audácia” de personalidades portuguesas que, tal como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, foram “à procura do desconhecido, à descoberta do mundo”. “Temos obrigação de ter orgulho e de projetar estes acontecimentos”, reforçou.
“Foi um grande feito de Portugal, por dois portugueses, e esta exposição é também uma forma de mostrarmos à sociedade vianense um momento de glória do nosso país, valorizando toda a capacidade que o povo português tem tido de vencer em momentos difíceis”, realçou o responsável, assegurando que todas as escolas vianenses, de todos os níveis de ensino, vão ser desafiadas a visitar esta exposição.
Já o Diretor do Museu de Marinha, Comodoro José Croca Favinha, referiu que Viana do Castelo “é uma cidade que todos os marinheiros conhecem bem”, mostrando-se satisfeito por trazer a exposição à capital do Alto Minho. “Esta exposição itinerante quer mostrar aos portugueses como foi promovido este feito aéreo há 100 anos e tem percorrido várias cidades do país. Claro, não podíamos deixar de a trazer a Viana do Castelo, uma cidade com grande história marítima e grande ligação à Marinha”, declarou.
“Esta exposição é constituída por 18 painéis que procuram contar de forma sintética esta aventura e dá-la conhecer a quem nunca teve oportunidade de se debruçar sobre o tema, de modo a preservar a sua memória”, frisou o Diretor do Museu de Marinha.
Já Subdiretor do Museu do Ar, Tenente-coronel Rui Rosa, explicou que a exposição “está compartimentada por áreas temáticas, desde o início, a descrição dos protagonistas que são os nossos heróis, todos os momentos que antecederam a viagem, a preparação, o estudo. Depois temos a travessia propriamente dita e, no final, temos uma revista de imprensa que nos demonstra como a imprensa da altura destacou este feito”, revelou.
“Eles foram praticamente os pioneiros da aviação em Portugal, foram os pioneiros a 100% na navegação aérea e através dos conhecimentos deles muito se aprendeu nos anos vindouros”, reforço Rui Rosa.
Recorde-se que o início do projeto da Travessia Aérea do Atlântico Sul teve lugar em 1919, por ocasião da visita do Presidente do Brasil a Portugal, quando Sacadura Cabral lançou a ideia de comemorar o primeiro centenário da independência do Brasil, em 1922, realizando uma viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro.
Para que esta esta viagem pudesse ser concretizada, era necessário criar-se um método de navegação que permitisse pilotar a aeronave com precisão sobre a imensidão do oceano. Com essa finalidade, Gago Coutinho adaptou ao Sextante um horizonte artificial e desenvolveu, em colaboração com Sacadura Cabral, o corretor de rumos, que permitia calcular graficamente o ângulo entre o eixo longitudinal da aeronave e o rumo a seguir, considerando a intensidade e direção do vento.
O novo método foi testado na viagem Lisboa-Madeira em 1921, que foi concluída em cerca de sete horas e meia e demonstrou a precisão destes inovadores instrumentos que iriam ser determinantes para o sucesso da travessia aérea do Atlântico Sul.
A 30 de março de 1922, deu-se início à primeira travessia aérea do Atlântico Sul, protagonizada pelo Almirante Gago Coutinho e pelo Comandante Sacadura Cabral a bordo do hidroavião Fairey III, batizado “Lusitânia”, tendo como destino final o Rio de Janeiro.
Foi uma viagem bastante atribulada, onde foram utilizadas três aeronaves. Depois de percorridas 4527 milhas em 62 horas e 26 minutos, os heroicos oficiais foram recebidos em festa pela população do Rio de Janeiro, a 17 de junho de 1922.
Estava, assim, concluída a primeira travessia aérea do Atlântico Sul pelos oficiais de Marinha Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
Foto: CMVC.
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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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