Atualidade
Viana do Castelo: 31º Festival Jazz na Praça da Erva com “mito” Joey DeFrancesco no programa
De 27 a 30 de julho

Promovido pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, o Festival Jazz na Praça da Erva foi iniciado em 1992 e terá, este ano, a sua 31ª edição, sendo o festival de jazz mais antigo do norte de Portugal e o segundo mais antigo do país. Regressa à sala de espetáculos que o viu nascer de 27 a 30 de julho, com duas propostas internacionais e duas nacionais.
Em 2020, a pandemia condicionou o acesso aos locais de cultura. Por isso, a 29ª edição decorreu em apenas 2 dias em espaço coberto, no Teatro Municipal Sá de Miranda, com lotação controlada e limitada. No ano passado, a 30ª edição teve lugar no Centro Cultural de Viana do Castelo, ao longo de 4 dias.
O ano de 2022 marca, assim, o regresso ao local original, a Praça da Erva, e ainda ao Teatro Municipal Sá de Miranda, num total de quatro concertos, sendo três com entrada livre na Praça da Erva e o de encerramento, no teatro, com entradas pagas (20€).
Na conferência de imprensa de apresentação do evento, o Vereador da Cultura, Manuel Vitorino, destacou “os nomes sonantes” do programa, assegurando que Joey DeFrancesco é “um mito do jazz mundial” que atuará, na Europa, apenas em Viana do Castelo e em Londres.
Referiu, ainda, o “feliz encontro” entre o espanhol Eduardo Niebla e o vianense João Lima, tendo o guitarrista local conhecido o artista internacional enquanto estudou em Londres, na Royal Academy. “Seguramente que estes dois artistas nos vão proporcionar momentos de rara beleza e de harmonia em termos do que o jazz nos proporciona”, assegurou.
“Temos sempre uma preocupação com a qualidade dos intervenientes. Teremos espetáculos de acesso livre, ao ar livre, e também um concerto no Teatro Municipal Sá de Miranda que vai, de facto, reafirmar esta pujança e este valor do Joey DeFrancesco como um valor seguro e mítico a nível mundial. Nada melhor do que termos as condições de conforto e cénicas para que isso aconteça, num ambiente de excelência, como é o nosso Teatro Municipal”, explicou o vereador.
Já o responsável pela direção artística e produção do Jazz na Praça da Erva, David Martins, reconhece que existe “uma colagem entre o festival Jazz na Praça da Erva e a própria Praça da Erva”. “Este é um sítio que está tão perto do centro da cidade, mas que é reservado, que é bonito e monumental. Este é, pois, um espaço muito interessante e, do ponto de vista acústico, isto é um poliedro estranho e que nos ajuda muito no som porque não existem reflexões nas paredes”, considerou.
“Voltar à Praça da Erva é uma emoção muito grande e não sou só eu que o digo, os músicos que aqui tocaram – e foram muitos, ao longo destes anos – referem realmente o ambiente único que se vive aqui pela questão da proximidade. Embora a praça seja barulhenta quando há um concerto, o ambiente que se vive com o público, devido à proximidade, é único”, reforça David Martins.
“Este espaço tem uma mística, tem uma força muito grande, e acho sinceramente que vamos ter uma enchente este ano”, frisa.
27 julho (quarta) – 22h00 – Praça da Erva (entrada livre)
Ricardo Toscano Trio
Ricardo Toscano – sax
Romeu Tristão – contrabaixo
João Pereira – bateria
28 julho (quarta) – 22h00 – Praça da Erva (entrada livre)
Puzzle 3
Pedro Neves – piano
João Paulo Rosado – contrabaixo
Miguel Sampaio – bateria
29 julho (quarta) – 22h00 – Praça da Erva (entrada livre)
Eduardo Niebla (flamenco/fusão – Espanha/UK)
Eduardo Niebla – guitarra
João Lima – guitarra
30 julho (quarta) – 22h00 – Teatro Municipal Sá de Miranda (entrada – 20€, disponível na BOL e na bilheteira do TSM)
Joey DeFrancesco Trio (USA)
Joey DeFrancesco: orgão, teclas, saxofone e trompete
Lucas Brown: guitarra, teclas
Vince Ector: bateria
Promotor: Câmara Municipal de Viana do Castelo
Produção: Eventos David Martins
Notas relevantes:
Joey DeFrancesco é, na atualidade, o vulto mais relevante do órgão no jazz a nível mundial. Na viragem do século XXI, os críticos dividiam-se para definir o melhor organista no mundo do jazz e do blues entre Jimmy Smith e Joey DeFrancesco. Contudo, os 2 organistas tinham mútua admiração e, por isso, Jimmy Smith convidou DeFrancesco para o seu último disco – Legacy – lançado pouco antes da sua morte (2005).
Nascido em Filadélfia, Joey DeFrancesco é filho de pai organista, e neto de avô músico de jazz. Reacendeu a chama do órgão Hammond no mundo jazzístico quando, com apenas 17 anos de idade, se torna o mais jovem músico a entrar na banda de Miles Davis. Dotado de um dom especial para a música, depois da tour com Miles, apaixona-se pelo som da trompete, e resolve aprender este instrumento, que rapidamente veio a dominar com mestria.
Foi nomeado 4 vezes para os prémios Grammy® sendo que, para além de dezenas de álbuns gravados e premiados como líder das suas bandas, tocou e gravou com nomes sonantes como: Ray Charles, Van Morrison, Diana Krall, Nancy Wilson, George Benson, James Moody, John Scofield, Bobby Hutcherson, Jimmy Cobb, John McLaughlin, Larry Coryell, David Sanborn entre outros.
O concerto de Viana baseia-se no seu álbum mais recente – More Music – lançado em setembro passado, contendo dez novos originais, onde DeFrancesco complementa o seu virtuoso órgão com outros teclados, trompete e, pela primeira vez em disco, saxofone tenor. A propósito do lançamento do álbum que vamos ouvir em Viana, a prestigiada revista americana Downbeat de novembro dedicou-lhe a sua capa da e o artigo mais importante desse mês.
O encerramento do 31º Jazz na Praça da Erva traz-nos, assim, duas oportunidades únicas e raras: ouvir, pela primeira vez ao vivo, este mestre do órgão tocar para além deste instrumento: outros teclados, trompete e saxofone tenor. Bem como, a oportunidade de assistir a um dos 3 únicos concertos da sua tour que vão ter lugar na Europa: a 27 de julho dará 2 concertos no prestigiado Ronnie Scott’s em Londres e no dia 30, no Jazz na Praça da Erva. Assim, quem quiser estar num concerto de Joey DeFrancesco na Europa só tem duas hipóteses: ir a Viana a 30 ou a Londres no dia 27.
Eduardo Niebla nasceu em Tânger, Marrocos, um dos 11 filhos de pais andaluzes. Na década de 60 a sua família muda-se para Espanha. Aos 18 anos, formou a banda de rock sinfónico “Atila”. Durante os anos 70, Eduardo foi classificado, ao lado de Paco de Lucia, como um dos melhores guitarristas de Espanha. Em 1978, Eduardo mudou-se para Londres para seguir carreira a solo. Este foi um período exploratório, onde compôs obras orquestrais e música para cinema. Nesta fase, conheceu o guitarrista Antonio Forcione com quem formou o que a crítica apelidou como um dos melhores duos de guitarras do circuito europeu. Em 1990, eles foram a banda de suporte na tour da conhecida banda internacional de rock sinfónico Barclay James Harvest. A sua música é multifacetada, fundindo vários matises: nos anos 90 e viragem do século XXI, manteve várias colaborações com músicos indianos, libaneses e com músicos de jazz. A revista Jazz Times reconhece a sua música como “uma mistura inebriante única, incluindo flamenco, latim, clássico, indiano, ingredientes árabes e jazz”. O seu último álbum “Las Olas de Niebla” foi editado em 2018.
Entretanto, na última década, um jovem guitarrista vianense – João Lima – é admitido na Royal Academy em Londres, concluindo lá a licenciatura e, posteriormente, o mestrado em guitarra. É na capital londrina que se dá o feliz encontro entre o jovem músico vianense e Eduardo Niebla, tendo realizado com este, vários concertos. Entretanto, interpôs-se a pandemia e tudo parou a nível de concertos. Agora que a retoma da vida artística surge, temos a oportunidade de apresentar um guitarrista de renome mundial que agora reparte o palco com o talentoso artista vianense.
Puzzle 3 – o enigmático trio Puzzle 3 é um projeto recente, tendo apresentado o seu primeiro álbum em 2021. Pedro Neves (piano), João Paulo Rosado (contrabaixo) e Miguel Sampaio (bateria) propõe-se, aqui, com este dinâmico e orgânico trio completar e descodificar o puzzle das suas afinidades e cumplicidades musicais. De Puzzle 3 podemos sempre contar com uma música imersa em ideias complexas, mas que se apresentam simples ou em ideias simples que adquirem profundidade através da entrega e da mestria gerada pelos três cantos deste.
Ricardo Toscano Trio – é, na atualidade, um dos mais reconhecidos saxofonistas portugueses. Ricardo nasceu em Lisboa, filho de pais músicos, tocou clarinete numa banda filarmónica e, com 13 anos, ingressou no Conservatório Nacional. Dois anos mais tarde, participou num workshop marcante com Mário Laginha. Estudou na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal e prosseguiu os seus estudos com a licenciatura em Jazz da Escola Superior de Música de Lisboa. Facto relevante foi vencer a 25ª edição do Prémio Jovens Músicos na categoria de Jazz Combo.
Vai abrir a 31ª edição do Festival Jazz na Praça da Erva em trio com Romeu Tristão no contrabaixo, João Pereira na bateria e Ricardo Toscano no saxofone alto. A formação saxofone-contrabaixo-bateria foi popularizada no final dos anos de 1950 por Sonny Rollins para se exprimir em maior liberdade sem as amarras de um instrumento harmónico como a guitarra ou, principalmente, o piano. Seguindo o mesmo princípio, Ricardo Toscano tem investido neste enquadramento de cariz mais aberto como a sua forma complementar de expressão artística.
Foto: CMVC.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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