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Margarita Balanas em concerto no Europarque com a Orquestra Filarmónica Portuguesa

Violoncelista letã atua sábado em Santa Maria da Feira, no âmbito do FIMUV

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Instrumentista, maestrina e realizadora, a multifacetada artista da Letónia protagoniza no próximo sábado à noite o concerto de encerramento da 45ª edição do FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. Margarita Balanas estará em palco com a Orquestra Filarmónica Portuguesa e, depois de impressionar plateias que incluíram o agora Rei Carlos III de Inglaterra, traz, agora, até Santa Maria da Feira obras escolhidas de Gulda e Brahms, que interpretará num violoncelo Charles-Adolphe Gand do século XIX.

Friederich Gulda (1930-2000) e Johannes Brahms (1833-1897) são os compositores cuja obra vai marcar o concerto de encerramento da 45ª edição do FIMUV, quando a Orquestra Filarmónica Portuguesa (OFP) subir ao palco do Grande Auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, para atuar com a violoncelista letã Margarina Balanas. O espetáculo está marcado para as 21h30 do próximo sábado, tem bilhetes ao preço simbólico de 5 a 8 euros, e promete desempenhos de elevada qualidade técnica e artística pelo coletivo português e pela jovem que, além de instrumentista, também é maestrina e realizadora de cinema.

Aos 29 anos de idade, Margarita é elogiada pela sua “mestria e hipnotizante presença em palco”, por ser “poderosa, delicada, intensa e brilhante” (festival Glam Adelaide) e por constituir o que definem como “uma estrela em ascensão” (Hampshire Chronicle). Desde que fez a sua estreia, aos 17 anos, no britânico Wigmore Hall, Margarita Balanas tem impressionado plateias de todo o mundo e já tocou, inclusive, perante o agora Rei Carlos III de Inglaterra.

Do seu currículo individual – distinto das performances em duo ou em trio com os seus irmãos, também eles artistas de craveira internacional – constam colaborações a solo com coletivos como a Filarmónica de Munique, a Sinfónica de Barcelona, a Camerata Jerusalém, a Orquestra Das Sinfonie Berlin, a Sinfonietta Riga, a Filarmónica de Malta, a Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia e a Deutsche Philharmonie Merck. A sua jovem carreira integra igualmente concertos em salas como a Royal Festival Hall, a Berliner Philharmonie, a Laeiszhalle Hamburg, o Southbank Centre, o L’Auditori de Barcelona, a Casa da Música, o Walt Disney Hall e a Fundação Louis Vuitton.

Em 2020, Margarita Balanas foi nomeada Patrona Honorária da Fundação BOV Joseph Calleja e fez digressões pela América do Sul com a violinista Anne-Sophie Mutter e com o ensemble Mutter Virtuosi. No mesmo ano, ainda se iniciou como cineasta, lançando a curta-metragem “Pianissimo”, que foi exibida no Festival Peteris Vasks e no Festival Internacional de Violoncelo, ambos na Letónia.

Seguiu-se, em 2021, o seu álbum de estreia com o Concerto para Violoncelo Nº 1, de Camille Saint-Saëns, e outros trabalhos discográficos com a Linn Records. Desde então, essas obram integram algumas das listas de reprodução mais ouvidas da Apple Music, como “Classical You Must Hear This Month /Clássica Que Deve Ouvir Este Mês”, “Mulheres na Música Clássica” e “The A-List Classical / A Lista A da Clássica”.

No mesmo ano, Margarita foi Artista Residente do Concert HallCesis” e, juntamente com os seus irmãos, os violinistas Kristine e Roberts, fez a primeira apresentação de “3 Balanas”, com a Sinfonietta de Riga e sob a direção do maestro Ben Palmer. Os três irmãos fundaram, depois, a organização “Balanas Classical”, que promove a música erudita através de concertos, workshops e masterclasses.

Já em 2022, a violoncelista venceu o Latvian Grand Music Award e tornou-se artista convidada das emissoras radiofónicas Classic FM, Scala Radio e BBC Radio 3 In Tune.

Com um violoncelo do século XIX batizado por Tolbecque

Margarita Balanas toca, atualmente, com o violoncelo denominado “Auguste Tolbecque”, que foi construído pelo luthier Charles-Adolphe Gand, em 1849. Esse instrumento, de execução aprimorada, exibe, ainda hoje, uma acústica impressionante e foi, aliás, tema de um documentário produzido pelo Museu de Arte de Telavive, depois de a artista letã o ter tocado nesse equipamento cultural de Israel. O filme aborda aspetos como o percurso histórico do violoncelo, que, cedido a Balanas sob empréstimo da fundação “The Little Butterfly”, deve o nome “Tolbecque” ao facto de esse músico francês o ter usado na primeira apresentação pública do Concerto Nº 1 de Saint-Saens, escrito especificamente para o referido músico.

Uma orquestra com portugueses premiados e estrangeiros imigrados

Fundada em maio de 2016 pelo maestro Osvaldo Ferreira e pelo violinista Augusto Trindade, que é também o diretor artístico do FIMUV, a OFP integra instrumentistas premiados em concursos nacionais e internacionais, ex-elementos da Orquestra Jovem da União Europeia e músicos estrangeiros residentes em Portugal. Do repertório deste coletivo constam concertos sinfónicos, óperas e colaborações com géneros artísticos como o jazz e o fado, o que reflete uma abordagem inovadora que, segundo os próprios fundadores, procura privilegiar “versatilidade, ecletismo e visão de futuro”. Testemunho disso, são as parcerias da OFP com referências de prestígio internacional como a agência Harrison Parrott, a escola Brass Academy Alicante, a Berliner Camerata e a sua congénere da Royal Concertgebow Orchestra.

Quanto a solistas, a lista de músicos com quem a OPF tem atuado inclui Eldbjørg Hemsing, Kristina Miller, Mayuko Kamio, Miroslav Kultyshev, Pavel Gomziakov, Pavel Milyukov, Ray Chen, Soyoung Yoon e Yang Liu, mas abrange, igualmente, talentos portugueses, como Ana Beatriz Ferreira, Cristiana Oliveira, João Bettencourt da Câmara, Horácio Ferreira, Luísa Tender, Marco Alves dos Santos, Raúl da Costa e Vasco Dantas.

Osvaldo Ferreira (Foto: DR)

A direção artística da orquestra cabe a Osvaldo Ferreira, que já antes liderou a Orquestra do Algarve, o Festival Internacional de Música do Algarve e a Oficina de Música de Curitiba, no Brasil. Em 1999, no início da sua carreira, o músico foi laureado no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia, após o que recebeu uma bolsa do Festival de Música de Aspen, onde frequentou a American Conductors Academy. Depois disso, tornou-se assistente de Claudio Abbado em Salzburgo e Berlin, estudou com Jorma Panula e David Zinman, e também foi bolseiro do Ministério da Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian. Como maestro convidado, apresentou-se, ainda, em cidades como Berlim, Viena, Bruxelas, Roma, Praga, Madrid, Cape Town, Caracas, Rio de Janeiro, S. Paulo, S. Petersburgo, Londres e Chicago.

Pelos méritos de maestro e coletivo, em maio de 2022 a OFP foi a formação convidada pela UNESCO para atuar na sede dessa organização das Nações Unidas, em Paris, no âmbito do programa comemorativo do Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Foto: DR.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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