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Investigadores alertam: declínio de espécies diádromas terá impacto socioeconómico negativo

Pesca e Ambiente: apresentação dos resultados do projeto DiadES

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Depois de quatro anos de investigação, foram, ontem, apresentados os resultados do projeto DiadES. Financiado pelo programa europeu Interreg Espaço Atlântico, tinha como principal objetivo contribuir para uma gestão eficaz das espécies diádromas na costa atlântica, em ambiente de alteração global. Contou com um investimento de três milhões de euros e com a colaboração de cinco países, grupo em que se inclui Portugal, com as bacias hidrográficas do Mondego e do Minho. Para além de diretrizes para uma gestão a longo prazo, destacaram-se, também, a apresentação de ferramentas de gestão e sensibilização como um atlas interativo, um conjunto de vídeos e um jogo de tabuleiro.

Financiado pelo programa europeu Interreg Espaço Atlântico, o projeto DiadES (https://diades.eu/) tinha como objetivo avaliar e melhorar os serviços dos ecossistemas prestados pelas espécies diádromas (espécies que repartem a vida entre águas doces e salgadas, como é o caso da enguia, da solha, do sável ou do salmão-do-atlântico) ao longo da costa atlântica europeia e, paralelamente, o seu estado de conservação, tendo em conta o impacto das alterações climáticas na sua distribuição. Contou com a cooperação de investigadores das ciências naturais e economistas ambientais e reuniu uma rede de gestores de espécies diádromas de cinco países – Irlanda, Inglaterra, França, Espanha e Portugal. Em Portugal, o caso de estudo do Mondego foi coordenado pelo MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente.

Os investigadores detetaram um declínio generalizado destas espécies relacionado com as alterações globais. “Como partilham o seu ciclo de vida entre a água salgada e a água doce, as espécies diádromas estão sujeitas a uma mortalidade associada às atividades humanas nestes dois meios, bem como no estuário”, explica Catarina Mateus do MARE-Universidade de Évora. “Ameaças que incluem sobrepesca, poluição da água, espécies invasoras, alterações climáticas e construção de barragens”.

Em toda a costa Atlântica, a situação da maioria das espécies diádromas é alarmante. Um declínio quase generalizado da abundância com impactos socioeconómicos negativos como a perda de empregos no sector das pescas, o fim da produção de caviar de esturjão europeu, a diminuição das licenças de pesca recreativa e do número de turistas locais, bem como o desaparecimento de práticas culturais ligadas a estas espécies, como os festivais.

Próximos passos

Os quatro anos de estudo permitiram identificar cinco pilares de orientação, que os responsáveis pela investigação esperam ver implementadas: produção de conhecimento conjunto, utilização dos atuais instrumentos de coordenação internacional, adaptação das medidas de gestão local, partilha competências e conhecimentos, e sensibilização, educação e comunicação.

Produção de conhecimento conjunto | Coprodução de conhecimentos que possam apoiar a gestão a longo prazo e em grande escala das espécies diádromas. Foram identificadas as seguintes necessidades de investigação: interconexões ao longo do continuum terra-oceano e entre populações para avaliar os níveis de interdependência entre habitats e populações, uma avaliação mais abrangente dos serviços dos ecossistemas, incluindo os serviços “ocultos” e as ligações entre locais de produção e consumo de serviços, e os efeitos das interações entre as alterações climáticas e outras pressões, incluindo as perturbações da conectividade.

Utilização dos atuais instrumentos de coordenação internacional | Melhorar a utilização dos instrumentos de coordenação internacional (por exemplo, o CIEM ou o Comité Internacional de Exploração do Mar e os seus grupos de trabalho), especialmente no caso das espécies para as quais os dados são escassos (por exemplo, lampreia-de-rio, esperlano, solha-das-pedras).

Adaptação das medidas de gestão local  | As estratégias de gestão à escala local devem abordar as três categorias de serviços dos ecossistemas prestados por todas as espécies diádromas presentes num território. A definição e a aplicação das ações de gestão devem integrar, por um lado, as interdependências territoriais entre as populações de peixes e, por outro lado, as imposições a médio e longo prazo das alterações climáticas. A revisão das estratégias de gestão deve ser concebida para fazer face a problemas imprevistos decorrentes de alterações das condições ambientais e sociais.

Partilha de competências e conhecimentos  | Os gestores devem partilhar com as unidades de gestão vizinhas a sua estratégia de gestão, o estado das populações que gerem, bem como os sucessos, os “não resultados” e os fracassos das ações de gestão aplicadas localmente. Para o efeito, devem ser imaginadas novas “arenas” a nível regional, nacional, transfronteiriço e internacional. Tal daria a oportunidade de definir soluções conjuntas para problemas comuns.

Sensibilização, educação e comunicação | Cidadãos mais informados e mais preocupados podem incentivar os gestores a encontrar um equilíbrio entre as questões socioeconómicas e ambientais. Gestores conscientes da diversidade e da complexidade das situações atuais e futuras estarão mais aptos a tomar as decisões mais adequadas para a viabilidade das populações e a sustentabilidade da sua exploração.

Ferramentas de apoio à gestão e à sensibilização

A par da apresentação dos resultados e da sugestão das diretrizes de gestão a aplicar a longo prazo, a cerimónia contou também, com a apresentação de ferramentas de gestão e sensibilização, desenvolvidas pelos responsáveis pelo projeto ao longo dos últimos anos:

WebAtlas Interativo – permite a avaliação de serviços ecossistemas nos casos de estudo, a consulta e simulação da distribuição das espécies no futuro e no presente e a monitorização de pressões com origem humana. Pode ser utilizado em qualquer fórum para ajudar os cientistas e as partes interessadas a alargar as suas perspetivas sobre possíveis futuros dos peixes migradores diádromos. Está disponível aqui.

Jogo de tabuleiro DiadESland – promove a discussão sobre a gestão de espécies diádromas a longo prazo e em grande escala  e contribui para a identificação de estratégias emergentes

Documentários – foram realizados cinco filmes para informar e sensibilizar um vasto público para estas questões a que pode assistir aqui. Foi desenvolvido um filme animado que resume os principais resultados do projeto (https://www.youtube.com/watch?v=zs_aswqy9F0).

Sobre o MARE

O MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente – é um centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação com competências para o estudo de todos os ecossistemas aquáticos, em terra e no mar. Promove o uso sustentável de recursos e a literacia do oceano disseminando o conhecimento científico e apoiando políticas de desenvolvimento sustentável. Criado em 2015, integra 7 Unidades Regionais de Investigação associadas às seguintes instituições: Universidade de Coimbra (MARE-UCoimbra), Politécnico de Leiria (MARE-Politécnico de Leiria), Universidade de Lisboa (MARE-ULisboa), Universidade Nova de Lisboa (MARE-NOVA), ISPA – Instituto Universitário (MARE-ISPA), Universidade de Évora (MARE-UÉvora) e ARDITI (MARE-Madeira).

Foto: DR.

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superaDORas estreia a 24 de novembro no Porto

Espetáculo sobre dor e superação da violência de género

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Superar a dor da violência de género é possível? O espetáculo-movimento que está prestes a nascer diz que sim. Dia 24 de novembro, véspera do Dia Internacional Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, às 16h00, no salão paroquial de S. Mamede de Infesta, irá decorrer um espetáculo de teatro, poesia, música e dança, e será lançado um movimento que abraça a temática e presta apoio a vítimas de violência doméstica e de género.

Todos nós conhecemos raparigas, mulheres, as nossas mães, amigas, irmãs, primas, que sofreram ou sofrem de violência de género. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que uma em cada três mulheres no mundo sofre de algum tipo de violência.

Pelo facto da temática continuar a ser tão relevante em 2024, foi organizado um espetáculo com adaptações de Leon Valle a três contos de Mia Couto, que relatam casos de violência contra as mulheres, e a um conto inédito de Margarida Faro, com adaptação da própria autora e também de Leon Valle.

Além da encenação dos contos, o espetáculo contará com a declamação de três poemas da obra “Viva a Desordem” da escritora portuguesa Margarida Faro, que estará presente no evento para sessão de autógrafos, e um poema inédito da coprodutora do espetáculo, Patrícia Vidal.

Ao teatro e à poesia, junta-se a música, com letra e composição originais de Viriae, e ainda dança, a cargo da coreógrafa Beatriz Costa. Assim surge o superaDORas, um espetáculo comovente e eletrizante que não vai querer perder.

Para Patrícia Vidal, coprodutora do evento, “mais que um espetáculo, quero que o superaDORas se torne um movimento, e que não fiquemos apenas pela consciencialização do problema, mas que também possamos contribuir para a superação da dor de tantas mulheres que ainda sofrem de violência”.

É desta vontade que brota um movimento de apoio a vítimas de violência de género, com um conjunto de profissionais de várias áreas, das telecomunicações à medicina legal, passando pela advocacia e psicologia, de forma a dar suporte ao caminho de recuperação destas mulheres.

Já Rui Mesquita, também coprodutor do espetáculo, considera que “desde o relato de testemunhos reais, que também irão existir ao longo do espetáculo, à intervenção em tempo real, este espetáculo-movimento mistura o passado e o presente, chama atenção a um problema real e compromete-se a fazer parte da sua solução”.

Nos testemunhos poderá assistir a relatos de sobreviventes, mas também de funcionários da CPCJ e do Instituto de Medicina Legal, duas entidades muitas vezes envolvidas nestes casos e que quiseram participar do projeto.

Durante o intervalo do evento, contaremos com inúmeras surpresas, mas uma delas já pode ser revelada: será leiloada uma peça de joalharia de autor, de Sofia Tregeira, uma das apoiantes do movimento. Também terá contacto com várias empresas que, de uma forma ou de outra, apostaram na responsabilidade social e apoiaram o evento e/ou irão fazer parte do movimento.

O espetáculo é aconselhado para maiores de 16 e tem o custo de 12€. Para mais informações e bilhética, contactar a coprodutora Patrícia Vidal: 916 831 498.

Imagem: DR.

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Barcelos inaugura iluminações de Natal a 29 de novembro

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A cidade de Barcelos volta a vestir-se de cor e luz para as festas natalícias. Este ano, as iluminações são inauguradas no próximo dia 29, pelas 19 horas, mas antes, pelas 18h30, há um concerto com os “The Classic”, no Largo da Porta Nova, criando o ambiente perfeito para a contagem decrescente da “Magia de Natal”.

Destacadas, o ano passado, pela imprensa nacional, como uma das mais espetaculares ornamentações da época festiva, a Câmara Municipal volta a apostar na iluminação e decoração da cidade como grande motivo, não só da animação e diversão temática, como de atratividade à cidade, potenciando a economia local, nomeadamente o comércio tradicional.

Ao todo, o Município dá um colorido especial a ruas, praças e largos, privilegiando também alguns dos monumentos mais icónicos do Centro Histórico de Barcelos, entre os quais, a Ponte Medieval sobre o rio Cávado, a Casa da Azenha, o Paço dos Condes, os Paços do Concelho, a Torre Medieval e o Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz. 

As iluminações incidem sobre cerca de 50 locais distintos, dos quais onze ruas, dez largos e praças, seis rotundas e sete monumentos, a que se somam a Frente Ribeirinha, o Campo da Feira e o Parque da Cidade, um investimento que ronda os 170 mil euros.

Animação de Natal com dezenas de pontos de atração e divertimento

Além das iluminações de Natal, o mês de dezembro será preenchido com um diversificado e intenso programa de atividades, algumas delas que serão mesmo grandes novidades, casos do Túnel interativo “Castelo Mágico”, na Avenida da Liberdade, e o Túnel interativo no Campo 5 de Outubro. Além disso, o Mercado de Natal, este ano, desloca-se para a Alameda das Barrocas e terá Praça de Alimentação e Casa do Pai Natal.

Outra das novidades é a “Christmas with Friends”, festa temática com a participação de DJ’s.

Além disso, destacam-se concertos de Natal na cidade: na Igreja da Misericórdia (dia 6), no Templo do Senhor da Cruz (dia 15) e no Salão Nobre dos Paços do Concelho (dia 21).

Da restante programação, merece destaque a animação de rua com muitos mais motivos para que se deixe cativar pela Magia de Natal de Barcelos. Volta a haver o Carrossel Parisiense, desta feita no Largo Dr. José Novais, Trenó do Pai Natal, Charrete de Natal, Bola Interativa e Pinheiro ornamentado com 30 metros de altura, no Largo da Porta Nova. A tudo isto somam-se as exposições de presépios, com particular destaque para o Presépio a Sete Artes, patente na Sala Gótica dos Paços do Concelho, concertos musicais, recitais, espetáculos de dança, teatro e outras performances, desfile natalício motard, sessões de contos, workshops, programas educativos, concurso “Barcelos Doce”, e comboio de Natal pelas ruas da cidade.

E, quem quiser levar uma recordação temática, pode deslocar-se ao outro lado da ponte, em Barcelinhos, onde encontrará um espaço próprio para tirar fotografias.

Concertos Musicais e Rota de Presépios nas Freguesias

Voltando a descentralizar as atividades culturais natalícias, abrangendo o maior número de pessoas possível, a programação de Natal volta a contemplar concertos musicais em quatro freguesias: Chorente (dia 1), Alvito S. Martinho (dia 7), Rio Covo Santa Eulália (dia 14) e Durrães (dia 15).

E face ao sucesso do ano passado, volta a ser realizada a Rota dos Presépios, com visita aos presépios de diversas freguesias do concelho.

Imagem: CMB.

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“Valença Fortaleza de Chocolate” está a chegar

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A “Valença Fortaleza de Chocolate” está de regresso, entre 29 de novembro e 8 de dezembro, recheada de doces tentações, com a marca Chocolate.

Showcookings, oficinas de chocokids, delícias de chocolate e muita animação itinerante permanente prometem transformar Valença no destino mais doce da Península Ibérica, este Natal.

Dez dias para encantar e deliciar os visitantes numa feira mostra dedicada, em exclusivo, à degustação e compra de produtos à base de chocolate, apresentados de tantas formas.

O certame regressa, num formato cheio de novidades, como feira/mostra com a presença de doceiros, pasteleiros, produtores de chocolate e chocolatiers portugueses e espanhóis.

Cascatas, fondues, crepes, waffles, farturas, brigadeiros, trufas, bombons, torrões, espetadas de fruta, bombocas, ginjinhas e tantos outros produtos para se encantar, deliciar e perder de amores em Valença, sempre com a marca Chocolate.

O certame abre sexta-Feira, 29 de novembro, às 16h00 e estará aberto até às 20h00. Entre sábado, 30 de novembro e domingo 8 de dezembro podem visitar a feira entre as 10h00 e as 20h00.

Praça da República, Largo do Governo Militar, Baluarte do Faro e Largo do Bom Jesus serão os espaços da zona histórica que vão acolher o evento.

“Fortaleza de Chocolate” insere-se na programação de Natal promovida pela Câmara Municipal que arranca, em Valença, a 29 de novembro e prolonga-se até às festividades dos Reis, a 5 de janeiro.

Imagem: CMV.

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