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Imersão sensorial alia mundo digital e físico

M5SAR – Tecnologia inovadora made in Algarve

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O vento que sopra nas árvores sente-se nas mãos.  Só pode ser início de ano porque as amendoeiras estão floridas, a lembrar um nevão num qualquer reino nórdico. A ponta dos dedos arrefece. Além do cheiro, na boca nota-se o sabor a amêndoa. Visitar um museu ou exposição, por exemplo, sobre a lenda das amendoeiras em flor, atira-nos para dentro do quadro. Parece ficção, mas já é realidade. É a conjugação da criatividade e da tecnologia “made in Algarve”. Uma empresa em Loulé teve a ideia, um grupo de engenheiros e outros especialistas da Universidade do Algarve desenvolveu a tecnologia. O M5SAR chegou para mexer com os sentidos.

Há uma aplicação e um pequeno aparelho que se liga ao telemóvel. Software e hardware foram pensados para o uso em museus e exposições, mas podem ser adaptados a produtos, marcas e um sem-fim de utilizações. João Rodrigues é uma das cabeças que partiu pedra a desenvolver a ideia de Paulo Bica. Um é professor e vice-reitor na Universidade do Algarve, o outro lidera a SPIC, uma empresa parceira do meio académico em vários projetos. Desta vez, o desafio era dar aos museus uma ferramenta que tirasse proveito dos telemóveis que andam nos bolsos de todos e oferecer mais do que os habituais áudio-guias ou panfletos. O sistema foi desenvolvido de forma a conciliar a integração de realidade aumentada, a tecnologia de image recognition e um dispositivo sensorial acoplado a um telefone móvel.

“A ideia era ter uma experiência mais interativa e personalizada”, diz o especialista em engenharia eletrónica e computação. “A pessoa, ao inscrever-se na aplicação, define as suas características e preferências e o sistema consegue definir o percurso ideal. Se estivermos perante um perito em arte, vai querer informação mais pormenorizada de algumas peças e basta apontar o telemóvel para o quadro ou objeto e esses dados são-lhe disponibilizados. Se for uma criança ou alguém com dificuldade de locomoção, o percurso poderá ser outro.  Consoante os interesses do visitante, as peças a destacar também podem mudar”. O utilizador tem total autonomia para definir o percurso que quer e reforçar o conhecimento através de conteúdo digital. “Se a pessoa disser que quer ver peças da época Romana e a aplicação se aperceber pela georeferenciação que está a fazer paragens na sala do espólio grego, automaticamente, o percurso é adaptado”, acrescenta João Rodrigues. Ao apontar, também, o telemóvel para as peças é-lhe dada mais informação sobre o que está a ver. Quanto mais peças apontar, melhor vai sendo ajustado o percurso. Trata-se de uma interação em tempo real, através da utilização sensitiva e cognitiva. Com o reconhecimento de imagens bidimensionais e 3D consegue-se uma espécie de diálogo instantâneo entre a obra e quem a visita. Há, ainda, as portas que se abrem com a tecnologia da Realidade Aumentada, que dá ao utilizador informação adicional prática, teórica, estética e simbólica. O acesso aos conteúdos de informação pode englobar dados sobre a obra, o artista, a técnica ou o contexto histórico, através de texto, fotografia e materiais audiovisuais.

Outra vantagem deste guia sensorial para museus é que ninguém se perde. “No caso de uma família, é possível o pai e a mãe estarem numa sala a ver parte da exposição e os filhos noutra mais adaptada, sendo que os pais sabem sempre onde estão os miúdos. O mesmo se aplica a visitas de grupos”.

A tecnologia de microlocalização através de sensores permite aprimorar a experiência dos visitantes. É possível interagir com as salas do museu em qualquer ponto, identificar e receber notificações automáticas dos locais por onde passa. Visitar uma exposição com algumas destas soluções pode tornar a experiência numa espécie de jogo ou competição. Mas apesar destes componentes serem interessantes em termos de oferta de serviço, a grande inovação foi desenvolver um dispositivo que agregado a um telemóvel permite criar a sensação dos cinco sentidos.

Não se limite a ver. Sinta tudo à sua volta!

O desafio na página da M5SAR já diz ao que vem. Se a visão e a audição são amplamente exploradas em qualquer smartphone, pelos vídeos e áudios a que acedemos, o dispositivo AMtop, que integra o sistema desenhado pela equipa da universidade do Algarve, junta-lhe mais três sentidos humanos. São criadas sensações de tato, olfato e paladar. É possível agarrar no dispositivo e sentir o quente e o frio, com micro dispersores de cheiro percebem-se fragrâncias e é possível também ter a sensação do paladar através de sabores vaporizados. João Rodrigues pega na lenda das amendoeiras em flor para exemplificar: ”é possível ao longo da exposição sentir o cheiro das amêndoas, a sensação térmica do frio ou, se a peça estiver ligada a sabores, ‘provar’, por exemplo, uma amêndoa. Não haverá o fruto em si para trincar, mas o dispositivo, à semelhança de um cigarro eletrónico, tem uma palhinha agregada e a pessoa tem a sensação do sabor”, explica. O sistema tem um doseamento individual e cumpre todos os critérios de higiene e segurança.

A construção dos protótipos envolveu duas componentes e três mãos cheias de diferentes especialistas. Houve a parte do laboratório, centrada na inteligência artificial, no hardware e no software. Trabalho sobretudo de engenheiros eletrotécnicos, informáticos e matemáticos. Outra etapa envolveu uma equipa mais multidisciplinar, com engenheiros alimentares, designers e da área da museologia.

Faltavam sentidos

A SPIC olhou para os museus e percebeu que boa parte da oferta era igual a um grande bocejo. As infraestruturas tecnológicas e interativas tinham uma opção reduzida e a orientação dos visitantes no espaço era suportada por guias, suportes tradicionais em papel ou audioguias. Isto num mundo em que todos têm a tecnologia na ponta dos dedos em qualquer dispositivo móvel. Paulo Bica explica o raciocínio: “a popularidade e evolução dos dispositivos móveis poderia permitir que a visita fosse mais autónoma, com vários diretórios de informação e uma experiência mais imersiva e completa”.

Desenvolvido o produto, começou a pensar-se no mercado.” O projeto surgiu direcionado para unidades museológicas, mas as tecnologias sensoriais, em especial, permitem alcançar diferentes mercados. Além de priorizar o setor dos museus, tem uma enorme aplicabilidade em atrações turísticas tecnológicas, eventos, experiências de marcas”.

Explosão de minas, reconhecimento facial e máscaras digitais no mercado

A SIPC investiu cerca de 200 mil euros, metade dos quais suportados por fundos comunitários num projeto que ficou concluído em 2018, com o protótipo   preparado para ser lançado. A pandemia, no entanto, veio atrapalhar os planos.

O M5SAR tinha apontado a mira aos museus, mas esta vertente do produto ainda precisa ser limada. Paulo Bica admite que “existem necessidades de desenvolvimento adicional que permitam criar uma solução comercial mais funcional. Neste momento está a ser efetuada a reestruturação do produto, tendo por base tecnologias mais atuais e otimizadas”.

Ainda assim, a sua aplicabilidade pode ser vista no Parque Mineiro de Aljustrel, onde foram criadas várias instalações interativas, entre as quais a experiência sensorial. “Foi criada uma simulação de uma explosão mineira que permite aos visitantes verem-se envolvidos na experiencia que desperta todos os sentidos”, explica o administrador da Spic “a solução apresenta um sistema de som envolvente, com integração de sensores e difusores de fumo e cheiros. O resultado final apresenta um elevado fator emocional, tornando a visita mais memorável”.

Das tecnologias identificadas e afinadas durante a execução do projeto, algumas estão já comercializadas. Para a Vodafone e HBO, a SPIC criou uma estrutura interativa que processa informações biométricas dos utilizadores, via reconhecimento facial, para uma espécie de match com personagens da guerra dos tronos, através de “image recognition”. Depois, mediante um processo de morphing, consegue-se um pequeno vídeo com a transformação do rosto do utilizador, que é enviado por e-mail.

Outra aplicação da tecnologia de Realidade Aumentada foi usada num sistema criado para a Fidelidade Seguros que dá ao utilizador a possibilidade de pintar o rosto, com máscaras digitais, em tempo real, sem o inconveniente das tintas.

A solução integrada do M5SAR esteve presente no Museu de Faro como prova de conceito e demonstração ao público. Atualmente a experiencia completa pode ser realizada com a SPIC/UALG.

Foto: DR.

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superaDORas estreia a 24 de novembro no Porto

Espetáculo sobre dor e superação da violência de género

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Superar a dor da violência de género é possível? O espetáculo-movimento que está prestes a nascer diz que sim. Dia 24 de novembro, véspera do Dia Internacional Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, às 16h00, no salão paroquial de S. Mamede de Infesta, irá decorrer um espetáculo de teatro, poesia, música e dança, e será lançado um movimento que abraça a temática e presta apoio a vítimas de violência doméstica e de género.

Todos nós conhecemos raparigas, mulheres, as nossas mães, amigas, irmãs, primas, que sofreram ou sofrem de violência de género. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que uma em cada três mulheres no mundo sofre de algum tipo de violência.

Pelo facto da temática continuar a ser tão relevante em 2024, foi organizado um espetáculo com adaptações de Leon Valle a três contos de Mia Couto, que relatam casos de violência contra as mulheres, e a um conto inédito de Margarida Faro, com adaptação da própria autora e também de Leon Valle.

Além da encenação dos contos, o espetáculo contará com a declamação de três poemas da obra “Viva a Desordem” da escritora portuguesa Margarida Faro, que estará presente no evento para sessão de autógrafos, e um poema inédito da coprodutora do espetáculo, Patrícia Vidal.

Ao teatro e à poesia, junta-se a música, com letra e composição originais de Viriae, e ainda dança, a cargo da coreógrafa Beatriz Costa. Assim surge o superaDORas, um espetáculo comovente e eletrizante que não vai querer perder.

Para Patrícia Vidal, coprodutora do evento, “mais que um espetáculo, quero que o superaDORas se torne um movimento, e que não fiquemos apenas pela consciencialização do problema, mas que também possamos contribuir para a superação da dor de tantas mulheres que ainda sofrem de violência”.

É desta vontade que brota um movimento de apoio a vítimas de violência de género, com um conjunto de profissionais de várias áreas, das telecomunicações à medicina legal, passando pela advocacia e psicologia, de forma a dar suporte ao caminho de recuperação destas mulheres.

Já Rui Mesquita, também coprodutor do espetáculo, considera que “desde o relato de testemunhos reais, que também irão existir ao longo do espetáculo, à intervenção em tempo real, este espetáculo-movimento mistura o passado e o presente, chama atenção a um problema real e compromete-se a fazer parte da sua solução”.

Nos testemunhos poderá assistir a relatos de sobreviventes, mas também de funcionários da CPCJ e do Instituto de Medicina Legal, duas entidades muitas vezes envolvidas nestes casos e que quiseram participar do projeto.

Durante o intervalo do evento, contaremos com inúmeras surpresas, mas uma delas já pode ser revelada: será leiloada uma peça de joalharia de autor, de Sofia Tregeira, uma das apoiantes do movimento. Também terá contacto com várias empresas que, de uma forma ou de outra, apostaram na responsabilidade social e apoiaram o evento e/ou irão fazer parte do movimento.

O espetáculo é aconselhado para maiores de 16 e tem o custo de 12€. Para mais informações e bilhética, contactar a coprodutora Patrícia Vidal: 916 831 498.

Imagem: DR.

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Barcelos inaugura iluminações de Natal a 29 de novembro

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A cidade de Barcelos volta a vestir-se de cor e luz para as festas natalícias. Este ano, as iluminações são inauguradas no próximo dia 29, pelas 19 horas, mas antes, pelas 18h30, há um concerto com os “The Classic”, no Largo da Porta Nova, criando o ambiente perfeito para a contagem decrescente da “Magia de Natal”.

Destacadas, o ano passado, pela imprensa nacional, como uma das mais espetaculares ornamentações da época festiva, a Câmara Municipal volta a apostar na iluminação e decoração da cidade como grande motivo, não só da animação e diversão temática, como de atratividade à cidade, potenciando a economia local, nomeadamente o comércio tradicional.

Ao todo, o Município dá um colorido especial a ruas, praças e largos, privilegiando também alguns dos monumentos mais icónicos do Centro Histórico de Barcelos, entre os quais, a Ponte Medieval sobre o rio Cávado, a Casa da Azenha, o Paço dos Condes, os Paços do Concelho, a Torre Medieval e o Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz. 

As iluminações incidem sobre cerca de 50 locais distintos, dos quais onze ruas, dez largos e praças, seis rotundas e sete monumentos, a que se somam a Frente Ribeirinha, o Campo da Feira e o Parque da Cidade, um investimento que ronda os 170 mil euros.

Animação de Natal com dezenas de pontos de atração e divertimento

Além das iluminações de Natal, o mês de dezembro será preenchido com um diversificado e intenso programa de atividades, algumas delas que serão mesmo grandes novidades, casos do Túnel interativo “Castelo Mágico”, na Avenida da Liberdade, e o Túnel interativo no Campo 5 de Outubro. Além disso, o Mercado de Natal, este ano, desloca-se para a Alameda das Barrocas e terá Praça de Alimentação e Casa do Pai Natal.

Outra das novidades é a “Christmas with Friends”, festa temática com a participação de DJ’s.

Além disso, destacam-se concertos de Natal na cidade: na Igreja da Misericórdia (dia 6), no Templo do Senhor da Cruz (dia 15) e no Salão Nobre dos Paços do Concelho (dia 21).

Da restante programação, merece destaque a animação de rua com muitos mais motivos para que se deixe cativar pela Magia de Natal de Barcelos. Volta a haver o Carrossel Parisiense, desta feita no Largo Dr. José Novais, Trenó do Pai Natal, Charrete de Natal, Bola Interativa e Pinheiro ornamentado com 30 metros de altura, no Largo da Porta Nova. A tudo isto somam-se as exposições de presépios, com particular destaque para o Presépio a Sete Artes, patente na Sala Gótica dos Paços do Concelho, concertos musicais, recitais, espetáculos de dança, teatro e outras performances, desfile natalício motard, sessões de contos, workshops, programas educativos, concurso “Barcelos Doce”, e comboio de Natal pelas ruas da cidade.

E, quem quiser levar uma recordação temática, pode deslocar-se ao outro lado da ponte, em Barcelinhos, onde encontrará um espaço próprio para tirar fotografias.

Concertos Musicais e Rota de Presépios nas Freguesias

Voltando a descentralizar as atividades culturais natalícias, abrangendo o maior número de pessoas possível, a programação de Natal volta a contemplar concertos musicais em quatro freguesias: Chorente (dia 1), Alvito S. Martinho (dia 7), Rio Covo Santa Eulália (dia 14) e Durrães (dia 15).

E face ao sucesso do ano passado, volta a ser realizada a Rota dos Presépios, com visita aos presépios de diversas freguesias do concelho.

Imagem: CMB.

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“Valença Fortaleza de Chocolate” está a chegar

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A “Valença Fortaleza de Chocolate” está de regresso, entre 29 de novembro e 8 de dezembro, recheada de doces tentações, com a marca Chocolate.

Showcookings, oficinas de chocokids, delícias de chocolate e muita animação itinerante permanente prometem transformar Valença no destino mais doce da Península Ibérica, este Natal.

Dez dias para encantar e deliciar os visitantes numa feira mostra dedicada, em exclusivo, à degustação e compra de produtos à base de chocolate, apresentados de tantas formas.

O certame regressa, num formato cheio de novidades, como feira/mostra com a presença de doceiros, pasteleiros, produtores de chocolate e chocolatiers portugueses e espanhóis.

Cascatas, fondues, crepes, waffles, farturas, brigadeiros, trufas, bombons, torrões, espetadas de fruta, bombocas, ginjinhas e tantos outros produtos para se encantar, deliciar e perder de amores em Valença, sempre com a marca Chocolate.

O certame abre sexta-Feira, 29 de novembro, às 16h00 e estará aberto até às 20h00. Entre sábado, 30 de novembro e domingo 8 de dezembro podem visitar a feira entre as 10h00 e as 20h00.

Praça da República, Largo do Governo Militar, Baluarte do Faro e Largo do Bom Jesus serão os espaços da zona histórica que vão acolher o evento.

“Fortaleza de Chocolate” insere-se na programação de Natal promovida pela Câmara Municipal que arranca, em Valença, a 29 de novembro e prolonga-se até às festividades dos Reis, a 5 de janeiro.

Imagem: CMV.

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