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Exposição de Mixed Media “Hard Times”

Convite para um cancelamento social

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Poderá uma exposição de arte ditar um cancelamento social? Sim, se questionar a narrativa vigente. Esta é a posição da artista conimbricense Gisela Cruz, que tem aberta ao público a exposição “Hard Times”, no Centro Cultural Penedo da Saudade (Coimbra), até dia 7 de maio, ao mesmo tempo que inaugura o site / loja da Soonset, a sua marca registada a nível europeu vocacionada para a gestão de artistas, onde vende merchandising jocoso alusivo à exposição.

“Este evento assume o formato de um cancelamento social, já que a artista passará, seguramente, a ser conhecida como negacionista, extremista, possivelmente racista, quiçá, terraplanista e – pior! – de extrema direita. Contamos com a sua presença.” Este era o conteúdo do convite para a inauguração da exposição “Hard Times”, dirigido por Gisela Cruz a amigos, conhecidos e público em geral.

De acordo com a artista, esta exposição é uma abordagem conceptual e controversa sobre o estado atual de um planeta pós pandémico, dada pelo ponto de vista de uma ex-jornalista que não está muito feliz com os atuais noticiários, já que parecem ter-se tornado, invariavelmente, propaganda. Este tema inspirou uma campanha de marketing e uma linha de merchandising bastante jocosas, com base na ideia de que qualquer pessoa que questione a narrativainstituída é um teorista da conspiração.

A artista conimbricense brinca, desta forma, com um tema bastante atual na sociedade e atreve-se a apresentar uma exposição em que questiona a confiança que o público pode ter nos Media. “Numa sociedade permanentemente conectada, mas extraordinariamente polarizada, não deveria o público estar disponível para ter discussões mais amplas, esforçar-se por procurar outras fontes e por ter visões abrangentes e estruturadas, tendo em conta que seus líderes de opinião, anteriormente dignos de confiança, parecem ser agora, na sua maioria, acólitos do um regime globalista?” Esta é a pergunta que fica a quem se atreve a mergulhar, sem rede e de mente aberta, nesta coleção que casa cada peça Mixed Media com um vídeo menos mainstream, acessível através de um QR Code e que estará patente no Centro Cultural Penedo da Saudade até dia 7 de maio. (Página do evento: https://www.soonset.biz/events)

Da marca de loja online à de representação de artistas

A 2 de dezembro de 2020, Gisela Cruz terminava, de forma bem-sucedida, a campanha de crowdfunding que permitiu à Soonset existir enquanto marca (https://ppl.pt/giselacruz). O projeto teve início numa formação de empreendedorismo do IEFP, em que a mentora desenvolveu um Plano de Negócio que incluía apenas a abertura de uma loja online para venda de reproduções dos seus trabalhos em Mixed Media. Registada a marca por 10 anos a nível europeu, o passo seguinte era fazer o site e abrir a loja online.

Desde essa altura, muito se alterou, a começar pela própria expressão criativa da artista. O que começou por ser apenas wall art / arte de parede em Mixed Media, evoluiu para peças 3D e as preocupações com beleza, luz e boas energias progrediram para trabalhos com um forte cariz de crítica social, bem mais condizente com o seu passado de jornalista e marketeer.

No percurso como empreendedora, e ao expor o seu projeto, a Gisela percebeu que muitos artistas têm uma grande lacuna a preencher para conseguir escoar o seu trabalho: a parte comercial. Com um passado ligado à Comunicação e Marketing e inúmeras formações de empreendedorismo, redes sociais, WordPress, etc., o passo óbvio era abrir a sua loja a outros colegas da área e usar os seus conhecimentos para os ajudar. Assim, a Soonset rapidamente adquiriu um cariz mais abrangente de management de artistas. Além da loja online, um cliente da Soonset terá acesso a formação e aconselhamento, poderá aprender a gerir as suas redes sociais, desenvolver peças de merchandising, etc…

A inauguração da Exposição “Hard Times” marca o início oficial do projeto. É nesta altura que será apresentado o site/loja da Soonset (https://www.soonset.biz), onde estarão disponíveis peças e merchandising alusivos à exposição. Trata-se de um exemplo de como monetizar um conceito artístico, uma das bases da atividade da Soonset (https://www.soonset.biz/store).

Depois do início oficial da atividade, outros artistas serão agregados ao projeto e apresentados ao público. Dos artistas visuais aos músicos, dos crafters com identidade aos atores e influencers, a Soonset está de portas abertas para receber aqueles que se cansaram de pôr o seu futuro nas mãos de outros e pretendem que o seu hobby se torne profissão.

Quem é Gisela Cruz

Gisela Cruz é uma artista de Mixed Media que vive e trabalha em Coimbra, Portugal. Nasceu em Coimbra, no seio de uma família modesta e trabalhadora, que lhe ensinou o valor da confiança e da ética. A mãe era costureira e o pai um mecânico de instrumentos de precisão, que adorava eletricidade e carpintaria. A velha casa da família estava sempre cheia de projetos inacabados. Foi, por isso, natural para ela começar, desde cedo, a aprender algumas técnicas básicas de artes e ofícios e ir tendo seus próprios projetos, geralmente focados na utilidade…

Estudou Comunicação Social e Comunicação Organizacional e, mais tarde, chegou a fazer Mestrado em Medicina Legal e Ciências Forenses. Foi jornalista muito jovem (dos noticiários radiofónicos à imprensa escrita) e depois Relações Públicas (colaborou como membro do Gabinete de Comunicação em importantes projetos nacionais, como Coimbra, Capital Nacional da Cultura ou Coimbra iParque). Teve outros empregos menos ambiciosos e alguns biscates.

Desenvolveu o gosto pela arte através das suas próprias pesquisas e experiências, mas também das suas relações pessoais. Música, cinema, teatro atraíram-na desde jovem. O interesse pela pintura, cerâmica, escultura ou mesmo pela arte contemporânea ou mais conceptual, foi a progressão óbvia, tendo a experiência profissional como membro da equipa principal de Coimbra, Capital Nacional da Cultura sido um passo significativo na direção das suas próprias experiências artísticas.

O facto de não ter formação académica em arte nunca a impediu de experimentar novas técnicas. E a longa experiência em artes e ofícios ditou que sua forma favorita de expressão viesse a ser o Mixed Media.

Durante os confinamentos COVID-19, completamente livre de horários e responsabilidades restritivas, ela mergulhou a 100% nas suas paixões e desenvolveu uma coleção de arte de parede chamada “Into The Light”, mas não demorou muito até as suas peças começarem a adquirir um formato 3D e sua experiência como jornalista começassem a ganhar força e a dar-lhes um forte caráter de crítica social até formarem a coleção “Hard Times”.

Foto: DR.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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