Atualidade
Como combater as desigualdades e a discriminação?
Ordem dos Psicólogos Portugueses divulga
documento para ajudar a promover igualdade, equidade e respeito

Com o objetivo de honrar o compromisso ético de prevenir as desigualdades, promover a equidade e os direitos das pessoas, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) divulga o documento “Combater as Desigualdades e a Discriminação”.
“A investigação demonstra claramente que a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar dependem de um conjunto de determinantes socioeconómicos”, pode ler-se no documento. Inevitavelmente, as desigualdades são um fator estruturante da sociedade e as clivagens das condições de vida têm um impacto na coesão social. É por isso urgente desenvolver recursos e políticas integradas para responder aos efeitos das desigualdades económicas e sociais, agora agravadas pela pandemia COVID-19. Nesse sentido, o compromisso da União Europeia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas visa erradicar a pobreza, promover a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida, criando um mundo mais igualitário, inclusivo e pacífico.
“A Ciência Psicológica detém, efetivamente, conhecimentos e ferramentas que permitem aos seus profissionais funcionarem como agentes primordiais na promoção da igualdade, da equidade e do respeito pelos outros. Os psicólogos e psicólogas podem e devem analisar e desafiar práticas, políticas e estruturas para a prevenção e combate aos preconceitos, comportamentos discriminatórios e de exclusão, mitigando o seu impacto negativo em múltiplas dimensões, nomeadamente, o bem-estar, a saúde psicológica e a qualidade de vida”, assegura o documento.
Conceitos de desigualdade e discriminação
Para analisar as desigualdades e a discriminação à luz da Ciência Psicológica é necessário definir estes conceitos do ponto de vista psicológico. Importa distinguir desigualdade de oportunidades (acesso desigual a saúde, emprego, educação, etc.) de desigualdade de resultados (recursos materiais ou condições económicas).
É importante perceber que as desigualdades materiais determinam desigualdades verticais (rendimento, nível educacional, estatuto socioeconómico ou condição de saúde), implicando uma maior vulnerabilidade e exposição a situações de pobreza, com impacto na saúde psicológica. As desigualdades de pertença social determinam desigualdades horizontais (idade, género, classe, orientação sexual ou religiosa), relacionadas com fenómenos de discriminação, estereotipagem ou preconceito. Ambas as desigualdades são fatores de risco para que as pessoas sejam expostas a formas de exclusão social.
O impacto multidimensional da desigualdade e da discriminação
O documento alerta que “o impacto das desigualdades e da discriminação na saúde física e psicológica dos indivíduos e das comunidades é extenso e diverso”. Geralmente, nota-se um decréscimo da saúde em função da diminuição da posição social. Por outro lado, quem tem condições socioeconómicas mais desfavoráveis, é de minorias culturais ou da comunidade LGBTQI+ reporta menos apoio e contacto social, tendo maior risco de desenvolver problemas de saúde psicológica e de mortalidade.
Fatores de desigualdade e discriminação
Existem algumas fontes de desigualdade e discriminação que impactam várias dimensões da vida, incluindo a da saúde psicológica e bem-estar. Segundo o documento, algumas das fontes são o desemprego e a precaridade laboral, as dificuldades económicas e a pobreza, a classe social, o racismo, o género, as incapacidades e problemas de saúde psicológica e a orientação sexual.
Impacto da COVID-19 no aumento das desigualdades e da discriminação
Além da óbvia crise pandémica, a COVID-19 despoletou uma crise socioeconómica, com o aumento das taxas de doença, morte, desemprego e estigma. A pandemia veio expor e aumentar algumas fragilidades da sociedade, agravando os níveis de pobreza e assimetrias sociais.
Segundo a OCDE, Portugal já era um dos países desenvolvidos onde era mais difícil sair da pobreza. Em 2020, verificou-se um aumento de 18,4% no risco de pobreza e um aumento de 9% na desigualdade. A pandemia também afetou a dinâmica do mercado de trabalho (escassez, desemprego, precaridade), aumentou o risco de insucesso e abandono escolar e agravou a marginalização social e económica de pessoas mais velhas, com deficiência, refugiados ou sem abrigo (entre outras). É por isso essencial uma «resolução cada vez mais urgente das clivagens sociais que impulsionaram a própria crise e que, agora, contribuem para mantê-la», afirma o documento.
O papel dos psicólogos no combate às desigualdades e à discriminação
A ciência psicológica pode e deve contribuir para prevenir a ocorrência de atos intolerantes e discriminatórios e promover estratégias eficazes para mitigar a injustiça social e respeitar os direitos e a dignidade das pessoas.
Os psicólogos são uma mais-valia no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente no que diz respeito à promoção da saúde e do bem-estar e à redução das desigualdades, em múltiplos contextos. Entre as várias conjunturas, a OPP destaca a importância do seu papel nos contextos de saúde, contextos comunitários, contextos educativos, contextos organizacionais, órgãos de decisão e construção de políticas públicas, media e investigação.
O conhecimento proveniente da ciência psicológica permite compreender as situações e os determinantes das desigualdades e da discriminação. Assim, o contributo dos psicólogos é essencial para o trabalho contínuo de promoção da igualdade, da equidade e do respeito pela diversidade.
Imagem: DR.
Atualidade
Combater o esquecimento – a demência nos dias de hoje e do futuro

Setembro é o mês mundial da Doença de Alzheimer, e afinal o que é esta doença tão temida? A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que se desenvolve de forma insidiosa. Existem várias formas de demência, no entanto, a doença de Alzheimer representa cerca de 60-70% de todas as demências (1). Ocorre geralmente após os 60 anos e tipicamente afeta a zona do cérebro responsável pelo pensamento, a memória e a linguagem.
A Organização Mundial da Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, e que em 2030 quase duplique e em 2050 quase triplique. Na Europa, em 2019, apontavam para mais de 193 mil e 500 pessoas com demência (2). Portugal representa o 4º país com mais casos por cada mil habitantes (3)
“Ando a ficar mais esquecido …” – Esta é a queixa habitual pela qual as pessoas recorrem ao médico por receio desta doença. No entanto, a perda de memória nem sempre é sinónimo de demência e existem outras situações médicas que podem apresentar sintomas semelhantes, como os enfartes, a depressão, o alcoolismo, entre outros.
Devemos suspeitar de demência de Alzheimer em qualquer idoso com início insidioso de perda da memória associada a dificuldade em executar tarefas familiares, perda de noção do tempo e desorientação, problemas da linguagem, trocar o lugar das coisas, alteração da personalidade ou comportamento, e perda de iniciativa (4). Na presença de perda de memória associada a pelo menos um destes sintomas, devemos procurar um profissional de saúde.
Apesar de não haver uma causa bem esclarecida para o desenvolvimento da demência de Alzheimer, existem vários fatores que podem reduzir o risco. A alimentação saudável e variada, o exercício físico, o treino cognitivo através de jogos de raciocínio, ler, escrever, atividades culturais, cozinhar, jardinagem, entre outros, e sono reparador estão entre os fatores que contribuem para travar a progressão. Além disso, é também importante o controlo da diabetes, da hipertensão arterial e do colesterol.
Comece já hoje a mudar o seu risco!
Referências:
1 – World Health Statistics, World Health Organization, 2015
2 – Alzheimer Europe, 2019
3 – Health at a Glance 2017.
4 – Centers for Disease Control and Prevention, Alzheimer’s Disease.
Por: Rita Vale Lima (Interna de Medicina Geral e Familiar da USF Ronfe).
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Viana do Castelo: Serviço de Apoio ao Cidadão disponibiliza agendamento online

A Câmara Municipal de Viana do Castelo acaba de colocar ao dispor dos munícipes o Agendamento Online, exclusivamente de acesso ao sistema de filas de espera para o Serviço de Apoio ao Cidadão, garantindo maior comodidade e rapidez no atendimento, antes de se deslocarem presencialmente.
O cidadão pode, assim, agendar a sua deslocação para atendimento técnico presencial para diversos serviços, nomeadamente Atendimento Geral, Certificado de Registo de Cidadão da União Europeia (CRCUE), Cemitérios, Taxas e Licenças, Urbanismo – Informações, Urbanismo – Levantamento de Documentos e Urbanismo – Requerimentos.
Esta nova valência visa facilitar o acesso do cidadão aos serviços, que podem agora marcar os seus atendimentos por meio do smartphone ou do computador, evitando filas de espera e prevenindo os serviços, permitindo mais tranquilidade na hora do atendimento.
As regras gerais de funcionamento do atendimento e/ou o agendamento para o atendimento técnico presencial podem ser consultadas em: https://www.cm-viana-castelo.pt/viver/informacoes-uteis/horarios-de-atendimento/
O Serviço de Apoio ao Cidadão conta com atendimento presencial todos os dias úteis, das 9h00 às 16h30, integrando, ainda, atendimento telefónico através do número 258 809 304, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00.
Foto: CMVC.
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Braga: Detenção por roubo e resistência e coação a Polícias

Ontem, pelas 12h45, a PSP recebeu uma chamada telefónica a comunicar que um indivíduo havia praticado um roubo a um cidadão, tendo-o agredido violentamente e, de seguida, colocou-se em fuga.
A PSP acionou os meios policiais no sentido de o localizar, tendo de imediato sido intercetado, o autor do roubo, um cidadão com 37 anos de idade.
Durante a abordagem policial, o mesmo teve um comportamento bastante agressivo para com os Polícias, tendo-os insultado, ameaçado e agredido.
Pelo exposto, foi o mesmo detido sendo presente no Tribunal Judicial da Comarca de Braga.
Foto: DR.
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