Atualidade
Arqueólogos retomam escavação em castelo perdido do Século I A.C. no Alentejo
Portugueses Mariana Nabais, Rui Monge Soares e Margarida Figueiredo lideram equipa internacional com trabalhos arqueológicos no Castelo Velho de Safara
A equipa internacional da escola de campo de arqueologia South-West Archaeology Digs (SWAD), sob direção científica dos arqueólogos portugueses Mariana Nabais, Rui Monge Soares e Margarida Figueiredo, retomam escavação arqueológica em povoado datado do século I Antes de Cristo.
“Temos evidências de uma ocupação Romano Republicana, com aquilo que julgamos ser uma zona residencial, outra de armazenamento e uma outra zona de produção metalúrgica. Toda a cadeia de produção de metais está identificada no sítio: várias escórias de fundo de fornalha, pingos de fundição, tubeiras em cerâmica, alguns cadinhos de fundição e vários objetos em metal. As primeiras análises químicas apontam para uma produção local de utensílios em ferro”, relata o arqueólogo Rui Monge Soares.
A novidade das escavações deste ano é que se confirma que todas estas estruturas romanas se encontram assentes em depósitos da segunda Idade do Ferro (séculos IV a II a.C.). Isto é evidente devido à presença de várias cerâmicas áticas – ou seja, cerâmicas pintadas importadas da Grécia com cronologias conhecidas do século IV a.C. –, bem como produções cerâmicas locais com decoração de bandas concêntricas pintadas a vermelho.
“Estamos a descobrir um povoado que pertence à memória de todos e que é um património altamente relevante, sobretudo para a população do concelho de Moura”, adianta a arqueóloga Margarida Figueiredo.
“Destacam-se vários troços de muralha à qual estão adossados diversos pequenos compartimentos, provavelmente destinados ao armazenamento de recursos alimentares. Paralela à muralha, encontrou-se uma via de circulação junto da qual se terá desenvolvido a zona residencial do povoado. A cultura material confirma a presença romana, mas indicia também uma forte presença de populações da II Idade do Ferro, havendo igualmente alguns vestígios cerâmicos datados do 3º milénio a.C., de cronologia Calcolítica”, reforça a arqueóloga Mariana Nabais.
Estas descobertas decorrem depois de três campanha bem-sucedidas de escavação no Castelo Velho de Safara, em 2018, 2019 e 2020. Depois de dois anos de interregno, os arqueólogos regressaram a campo para uma quarta campanha que está, atualmente, a decorrer no mês de julho de 2022.
Entre a equipa internacional da SWAD, constam participantes de mais de 10 nacionalidades, estando a direção científica a cargo dos portugueses Mariana Nabais, Margarida Figueiredo e Rui Monge Soares. Os trabalhos arqueológicos têm o apoio de várias entidades, como a University College London, a Câmara Municipal de Moura, a União de Juntas de Freguesia de Safara e Santo Aleixo da Restauração, ADC Moura e a Empark.
Durante a escavação, têm vindo a decorrer atividades pedagógicas envolvendo grupos da comunidade local, como o ATL da Casa do Povo de Safara. No dia 23 de julho realiza-se o Dia Aberto, em que todos os interessados estão convidados a participar numa visita guiada ao Castelo Velho de Safara e à escavação, e a apreciar os artefactos descobertos no local. O encontro realiza-se às 8h30 na União de Juntas de Freguesia de Safara e de Santo Aleixo da Restauração, de forma a evitar as altas temperaturas que se têm vindo a sentir nos últimos dias.
Foto: DR.
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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados
A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.
A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.
Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.
Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse.
Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.
Foto: PSP.
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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon
O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026
A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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