Atualidade
Anadia: Presidente da Câmara Municipal apreensiva com traçado da linha de alta velocidade no concelho
Mais de cinco mil pessoas passaram pelo certame “Aqui na Bairrada”, que decorreu este fim de semana passado, no Pavilhão de Desportos de Anadia. A inauguração do evento contou com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, enquanto que o encerramento contou com a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sessão de abertura, e aproveitando a presença da Ministra da Coesão Territorial, a presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, manifestou algumas preocupações que estão a criar alguma apreensão ao Município, nomeadamente o futuro traçado da linha de alta velocidade e o processo de transferência de competências em curso para as autarquias.
No que concerne ao traçado da alta velocidade, Maria Teresa Cardoso considerou que “este gigantesco investimento” que vai permitir “reduzir levemente” o tempo de viagem entre Lisboa e o Porto, “é deveras prejudicial” para o concelho. “A linha irá sobrepor-se a uma das maiores manchas vitivinícolas da região, rasando mesmo projetos enoturisticos de excelência já existentes”, afirmou.
A autarca sublinhou que este corredor ferroviário terá “um impacto muito negativo, num dos setores mais importantes da economia local”, salientando ainda que “a nova linha não acrescentará mesmo nada ao desenvolvimento económico do concelho”, daí que, no seu entender, “o novo troço não se justifique”. O Município de Anadia e os seus órgãos “irão de viva voz manifestar-se contra este projeto, protestando contra o mesmo e exigindo soluções alternativas menos prejudiciais”, adiantou.
Relativamente à transferência de competências, considerou tratar-se de um “presente pervertido”, ou seja, “uma oferta minimalista desfasada da realidade, onde há muitas perguntas sem resposta e falta apoios a vários níveis”, afirmando que “este agitado e desorganizado processo irá fragilizar o poder local, principalmente em termos financeiros”.
Na área da Educação, o Município assumiu as competências no passado dia 1 de abril, afirmando que “a verba atribuída não corresponde aos encargos que nos estão a passar, estando muito longe das reais necessidades”. Ao nível da saúde, Maria Teresa Cardoso diz que “a preocupação é ainda muito maior. Estamos muito apreensivos, porque ainda não nos foi dada informação clara e pormenorizada sobre esta matéria. Por este motivo o Município recusou assinar o auto de transferência das competências”.
O presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), José Pedro Soares, considerou que este é um momento “para celebrar a Bairrada”. Referiu que os objetivos da região “passam pela sustentabilidade”, do ponto de vista económico e social, assim como ter um setor, “cada vez mais resiliente e valorizador dos seus recursos endógenos”, acrescentando que para que tal suceda “é preciso que se concretize o polo de inovação do espumante”.
Mostrou-se, também, preocupado com a possibilidade do traçado da linha do comboio de alta velocidade atravessar os vinhedos da Bairrada, deixando no ar a pergunta: “Faz sentido rasgarmos, mais uma vez, a nossa região para que se poupem meia dúzia de minutos entre Lisboa e o Porto?”.
José Pedro Soares destacou ainda o “apoio forte” do Município de Anadia para a concretização desta iniciativa que “valoriza os nossos produtos endógenos”.
A Ministra Ana Abrunhosa agradeceu o convite para inaugurar o certame, tendo realçado o “excelente trabalho” realizado, tanto pela CVB, como pelo Município de Anadia, em prol da valorização do território.

Quanto ao futuro polo de inovação do espumante salientou que “é um projeto que necessita do trabalho conjunto de todas as entidades e organismos locais e regionais para que se torne uma realidade”.
No que respeita ao processo de descentralização que está a decorrer diz que “é um caminho que se faz caminhando”, deixando uma palavra de confiança. Deixou também a promessa de partilhar as preocupações do Município no Conselho de Ministros.
O certame encerrou com a visita “surpresa” do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que teve a oportunidade de “in loco” degustar os néctares e os sabores da Bairrada.
O “Aqui na Bairrada” é maior mostra de vinhos e sabores da região. A organização esteve a cargo da Comissão Vitivinícola da Bairrada, em parceria com o Município de Anadia e com o apoio da Rota da Bairrada, da entidade Turismo do Centro de Portugal e do Instituto da Vinha e do Vinho.
Fotos: CMA.
Atualidade
PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados
A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.
A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.
Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.
Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse.
Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.
Foto: PSP.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon
O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026
A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
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