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Projeto de investigação alia as Neurociências ao desenvolvimento de jogos para telemóveis

Faculdade de Educação e Psicologia da Católica alia-se a empresa tecnológica

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No seguimento do atual cenário, altamente competitivo, do ritmo das inovações tecnológicas e dos curtos ciclos de vida dos produtos, as empresas precisam de ter cada vez mais em atenção um número maior de exigências por parte dos seus públicos-alvo, incluindo a validação científica dos seus produtos. Foi precisamente a pensar nesta necessidade que a empresa de criação de jogos Infinity Games estabeleceu parceria com o Human Neurobehavirol Laboratory, da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto e surgiu o projeto GAIN, que alia as Neurociências à área do desenvolvimento de jogos para telemóveis.

No projeto GAIN (Games for Anxiety Inquired through Neuroscience): The Effects of playing mobile games in anxiety and neurocognitive functions, o Human Neurobehavioral Laboratory (HNL/FEP/UCP) e a Infinity Games são parceiros e assumem a responsabilidade conjunta de desenvolverem uma nova tendência no mercado: a validação científica de produtos. O papel do HNL é o de disponibilizar uma ampla experiência no desenho e implementação de estudos científicos, infraestruturas de investigação e recursos humanos preparados para garantir o sucesso da investigação. Já o papel da Infinity Games é o de disponibilizar suporte financeiro a jovens investigadores, conhecimento no desenvolvimento e comercialização de produtos, assim como uma ampla gama de produtos inovadores nessa área.

“Passamos por tempos desafiantes e queremos que os nossos jogos sejam uma ferramenta para lutar contra esses desafios. Este projeto irá ajudar-nos nessa nossa missão”, refere João Ramos, Head of Business Development da Infinity Games. E salienta: “Somos uma empresa que está verdadeiramente atenta para com o bem-estar das pessoas que utilizam os nossos jogos e desde o início que a nossa preocupação passa por, além de providenciar momentos de entretenimento, criar experiências que possam ser redutoras de stress e de ansiedade.”

Sobre os desafios colocados por esta parceria, João Ramos refere que “se prendem com o contexto que atravessamos e não com a parceria em si. Em primeiro lugar, a indústria dos jogos não tem, de forma geral, um relacionamento muito positivo com a saúde. Depois, o mercado dos jogos é um mercado de rápida evolução e transformação, que exige decisões muito rápidas e foco quase exclusivo na receita do próximo trimestre ou dos próximos seis meses. Nós estamos focados em como vamos produzir os melhores jogos do mercado dentro de um ou dois anos, aliando as nossas experiências imersivas ao relaxamento”. “Avizinham-se tempos de muita colaboração e investimento”, conclui.

Já Patrícia Oliveira-Silva, investigadora e coordenadora do GAIN, explica que um dos grandes objetivos deste projeto é o de “criar uma parceria a longo prazo entre os dois parceiros que represente uma boa prática que interliga interesses, valores, investimento, estratégias e objetivos comuns. Trabalhar com as empresas representa um novo motor de inovação para a academia. E além disso, preocupamo-nos que a investigação realizada no HNL tenha uma forte adesão à realidade”. Ao longo do projeto GAIN, a equipa pretende, também, desenhar e validar novos protocolo de validação de produtos, que são aplicados como uma ferramenta para incentivar a mudança comportamental e promover atitudes desejadas em diferentes dimensões, e a aplicação de técnicas das Neurociências que procurem validar o efeito de jogos, desenvolvidos pela empresa Infinity Games, no bem-estar dos seus utilizadores, nomeadamente na ansiedade e noutras funções neurocognitivas.

Este projeto de investigação está a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar composta pela investigadora e diretora do Human Neurobehavioral Laboratory (HNL/FEP/CEDH), Patrícia Oliveira-Silva, em parceria com Pedro Miguel Rodrigues, responsável pela área de Processamento de Sinal do Centro de Investigação CBQF (CBQF/ESB/UCP), e dois estudantes de mestrado: Pedro Ribeiro (ESB) e Miguel Ferreira (FEP/UCO). Atualmente, os dados estão a ser recolhidos e o primeiro estudo será concluído no final do mês de março de 2022.

Foto: DR.

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Viana do Castelo: Concurso público internacional para Novo Mercado Municipal e envolvente avança por 13,399 ME

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O executivo municipal de Viana do Castelo aprovou, esta segunda-feira, em reunião ordinária, o projeto, abertura de procedimento de concurso público internacional, autorização da despesa, aprovação das peças e aprovação de júri para a empreitada “Novo Mercado Municipal – Edifício e Envolvente” por um valor de 13,399 milhões de euros, mais IVA, com prazo de execução de 720 dias.

Os concorrentes ou seus representantes devem apresentar as suas propostas na plataforma eletrónica até às 17 horas do 30º dia a contar da data de envio, para publicação, do anúncio agora aprovado para o Serviço das Publicações Oficiais da União Europeia. A abertura das propostas pelo júri só terá lugar findo o prazo fixado.

O projeto de execução refere que um mercado implica uma forte articulação entre o processo de gestão e o projeto de intervenção de arquitetura, tendo por base os seguintes princípios: existência de condições adequadas para o aprovisionamento dos operadores, devidamente sectorizado, nomeadamente quanto ao controlo higiossanitário e de variação de temperaturas; existência de condições de estacionamento para clientes, condição essencial para que se possa considerar válida uma área de influência superior a 400 metros de distância; condições para tratamento e acondicionamento de resíduos, nomeadamente os respeitantes a produtos de origem animal; desenvolvimento orgânico do espaço de mercado tradicional num único piso e em relação direta com a sua envolvente; organização sectorizada do mix comercial; introdução de atividades complementares que contribuam para a viabilidade comercial do equipamento no seu todo, nomeadamente com aquelas que tragam novos públicos; integração em edifício com arquitetura relevante e em bom estado de conservação, criação de uma imagem comum que identifique o mercado como um todo enquanto espaço moderno de distribuição agroalimentar; compromisso entre a gestão do mercado e os operadores, participando na dinâmica do mercado.

Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro.

O projeto do novo mercado está estruturado em duas grandes intervenções, o edifício propriamente dito, cuja localização é sobre a implantação do desconstruído Edifício Jardim / Prédio Coutinho; e a reabilitação do espaço envolvente exterior ao novo Mercado Municipal de Viana do Castelo, um projeto complementar à execução do edifício do mercado e que tem como objetivo requalificar e revitalizar o tecido urbano, atrair e fixar população para o centro histórico, atrair e dinamizar o tecido económico do centro histórico, contribuir para a preservação e valorização do património construído, reforçar a atração turística e a oferta cultural dos serviços.

Imagem: CMVC.

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Valença avança com reabilitação e ampliação do Centro de Saúde

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A Câmara Municipal de Valença aprovou, por unanimidade, a abertura do concurso público para a empreitada de “Reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Valença”, na última reunião do Executivo Municipal.

2 milhões e 700 mil euros é o preço base do concurso, num investimento a lançar pela Câmara Municipal de Valença, financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

A obra contempla a requalificação do edifício existente, datado de 1991, e a construção de um novo bloco, a poente, com 2 pisos.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, “Esta é uma obra urgente, prioritária e muito desejada por todos os valencianos e pretende criar todas as condições para uma resposta de serviços de saúde primários e de especialidades mais rica e qualificada em Valença”.

Com estes grandes investimentos de requalificação e ampliação do Centro de Saúde, a Câmara Municipal acredita que estão a ser criadas as condições para a conquista de mais especialidades médicas acessíveis aos utentes e para a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP).

A saúde é uma das linhas de atuação prioritárias da Câmara Municipal de Valença que tudo tem feito junto da ULSAM e da tutela, pela melhoria contínua dos cuidados de saúde disponibilizados pelo Centro de Saúde de Valença, à população valenciana.

Recorde-se que, ao dia de hoje, o Centro de Saúde de Valença dispõe, de sete consultas hospitalares de especialidade, nomeadamente Endocrinologia, Pediatria, Oftalmologia, Psiquiatria, Psicologia, Hemoterapia e ainda Psicologia do CRI, que servem os utentes dos concelhos de Valença, Monção e Melgaço.

Na área da medicina Geral e familiar, nomeadamente a respeitante à saúde de adultos, saúde infantil e juvenil, planeamento familiar, saúde materna e domicílios, o Centro de Saúde conta, atualmente, com um corpo clínico constituído por 10 médicos e 10 enfermeiros.

Foto: CMV.

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Estudo sobre o tubarão-azul sublinha a importância da proteção e da preservação dos canhões submarinos

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Estudo revela padrões de comportamento do tubarão-azul e o impacto do ruído de barcos na espécie. Crucial na manutenção da estabilidade e da saúde dos ecossistemas marinhos, o tubarão-azul é uma das espécies de tubarão mais capturadas a nível mundial. Classificado como ‘Quase Ameaçado’ pela União Internacional para a Conservação da Natureza, em 2019, em Portugal é frequentemente vítima da frota do palangre de superfície, dirigida a grandes peixes como o atum e o espadarte.

Investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente colocaram sistemas de câmaras remotas com isco ao largo da costa do Parque Natural da Arrábida para observar e caracterizar padrões de comportamento de tubarão-azul (Prionace glauca), e o efeito do ruído de embarcações em termos de alterações comportamentais. Um estudo realizado no âmbito da tese de Doutoramento da investigadora Noélia Ríos, inserida no projeto INFORBIOMARES, acabado de publicar na revista Marine Ecology Progress Series.

Bastante sensíveis, estas espécies são muito difíceis de observar e estudar, sobretudo no que diz respeito ao seu comportamento em meio natural. As câmaras colocadas pelos investigadores conseguiram registar os comportamentos de 79 tubarões, revelando padrões distintos entre juvenis e adultos consoante a estação do ano e a distância à costa.

A investigação revelou que tubarões juvenis foram avistados mais frequentemente em águas menos profundas e durante a primavera, o que coincide com a época de reprodução da espécie, reforçando, assim, a enorme importância da área ao largo do Parque Natural da Arrábida, na zona do canhão de Lisboa, como potencial zona de berçário para o tubarão-azul. Estas observações levam os investigadores a defender a necessidade de olhar para os canhões submarinos como zonas a proteger e preservar.

O estudo revelou também que, na presença de ruído de embarcações, os tubarões-azuis alteraram alguns padrões comportamentais, sugerindo que pode existir um efeito oculto do ruído sobre a eficiência na procura e captura de alimento, abrindo caminho a mais estudos dedicados que confirmem essa hipótese.  

Os tubarões desempenham um papel crucial na manutenção da estabilidade e saúde dos ecossistemas marinhos. A pesca comercial excessiva destas espécies, com pesca dirigida ou acessória, exerce uma enorme pressão nas populações de tubarões a nível global, provocando desequilíbrios ecológicos com repercussões em todo o ecossistema.

O tubarão-azul é uma das espécies de tubarão mais capturadas a nível mundial, e em 2019 foi classificado como ‘Quase Ameaçado’ pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, IUCN. Em Portugal, é a espécie de tubarão mais capturada pela frota do palangre de superfície, uma pesca realizada com linhas e anzóis, dirigida a grandes peixes como o atum e o espadarte, mas que frequentemente captura tubarões, atraídos pelo isco.

Foto: Frederico Almada.

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