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Plano Municipal de Ação Climática com 55 medidas para adaptar Viana do Castelo às alterações climáticas

A Câmara Municipal de Viana do Castelo apresentou, esta terça-feira, o Plano Municipal de Ação Climática (PMAC), documento que integra mais de meia centena de medidas para adaptar o território vianense às alterações climáticas.
De acordo com o documento, apresentado numa cerimónia pública que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e da Vereadora do Ambiente, Fabíola Oliveira, as alterações climáticas são reconhecidas como um dos maiores desafios do século XXI, a nível global e, embora não seja possível evitar a ocorrência destes fenómenos, é possível que, em diferentes âmbitos territoriais, se implementem, numa primeira instância, estratégias e ações que permitam mitigar as suas causas e, numa segunda instância, estratégias e ações que permitam adaptar os territórios, com vista à minimização dos impactos nas mais diversas componentes da vida humana e dos sistemas naturais.
Luís Nobre considerou que “a realidade das alterações climáticas existe e envolve um esforço de todos”, afirmando que “todos temos de intervir e agir de forma a mitigar os efeitos destas alterações” e apelando a uma “responsabilidade coletiva a um desafio coletivo”.
A estratégia para a ação climática apresentada no PMAC preconiza um conjunto de medidas materiais (de intervenções físicas) e imateriais (desenvolvimento de estudos, ações sociais, elaboração de políticas, etc.)., que se organizam em torno de diferentes domínios de ação prioritários, com áreas de atuação específicas, como agricultura e pecuária, florestas, recursos hídricos, conservação da natureza, orla costeira, infraestrutura verde, edificado, urbano, indústrias e serviços, mobilidade, energia, saúde humana e gestão municipal.
O Plano de Ação, com tempo de vigência previsto de 2024 a 2030, contém um total de 55 medidas, distribuídas em função de três eixos estratégicos: 23 medidas no eixo da Adaptação, 18 medidas no eixo da Mitigação e 14 medidas no eixo da Gestão, Conhecimento e Cidadania. Dentro de cada um destes eixos, as medidas estão associadas a objetivos estratégicos e a domínios de ação. As medidas foram programadas consoante a sua prioridade de implementação (elevada, média, baixa), ou urgência, duração estimada (curta, média, longa), identificando-se ainda o domínio de ação, incidência territorial e custo estimado, entre outros critérios.
Assim, o plano de ação do PMAC inclui, por exemplo, diversas medidas de Adaptação aos Eventos Extremos de Precipitação e Períodos de Seca, nomeadamente redução dos impactes da escassez hídrica na agricultura; aumento da resiliência dos sistemas de cultivo em áreas agrícola; promoção de práticas florestais com vista à minimização do risco de erosão hídrica do solo; aumento da resiliência dos sistemas de cultivo em áreas florestais; implementação de Sistemas Urbanos de Drenagem Sustentável (SUDS); promoção da melhoria da eficiência do tratamento das águas residuais e reutilização da água em usos não potáveis (águas cinzentas); proteção e promoção da quantidade e qualidade da água dos aquíferos; reabilitação e valorização das margens ribeirinhas e zonas húmidas; e reforço e diversificação das origens de água.
Para a Orla Costeira, para Adaptação à subida do nível das águas do mar, o Plano Municipal de Ação Climática propõe, como medidas: promoção da gestão sedimentar entre os sistemas estuarino e costeiro, considerando a implementação de um sistema de transposição artificial de areias fixo ou semimóvel; reajuste morfológico da Orla Costeira de Viana do Castelo; renaturalização e restauro ecológico dos sistemas dunares; elaboração de estudo/plano/projeto acerca das intervenções de Recuo Planeado das áreas críticas da Amorosa e da Pedra Alta, identificadas no POC-CE.
Para a Adaptação às temperaturas elevadas e ondas de calor, o plano integra diversas medidas: promoção da arborização urbana com espécies autóctones e outras espécies edafoclimaticamente adaptadas; adaptar o planeamento e a operacionalização da gestão integrada dos fogos rurais à salvaguarda dos valores naturais protegidos; prevenir, intervir precocemente ou controlar as populações de espécies de flora e fauna exóticas invasoras; condicionar o uso de espécies em função das pragas e doenças existentes; implementação de Condomínios de Aldeia; Reflorestar com identidade; promoção de soluções baseadas na natureza em recintos escolares; e elaboração do Regulamento Municipal de Gestão do Arvoredo em Meio Urbano e do Inventário Municipal do Arvoredo em Meio Urbano.
Para Adaptação a ventos fortes, as medidas previstas incluem: adaptação do edificado, estruturas construídas e mobiliário urbano à ocorrência de ventos fortes e criação de barreiras de vegetação para deflexão dos ventos dominantes.
Em termos de Mitigação, para garantir a Eficiência Energética, as medidas integram: Edifícios Municipais Certificados; melhoria do desempenho energético de edifícios e equipamentos municipais; melhoria do desempenho energético de edifícios e equipamentos da Administração Pública Central, em Viana do Castelo; melhoria do desempenho energético de edifícios de habitação e do setor social (privados); melhoria do desempenho energético de edifícios de habitação social; e promoção da certificação de sustentabilidade ambiental de âmbito internacional.
Com o objetivo de mitigar a Redução de Emissões de GEE, as medidas abrangem: renovação da frota municipal com veículos de superior desempenho ambiental e energético; promover uma maior utilização/adesão ao uso diário dos transportes públicos coletivos; melhoria da rede de modos suaves e ativos; adoção de soluções tecnológicas para reduzir emissões no setor da indústria e melhorar a eficiência energética no processo produtivo; melhoria do sistema em baixa de gestão de resíduos; promoção da Economia Circular na Indústria; promover a transição energética das estruturas portuárias de Viana do Castelo.
Para mitigação do Sequestro de Carbono, as medidas do PMAC integram: conservação dos ecossistemas de bosques e de povoamentos florestais; conservação dos ecossistemas estuarinos e marinhos que contribuem para a retenção de carbono azul.
Para mitigar a transição energética, é proposto: promover a criação de Unidades de produção para autoconsumo (UPAC) de autoconsumo em zonas industriais e comerciais; promover a criação de comunidades de energia renovável (CER) em edifícios municipais; promover a produção de combustível por resíduos (biogás).
O PMAC abrange ainda o Eixo Estratégico III – Gestão, Conhecimento e Cidadania, que, em termos de Governança, prevê a capacitação dos técnicos municipais no âmbito da ação climática e o suporte técnico para o combate à pobreza energética e apoio à transição energética; bem como valorização da produção agrícola e pecuária local, com certificação de produção de baixo carbono e/ou bem-estar animal, bem como fomento da economia circular; criação de um regulamento municipal da urbanização e edificação; elaboração de candidatura para a criação da área protegida da Veiga de S. Simão; desenvolvimento de um Plano de Arborização Municipal; reforço dos serviços de saúde pública e proteção da população.
Para a Gestão, Conhecimento e Cidadania, em termos de Investigação, a proposta passa pela realização de um Estudo municipal sobre as áreas com maior potencial para produção de energia renovável. Já em termos de Monitorização, a medida prevista passa pela criação do Observatório de Ambiente e Ação Climática e também pela avaliação e controlo do risco de queda de estruturas.
Para trabalhar a Sensibilização, está previsto e incremento e regulamentação da rede municipal de hortas urbanas; o desenvolvimento de ações de sensibilização para a adaptação às alterações climáticas; desenvolvimento de ações de dinamização do Voluntariado Ambiental; e potencializar a dinamização de projetos educativos no âmbito do ambiente.
Partindo das questões estratégicas que emanam do quadro de legal da política climática mais atual, cabe ao Plano Municipal de Ação Climática de Viana do Castelo definir a abordagem municipal para o planeamento e implementação da ação climática, bem como consubstanciar as metas nacionais para o horizonte 2030, que decorrem dos instrumentos nacionais, designadamente a redução das emissões de gases de efeito de estufa (GEE). O PMAC de Viana do Castelo assume, simultaneamente, o desígnio de contribuir para a prossecução dos objetivos de um conjunto de instrumentos e programas estratégicos de âmbito intermunicipal e municipal, destacando-se a Estratégia Municipal de adaptação às alterações climáticas (EMAAC) de Viana do Castelo e o PDM de Viana do Castelo.
A elaboração do Plano Municipal de Ação Climática foi promovida pelo município e foi apresentada em abril deste ano uma primeira versão ao Conselho Municipal de Ambiente e Ação Climática, para recolha de contributos. Encontra-se agora em consulta pública desde 20 de setembro, terminando o prazo a 4 de novembro.
Foto: CMVC.
Atualidade
Câmara de Barcelos inaugura troço urbano da Ecovia
Centenas de pessoas participaram na caminhada

“A inauguração deste troço urbano da Ecovia do Cávado, em Barcelos, representa um marco muito significativo no desenvolvimento sustentável da cidade, um marco que inicia uma nova relação entre os munícipes e o ambiente natural”. Foi assim que o Presidente da Câmara, Mário Constantino Lopes, se expressou no ato inaugural do Troço Urbano da Ecovia do Cávado, que se desenvolve num percurso de 2.300 metros, entre a Ponte Ferroviária e o lugar de Souto dos Burros, na margem esquerda do rio.
Perante centenas de pessoas, que se reuniram no átrio da sede da Junta de Barcelinhos (e que depois participaram na caminhada pela ecovia), Mário Constantino Lopes vincou a sua satisfação por “cumprir mais um compromisso eleitoral”, salientando que “esta obra faz parte de um plano muito mais alargado de valorização do Rio Cávado e da dinamização das suas Frentes Ribeirinhas”. O autarca evidenciou que o objetivo do Município é, através do desenvolvimento do MasterPlan, “aproximar as pessoas do rio, potenciar a fruição das margens e dos futuros parques fluviais, incentivar o recreio, o lazer, o convívio e a atividade física”, tendo, para esse efeito comprado já os terrenos dos Norton e dos Vessadas. No horizonte, estão os projetos que farão ligar este troço urbano da ecovia aos concelhos de Esposende e de Braga.
O presidente aproveitou a ocasião para agradecer o trabalho e a colaboração de várias entidades e pessoas, entre os quais o autor do projeto, a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e os serviços municipais.

Ministro José Manuel Fernandes saúda trabalho da Câmara Municipal
Convidado para presidir à inauguração oficial da ecovia urbana de Barcelos, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, deixou palavras elogiosas ao “trabalho que o presidente da Câmara tem feito à frente dos destinos do concelho”, sublinhando a “ação competente e a visão do Município no desenvolvimento do concelho”, através da potenciação dos recursos naturais do território. O governante acentuou o trabalho que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem efetuado, apelando à rapidez processual e à desburocratização de procedimentos.
Fazendo alusão aos recursos naturais, ao ambiente e à agricultura, José Manuel Fernandes vincou a importância desta trilogia no desenvolvimento sustentado da economia, da potenciação dos recursos paisagísticos e do aproveitamento para atividades de lazer e desporto ao ar livre.
Antes destas intervenções, o Presidente da Junta de Barcelinhos, José Rui Peixoto, deu as boas-vindas a todos os participantes, e fez questão de agradecer ao município pela execução de uma obra tão importante, não só para Barcelinhos como para todo o Concelho.
Logo após o autor do projeto, arquiteto Bruno Costa, apresentou as especificidades da ecovia de Barcelos, sendo complementado pelo presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Eng. Pimenta Machado, que salientou a importância de, no médio prazo, a ecovia fazer a “ligação do mar até ao Gerês”. Sublinhado que o trabalho que a Câmara de Barcelos está a fazer é muito importante para “voltar a cidade para o rio”, aquele responsável deixou a promessa de que a APA está e vai continuar a colaborar com o Município de Barcelos, no projeto de requalificação das frentes ribeirinhas e parques fluviais.
Troço Urbano da Ecovia do Cávado
Desenvolve-se entre a Ponte de Ferro (a montante da ponte medieval) e o lugar do Souto dos Burros, num troço de 2.300 metros. A obra teve um custo de 1 milhão e 278 mil euros, sendo financiada pelo FEDER no valor de 827 mil euros.
O troço agora inaugurado desenvolve-se na margem esquerda do rio e insere-se no projeto “Ecovia do Rio Cávado entre Fornelos e Pousa”, que depois de concluído terá numa extensão de mais de 22 quilómetros. Faz parte de um projeto mais global que após estar completamente executado ligará o litoral (Esposende) ao Parque nacional da Peneda Gerês.
Este tipo de intervenções visam a promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para uma mobilidade sustentável.
Foto: CMB.
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Barcelos recebe gala dos Prémios do Teatro Amador Europeu

A gala dedicada às artes cénicas promete trazer o melhor do teatro amador europeu a Portugal. A entrega dos galardões decorre este sábado, 29 de março, pelas 21h30, no Theatro Gil Vicente, em Barcelos, e contará, com o espetáculo de teatro internacional, a ‘A Felicidade Roubada’ da companhia Malanka Theater, vinda da Ucrânia, além da festa dos premiados em três categorias: Melhor Texto Original, Melhor Projeto Artístico e Melhores Causas Teatrais.
As estatuetas do busto de Gil Vicente, esculpidas pelo conhecido artista barcelense Joaquim Esteves, serão atribuídas pelo Teatro de Balugas, naquela que será a primeira edição dos prémios, afirmando o diretor da companhia, Cândido Sobreiro, que “esta cerimónia foi especialmente criada para celebrar a originalidade, a criatividade e o compromisso no teatro amador na Europa”.
Os bilhetes estão à venda em https://gilvicente.bol.pt/ ou na bilheteira do teatro em Barcelos.
Imagem: DR.
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Cascais e Sintra: Quatro detidos pelos crimes de ofensas à integridade física qualificada e dois por tráfico de estupefacientes

O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da Divisão Policial de Cascais, no dia 19 de março, pelas 07h00, na sequência de uma investigação relacionada com a prática de um crime de ofensas à integridade física qualificada, nos concelhos de Cascais e Sintra, deu cumprimento a cinco Mandados de Busca e apreensão domiciliária e deteve através de Mandados de Detenção fora de flagrante delito emitidos por Autoridade Judiciária, quatro homens, com idades compreendidas entre 17 e 19 anos de idade.
A investigação realizada pela PSP abrangeu um inquérito, dirigido pelo Ministério Público de Cascais, da Comarca de Lisboa Oeste, referente a um crime de ofensas à integridade física qualificada e de um crime de gravações e fotografias ilícitas, praticados no dia 20 de dezembro, junto de um estabelecimento de ensino, no concelho de Cascais.
As ofensas provocadas e que revelaram especial censurabilidade e perversidade, tiveram como vítima um jovem menor de 14 anos, por este ter partilhado um story no seu perfil de uma rede social, que era acompanhada com uma música com letra de teor negativo entre residentes de bairros do concelho.
A vítima foi agredida com socos na face, pontapés na barriga e vários pontapés por todo o corpo, atingindo-o principalmente na cabeça, face e tronco, fazendo com que o mesmo perdesse a consciência. Um dos suspeitos, com recurso ao seu telemóvel gravou um vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.
Na sequência das agressões, a vítima foi transportada de urgência para o Hospital de Cascais, onde ficou internado, sendo depois transferido para o Hospital São Francisco Xavier, onde foi sujeito a cirurgia ao nariz.
Os suspeitos provocaram, ainda, à vítima vários hematomas e equimoses, especialmente na face, bem como uma fratura dos ossos próprios do nariz e da apófise frontal esquerda, várias fraturas no maxilar esquerdo e fratura dos dois dentes frontais.
Das buscas domiciliárias realizadas, apreenderam-se seis telemóveis e uma catana de grandes dimensões, com 46 cm de lâmina. Do exame pericial aos telemóveis apreendidos, logrou-se recolher o vídeo do episódio de todas as agressões provocadas à vítima.
No decurso das buscas efetivadas, procedeu-se ainda à detenção de dois homens de 29 e 49 anos, por serem suspeitos da prática do crime de tráfico de estupefacientes, os quais tinham na sua posse 358,34 doses individuais de haxixe; e 149,20 doses individuais de cocaína.
“Com as detenções realizadas, a PSP visou não só a obtenção de meios de prova, mas não menos importante, devolver e fomentar o sentimento de tranquilidade e segurança pública ao Concelho de Cascais”, referiu a força policial.
Os detidos foram presentes em 1.º interrogatório judicial de arguido detido no Tribunal de Instrução Criminal de Cascais, sendo aplicada a medida de coação de prisão preventiva a dois deles e de proibições e imposições aos outros dois.
No que concerne aos detidos por tráfico de estupefacientes, os mesmos ficaram com a medida de coação de apresentações periódicas.
Foto: PSP.
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