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61% dos portugueses planeiam tomar medidas para poupar

42% dos inquiridos estimam aumentar as despesas em 2024; 46% afirmam que querem gastar, mas nem sempre têm os meios para o fazer. Os desejos de consumo dos portugueses são: viagens (60%), eletrodomésticos (41%), mobiliário (36%) e smartphones (31%).

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O atual contexto económico continua a assombrar toda a Europa e Portugal não é exceção. As preocupações com a inflação, o poder de compra e, consequentemente, os vários desafios que as famílias enfrentam continuam na ordem do dia. O Barómetro Europeu realizado pelo Cetelem – marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance “sentiu o pulso” dos europeus e os resultados espelham as incertezas sentidas a nível económico.

Em 2024, os portugueses querem ter um maior controlo sobre os orçamentos. 42% esperam um aumento nas despesas e 61% tomarão medidas para poupar no dia-a-dia, seja a aproveitar promoções ou a comprar produtos mais “em conta”.

Consequentemente, a percentagem de portugueses que pretende gastar desceu, passando para 48% (-2), sendo que 46% afirmam que querem gastar, mas nem sempre têm os meios para o fazer. Estes números não são de estranhar, já que 58% dos inquiridos consideram que o seu poder de compra diminuiu no último ano.

Contudo, isto não quer dizer que os portugueses não estejam a fazer planos. No que diz respeito aos desejos de consumo para este ano, as viagens estão no topo da lista (60%), seguindo-se os eletrodomésticos (41%) e o mobiliário (36%).

Também os europeus fazem planos para poupar

Tal como os portugueses, mais de metade (53%) dos europeus planeia poupar este ano, uma percentagem 2 pontos superior à do ano passado. Esta tendência ascendente verifica-se em todos os países inquiridos, com exceção da Alemanha e da Suécia (-2 e -3 pontos).

Em termos de intenções de compra, 53% declaram querer consumir este ano. Este valor é exatamente o mesmo que em 2023 e sugere que o consumo das famílias na Europa será resiliente em 2024, apesar das elevadas taxas de juro e de um clima económico instável. Contudo, 44% dos europeus afirmam que querem gastar, mas nem sempre têm os meios para o fazer.

Embora haja grandes disparidades entre os países, os grandes vencedores dos desejos de consumo são as viagens e lazer (59%), muito à frente das assinaturas de serviços de streaming (41%) e dos eletrodomésticos (40%). De referir que, a longo prazo, foram os serviços de streaming que mais progrediram, passando de um desejo de compra destes serviços de 29% em 2019 para 41% em 2024.

Estes resultados estão alinhados com os dados do Eurostat sobre o consumo das famílias, que prevê uma estabilidade em 2024. No entanto, as projeções da Comissão Europeia para o futuro próximo são ligeiramente mais otimistas do que as dos entrevistados do Barómetro, antecipando uma lenta recuperação do consumo para 2024 e 2025.

Foto: DR.

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Barcelos: “Uma coleção dos Diabos”, do colecionador José Santos Silva, em exposição no Museu de Olaria

Na Sala da Capela até maio

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É inaugurada, no próximo sábado, às 16h30, na Sala da Capela do Museu de Olaria, a exposição “Uma coleção dos Diabos”, do colecionador José Santos Silva, que estará patente ao público até 4 de maio de 2025.

“Uma coleção dos Diabos” é uma mostra dedicada à representação de diabos, maioritariamente feitos em cerâmica. Santos Silva destaca-se por reunir peças criadas por reconhecidos e notáveis barristas, ceramistas e artesãos nacionais. Essa dedicação coloca-o num patamar de excelência, tornando-o num legítimo representante da história e cultura de uma importante comunidade artesanal portuguesa. Ao partilhar, nesta exposição temporária, a sua coleção com o Museu de Olaria, Santos Silva proporciona ao público a oportunidade de estabelecer um contacto privilegiado com produções artesanais de elevado valor cultural. As peças, produzidas ao longo de um extenso período temporal, evidenciam a relevância desse tema no imaginário e na expressão artística dos artesãos portugueses. 

Pode visitar a exposição de terça-feira a sexta-feira, das 10h00 às 17h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

Sobre o colecionador

José Santos Silva, técnico do Museu Municipal Santos Rocha desde 1976, é um colecionador que se destaca pela sua paixão curiosa: os diabos, demónios e mafarricos. Esta coleção, que começou de forma despretensiosa e inocente, cresceu ao longo dos anos e hoje é composta por cerca de 300 peças, criadas por mais de 100 artistas, que inclui nomes consagrados da arte popular e novos criadores, e abrange uma vasta diversidade de estilos e técnicas.

A história da sua ligação ao barro cozido começou na feira anual de São João, na Figueira da Foz, quando a mãe, Maria de Lourdes, lhe comprou a primeira peça de figurado de Barcelos – um apito. No início, não se tratava de constituir uma coleção, mas apenas de aquisições de figurinhas avulsas de arte popular. Mais tarde, esta paixão consolida-se com a sua atividade profissional no museu, onde começou a lidar com fragmentos cerâmicos arqueológicos, o que o levou a aprofundar o conhecimento sobre cerâmica e todos os seus diferentes processos técnicos.

Foi quando lhe ofereceram o primeiro diabo, da autoria de Rosa Ramalho, que despertou em si o desejo de colecionar esta figura, transformando uma simples curiosidade numa verdadeira paixão.

O ponto de viragem na sua trajetória enquanto colecionador aconteceu quando tomou a decisão de deixar de fumar. Em vez de gastar o dinheiro que antes destinava aos cigarros, optou por investir numa coleção mais focada e criteriosa. Começou, assim, a adquirir diabos de artesãos de Barcelos, que, até então, eram praticamente os únicos a representar esta figura de forma tão expressiva. Com o tempo, a sua coleção foi aumentando, com diabos de todo o país e do estrangeiro.

A exposição – Uma Coleção dos Diabos – inclui peças únicas, algumas das quais concebidas especificamente para José Santos Silva, com alguns artistas a produzir, pela primeira vez e única, figuras do diabo especialmente para a sua coleção. As peças variam entre o popular e as abordagens mais contemporâneas, e são um reflexo da riqueza cultural e da diversidade de interpretações criadas e reproduzidas ao longo dos tempos desta figura mítica e lendária.

Uma coleção que, nas palavras do próprio colecionador, ultrapassa o simples ato de colecionar, é uma homenagem à arte popular e à criatividade humana, refletindo o fascínio por esta figura fantástica que amedronta, mas também cativa e que é parte intrínseca das nossas tradições, histórias e crenças. Mais do que uma coleção, os diabos de José Santos Silva são um testemunho de uma paixão que nasceu sem grandes ambições, mas que, com o tempo, se transformou numa das mais impressionantes coleções deste tema em Portugal.

Imagem: CMB.

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Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta FOLK no Tivoli

Com a participação de Cátia Moreso

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A música popular permite identificar imediatamente uma cultura. Nasce e floresce nas vicissitudes da vida: festas, mágoas… e também no encontro de cada um consigo mesmo.

Não espanta que, desde sempre, muitos compositores que prosseguem a tradição musical escrita – tendencialmente mais formal e refletida – se apropriem dela; seja como fonte de inspiração ou como ponto de partida para diferentes voos. Assim fizeram Béla Bartók e György Ligeti, evocando as suas origens em territórios que integram hoje a Roménia. Assim fez também Luciano Berio, em canções que nos levam até regiões dispersas pelo globo.

O compositor português Vasco Mendonça dá voz a palavras que atravessam o Atlântico nos poemas de Tracy K. Smith e Terrance Hayes.

Por tal, a Orquestra Metropolitana de Lisboa apresenta “FOLK”, acompanhada por Cátia Moreso (Mezzo-soprano) e dirigida por Sylvain Gasançon (Maestro).

Apresentam American Settings, versão para contralto e orquestra, de Vasco Mendonça; Concerto Romeno, de György Ligeti; Folk Songs, de Luciano Berio; e Danças Romenas, de Béla Bartók, no dia 24 de fevereiro, pelas 21h00, no Teatro Tivoli BBVA.

Bilhetes aqui.

Imagem: OML.

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Guimarães: Duas detenções pelo crime de tráfico de estupefacientes

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Anteontem, pelas 21h55, na cidade de Guimarães, o Comando Distrital da PSP de Braga, procedeu à detenção de dois indivíduos, um homem e uma mulher, com 33 e 28 anos de idade, pelo crime de tráfico de estupefacientes.

A detenção surge na sequência de uma vigilância que foi feita aos suspeitos, tendo a PSP levado a cabo uma operação policial, da qual resultou a apreensão de heroína suficiente para cerca de 108 doses; cocaína suficiente para cerca de 46 doses; haxixe suficiente para cerca de 1 dose; duas armas de fogo; diversas munições e cartuchos; dinheiro; quatro telemóveis; e uma viatura.

Os detidos foram presentes no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.

Foto: PSP.

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