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“Os Verdes” visitam Fonte da Telha

Preocupados com os efeitos do asfaltamento das dunas e a degradação da Mata dos Medos

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O Partido Ecologista “Os Verdes” deslocou-se, a 29 de junho, à Fonte da Telha, no Concelho de Almada, numa ação integrada no seu Roteiro Ecologista, para avaliar in loco, 3 anos depois, os efeitos da asfaltagem dos acessos às praias da Fonte da Telha, em plena duna primária.

Relembrar que durante o processo de asfaltagem, levado a cabo pela Câmara Municipal de Almada em junho de 2020, o grupo parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes confrontou, imediatamente, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).  Passado praticamente um ano após a pergunta colocada pelo PEV, na resposta por parte do MAAC CCDR-LVT e a APA reconhecem que a intervenção naquele local não cumpria os instrumentos de gestão territorial em vigor e afetava a Reserva Ecológica Nacional. O próprio Ministro do Ambiente, em julho desse ano, afirmava que o asfalto deveria ser removido.

A operação levada a cabo pela Câmara Municipal de Almada “teve, como justificação, o ordenamento do trânsito e acessos às praias da Fonte da Telha. No entanto, aquilo que se verifica, o3 anos depois – infelizmente, dando razão ao que ‘Os Verdes’ afirmaram na altura – é a total desadequação da referida intervenção na dinâmica dunar e costeira. Não só, essa dinâmica está a proceder à destruição do tapete de alcatrão, com a consequente dispersão dos seus componentes (hidrocarbonetos) ao longo da duna primária e das praias, como a circulação e afluência de trânsito se mantém tanto ou mais caótica”, afirma o PEV.

De facto, são várias as competências de gestão do território, nomeadamente, de zonas críticas, como é o caso da orla costeira, que têm sido transferidas para as Autarquias, “o que se tem revelado desastroso”, aponta o PEV. Disto é exemplo o que está a acontecer na Fonte da Telha, “onde estas intervenções, mesmo violando o determinado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira (transformado em Programa em 2019), se mantêm ou se agravam como acabamos por verificar com o recente licenciamento de mais um equipamento de restauração exatamente sobre a zona intervencionada”, continua.

“A dinâmica das marés e dunar vão fazendo o seu trabalho, considerando que, por um lado, começam a destruir parte da estrada e barreiras de retenção da areia e, por outro, a areia dunar vai invadindo parte da estrutura. E as consequências adivinham-se com o aumento da vulnerabilidade do sistema ecológico de grande valor que é este cordão dunar, pondo em risco também pessoas e bens”, assevera o PEV.

“Os Verdes” reafirmam que a Fonte da Telha “tem de ser alvo de uma intervenção integrada, e não avulsa, que reduza a densidade do edificado, limite a circulação automóvel, recupere a função do cordão dunar primário, fundamental para fazer face à progressiva subida das águas do mar e assim proteger toda esta zona costeira”

No programa do PEV, a delegação do Partido Ecologista, composta pelos dirigentes Susana Silva e Victor Cavaco e pela deputada Municipal Sónia Silva, deslocaram-se, seguidamente, à Mata dos Medos, onde reuniram com o Movimento em Defesa da Mata dos Medos, para constatar que a estranha operação de abate de centenas, se não milhares, de pinheiros mansos, alguns deles, centenários, nesta importante reserva botânica, continua com contornos pouco claros. A madeira cortada e que seria vendida em hasta pública, “como afirmado na resposta dada ao grupo Parlamentar do PEV na altura, continua empilhada passados dois anos, exatamente no mesmo local, o que leva a questionar o que terá acontecido à madeira que saiu na altura do abate maciço e que não foi alvo da dita hasta pública. Um processo que o Movimento em Defesa da Mata dos Medos tem acompanhado e estado vigilante, mas face ao qual continuamos sem respostas claras”, alerta o PEV.

Por outro lado, verifica-se “um aumento de lixos acumulados e dispersos pela área da Mata e uma crónica falta de vigilância. ‘Os Verdes’ partilham das fortes preocupações do Movimento, de que esta intervenção aliada ao processo forçado pelo PS de Cogestão das áreas protegidas, numa entrega cada vez mais da responsabilidade às autarquias, despoletem um processo cada vez mais intenso de pressão urbanística ou intrusiva sobre esta área sensível”, sublinha.

“A verdade é que a cogestão das áreas protegidas com entrega das suas direções às câmaras municipais tende agravar, como já se constata em diversos pontos do país, em pressões acrescidas sobre espaços sensíveis, ditando a sua gestão na ótica da geração de lucros e não como espaços vitais para gerar equilíbrios fundamentais à nossa própria sobrevivência, como sejam o controle climático e do ciclo da água, a preservação da biodiversidade com reflexos positivos nos ecossistemas, entre outros”, indica o PEV.

“Os Verdes” reafirmam a sua “oposição ao processo de Cogestão/Municipalização das Áreas Protegidas e irão continuar a lutar pela urgente e necessária revitalização da Conservação da Natureza em Portugal”.

Foto: PEV.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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