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Agrária de Coimbra vê aprovado projeto para a transição energética na agricultura

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AgriFLEX – Flexibilidade do consumo de energia na agricultura para a transição energética, assim se denomina o projeto liderado pela Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), recentemente aprovado no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).

O projeto AGRIFLEX foi um dos cinco projetos aprovados ao abrigo do aviso nº 19/C05-i03/2022 (Projetos I&D+I – Transição Agroenergética), tendo ficado classificado em 2º lugar. A contratualização deste projeto, a par dos restantes selecionados no PRR – “Agenda de investigação e inovação para a sustentabilidade da agricultura, alimentação e agroindústria” (Agenda de inovação para a Agricultura 20 | 30 – Terra Futura), realizou-se numa cerimónia presidida pela Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, que teve lugar no dia 14 de junho, no Salão do Marquês do Ministério da Agricultura e Alimentação, e contou com a participação de Marta Henriques, Diretora do i2A – Instituto de Investigação Aplicada do IPC, que assinou o contrato, e de Rui Amaro, Presidente da ESAC. A gestão administrativo-financeira integral do projeto estará centralizada no i2A.

Contribuir para a transição energética na agricultura promovendo uma atividade agrícola mais competitiva, resiliente e sustentável, através da promoção de energias renováveis, do incremento da eficiência energética, da redução dos custos com energia e, ainda, da oferta de serviços de flexibilidade à rede elétrica, são os principais objetivos do AgriFLEX.

Para alcançar este objetivo, o projeto prevê: o desenvolvimento e instalação de soluções agrovoltaicas para produção de hortícolas em estufa e pomares de pequenos frutos; a instalação de soluções de gestão e controlo de equipamentos elétricos que minimizam a fatura energética das explorações agrícolas; a avaliação do potencial de serviços de flexibilidade prestados pela atividade agrícola ao setor elétrico; e a execução de ações de capacitação técnica e sensibilização dos agentes do setor agrícola nesta temática.

O projeto conta com um investimento total de cerca de 694 k€ e a parceria de outras instituições de ensino superior, unidades de investigação e desenvolvimento tecnológico, uma entidade governamental e cinco pequenas e médias empresas do setor agrícola, dedicadas à produção de pequenos frutos e de hortícolas. Em concreto, colaboram com a ESAC-IPC neste projeto: a AGIM – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial; Alendão – Floricultura e Apicultura, Lda.; Boca do Lobo, Lda.; CleanWatts Digital, S.A.; COTHN – Centro Operacional e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (Centro de Competências); DRAPC – Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro; Detalhe Campestre, Unipessoal, Lda.; Ecoseiva – Agricultura Biológica, Lda.; INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária; Nutrix, Lda.; Prilux, Lda.; Quinta do Celão, Unipessoal, Lda.; e Universidade de Coimbra.

Marta Lopes, investigadora da ESAC-IPC responsável pelo projeto, explica que “em Portugal, a oferta de serviços de flexibilidade foi testada apenas em consumidores intensivos de energia, como a indústria, estando em curso um projeto piloto no setor residencial. No entanto, a nível internacional, há situações em que os agricultores já são remunerados por serviços de flexibilidade que oferecem à rede elétrica, ao deslocarem operações como a rega ou a ventilação de estufas para períodos mais convenientes à rede elétrica”. “É expectável que também no nosso país venha a ocorrer a regulação do mercado de flexibilidade, à semelhança do que já ocorre em vários países europeus. Para além de se criarem oportunidades de rendimento adicional à atividade agrícola, as explorações que ajustem o seu consumo de energia elétrica para períodos mais baratos do tarifário e/ou para períodos de produção renovável conseguirão reduzir a sua fatura energética”. Contudo, alerta, “há que ultrapassar várias barreiras como sejam a falta de informação, a formação dos vários agentes do setor sobre eficiência energética e mercados de flexibilidade, a identificação de oportunidades nas atividades e processos produtivos agrícolas, o desenvolvimento de tecnologias que respondam às especificidades da atividade, as questões regulatórias, etc.”.

A pensar na forte dependência da atividade agrícola das condições edafoclimáticas, este projeto pretende precisamente contribuir para o desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao setor, nomeadamente, de dispositivos de controlo automatizados que otimizem a utilização dos equipamentos elétricos, considerando a produção fotovoltaica, os preços variáveis da eletricidade e as restrições dos processos produtivos.

Concretizando, as explorações agrícolas parceiras, que incluem também jovens agricultores de territórios desfavorecidos e com modos de produção sustentáveis, serão alvo de uma caracterização dos seus processos produtivos. Simultaneamente serão realizados, de forma contínua, ensaios de controlo de equipamentos, associando-os ao potencial de flexibilidade aferido, em particular aproveitando as sinergias criadas por investimentos em autoconsumo e armazenamento cofinanciados por outros programas de financiamento.

Já no que toca às soluções agrovoltaicas, cujos estudos de aplicabilidade em Portugal são escassos, estas serão testadas através da implementação de instalações piloto na ESAC-IPC (duas estufas de hortícolas) e no Polo de Inovação da DRAPC, em Viseu. Refira-se que este tipo de soluções foi criado para resolver o problema do aumento da competição pelo uso do solo entre a atividade agrícola e a produção fotovoltaica, originado pelo crescimento da produção de energia renovável descentralizada, e implica a conjugação dos dois usos na mesma área/parcela agrícola, integrando painéis fotovoltaicos em estruturas que não impeçam a utilização do solo, ou a mecanização de todas as operações. Tem, ainda, o benefício adicional de promover o sombreamento, aspeto crucial para reduzir eventuais perdas de rendimento motivadas pelos picos de calor, situação cada vez mais comum face às alterações climáticas a que os produtores agrícolas são vulneráveis.

A liderança deste projeto é mais um exemplo da concretização, neste caso de uma ação associada à investigação e desenvolvimento, da conetividade entre as diferentes áreas tecnológicas presentes nas formações da ESAC, que vão desde a produção agropecuária e a enfermagem veterinária à transformação de alimentos e à biotecnologia, passando pela aplicação de tecnologias ambientais, a floresta e o turismo em espaços rurais e naturais. A viabilização desta interligação é assegurada pela diversidade de atividades que se desenvolvem no campus da ESAC que constitui, de facto, um verdadeiro laboratório vivo que dá aos seus estudantes o privilégio de Estudar n(a) Natureza.

Foto: DR (meramente ilustrativa).

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Barcelos: Conferência “Desafios de uma doença invisível: Novos paradigmas” a 14 de maio

No âmbito do Dia Mundial da Fibromialgia

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No próximo dia 14 de maio, pelas 21h00, no Hotel Bagoeira, em Barcelos, a Fibromialgia em Portugal e o Instituto Renascer, em parceria com o Rotary Club de Barcelos e outras entidades, levam a cabo uma conferência sobre Fibromialgia, com tema “Desafios de uma doença invisível: Novos paradigmas”.

O que é a Fibromialgia? Quais os novos paradigmas perante a fibromialgia? Que esforços foram feitos para remover ou reduzir o impacto de problemas como a dor e inflamação no âmbito da medicina integrativa, ciência regenerativa, terapia da fotobiomodelação? Estes serão alguns dos assuntos abordados.

A conferência contará com as intervenções do médico Joaquim Sá, da professora da Universidade do Minho, Paula Encarnação, da psicóloga clínica Telma Pombo, da Especialista em células estaminais, Juliana Oliveira, e do Diretor da Fibromialgia em Portugal e Instituto Renascer, Jorge Mandim.

“Na sociedade atual é importante desmistificar e diminuir o estigma associado a esta doença invisível e incapacitante. A fibromialgia é uma condição complexa e multifacetada, que afeta cada pessoa de forma diferente, impactando negativamente o sistema imunológico da pessoa. Abordar e discutir a importância de uma abordagem holística no tratamento da fibromialgia torna-se fulcral. Sabemos que a fibromialgia pode ter efeitos significativos nas pessoas e que muitas vezes há falta de compreensão desta condição e dos seus sintomas, o que poderá levar à estigmatização e ao preconceito. Estes últimos, por sua vez, afetam a autoestima e a saúde mental das pessoas que vivem com fibromialgia”, sublinha a organização.

A data 12 de maio, Dia Mundial da Fibromialgia, foi escolhida para lembrar o aniversário de Florence Nightingale, uma enfermeira inglesa do exército britânico que melhorou a assistência médica e fundou a primeira Escola de Enfermagem. Nightingale passou os últimos 50 anos da sua vida acamada, uma vez que sofreu de uma doença crónica e  muitos dos seus sintomas eram semelhantes (seriam mais tarde identificados) aos da Fibromialgia e da Síndrome de Fadiga Crónica/Esclerose Múltipla.

A Fibromialgia é considerada uma doença do sistema nervoso central, acompanhada pelas especialidades de Neurologia, Reumatologia, com uma equipa multidisciplinar e requer tratamentos de reabilitação permanentes, uma vez que os doentes apresentam lentificação motora e cognitiva.

A página www.fibromialgiaemportugal.pt é destinada a pessoas que sofrem de fibromialgia em Portugal e tem como objetivos a defesa e promoção dos direitos e interesses das pessoas com Fibromialgia-Dor e suas famílias. A página é gerida por Ana dos Santos e Jorge Mandim, que incentivam a partilha, reflexão, conversa e trocas de informação e experiências sobre a doença e tratamentos.

Mas, o que é a Fibromialgia?

Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, a Fibromialgia caracteriza-se “por queixas dolorosas neuromusculares difusas […] acompanham também as dores a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais”.

A Fibromialgia foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde em 1992, com o código CID 10 – M79.7. Em Portugal foi reconhecida, em 2003 pela Direção Geral da Saúde através da Circular Informativa nº 27/DGCG de 03/06/2003; Direção-Geral da Saúde – Norma nº 017/2016 –   27/12/2016 – Atualização 13/07/2017 – Abordagem Diagnóstica da Fibromialgia para: Médicos do Sistema de Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou em 1 de janeiro de 2022, com um novo código a DOR e Fibromialgia – atualização Internacional de Doença – CID – código CID 11 – MG  30.01.

Quais são os sintomas?

Falar de Fibromialgia é falar de Dor. Esta dor pode ir de moderada a severa, e causa enrijamento por todo o corpo. Pode ser debilitante, causar solidão, ansiedade e depressão.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Estas manifestações podem variar em relação à hora e ao dia, com mais frequência de manhã, e agravam-se com a atividade física, mudanças climatéricas, a falta de sono, e com o stress. Outras alterações associadas a esta doença são a fadiga (que normalmente se prolonga pelo restante dia), problemas gástricos e síndrome de cólon irritável.

A Fibromialgia atinge crianças, jovens e adultos. Usualmente são diagnosticados entre os 20 e 50 anos, e a incidência aumenta com a idade. Estima-se que afete cerca de 2 a 4% da população (embora seja mais prevalente na idade adulta) e, dos diagnosticados, cerca de 90% são mulheres e 10% são homens.

As pessoas com Fibromialgia são acusadas de serem psicologicamente frágeis, o que contribui para o aumento da manifestação da doença. Uma pessoa com Fibromialgia vê alterados os sintomas quando colocada numa situação de stress, que afeta a sua condição psicológica e física. Esta doença está associada a rigidez matinal, depressão, ansiedade, alterações do humor, fadiga crónica, perturbações cognitivas, perturbações na atenção, concentração e memória, e perturbações do sono. Além disso, a dor crónica e a fadiga podem levar a uma diminuição da capacidade de trabalhar e realizar tarefas diárias, o que pode levar a um aumento das taxas de desemprego e da necessidade de apoio social.

Imagem: DR.

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Ponta Delgada: Posto Médico Avançado e Recém-nascidos transportados pela Força Aérea

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Esta madrugada, um avião C-295M destacado na Base Aérea Nº 4, Ilha Terceira, transportou, desde as Lajes, um Posto Médico Avançado da Cruz Vermelha para a Ilha de S. Miguel. A bordo do avião da Força Aérea seguiram 2.340 kg de material do Posto Médico Avançado e sete técnicos para a montagem daquele equipamento. Depois de ter descolado da Base Aérea N.º 4 às 00h35, o C-295M chegou à Ilha de S. Miguel à 1h00 da madrugada, regressando à Ilha Terceira pelas 03h05 (horas de Lisboa).

Mais dois recém-nascidos transportados para o Continente

Ao mesmo tempo que a Força Aérea transportava o Posto Médico Avançado, um outro avião C-295M fazia o transporte de mais dois bebés recém-nascidos e um doente crítico entre Ponta Delgada e Lisboa. A tripulação da Esquadra 502 descolou da Base Aérea Nº 6, no Montijo, pelas 16h10 em direção à Ilha de S. Miguel. Eram já 03h50 quando o avião da Força Aérea aterrava no Aeródromo de Trânsito Nº 1, na Portela, onde ambulâncias aguardavam os recém-nascidos e o doente para posterior encaminhamento para unidades hospitalares. A bordo do avião seguiu uma enfermeira militar do Núcleo de Evacuações Aeromédicas da Força Aérea, para além de duas equipas de saúde civis, uma para prestar apoio aos bebés e outra para apoio ao doente crítico.

Desde domingo que a Força Aérea tem vindo a realizar diversas missões de transporte de doentes e equipamento hospitalar na sequência do incêndio que deflagrou no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, Açores.

Até ao momento, 13 pessoas foram já transportadas pela Força Aérea em cinco distintas missões. A primeira ocorreu no passado domingo, com um avião C-295M a transportar durante a madrugada três doentes para a Ilha Terceira. Já durante a tarde, um avião Falcon 50 transportou três doentes – dos quais duas grávidas – para a Ilha da Madeira; e, durante a noite, o avião C-295M voltou a descolar para transportar mais dois doentes para a Ilha Terceira. Terça-feira, a Força Aérea foi solicitada para uma nova missão de transporte, desta vez dois bebés recém-nascidos foram transportados num avião C-130H desde Ponta Delgada até Lisboa.

O transporte de doentes por via aérea é uma das missões que a Força Aérea dedica à população, através de um dispositivo em alerta permanente nos Açores, na Madeira e no Continente. Desde o início do ano, a Força Aérea já transportou mais de 270 doentes, sobretudo entre ilhas dos Açores, entre ilhas da Madeira e entre os Arquipélagos e o Continente.

Foto: FAP.

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Conferência “Oportunidades da IA para a Administração Pública Central e PMEs” no Iscte

Dia 16 de maio, pelas 14h00, com sessão presencial no Iscte Executive Education

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“Oportunidades da IA para a Administração Pública Central e PMEs”, a conferência organizada pelo Iscte Executive Education, no âmbito do polo de inovação digital, AI4PA – Artificial Intelligence & Data Science for Public Administration, European Digital Innovation Hub, promovido pela AMA, terá lugar no dia 16 de maio, pelas 14h00, no Edifício 4 do Iscte.

Nesta conferência, a organização pretende promover o entendimento e a integração da Inteligência Artificial (IA) nas diversas áreas da administração pública central, bem como das pequenas e médias empresas. Com o objetivo de melhorar a eficácia das políticas públicas e serviços, este encontro pretende promover a colaboração e inovação através de workshops, palestras e debates.

Na conferência estarão presentes diversas personalidades, entre as quais, Miguel Sales Dias, Professor Catedrático do Iscte-Sintra, Paulo Vale, Diretor Executivo do polo AI4PA pela AMA e Rogério Canhoto, Chief Business Officer da PHC.

O programa da conferência conta com três workshops. O primeiro, “formação e capacitação”, moderado por Isabel Flores, focando-se na problemática do desenvolvimento de competências em IA e tecnologias inovadoras para as entidades da AP Central e PMEs, e nos meios práticos de atingir níveis de capacitação e formação suficientes. Segue-se o workshop que aborda a integração da IA em serviços públicos e explora opções de cofinanciamento para projetos de transformação digital, “serviços de IA, transformação digital e cofinanciamento”, com moderação de Miguel Dias e Raquel Sousa. Por último, sob a moderação de Pedro Sebastião, “aceleração de pilotos e demonstrações”, um workshop que pretende acelerar a implementação de projetos-piloto em IA.

Participe gratuitamente na sessão. Inscrição aqui.

Imagem: DR.

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