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Barcelos assinala 650 anos do “Feito dos Alcaides de Faria”

Município apresentou programa e inaugurou exposição

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Foi apresentado, sábado, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o programa oficial das Comemorações dos “650 anos do Feito dos Alcaides de Faria”, ato que ficou marcado pela inauguração da exposição de arqueologia “Era uma Vez…o Castelo de Faria”, patente na Sala Gótica do edifício da Câmara Municipal. Na cerimónia de apresentação do Programa, o vereador António Ribeiro sublinhou a importância desta iniciativa, no sentido da promoção e dinamização da estação arqueológica do local das ruínas do Castelo de Faria e também da vertente dinamizadora do conhecimento histórico, sobretudo para os mais jovens. “É importante trazer a História do passado para os dias de hoje, transportando os valores do Feito dos Alcaides para as novas gerações, disse. Chamados a intervir, o Professor Doutor Carlos Brochado de Almeida e o historiador Dr. Victor Pinho, personalidades ligadas, há décadas, à investigação da Arqueologia e da história de Barcelos, contextualizaram o Feito dos Alcaides e sublinharam a importância dos valores que esse episódio encerra.

António Ribeiro (Foto: CMB)

Após a apresentação do programa, seguiu-se a abertura da exposição “Era uma Vez…o Castelo de Faria”, com visita interpretada. Instalada na Sala Gótica da Câmara Municipal, esta exposição estará patente ao público até finais do mês de outubro. 

Programa estende-se até ao final do ano com dezenas de atividades

O programa das Comemorações dos “650 anos do Feito dos Alcaides de Faria” estende-se até ao final do ano, mas terá três momentos de maior significado, os quais serão multiplicados em dezena e meia de atividades dedicadas particularmente ao público escolar, no sentido de que as novas gerações aprendam e reconheçam a importância dos Alcaides e do seu Feito.

Do programa, destaca-se a realização, já no próximo dia 14 de junho, do desfile “O Castelo de Faria na Idade Média”, uma atividade que vai acontecer no Centro Histórico de Barcelos e que envolve cerca de 400 alunos e professores dos Agrupamentos de Escolas Rosa Ramalho e Alcaides de Faria.

A 17 de junho, pelas 15 horas, terá lugar a Sessão Solene das Comemorações dos “650 anos do Feito dos Alcaides de Faria”, nos Paços do Concelho, e que reunirá, entre outros, a Comissão de Honra e a Comissão Executiva. No mesmo dia, pelas 17h30, será feita uma visita encenada no Castelo de Faria.

Mais tarde, de 6 a 8 de outubro, ao longo desses dias, também no Castelo de Faria, vão realizar-se diversas oficinas alusivas à época, e haverá recriações e animação temáticas.

De 26 a 28 de outubro, avançará o Seminário “os Alcaides de Faria na génese do concelho de Barcelos”, dedicado a dois públicos distintos, em dois palcos diferentes: no edifício dos Paços do Concelho, uma sessão mais vocacionada para investigadores e outros públicos interessados, e uma sessão mais vocacionada para estudantes, na escola Alcaides de Faria.

Recorde-se que, em fevereiro passado, a Câmara Municipal de Barcelos deu posse à Comissão Executiva criada para este efeito, Comissão que é presidida pela vereadora do Pelouro da Cultura, Elisa Braga, e da qual fazem parte o Professor Doutor José Viriato Capela, o Professor Doutor Carlos Brochado de Almeida, e o historiador Dr. Victor Pinho, personalidades ligadas há décadas à investigação da História e da Arqueologia em Barcelos.

É esta Comissão Executiva, em articulação com o Município, que é responsável pela organização e dinamização do programa de comemorações a decorrer durante todo o ano, tendo como tema de fundo a importância de Barcelos na política, na economia e na cultura da região e do reino durante a Idade Média, e o Castelo de Faria como lugar de memória e enquanto monumento central da arqueologia portuguesa.

O Feito dos Alcaides

O Feito dos Alcaides de Faria é dos acontecimentos da Idade Média mais celebrados pela historiografia portuguesa, relatado na Crónica de D. Fernando, de Fernão Lopes, e recuperada nas Lendas e Narrativas, de Alexandre Herculano: a morte do alcaide Nuno Gonçalves e a resistência de seu filho Gonçalo Nunes ao cerco castelhano ao Castelo de Faria, em fevereiro de 1373, é entendido como um exemplo de heroísmo, de abnegação e de conduta honrosa.

As Ruínas do Castelo de Faria e a Estação Arqueológica subjacente, situadas nas freguesias de Gilmonde e Milhazes, foram classificadas como Monumento Nacional em 1956, e constituem uma das estações arqueológicas com maior projeção do Noroeste de Portugal, pela sua dimensão, significado histórico e diversidade arqueológica.

A estação arqueológica compreende uma área de 38.513 m².

O monumento é um conjunto notável de vestígios que datam desde a Pré-história até à Baixa Idade Média, passando pela Idade do Ferro, pela Romanização, e pelo período Altimedieval, implantados no outeiro noroeste do Monte da Franqueira.

A ocupação sucessiva do outeiro ao longo de milhares de anos foi motivada por questões estratégicas, pelo excelente panorama visual que dali se desfruta sobre a bacia inferior do Cávado e sobre o oceano Atlântico.

No local, é possível observar os restos das muralhas e habitações do povoado da Idade do Ferro, de alguns edifícios do habitat Romano, mas o elemento mais monumental é o alicerce da torre de menagem e a muralha do castelo medieval, associado a dois eventos significativos da história nacional: foi neste castelo que D. Afonso Henriques assinou, em 1128, um conjunto de documentos, afirmando-se como governante do Condado Portucalense, num processo que culminou na Batalha de São Mamede; e onde foi assassinado Nuno Gonçalves, o famoso Alcaide de Faria, pelo invasor castelhano, durante a Segunda Guerra Fernandina.

A lenda

Reza a lenda que em 1373, reinando D. Fernando, o exército castelhano invadiu Portugal pelo Minho. As tropas portuguesas tentaram travar o avanço do inimigo, dando-lhe combate nos campos a norte de Barcelos. Durante a batalha, os castelhanos aprisionaram o alcaide do Castelo de Faria, Nuno Gonçalves, e levaram-no ao castelo para forçar a rendição dos portugueses. Nas portas do castelo, o alcaide gritou ao filho que não entregasse o castelo. Os castelhanos mataram Nuno Gonçalves diante do filho que, mesmo assim, não entregou o Castelo de Faria. Este ato heroico transformou-se numa página lendária da história de Portugal, imortalizando a valentia de Nuno Gonçalves e o espírito de valentia e coragem do povo português na defesa do reino.

Fotos: CMB.

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Porto: PSP faz apreensões a cidadãos romenos

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No dia 27 de junho, pelas 14h30, na Rua Latino Coelho, no Porto, a PSP procedeu à apreensão de material suspeito de ser furtado, (um telemóvel e um cartão bancário), 546,70 euros em dinheiro suspeito de ser proveniente de atividade ilícita, bem como uma viatura de matrícula italiana que constava para apreender no Sistema de Informação Schengen a pedido daquele país.

Os indivíduos alvo da apreensão são dois homens, de 18 anos e 45 anos de idade, de nacionalidade romena, desempregados e residentes no Porto.

Foto: PSP.

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Viana do Castelo: Detenção por captura ilegal de aves

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No dia 25 de junho, pela 15h45, na freguesia de Santa Maria Maior – Viana do Castelo, foi detido um homem, de 65 anos de idade e residente em Viana do Castelo.

Polícias do efetivo da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial de Viana do Castelo, no âmbito do combate à captura ilegal de aves, junto do quintal de uma habitação localizada na citada freguesia, detiveram o suspeito em flagrante delito, quando este se encontrava na captura por métodos ilegais (uso de gaiola com alçapão) de espécime de espécies protegidas.

A ave foi entregue junto do ICNF de Viana do Castelo, para ser restituída à liberdade. Foi ainda apreendida uma gaiola em madeira com alçapão (mecanismo que quando acionado procede à captura da ave no seu interior).

O suspeito, que no passado dia 22 de maio, havia sido detido por esta Polícia pela prática do mesmo ilícito criminal, foi notificado para comparecer junto das Autoridades Judiciárias.

Foto: PSP.

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Lisboa: Apreensão de arma de fogo em ocupação ilícita de imóvel

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O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, através da 3.ª Divisão Policial, no dia 25 de junho, pelas 10h00, na freguesia de Santa Clara, em Lisboa, procedeu à detenção de uma mulher de 50 anos, por ser suspeita da prática do crime de posse de arma de fogo.

Os polícias, ao colaborarem com os elementos da Polícia Municipal de Lisboa, numa desocupação coerciva de uma habitação municipal, e ao verificarem as condições de segurança da residência, depararam-se com uma arma de fogo (caçadeira), devidamente acondicionada em estojo próprio, juntamente com três munições de calibre 12mm, numa das divisões da residência.

Questionada a suspeita sobre a propriedade da arma, informou que teria sido o seu companheiro, que se encontra em prisão preventiva desde novembro de 2024 pela prática do crime de tráfico de estupefaciente, a guardar a arma na residência, sendo-lhe entregue por desconhecidos.

Após a realização de diligências quanto à propriedade da arma, foi elaborado um Auto de Notícia por Contraordenação, por o proprietário registado não ter informado a venda/cedência da arma para o novo proprietário.

Foto: PSP.

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