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Pedro Burmester leva composições cinematográficas e românticas ao FIMUV

Concerto gratuito, este sábado, em Santa Maria da Feira, no auditório da Academia de Paços de Brandão

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Para um dos recitais mais aguardados do FIMUV – Festival Internacional de Música de Paços de Brandão, o pianista Pedro Burmester escolheu obras marcantes de Bernardo Sassetti, escritas para cinema, e também composições emblemáticas de Chopin e Liszt, ícones musicais do romantismo. O repertório deste concerto de entrada livre inclui peças de outras referências da história da música, mas todas elas servirão apenas para realçar o virtuosismo do intérprete que vem inspirando diferentes gerações de músicos e melómanos.

Desde o seu primeiro recital aos 10 anos de idade, há quase cinco décadas, Pedro Burmester nunca deixou nenhuma plateia indiferente. Afirmou-se cedo como um intérprete de exceção e desde então tem apurado técnica e sentimento ao longo de uma carreira vasta, que, a título de solista, músico de câmara ou membro de orquestra, o vem levando a diferentes palcos de todo o mundo. Este sábado, às 21h30, cabe ao auditório da Academia de Paços de Brandão receber o músico, que para essa sala de Santa Maria da Feira preparou um repertório particularmente representativo do potencial expressivo do piano ao longo dos séculos.

A obra do compositor Bernardo Sassetti marcará grande parte do concerto. “Escolhi ‘Noite’, do filme ‘Alice’, assim como ‘I left my heart in Algândaros de Baixo’ e ‘Simplesmente Maria’, que abrirão o recital”, revela Pedro Burmester. Seguir-se-á, a Segunda Partita em Dó Menor de Bach e depois a Terceira Sonata de Fernando Lopes Graça, que, segundo o pianista, “será, juntamente com Emanuel Nunes, o maior compositor português do século XX”.

As duas últimas obras a interpretar por Burmester no recital do próximo sábado serão da autoria de Chopin e Liszt, que o músico define como “os dois grandes compositores do romantismo para piano”. No primeiro caso, a escolha recairá assim sobre o Scherzo Número 3 e, no que se refere a Liszt, a seleção para o concerto privilegiou a Balada Número 2.

Pedro Burmester considera que essas são obras ajustadas a um espetáculo que marca o regresso da atividade cultural plena após “dois anos difíceis para todos, em geral, e para quem promovia e organizava concertos, em particular”. É certo que o FIMUV não suspendeu nenhuma edição em 45 anos de vida e que, mesmo no contexto da pandemia de COVID-19, conseguiu manter a sua periodicidade ininterrupta e proporcionar ao público um cartaz completo, mas tanto o pianista convidado para 2022 como os organizadores do evento concordam que, este ano, certame e público beneficiarão de uma experiência que retoma a sua liberdade, num formato isento de condicionantes sanitárias e de restrições à lotação.

Carreira na Casa da Música e currículo com condecorações

Pedro Burmester nasceu no Porto em 1963 e aos 10 anos de idade já dava o seu primeiro recital. Foi aluno de Helena Costa durante uma década e mais tarde aperfeiçoou os estudos nos Estados Unidos, aprendendo com Sequeira Costa, Léon Fleisher e Dimitri Paperno. Em diversas masterclasses intensivas absorveu, ainda, conhecimentos de Jurg Demus, Aldo Ciccolini, Karl Engel, Vladimir Ashkenazy, Tatjana Nikolaiewa e Elisabeth Leonskaia.

Ainda em fase de formação, foi bolseiro do Ministério da Cultura da Áustria e frequentou durante 10 anos consecutivos os cursos de música de verão de Salzburg.

Como intérprete, atuou em palcos como o centro cultural “92nd Y” de Nova Iorque e a Salle Gaveau de Paris. Atuou em festivais como o de Belfast e o da Radio France Occitanie Montpellier, e deu recitais em rádios como a de Bremen e a WDR de Colónia.

Foi convidado por Heinrich Schiff para acompanhar a Northern Orchestra e atuou, igualmente, com outros coletivos, entre os quais a Orquestra Sinfónica de Londres, a Orquestra de Liège, a Orquestra do Théâtre Royal de la Monnaie em Bruxelas, a Filarmónica de Zagreb, a Australian Chamber Orchestra, a Filarmónica de Roterdão e a Sinfónica de Varsóvia.

Graças à colaboração com esses coletivos, Burmester já partilhou os palcos com mais de 50 maestros, incluindo Joana Carneiro, Franz Bruggen, Gianadrea Noseda, Paavo Jarvi, Jan Latham Konig, Georg Solti, Leon Fleisher, Muhai Tang, Lothar Zagrosek, Peter Csaba, Josep Caballé Domenech, Martin André, Michael Zilm, Frans Bruggen, Leopold Hager, Baldur Bronnimann e Peter Rundel.

Em Portugal, a biografia de Pedro Burmester refere que “foi solista com praticamente todas as orquestras e formações de música de câmara”, tendo atuado com Mário Laginha, António Saiote, Gerardo Ribeiro e Paulo Gaio Lima.

Quanto a artistas de outras nacionalidades, destacam-se as suas parcerias com Anner Bylsma, Augustin Dumay, Thomas Zehetmair, o Quarteto Prazak e o Tokyo String Quartette, entre outros.

Desde 1989, Burmester dá formação regular em masterclasses e seminários em diversos estabelecimentos de ensino, como o Conservatório de Música do Porto, a Academia de Música de Espinho e as instituições que organizam o Curso Internacional de Música do Estoril, o Porto PianoFest, o Festival Internacional de Campos de Jordão, no Brasil, e o IKFEM – Festival do Teclado de la Eurociudad de Tui, em Espanha.

Entre janeiro de 2000 e julho de 2003, o pianista interrompeu quase por completo a atividade de docência, para integrar a Comissão Executiva do Conselho de Administração da Casa da Música – Porto 2001, S.A., onde ficou responsável pela área da Programação Musical. De 2006 a 2008, exerceu funções de Diretor Artístico e de Educação na Fundação Casa da Música e, desde 2010, é professor de Piano e Música de Câmara na ESMAE – Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.

Quanto a prémios, Pedro Burmester ganhou, em 1983, o 2° lugar no Concurso Internacional de Música Viana da Motta, em classificação ex-aequo com o francês Florent Boffard, e, seis anos depois, recebeu o prémio especial do Concurso Internacional de Piano Cliburn, nos Estados Unidos. Posteriormente, arrecadou ainda o Prémio Moreira de Sá, venceu a medalha de prata do Concurso Internacional de Piano Robert Schumann e foi duas vezes condecorado pela Presidência da República Portuguesa: uma com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago de Espada, por Mário Soares, e outra com o Grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por Jorge Sampaio.

Foto: DR.

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Barcelos debate “Família, Afetos e Saúde Mental”

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Sala cheia para assistir ontem à noite, no auditório municipal, à tertúlia “Família, Afetos e Saúde Mental”, inserida na programação da Semana da Família que a Câmara de Barcelos está a promover, desde o dia 13, e que termina amanhã com a realização de um peddy-paper pelo Centro Histórico de Barcelos, que conta com a animação da Banda Plástica de Barcelos.

Moderada pelo vereador do pelouro da Ação Social, António Ribeiro, a tertúlia contou com a participação de António Tomé, do Centro Hospitalar Universitário de Santo António; Marta Lopes, do Grupo de Ação Social Cristã; Eduardo Duque, da Universidade Católica Portuguesa; e Joaquina Castelão, da FamiliarMente – Federação Portuguesa das Associações das Famílias de Pessoas Com Experiência de Doença Mental.

Da conversa e de todas as intervenções dos oradores, ficou o sublinhado de que as relações de afeto contribuem e são um ponto crucial para o desenvolvimento emocional e intelectual das crianças.

No fecho da iniciativa, o responsável pelo Pelouro da Ação Social realçou o papel da família na estruturação das crianças e jovens, vincando a importância dos cuidados, dos afetos, da proximidade, da interação, da partilha e do amor, fatores essenciais à essência da condição humana.

António Ribeiro terminou, agradecendo aos participantes as respetivas contribuições para a riqueza e diversidade do debate, e deixou uma palavra de apreço ao público que, em dia de semana, mostrou o seu interesse pelo tema e quase lotou o auditório municipal.

A Semana da Família encerra a programação no sábado, 18 de maio, com um peddy-paper pelo Centro Histórico e com a animação da Banda Plástica de Barcelos. O ponto de encontro é às 9h30, no Theatro Gil Vicente.

Foto: CMB.

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CIM Alto Minho lança convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável

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A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) abriu uma convocatória para a apresentação de ideias para projetos inovadores que promovam o turismo sustentável no Alto Minho. Esta iniciativa insere-se no projeto europeu FISATUR (Atlantic Network of Tourist Experiences to Promote the Fishing and Maritime), que visa diversificar as atividades económicas das comunidades costeiras através do turismo sustentável. A convocatória, que decorre de 13 de maio a 19 de julho, faz parte de uma estratégia mais ampla de desenvolvimento e promoção de novas soluções turísticas relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo.

Podem candidatar-se pessoas singulares (maiores de 18 anos) ou coletivas (microempresas ou organizações sem fins lucrativos), que pretendam desenvolver um produto ou serviço turístico inovador relacionado com a pesca, aquacultura ou património marítimo ou projetos que contribuam para a diversificação dos ecossistemas de pesca locais e para o turismo sustentável, alinhados com os princípios do Pacto Ecológico Europeu e da economia azul.

O FISATUR, um projeto europeu que envolve parceiros de Espanha, França e Portugal, procura fomentar soluções de desenvolvimento turístico relacionadas com a pesca, aquacultura e património marítimo como resposta aos desafios do setor. Este projeto iniciou-se em setembro de 2023, com um estudo da oferta e procura de produtos e serviços nos países participantes. Com base nos dados recolhidos, está agora a lançar uma convocatória para projetos e ideias inovadoras. Os participantes selecionados terão a oportunidade de integrar um programa de incubação para promover 10 ideias de projeto por país, beneficiando de um apoio gratuito de capacitação durante sete meses, de 15 de outubro de 2024 a 30 de abril de 2025.

Os dois melhores projetos de cada país serão premiados e terão a oportunidade de participar numa rota de navegação de catamarã entre França e Portugal, com paragens estratégicas para facilitar intercâmbios B2B (Business to Business) com outras experiências na costa atlântica.

As candidaturas devem ser submetidas através do formulário de candidatura online, disponível no site do projeto, em https://www.fisatur.org/pt-pt/incubadora-de-projectos/. O prazo final para submissão é 19 de julho de 2024, pelas 16 horas. A seleção dos participantes será baseada em vários critérios, nomeadamente na inovação do projeto, impacto ambiental e social, e adequação às necessidades de apoio solicitadas.

As normas de participação podem ser consultadas através do seguinte link: https://www.fisatur.org/wp-content/uploads/2024/05/Rules-Portugal_FISATUR.pdf.

O FISATUR

O FISATUR é um projeto europeu que visa promover a diversificação económica das regiões costeiras através do turismo sustentável, sendo cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, das Pescas e da Aquicultura (FEMPA).

Com esta iniciativa, a CIM Alto Minho e os parceiros do projeto procuram impulsionar o desenvolvimento económico das comunidades costeiras, destacando o potencial do turismo para preservar os recursos naturais e culturais do território.

Este projeto representa um importante passo na criação de uma abordagem sustentável para o uso dos recursos costeiros, integrando turismo, pesca e património marítimo numa estratégia de desenvolvimento regional.

Dia do Mar

A convocatória para projetos inovadores no âmbito do turismo sustentável surge numa altura oportuna, com o Dia Europeu do Mar a ser comemorado a 20 de maio. Esta data sublinha a importância de preservar os ecossistemas marinhos e promover atividades que respeitem e valorizem os recursos marítimos. A CIM Alto Minho, com o projeto FISATUR, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e a inovação, contribuindo para um futuro mais equilibrado e próspero para as comunidades costeiras.

Imagem: DR.

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Conservatório de Música de Sintra promove Oficina de Teatro gratuita para crianças e jovens

A 15 de junho, sábado, pelas 12h00

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No âmbito da abertura do Curso Básico de Teatro no próximo ano letivo, o Conservatório de Música de Sintra promove uma oficina gratuita de Teatro com a atriz Rute Lizardo (Musgo – Produção Cultural, parceira do Conservatório neste projeto) para crianças e jovens dos 9 aos 14 anos, no sábado, 15 de junho, às 12h00.

O Curso Básico de Teatro (CBT) é uma nova oferta de ensino artístico especializado no sistema educativo português. O seu currículo tem em consideração o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, desenvolvendo competências fundamentais na construção de cidadãos mais confiantes, autónomos e conscientes, incluindo as disciplinas de Interpretação, Improvisação (movimento) e Voz. A conclusão do CBT (5º grau) confere ao aluno uma certificação de Nível II do Quadro Nacional de Qualificações.

Para dar a conhecer o curso e esclarecer dúvidas, no dia 15 de junho, sábado, às 12h00, as crianças e jovens interessados terão a oportunidade de experimentar alguns jogos e exercícios teatrais, que remetem para o trabalho a desenvolver ao longo do curso. Paralelamente, à mesma hora, terá lugar uma reunião de pais, para esclarecimento de dúvidas.

As inscrições para a oficina são gratuitas e decorrem nesta página: https://www.conservatoriodemusicadesintra.org/oficina-teatro.html

A abertura do Curso Básico de Teatro no Conservatório de Música de Sintra vem reforçar a oferta educativa oficial, iniciado já em 1982 com o Curso Básico de Música e, mais tarde, com o Curso Secundário de Música.

Foto: CMS.

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