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“Os Verdes” pede esclarecimentos sobre impactos da utilização de canhões antigranizo nas populações e no ambiente

Em Carta Aberta ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática

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O Partido Ecologista “Os Verdes”, face às queixas apresentadas pela população sobre os impactos negativos dos ruídos e vibrações emitidas pelos canhões antigranizo na sua qualidade de vida, na fauna e nas alterações do ciclo da água, sistemas aparentemente licenciados pela APA e CCDR, que estão a proliferar em várias zonas frutícolas do nosso país, como é caso do Alto Douro Vinhateiro, dirigiu, ontem, uma carta aberta ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática, solicitando a resposta a um conjunto de questões que necessitam de esclarecimento sobre problemas que estão a surgir com estes sistemas.

Leia, na íntegra, a carta:

«CARTA ABERTA

“Ex.mo Senhor Ministro do Ambiente da Ação Climática

Em vários concelhos do Alto Douro Vinhateiro, para além da produção de vinho do Porto, os pomares de maçã detêm uma importância significativa contribuindo para a riqueza da região, como é o caso de Armamar, um dos maiores produtores de maçã do país.

Nesta região, ocorre, com muita frequência, trovoada e queda de granizo que afeta as culturas agrícolas e frutícolas da região. Nos últimos anos, os fruticultores sofrem elevados danos nos pomares de maçã com perdas económicas muito expressivas na ordem de vários milhões de euros.

Os fruticultores, e suas associações, têm procurado e analisado soluções para evitar que as condições climatéricas causem prejuízos, instalando sistemas, designados vulgarmente de canhões antigranizo, no sentido de intervir previamente, aquando da formação do granizo, evitando que este se precipite nas culturas.

As trovoadas são monitorizadas por radar, quando se aproximam, os canhões disparam ondas de choque, interrompendo a formação de granizo. Uma mistura explosiva de oxigénio e gás de acetileno é inflamada na câmara inferior do aparelho e, à medida que a explosão passa através da garganta e para dentro do cone, desenvolve uma onda de choque. Seguidamente, esta onda desloca-se à velocidade do som, atingindo rapidamente as camadas mais altas da atmosfera, impedindo a formação do granizo, ou seja, este é transformado em chuva ou granizo mais fino, evitando prejuízos nas colheitas. Cada canhão cobre uma área de aproximadamente 80 hectares.

A colocação destes sistemas antigranizo é aprovada, segundo os fruticultores, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.

Se na perspetiva dos fruticultores e suas organizações representativas, a adoção desta solução tem obtido resultados muito positivos, por outro, a utilização dos canhões tem sido contestada pela população circunvizinha. O barulho e as vibrações emitidas pelos canhões, que podem disparar a qualquer hora, seja de dia ou de noite, é perturbador, expandindo-se por vários quilómetros, colocando em causa a qualidade de vida da população. Segundo os testemunhos, tais vibrações e barulhos prejudicam, igualmente, os animais companhia (cães e gatos) e demais fauna (e.g. pássaros e insetos).

Na região, há residentes que, de forma empírica, têm constatado a diminuição dos níveis de precipitação, correlacionando a escassez de chuva com a utilização destes sistemas antigranizo.

Em Espanha, sobretudo na área do Mediterrâneo, os canhões antigranizo são utilizados pelos agricultores há vários anos, embora aparentemente sem autorização / licenciamento por parte das “confederações hidrográficas”. Várias associações em Espanha têm alertado, não só, para os impactos diretos na qualidade de vida da população e na fauna, mas também, para a alteração significativa do ciclo da água, aumentando o risco de seca.

Neste país há uma grande pressão para a regulamentação dos sistemas antigranizo, evitando impactos sobre a fauna e reduzindo o risco de seca. Aliás, o Plano Hidrológico de Demarcação Hidrográfica do rio Ebro, que se encontra atualmente em revisão, propõe evitar a instalação destes sistemas antigranizo.

Ora, tendo em conta que a instalação de canhões antigranizo, sistemas aparentemente licenciados pela APA e CCDR, está a proliferar em várias zonas frutícolas do nosso país, como é o caso de Armamar, Lamego e Moimenta da Beira, é importante perceber que tipo de monitorização tem sido realizada por estas entidades, no sentido de avaliar os impactos denunciados pela população ao nível da sua qualidade de vida, da fauna e da alteração do ciclo da água, e consequentemente sobre o risco de agravamento da seca.

Assim, no seguimento do acima exposto, o Partido Ecologista Os Verdes solicita ao Senhor Ministro do Ambiente e da Ação Climática os seguintes esclarecimentos:

1- A instalação dos sistemas antigranizo, em várias zonas do país, é precedida de licenciamento por parte da APA e da CCDR?

1.1- Se sim, quantos sistemas já foram licenciados e/ou estão em fase de licenciamento?

2 – O MAAC encontra-se a par das queixas das populações relativamente ao ruído e às vibrações dos canhões antigranizo, que afetam a sua qualidade de vida?

3- A Agência Portuguesa do Ambiente e a CCDR têm monitorizado a implementação e o funcionamento dos canhões antigranizo?

3.1- Se sim, o MAAC confirma os impactos dos canhões antigranizo na população e na fauna?

4- Está a ser avaliada a utilização destes sistemas antigranizo na alteração do ciclo da água?

5- Que medidas o Ministério do Ambiente e da Ação Climática irá adotar para compatibilizar a qualidade de vida da população e equilíbrio do ecossistema, com a salvaguarda das colheitas por parte dos fruticultores?

6- O MAAC prevê a breve prazo regulamentar a instalação de sistemas antigranizo?

Agradecemos, antecipadamente, a atenção dispensada do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. Aguardamos uma resposta célere.

Com os melhores cumprimentos,

Partido Ecologista Os Verdes.»

Foto: DR.

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Barcelos: Joaquim Brito homenageado pela Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto

Presidente da Direção do Círculo Católico de Operários de Barcelos recebeu o galardão “Homenagem e Reconhecimento”

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No passado dia 31 de maio, em Almada, Joaquim de Senra Brito, Presidente da Direção do Círculo Católico de Operários de Barcelos (CCOB), foi alvo de homenagem por parte da CPCCRD – Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, que lhe atribuiu o galardão “Homenagem e Reconhecimento” por uma vida em prol do associativismo. Entre os vários participantes no evento (cerca de 500, sendo que 60 eram da comitiva barcelense), destaca-se a presença de Elisa Braga, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Barcelos.

A cerimónia, onde estiveram representadas associações de todo o país, foi presidida por Manuel Maria Moreira, presidente da Mesa do Congresso da CPCCRD e pelo Presidente desta, João Bernardino. Este último sublinhou, mesmo, que Joaquim Brito “é um exemplo como dirigente associativo e deixa um legado bastante pesado para quem o suceder”. De igual modo, foram destacadas as virtudes pessoais e associativas deste reconhecido e insigne dirigente associativo de Barcelos, assim como os feitos e conquistas à frente desta centenária Instituição que é o Círculo Católico de Operários de Barcelos. Já Joaquim Brito agradeceu a todos os elementos diretores que trabalham, e trabalharam, com ele; à família, que é prejudicada com a sua ausência; a Elisa Braga, pelo apoio, paciência e, “por muitas vezes, o aturar”, assim como à CPCCRD, pelo trabalho que tem feio e pela atribuição do galardão.

De salientar que Joaquim de Senra Brito é o único dirigente associativo do Distrito de Braga alvo de distinção por parte da CPCCRD.

Foto: CCOB.

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Barcelos: Mais de quatro mil crianças vivem dias mágicos na natureza com “Brincadeiras sem Tempo”

Celebração do Dia Mundial da Criança

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O Município de Barcelos deu hoje início às celebrações do Dia Mundial da Criança, que este ano voltam a ganhar vida com o grande evento “Brincadeiras sem Tempo”, no Centro Hípico Irmão Pedro Coelho, em Areias de Vilar. Até 30 de maio, mais de 4 000 alunos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo das escolas públicas do concelho vão trocar as salas de aula por uma verdadeira festa de alegria, natureza e tradição.

Num mundo dominado pelas tecnologias e pelo digital, Barcelos aposta numa viagem ao passado e à essência da infância, recuperando os jogos tradicionais que fizeram a felicidade de tantas gerações. O objetivo é claro: voltar a pôr as crianças a brincar ao ar livre, em contacto com a natureza, com criatividade, movimento e muita amizade.

Do jogo do galo ao elástico, do lencinho à corda, da corrida de sacos ao jogo da mata, são dezenas as atividades preparadas para proporcionar momentos de diversão e convívio entre os mais pequenos. O Centro Hípico transforma-se assim num grande recreio natural, onde cada canto convida a explorar, a correr e a sorrir.

Para a realização deste evento, a Câmara Municipal de Barcelos organizou uma grande operação logística, envolvendo todos os seus serviços, de modo a garantir uma experiência segura, pedagógica e inesquecível. Além dos jogos, há oficinas, ateliês e espetáculos que enriquecem ainda mais esta semana mágica dedicada às crianças.

Para que cada participante leve consigo as memórias destes dias especiais, foi criado um passaporte de atividades, onde as crianças podem registar os desafios cumpridos — em grupo ou em família — reforçando a importância do brincar na infância e promovendo os laços afetivos e comunitários.

“Com transporte assegurado e um programa pensado ao pormenor, o Município de Barcelos foca as brincadeiras no centro da infância, contribuindo para a construção de uma geração mais feliz, mais saudável e ligada às suas raízes”, sublinha em nota.

Foto: CMB.

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Porto: Homem de 38 anos detido por tráfico de estupefaciente

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No dia 26 de maio, pelas 11h25, na Rua Nicolau Coelho, no Porto, a 2.ª Divisão Policial, procedeu à detenção de um homem de 38 anos de idade, empregado e na condição de sem abrigo no Porto, pelo crime de tráfico de estupefacientes.

Considerando que o local é conhecido como ponto de tráfico de estupefacientes, e durante uma vigilância efetuada, os agentes policiais constataram a presença de diversos indivíduos que se dirigiam até o local, evidenciando a prática de tráfico. Diante disso, os policiais procederam à abordagem do suspeito

Intercetado o suspeito, foi lhe dada voz de detenção e apreendido o produto suspeito de ser estupefaciente denominado de Cocaína, suficiente para 66 diárias.

O detido foi presente perante as Autoridades Judiciárias competentes, tendo ficado sujeito a apresentações diárias perante as Autoridades Policiais da área da sua residência.

Foto: PSP.

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