Atualidade
Qual a melhor forma de dar notícias sobre o pior do mundo?
Ordem dos Psicólogos Portugueses divulga documento com recomendações para o tratamento mediático da guerra

A guerra tem invadido a nossa realidade e chega-nos sobretudo através dos media, que são o canal mais importante de comunicação. Para garantir que as notícias não têm um impacto negativo na população e que a transmissão de informação não fomenta medo, ansiedade ou preocupação, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) divulgou, ontem, o documento “Dar Notícias sobre Guerra”.
Com o objetivo de “dar sugestões que possam ajudar a prevenir a discriminação e promover o respeito pelos direitos humanos”, o documento “Dar Notícias sobre a Guerra” pretende “ajudar a que as notícias estimulem comportamentos pró-sociais e pró-saúde”, refere a OPP.
“Algumas boas práticas podem ajudar a noticiar e a debater situações de guerra assegurando a clareza da informação e simultaneamente prevenindo e minorando consequências psicológicas adversas para o público”, pode ler-se.
Equilíbrio
Uma das sugestões do documento é que se evite uma cobertura excessiva, repetitiva e sensacionalista, mantendo um equilíbrio relativamente a outras temáticas. É importante evitar perspetivas dicotómicas e tentar sempre dar voz aos vários lados.
Precisão e combate à desinformação
Sendo as fake news uma realidade, é essencial verificar as fontes de informação, corrigir perceções erróneas, oferecer diferentes versões dos factos e focar os abusos de direitos humanos e comportamentos inadequados dos vários lados.
Linguagem
Como em todas as outras notícias – mas nas de guerra o peso é acrescido – é importante usar uma linguagem clara, simples, factual e imparcial para evitar gerar alarmismo, stress e medo.
Humanização
A parte humana da guerra é a mais delicada, por isso, é essencial verificar cuidadosamente as informações sobre pessoas mortas, feridas, desaparecidas ou prisioneiras. Não menos importante é dar rosto e voz aos envolvidos, procurando humanizá-los.
Imagens
Por serem muito objetivas e visuais, as fotografias não devem ser repetidamente exibidas para não contribuírem para a violência gráfica explicita. A sua autenticidade deve sempre ser verificada.
Combate ao estigma e discriminação
O papel dos jornalistas é importantíssimo porque além de informarem, podem “contribuir para reduzir a estigmatização, a discriminação social e psicológica de pessoas, grupos ou países, verificando se referências culturais, religiosas, de idade ou de orientação sexual são, de facto, relevantes para a notícia em causa”, refere o documento.
Construção da Paz
Por fim, mas não menos importante, a perspetiva orientada para a resolução não-violenta do conflito e para a construção da Paz pode ser sempre valorizada. Os media têm, também, o poder de incentivar a empatia, compaixão e comportamentos pró-sociais e pró-saúde.
Foto: DR.
Atualidade
“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra
Depois de passar pelo Festival d’Avignon

O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.
Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.
Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.
Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.
Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.
Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.
O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.
A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.
Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.
Imagem: DR.
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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.
O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.
Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.
Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.
Imagem: ML.
Atualidade
Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental
De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.
O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.
A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.
Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.
Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.
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