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Projeto europeu usa produtos inovadores com insetos comestíveis e leguminosas para promover mudança de hábitos alimentares

Consórcio de investigação promove mudança de hábitos alimentares

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Promover uma mudança de hábitos alimentares, que passa pela redução do consumo de carnes vermelhas e processadas, através do consumo de produtos inovadores à base de insetos comestíveis e leguminosas? O desafio está lançado. A intervenção Change Eat!Jantar Proteínas Alternativas! irá decorrer no Porto, entre outubro e dezembro deste ano. Esta iniciativa é liderada pela Universidade Católica Portuguesa – Unidade de Investigação Empresarial e Económica da CATÓLICA-LISBON (CUBE) e o Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF), Laboratório Associado da Escola Superior de Biotecnologia -, sendo parte integrante do projeto europeu SUSINCHAIN – SUStainable INsect CHAIN. Este projeto envolve um consórcio de investigação com 35 parceiros em 14 países.

A Balança Alimentar Portuguesa estima que 21% da ingestão média diária de calorias em Portugal tenha origem no consumo de carne, o que representa mais de quatro vezes o recomendado na Roda dos Alimentos. Em particular, e de acordo com os resultados do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2015-2016), cada adulto português consume, em média, perto de 100 gramas de carnes vermelhas e processadas, diariamente. Este valor excede, largamente, o recomendado para uma alimentação equilibrada – 28 gramas diárias, e mais ainda o sugerido pela Organização das Nações Unidas para uma dieta saudável a partir de sistemas alimentares sustentáveis – 14 gramas diárias.

Ana Isabel de Almeida Costa, Investigadora Principal da CUBE e uma das coordenadoras da intervenção, descreve, assim, como principal motivação do ChangeEat!: “A evidência científica resultante de intervenções realizadas noutros países mostra que a criação de oportunidades para os consumidores jovens experimentarem gratuitamente, no seu dia a dia, uma oferta diversificada de produtos alimentares inovadores, que configurem alternativas seguras, saudáveis, nutritivas, saborosas e de fácil preparação às carnes vermelhas e processadas, é uma das formas mais eficazes de reduzir o seu consumo no longo prazo. É isto que propomos fazer em Portugal com o ChangeEat!

“É tempo de passar das recomendações à ação”, como realça Maria João Monteiro, Investigadora Sénior no CBQF e a outra coordenadora deste estudo. “Em Portugal, o Change Eat! irá selecionar até 56 casais, entre os 18 e os 40 anos, e acompanhá-los na transição de hábitos alimentares até ao final de 2022, proporcionando-lhes a experiência de confecionar e consumir produtos inovadores com origem em insetos comestíveis e leguminosas, ricos em proteína alternativa, saudável e sustentável”

A FAO declarou os insetos comestíveis como um dos alimentos do futuro, constituindo uma fonte segura, saudável, nutritiva, saborosa e sustentável de proteína com potencial para alimentar centenas de milhões de Europeus. As leguminosas são outra fonte de proteína saudável e sustentável para a alimentação humana, sendo o seu consumo um dos pilares da dieta mediterrânica. Picados, preparados ou misturas, salsichas e pasteis – de Tenébrio, grilo, soja, lentilhas, entre outros ingredientes ricos em proteína -, são, assim, alguns dos produtos que os participantes no ChangeEat! terão oportunidade de experimentar.

Curioso/a para provar? Pronto/a para mudar os seus hábitos alimentares já este outono?

Saiba como se inscrever no ChangeEat! em:  https://www.cbqf.esb.ucp.pt/en/ChangeEat e conheça em detalhe as atividades programadas e as vantagens em participar.

Qual é o impacto esperado do ChangeEat?

. Trazer progressos científicos importantes na identificação dos fatores que promovem eficazmente a adoção de dietas mais saudáveis e sustentáveis entre os cidadãos europeus.

. Contribuir para aumentar a disponibilidade de fontes viáveis e acessíveis de proteína de elevada qualidade para consumo humano na União Europeia

. Ajudar a aproximar o consumo de carnes vermelhas e processadas em Portugal aos valores recomendados, beneficiando a saúde dos seus cidadãos e o ambiente.

Onde e quando decorre o ChangeEat?

Este estudo decorre na cidade do Porto entre 6 de outubro e 19 de dezembro de 2022. Para além da experiência de confeção e consumo de novos produtos alimentares em casa durante seis semanas, o estudo inclui algumas atividades online, a completar em horário livre, e atividades presenciais pontuais, a ter lugar no campus Porto da Universidade Católica, à 6ª feira à tarde ou ao sábado, mediante calendarização.

Pode verificar se é elegível para participar no ChangeEat!

Uma vez que confirme a sua elegibilidade, em https://ucplbusiness.co1.qualtrics.com/jfe/form/SV_8qD3iX1KKQDwBdc, terá automaticamente acesso à Declaração de Consentimento Informado de Participação (DCIP) no estudo. Ambos os membros do casal deverão confirmar a sua elegibilidade, preencher e assinar uma DCIP, e remetê-la para changeeat@ucp.pt, formalizando a sua inscrição. Os casais serão contactados pela equipa do estudo para o agendamento das primeiras atividades, à medida que forem formalizando a sua inscrição.

Foto: DR.

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Viana do Castelo: Concurso público internacional para Novo Mercado Municipal e envolvente avança por 13,399 ME

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O executivo municipal de Viana do Castelo aprovou, esta segunda-feira, em reunião ordinária, o projeto, abertura de procedimento de concurso público internacional, autorização da despesa, aprovação das peças e aprovação de júri para a empreitada “Novo Mercado Municipal – Edifício e Envolvente” por um valor de 13,399 milhões de euros, mais IVA, com prazo de execução de 720 dias.

Os concorrentes ou seus representantes devem apresentar as suas propostas na plataforma eletrónica até às 17 horas do 30º dia a contar da data de envio, para publicação, do anúncio agora aprovado para o Serviço das Publicações Oficiais da União Europeia. A abertura das propostas pelo júri só terá lugar findo o prazo fixado.

O projeto de execução refere que um mercado implica uma forte articulação entre o processo de gestão e o projeto de intervenção de arquitetura, tendo por base os seguintes princípios: existência de condições adequadas para o aprovisionamento dos operadores, devidamente sectorizado, nomeadamente quanto ao controlo higiossanitário e de variação de temperaturas; existência de condições de estacionamento para clientes, condição essencial para que se possa considerar válida uma área de influência superior a 400 metros de distância; condições para tratamento e acondicionamento de resíduos, nomeadamente os respeitantes a produtos de origem animal; desenvolvimento orgânico do espaço de mercado tradicional num único piso e em relação direta com a sua envolvente; organização sectorizada do mix comercial; introdução de atividades complementares que contribuam para a viabilidade comercial do equipamento no seu todo, nomeadamente com aquelas que tragam novos públicos; integração em edifício com arquitetura relevante e em bom estado de conservação, criação de uma imagem comum que identifique o mercado como um todo enquanto espaço moderno de distribuição agroalimentar; compromisso entre a gestão do mercado e os operadores, participando na dinâmica do mercado.

Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro.

O projeto do novo mercado está estruturado em duas grandes intervenções, o edifício propriamente dito, cuja localização é sobre a implantação do desconstruído Edifício Jardim / Prédio Coutinho; e a reabilitação do espaço envolvente exterior ao novo Mercado Municipal de Viana do Castelo, um projeto complementar à execução do edifício do mercado e que tem como objetivo requalificar e revitalizar o tecido urbano, atrair e fixar população para o centro histórico, atrair e dinamizar o tecido económico do centro histórico, contribuir para a preservação e valorização do património construído, reforçar a atração turística e a oferta cultural dos serviços.

Imagem: CMVC.

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Valença avança com reabilitação e ampliação do Centro de Saúde

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A Câmara Municipal de Valença aprovou, por unanimidade, a abertura do concurso público para a empreitada de “Reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Valença”, na última reunião do Executivo Municipal.

2 milhões e 700 mil euros é o preço base do concurso, num investimento a lançar pela Câmara Municipal de Valença, financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

A obra contempla a requalificação do edifício existente, datado de 1991, e a construção de um novo bloco, a poente, com 2 pisos.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, “Esta é uma obra urgente, prioritária e muito desejada por todos os valencianos e pretende criar todas as condições para uma resposta de serviços de saúde primários e de especialidades mais rica e qualificada em Valença”.

Com estes grandes investimentos de requalificação e ampliação do Centro de Saúde, a Câmara Municipal acredita que estão a ser criadas as condições para a conquista de mais especialidades médicas acessíveis aos utentes e para a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP).

A saúde é uma das linhas de atuação prioritárias da Câmara Municipal de Valença que tudo tem feito junto da ULSAM e da tutela, pela melhoria contínua dos cuidados de saúde disponibilizados pelo Centro de Saúde de Valença, à população valenciana.

Recorde-se que, ao dia de hoje, o Centro de Saúde de Valença dispõe, de sete consultas hospitalares de especialidade, nomeadamente Endocrinologia, Pediatria, Oftalmologia, Psiquiatria, Psicologia, Hemoterapia e ainda Psicologia do CRI, que servem os utentes dos concelhos de Valença, Monção e Melgaço.

Na área da medicina Geral e familiar, nomeadamente a respeitante à saúde de adultos, saúde infantil e juvenil, planeamento familiar, saúde materna e domicílios, o Centro de Saúde conta, atualmente, com um corpo clínico constituído por 10 médicos e 10 enfermeiros.

Foto: CMV.

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Estudo sobre o tubarão-azul sublinha a importância da proteção e da preservação dos canhões submarinos

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Estudo revela padrões de comportamento do tubarão-azul e o impacto do ruído de barcos na espécie. Crucial na manutenção da estabilidade e da saúde dos ecossistemas marinhos, o tubarão-azul é uma das espécies de tubarão mais capturadas a nível mundial. Classificado como ‘Quase Ameaçado’ pela União Internacional para a Conservação da Natureza, em 2019, em Portugal é frequentemente vítima da frota do palangre de superfície, dirigida a grandes peixes como o atum e o espadarte.

Investigadores do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente colocaram sistemas de câmaras remotas com isco ao largo da costa do Parque Natural da Arrábida para observar e caracterizar padrões de comportamento de tubarão-azul (Prionace glauca), e o efeito do ruído de embarcações em termos de alterações comportamentais. Um estudo realizado no âmbito da tese de Doutoramento da investigadora Noélia Ríos, inserida no projeto INFORBIOMARES, acabado de publicar na revista Marine Ecology Progress Series.

Bastante sensíveis, estas espécies são muito difíceis de observar e estudar, sobretudo no que diz respeito ao seu comportamento em meio natural. As câmaras colocadas pelos investigadores conseguiram registar os comportamentos de 79 tubarões, revelando padrões distintos entre juvenis e adultos consoante a estação do ano e a distância à costa.

A investigação revelou que tubarões juvenis foram avistados mais frequentemente em águas menos profundas e durante a primavera, o que coincide com a época de reprodução da espécie, reforçando, assim, a enorme importância da área ao largo do Parque Natural da Arrábida, na zona do canhão de Lisboa, como potencial zona de berçário para o tubarão-azul. Estas observações levam os investigadores a defender a necessidade de olhar para os canhões submarinos como zonas a proteger e preservar.

O estudo revelou também que, na presença de ruído de embarcações, os tubarões-azuis alteraram alguns padrões comportamentais, sugerindo que pode existir um efeito oculto do ruído sobre a eficiência na procura e captura de alimento, abrindo caminho a mais estudos dedicados que confirmem essa hipótese.  

Os tubarões desempenham um papel crucial na manutenção da estabilidade e saúde dos ecossistemas marinhos. A pesca comercial excessiva destas espécies, com pesca dirigida ou acessória, exerce uma enorme pressão nas populações de tubarões a nível global, provocando desequilíbrios ecológicos com repercussões em todo o ecossistema.

O tubarão-azul é uma das espécies de tubarão mais capturadas a nível mundial, e em 2019 foi classificado como ‘Quase Ameaçado’ pela Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, IUCN. Em Portugal, é a espécie de tubarão mais capturada pela frota do palangre de superfície, uma pesca realizada com linhas e anzóis, dirigida a grandes peixes como o atum e o espadarte, mas que frequentemente captura tubarões, atraídos pelo isco.

Foto: Frederico Almada.

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