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N9VE recupera terras raras do lixo eletrónico usando algas e conquista um BfK Awards

Tecnologia nacional é disruptiva, de baixo custo e amiga do ambiente, tendo um mercado potencial no valor de 2,5 triliões de euros

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A N9VE, start-up de Aveiro, que desenvolveu uma tecnologia disruptiva, escalável e inovadora, com vista à recuperação de terras raras do lixo eletrónico, usando macroalgas, venceu o Born from Knowledge (BfK) Awards, distinção atribuída pela Agência Nacional de Inovação, no âmbito dos Prémios Empreendedor XXI.

As propriedades magnéticas, elétricas, catalíticas ou luminescentes das terras raras são imprescindíveis no quotidiano, já que são usadas em várias indústrias, nomeadamente na produção de turbinas eólicas, de telemóveis, computadores e de carros elétricos, sendo uma matéria-prima essencial para a transição para a energia verde. O principal problema no seu uso reside na sua extração por mineração. É que além de as reservas mundiais de terras raras serem de aproximadamente 120 megatoneladas, sendo expetável que se esgotem em 20 anos, a atual mineração e produção de terras raras é altamente poluente e tóxica para o planeta. Para se obter cerca de 7 kg destes elementos, produz-se 14 toneladas de lixo tóxico e radioativo.

Por sua vez, o lixo eletrónico pode ter concentrações de mais de 30% em terras raras, contudo, atualmente, menos de 18% é reciclado. A tecnologia desenvolvida pela N9VE permite recuperar terras raras, como o Neodímio (Nd), elemento que representa 91% do consumo global de terras raras, valendo 2,45 biliões de euros (G€). A alga é utilizada no processo de biossorção dos metais, conseguindo-se recuperar e reciclar mais de 90% dos reagentes utilizados. Simultaneamente, devido ao cultivo de algas, promove a descarbonização do planeta.

Por oposição, o processo de mineração, mercado dominado pela China, que detém grande parte das reservas mundiais e controla toda a cadeia produtiva, só recupera 60% e produz resíduos tóxicos e radioativos.

O lixo eletrónico é, assim, usado como uma fonte mais eficiente e sustentável de terras raras. Com 3,6 toneladas de magnetes e 20 toneladas de algas, a N9VE consegue produzir 1 tonelada de Nd, e capturar 30 toneladas de CO2, com uma margem bruta de aproximadamente 57%. Os magnetes permanentes são constituídos por 30% de Nd e correspondem ao maior uso das terras raras (38% do mercado total), já que são cruciais para o funcionamento dos equipamentos eletrónicos.

Até 2030, o mercado é expetável crescer mais de 500%, para 13 G€. A N9VE pretende colocar a solução no mercado em 2024.

“Este é um projeto que demonstra o poder do conhecimento para criar soluções sustentáveis para as necessidades da economia e que vão ao encontro dos objetivos europeus, nomeadamente, nas áreas de transição para uma economia verde”, sublinha João Borga, administrador da ANI.

Os Prémios Empreendedor XXI são uma iniciativa promovida pelo BPI e pela DayOne – divisão especializada do CaixaBank para empresas de tecnologia, inovação e respetivos investidores – em parceria com a ANI – Agência Nacional de Inovação, e conta com o apoio institucional do Ministério da Economia. Em 15 edições, já apoiaram o crescimento de mais de 430 empresas, com 6,7 milhões de euros em prémios.

Foto: DR.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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Barcelos recebe o XXIV Congresso Mundial de Saúde Mental

De 30 de outubro a 1 de novembro de 2025

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O Município de Barcelos, a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a World Federation for Mental Health anunciaram a realização, pela primeira vez em Portugal, do Congresso Mundial de Saúde Mental, evento de referência internacional com mais de sete décadas de história.

O congresso terá lugar em Barcelos, Capital Mundial da Saúde Mental, entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro de 2025, e será subordinado ao tema: “Mental Health and Social Sustainability: A Whole Society and Community Based Approach”.

A iniciativa tem como objetivo reunir especialistas, académicos, profissionais de saúde, representantes institucionais e organizações da sociedade civil, promovendo uma abordagem transversal e colaborativa aos atuais desafios da saúde mental à escala global.

Encontram-se, atualmente, abertas as inscrições para a submissão de abstracts, bem como as inscrições gerais para participação no congresso. Até ao dia 8 de agosto de 2025, esteve disponível uma tarifa reduzida para todos os participantes.

Todas as informações detalhadas sobre o congresso, prazos e procedimentos de inscrição estão disponíveis no site oficial: https://wfmhcongress2025.com.

Imagem: CMB.

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