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“Livros com RUM” entrevista escritores há 15 anos

Rádio Universitária do Minho tem o programa mais antigo do género em Portugal

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A Rádio Universitária do Minho (RUM), em Braga, tem o programa nacional mais antigo de entrevistas a escritores de todo o mundo, e com fãs até em escolas no Peru e na Nigéria. A rubrica “Livros com RUM”, com 15 anos, parte do livro e do percurso do seu autor para uma hora de conversa semanal. O apresentador António Ferreira é coadjuvado na parte técnica por Sérgio Xavier e, na Feira do Livro de Braga, que decorre de 1 a 17 de julho, vai conversar com mais 12 autores – Filipa Leal, pivô de “Nada Será como Dante”, da RTP2, e João Luís Barreto Guimarães, vencedor do Grande Prémio de Literatura dst, são alguns dos que vão passar também na antena da RUM.

“Esta é a nossa forma de estar na causa pública, tendo a educação e a cultura como base para os mais novos e a sociedade”, diz António Ferreira, que lê “até ao fim” cada livro a abordar e o universo do autor, pois “não é possível conversar com alguém baseado numa contracapa”. Os escritores convidados elogiam, em geral, esse cuidado e o generoso tempo de antena, face ao contexto mediático global por vezes alheio à literatura.

A dupla radiofónica tem, também há 12 anos, a rubrica “Leitura em Dia”, um curto diálogo diário sobre cultura e novidades literárias. É só ouvir em 97.5FM (Braga), em www.RUM.pt e em podcast. Esses registos chegam até a escolas de países como o Peru, sendo uma ferramenta para professores em aspetos como sociologia, história e cultura, explica António Ferreira, com base em e-mails que recebe desde a Grécia à Nigéria, Namíbia, Angola, Brasil, Timor-Leste, Moçambique e Israel, entre muitos países.

De Lídia Jorge a Werner Reich

António Ferreira junta, assim, o útil ao agradável: é apaixonado por livros, quer combater a falta de espaços para debate e criação literária e, em paralelo, vê as suas rubricas “encaixarem no espírito de uma rádio universitária”. Desde 2015, dinamiza ainda entrevistas ao vivo mensais com autores e em várias cidades, sobretudo Braga, como a zet gallery, a Reitoria da UMinho, o Theatro Circo e a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Como marcos do “Livros com RUM” ficam a última entrevista em vida a Torcato Sepúlveda, o poema declamado por Castro Caldas, já doente, e testemunhos de portugueses incontornáveis como Manuel Alegre, Lídia Jorge, Sérgio Godinho e Vítor Aguiar e Silva. Do estrangeiro vieram a esta “casa do livro” nomes como o brasileiro Julián Fuks, o venezuelano Alberto Barrera Tyszka, a catalã Alicia Kopf, o alemão Werner Reich (sobrevivente de Auschwitz), o chileno Pablo Azócar, o moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa ou o sérvio Dejan Stankovic.

Para António Ferreira, os livros servem para “preservar a memória” e “cultivar o espírito crítico do ser humano”. Houve muitas tentativas de esbater a memória e liberdade do livro, desde a antiguidade grega ao mundo islâmico, da destruição nazi de obras judaicas à censura atual em países como a China, nota. “O livro foi sendo por vezes olhado de lado, mas a nossa atuação como ser consciente passa pelo livro, é o que nos salva”, diz. Acrescenta que as suas rubricas radiofónicas “são para continuar, e com o espírito de sempre”. “A ronda da noite”, de Agustina Bessa-Luís, “Até ao fim da Terra”, de David Grossman, e “Balas de prata”, de Élmer Mendoza, são algumas das suas obras preferidas, bem como toda a obra do seu romancista de eleição, Vergílio Ferreira.

Na Feira do Livro de Braga, vai conversar, no dia 2 de julho, com João Luís Barreto Guimarães (17h00), no dia 5, com Vasco Pinto de Magalhães (17h00) e Ana Cristina Silva (18h00), no dia 6, com Nuno Caravela (16h00), no dia 9, com Manuel Jorge Marmelo (19h00) e, no dia 11, com Ana Margarida de Carvalho (18h00). Seguem-se, no dia 12, José Maria Pimentel (17h00), Susana Piedade (18h00), Manuel Frias Martins (19h00) e Mário Cláudio (21h00); no dia 13, Rui Cardoso (16h00) e no dia 16, com Filipa Leal (19h00).

A RUM nasceu em 1989 pela Associação Académica da UMinho e está sediada no edifício gnration. O seu perfil diferenciador e multifacetado expande-se nas redes sociais, nos conteúdos multimédia e na dinamização de eventos culturais, entre outros.

Foto: UMinho.

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PSP de Santa Cruz (Madeira) apreende cerca de 100 artigos furtados

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A PSP apreendeu, no dia de ontem, de cerca de 100 artigos de bijuteria, em cor prateada e dourada, os quais apresentam fortes indícios de terem sido furtados.

A ocorrência teve lugar na cidade de Santa Cruz, após a patrulha policial ter sido acionada para uma tentativa de furto em residência, na zona do Caniço. Após percorrer algumas artérias nas zonas adjacentes, foi possível localizar dois suspeitos desta prática, uma mulher de 47 anos de idade e um homem de 38 anos de idade.

Na sua interceção, os mesmos detinham na sua posse os seguintes objetos: 13 relógios de pulso de diversas marcas; 12 colares; 30 anéis, 09 dos quais em cor dourada, com pedras; 32 brincos; 08 broches e alfinetes de Senhora em diversas cores e com pedras; 06 braceletes; 01 peça de bijuteria em formato do Galo de Barcelos, em cor dourada; 02 sinos em cor dourada; 01 alfinete de gravata; diversas moedas de colecionador, nomeadamente: “Batalha de Ourique 1139-1140”; “ Arte Namban 1543-1639”; “Colombo e Portugal”; “Elizabeth II”; e “Tratado de Tordesilhas”.

Apesar de nenhum destes artigos pertencerem à residência que foi alvo de tentativa de furto, os mesmos foram questionados quanto à sua proveniência, não tendo justificado a sua posse. 

Por existirem fortes suspeitas da prática do crime de furto os objetos foram apreendidos, seguindo-se agora a investigação para apurar os seus legítimos proprietários.

Foto: PSP.

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“Méduse” chega ao MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra

Depois de passar pelo Festival d’Avignon

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O coletivo francês Les Bâtards Dorés estará em Portugal, pela primeira vez, para apresentar o espetáculo “Méduse”, no âmbito do MUSCARIUM#11 – Festival de Artes Performativas em Sintra, organizado pelo teatromosca.

Duplamente premiado no Festival Impatience, em Paris, (Prémio do Júri e do Público) e apresentado, em 2018, no prestigiado Festival d’Avignon, onde foi considerado um dos espetáculos-sensação daquela edição, “Méduse” reabre o processo referente ao naufrágio da Medusa – um dos desastres marítimos mais infames do século XIX. A tragédia atraiu atenção internacional, não apenas pela sua importância política, mas também pelo sofrimento humano e significativa perda de vidas que envolveu. O episódio foi igualmente perpetuado na célebre obra “A Balsa da Medusa”, de Théodore Géricault.

Em “Méduse”, o coletivo francês encena um julgamento que dista 200 anos deste naufrágio: um duelo verbal onde se procura encontrar culpados, uma resposta, uma explicação para os acontecimentos e questiona se será possível formular um julgamento sem se ter vivido a experiência. A partir desse questionamento, a dramaturgia desmorona-se para dar lugar à performance e à experimentação. Longe da História e das suas versões oficiais, Les Bâtards Dorésmergulharão com o público no abismo.

Ainda dentro do MUSCARIUM#11, este jovem coletivo francês também mergulhará no início do processo de criação do espetáculo “Matadouro” em coprodução com o teatromosca, com banda sonora original de The Legendary Tigerman e estreia marcada para 2026. Afirmando a aposta na internacionalização, o teatromosca estará, do mesmo modo, a trabalhar na coprodução que une a companhia de dança finlandesa Kekäläinen & Company, a companhia de dança da Galiza, Colectivo Glovo, e a companhia de teatro Leirena Teatro, de Leiria, “Conversas com Formigas”, que estreará igualmente em 2026.

Celebrando a francofonia, a décima primeira edição do MUSCARIUM contará ainda com mais dois espetáculos de companhias francesas, “éMOI”, de Tiphaine Guitton, pela Petite Compagnie, e “L’Invention du Printemps“, pela La Tête Noire – La Compagnie.

Em 2025, o festival estende-se até à Alliance Française de Lisboa, onde decorrerá um encontro dedicado à criação teatral contemporânea francesa e onde poderá ser visitada a exposição “Micro-Folie”, uma experiência digital que junta mais de cinco mil obras de arte de diferentes instituições culturais.

O MUSCARIUM#11 decorrerá de 1 a 21 de setembro, em vários espaços do concelho de Sintra e reunirá artistas e companhias como a Imaginar do Gigante, MUSGO Produção Cultural, Krisálida, Mia Meneses,María de Vicente e Tristany Munduque apresentará um concerto-performance único na emblemática Sala da Música do Palácio de Monserrate.

A programação completa do MUSCARIUM#11 poderá ser consultada em www.teatromosca.com e inclui espetáculos de teatro, dança, música, performance, debates, lançamentos de livros, conversas e encontros entre públicos e artistas. Destaque para o debate sobre o futuro da cultura em Sintra, no âmbito das eleições autárquicas 2025 e que terá a presença dos principais candidatos e candidatas à presidência da Câmara Municipal de Sintra.

Os bilhetes para os espetáculos já se encontram à venda na BOL e locais habituais, com valores que variam entre os 5 € e 7 €. O concerto-performance de Tristany Mundu tem o valor único de 12 €. Os ensaios abertos, debates, lançamentos de livros, encontros e a festa de encerramento do festival são de entrada livre.

Imagem: DR.

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Torne-se amigo da Metropolitana de Lisboa na temporada 2025/2026

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A Metropolitana de Lisboa, criada em 1992, desenvolve um projeto único no contexto nacional e muito raro no panorama internacional. Assenta o seu valor numa atuação transversal, cruzando o ensino especializado com a prática da música. Uma orquestra (OML) e três escolas (Conservatório de Música, Escola Profissional e Academia Nacional Superior de Orquestra) dão corpo a este projeto musical de eleição, que tem vindo a formar centenas de músicos profissionais.

O quotidiano da Metropolitana caracteriza-se pela convivência de diferentes gerações num mesmo edifício (a sua sede, instalada no edifício da antiga Standard Eléctrica, em Lisboa), com a energia inerente à intensa partilha musical entre alunos, professores, músicos profissionais e funcionários administrativos.

Para que este projeto possa consolidar-se e crescer, não basta a atividade que todos eles desenvolvem. A música que fazemos tem como destinatário o público. Sem ele, a nossa missão ficaria incompleta; com ele, ainda podemos fazer mais.

Junte-se aos Amigos da Metropolitana, um grupo de associados que, através do seu contributo e da sua presença, é chamado a participar ativamente na vida da instituição.

Imagem: ML.

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